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Sobrevida da Zona Franca de Manaus

26 terça-feira fev 2019

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Alfredo Menezes, Amazonas, biodiversidade, planejamento, suframa, zona franca

A posse do novo titular da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), na semana passada, as visitas que fez, assim como o que declarou, abrem algumas expectativas acerca de como será implementada sua gestão. Em suas falas e em entrevistas, Alfredo Menezes dá pistas que podem ser tomadas como o bom caminho para administrar o modelo, no entanto, mesmo assim, há que se procurar novas alternativas, se não para sair do modelo, pelo menos para garantir atividade compatível com a economia do Amazonas, enquanto ainda resta uma sobrevida à Zona Franca de Manaus (ZFM).

Ao enfatizar que o planejamento será uma das prioridades de sua administração, o superintendente dá oportunidade para que tenhamos a expectativa de que seu trabalho não deixará de lado o planejamento estratégico de que a Suframa já dispõe e, mais importante ainda, dará sequência às ações que se fazem necessárias para que as metas