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Vou tirar seu nome do SPC

15 quarta-feira ago 2018

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazonas, indústria, produção, ZFM

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Os números sobre o desempenho do segmento industrial no Brasil, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na semana passada, apontam para um crescimento da produção do setor na faixa de 13%, que seria a média para o país, aferida na passagem de maio para junho deste ano.

Esse crescimento, exatos 13,1%, segundo o IBGE, coloca o desempenho do Polo Industrial de Manaus (PIM) como o patinho feio entre 13 estados que, entre maio a junho, tiveram crescimento na produção industrial. O Amazonas, com -1,1%, e o Espírito Santo, -2,0% destoaram desses estados.

Apesar da baixa no mês de junho, o PIM deve continuar a ampliar sua produção, até pela proximidade das festas de fim de ano.

O quadro estatístico montado pelo IBGE, entretanto, faz quatro comparativos que englobam os dados de um mês com o anterior, o mesmo mês com o do ano anterior, o acumulado do ano e o acumulado de 12 meses. No caso do Amazonas, apenas a relação de junho, período ao qual a pesquisa se refere, com maio, apresenta queda na produção.

Na comparação com junho de 2017, as indústrias que operam em Manaus apresentam crescimento de produção de 4,2%, entre janeiro e junho deste exercício, a produção do Distrito Industrial da Zona Franca de Manaus acumula expansão de 15,6% e é a única com dois dígitos entre os 15 estados pesquisados. No comparativo do acumulado de 12 meses, quando a produção do PIM cresceu 10,8%, conforme o IBGE, vale o que foi dito para este ano: é o maior entre os estados e o único com dois dígitos.

A média de desempenho da produção industrial brasileira de junho, aferida pelo IBGE, conforme registramos, é de 13,1%, mas no comparativo com o mesmo mês de 2017, cai para 3,5%, no acumulado deste ano, até junho, é de 2,3%, enquanto em 12 meses a produção cresceu, no Brasil, 3,2%.

Ressalte-se, porém, que o IBGE indica desempenhos superiores a 10%, em junho comparado com maio deste ano, para oito estados, além da região Nordeste, com pico de 28,4% no Paraná. Observe-se que esses estados foram atingidos, em tempo real, pela crise dos caminhoneiros, deflagrada em maio, logo sua base comparativa ficou reduzida em relação a junho.

A logística diferenciada do Amazonas, um dos fatores que deram origem à Zona Franca de Manaus, deve ter interferido, retardando aqueles efeitos da greve em relação às indústrias com sede em Manaus. Assim, pode-se dizer que, apesar da baixa no mês de junho, o PIM deve continuar a ampliar sua produção, principalmente se considerarmos a proximidade das festas de fim de ano.

Saindo um pouco da economia para registrar que os ataques direcionados à Zona Franca de Manaus devem se ampliar na campanha eleitoral que se aproxima e se inicia, no rádio e TV, em 31 de agosto, como já ficou demonstrado pelo que dizem alguns candidatos que, de maneira geral, criticam os incentivos fiscais à ZFM sem procurar saber a natureza e como é feita sua aplicação pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

Para esses candidatos, que citaremos em um próximo texto, não há diferença entre o programa que dá incentivos à indústria automobilística, talvez a mais rica e menos necessitada do país, e aqueles vinculados às agências de desenvolvimento regional com Sudam, Sudene e a própria Suframa. Dos candidatos que aí estão, de novo só há o discurso tentando mostrar sua inocência quanto àquelas práticas que a Lava Jato anda investigando há anos, a menos que consideremos a promessa daquele candidato que alega ser capaz, se eleito presidente do Brasil, de limpar o nome de 63 milhões de CPFs negativados. Melhor ouvir o samba do Zeca Pagodinho, intitulado “SPC”.

Produção cai, mas emprego melhora na zona franca

31 sábado dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazonas, Brasil, crise, economia, IBGE, indústria, produção, zona franca

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Os números relativos ao mês de agosto deste ano referentes à produção industrial do Brasil compilados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que abrangem 14 regiões, ainda trazem más notícias para a maioria desses locais, uma vez que somente três apresentaram resultados positivos no mês de referência.

No geral, a estatística do IBGE revela que apenas os Estados da Bahia (+10,4%) e Pará (+1,2%), além da região Nordeste (+0,8%) apresentaram ganhos de produção no comparativo entre agosto de 2016 e o mês de julho anterior. Assim, o gráfico com esses desempenhos continua de ponta-cabeça, à exceção dos três já mencionados.

 

A média da produção industrial do país aferida em agosto ficou em -3,8%. No caso do Amazonas (-5,7%), apenas os Estados do Paraná (-8,0%) e Espírito Santo (-6,4%) apresentaram desempenho pior, assegurando o terceiro lugar entre as perdas na produção industrial.

Embora não sirva de consolo, é importante registrar que a locomotiva industrial brasileira, o Estado de São Paulo, ficou à frente do Amazonas com queda menor. Seu desempenho, em agosto, foi de -5,4%.

No entanto, se na produção industrial aferida pelo IBGE o saldo, para o Amazonas é desempenho negativo por três meses seguidos, de outro lado, a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) tem boas notícias tanto para investidores quanto para trabalhadores, algo ainda bem difícil de se achar pelo país afora.

No que diz respeito aos investidores, os números relativos às aplicações efetivadas pelas organizações do Polo Industrial de Manaus (PIM) nos oito meses encerrados em agosto atingiram média mensal superior, aferida em dólares, à média obtida no exercício de 2015.

Se no ano passado, de acordo com os Indicadores de Desempenho do PIM, a média dos investimentos produtivos chegaram, no fim do ano, ao montante de US$ 8.077 bilhões de dólares, no período de janeiro a agosto deste ano já atingiram a média mensal de 8.134 bilhões, ou cerca de US$ 57 milhões acima da média do ano anterior.

É evidente que nem todos os segmentos com atuação no polo de indústrias incentivadas de Manaus estão ampliando seus investimentos, fato explicado pela (ainda) baixa demanda pelos produtos ali fabricados, porém, pelo menos nove setores estão com investimentos mais significativos neste ano, entre os quais duas rodas, termoplásticos, bebidas e químico.

Segmentos que puxam o faturamento do PIM, como eletroeletrônicos, incluído aí bens de informática, continuam com média de investimento inferior à obtida no exercício de 2015.

Por fim cabe registrar a sequência de dois meses seguidos nos quais as indústrias da Zona Franca de Manaus apresentaram número de admissões superior ao de demissões, fato que resultou, em agosto, na criação de cerca de 3 mil novos postos de trabalho.

Trabalhar para manter esse desempenho e obter do governo as condições necessárias para sair do fundo do poço é a opção tanto do setor privado quanto do público para tirar o país da crise.

 

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 11/10/2016

Com crise, Amazonas perde terreno

13 terça-feira dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazonas, crise, economia, faturamento, indústria, Manaus, produção, zona franca

O Estado do Amazonas, até 2013, detinha participação de 1,6% dos 5,32 trilhões de produto interno bruto (PIB) produzido no Brasil até aquele ano, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o instituto, Manaus se destaca no cenário dos municípios brasileiros e se classifica como o 6º PIB, ficando atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.

Manaus detém 1,2% do PIB do país e esta participação se dá, sobretudo, em razão de atividades econômicas como construção civil e setores da indústria de produtos farmoquímicos e farmacêuticos, metalurgia, equipamentos de informática, eletrônicos e óticos fabricados com incentivos da Zona Franca de Manaus (ZFM).

Em 2013, Manaus criou um volume de riqueza de R$ 64,02 bilhões. Tal fato reitera sua posição de 6º município brasileiro em relação ao PIB, assim como a coloca na mesma posição entre as capitais, informa o IBGE na publicação “PIB dos Municípios 2013”, divulgada no dia 18 de dezembro de 2015.

Esses dados demonstram a situação privilegiada, tanto no Brasil quanto na região Norte, que Manaus e o Estado do Amazonas vinham obtendo a partir do modelo Zona Franca de Manaus

Se entre 2010 e 2013, o Brasil conseguiu passar da média de R$ 20.371,64 do PIB per capita para R$ 26.445,72, equivalente a uma expansão de 23%, o Amazonas, ao passar de R$ 17.490,23 para R$ 21.873,65 cresceu 20% no mesmo intervalo.

No levantamento entre as regiões brasileiras, o Nordeste é a menos aquinhoada na avaliação do PIB per capita. Ali, esse indicador é de R$ 12.954,80, enquanto na região Sudeste, a mais rica,  é de R$ 34.789,79. Por esse indicador, a região Sudeste tem um PIB per capita que equivale a quase três vezes à do Nordeste e a duas à da região Norte. Quanto ao Amazonas, a relação é 1,6 maior.

Dos sete Estados que compõem região Norte, de acordo com o IBGE, o Amazonas é o que tem o maior PIB per capita, seguido de Roraima, R$ 18.495,80, mesmo ao se considerar que aquele Estado tem o menor PIB da região: R$ 9,03 bilhões em 2013.

O Estado do Pará, com PIB de R$ 121 bilhões, é o mais rico da região, mas a distribuição per capita o deixa em 6º lugar, com R$ 15.176,18 por habitante, só perdendo, nesse quesito para o Acre, onde o indicador atinge R$ 14.733,50, mas o PIB do Estado equivale a menos de 10% da riqueza gerada no Pará.

A favor do Amazonas, que tem o segundo PIB do Norte, R$ 83,30 bilhões, está o fato de ter o maior PIB  per capita, acima do valor regional que é de R$ 17.213,30.

Entre 2010 e 2013, o crescimento do PIB em 17,3% situa o Amazonas como o terceiro que mais cresceu no período, ficando atrás apenas de Mato Grosso, com expansão de 21,9%, e Amapá, com 18,3%. A média do Brasil foi de 9,1% naquele período.

Esses dados demonstram a situação privilegiada, tanto no Brasil quanto na região Norte, que Manaus e o Estado do Amazonas vinham obtendo a partir do modelo Zona Franca de Manaus, mas que, agora, tendem a ir por água abaixo em função das dificuldades conjunturais, algumas, como a crise política que resvala para a economia, assim como outras que já vêm de período mais longo, como a queda nas vendas do setor de duas rodas.

A queda do consumo interno também se abate sobre o Polo Industrial de Manaus quando se sabe que os principais produtos do setor eletroeletrônico também perdem vendas. Esse fatos, aliados a alta da inflação de 8,7% em 2015, a queda no faturamento do PIM, até outubro de 2015 já superior a 30%, se medido em dólares, não deixam margem para expectativas otimistas nos próximos dois anos, pelo menos.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 12/01/2016

Acidentes de motos aumentam e produção cai

16 quinta-feira jan 2014

Posted by Eustáquio Libório in Textos & Economia

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acidente, álcool, carro, causa, droga, equipamento de segurança, moto, motocicletas, motocilista, motorista, produção

Eustáquio Libório*

 A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) fez um estudo sobre o que os técnicos da instituição chamaram de “Epidemia acidentes motocicletas”. Circunscrito à Zona Oeste de São Paulo, a pesquisa teve como objetivo principal avaliar causa de acidentes com motocicletas e com vítimas.

O estudo completo foi divulgado pela Associação Brasileira de Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) e está disponível em seu site.

Realizada no período de 19 de fevereiro a 12 de maio de 2013, a pesquisa contabilizou 326 vítimas de acidentes envolvendo motocicletas e buscou analisar três fatores envolvidos nas ocorrências que foram humano, viário e veículos.

Entre as conclusões obtidas pelo estudo da FMUSP alguns são preocupantes e outros até inesperados. Entre os primeiros está, por exemplo, o fato de que motoristas são, em 51% das ocorrências, causadores do acidente e os motociclistas causam 49%, estatisticamente pode-se dizer que estão em empate técnico. A imprudência de motoristas está presente em 84% e a de motociclistas em 88% dos acidentes.

Já a conclusão inesperada é a detecção pelo estudo de que a utilização de equipamentos de segurança tem relação menor do que poderia supor o senso comum. Assim, o uso de capacete é eficaz para reduzir lesões leves em 48% dos acidentes. O uso de capacete e bota, no entanto, baixa para 47% a eficácia, mas quando o motociclista usa capacete e jaqueta as lesões são menores em 57% dos casos.

Outra situação que preocupa é o consumo de álcool ou droga. Conforme a pesquisa, uma em quatro vítimas de acidentes utilizou droga ou álcool e conduziu motocicleta. O percentual exato é de 21,3% dos acidentados nessa situação, sendo 14,1% para droga (a cocaína é mais frequente) e 7,2% para álcool.

Os motociclistas que usam seus veículos para ir ao trabalho ou lazer e pilotam em média duas horas por dia são 77% dos acidentados, enquanto os motofretistas que dependem das motos para fazer seu trabalho têm participação de 33% como vítimas de acidentes.

Os técnicos da FMUSP apontam a experiência dos motofretistas como fator para diminuir sua participação em acidentes.

Em 13% dos acidentes o excesso de velocidade é apontado como fator preponderante para acontecer, os motociclistas concorrem com 71% e os motoristas ficam com os 29% restantes. No entanto o fator humano finda por ser responsável pela ocorrência dos acidentes. Em 94% dos casos, a pista estava seca, 67% aconteceram de dia, 25% transportavam garupa e 18% aconteceram em sextas-feiras. Cabe uma reflexão.

O fator veicular se sai bem na análise da FMUSP. Apenas 8% dos acidentes aconteceram por problemas nos veículos. Deste total, 80% aconteceram com motos de até 250 cc e 69% com motocicletas com até seis anos de uso.

Enquanto isso, a indústria de duas rodas desce a ladeira. Se em 2011 foram produzidas 2,12 milhões de unidades, no ano seguinte houve uma queda de 19,43% com 1,71 milhão de unidades. Em 2013, no acumulado até o mês de outubro, a produção foi de 1,46 milhão. Nesses três anos foram colocadas no mercado 5,29 milhões de novas motocicletas.

Por fim cabe registrar a carência de melhor preparo dos condutores, não só de motocicletas, mas de veículos em geral, para tentar reduzir o número da mortandade no trânsito brasileiro.

 (*) É jornalista

 E-mail: liborio.eus@uol.com.br

Publicado na revista PIM nº 45, ed. dezembro/2013

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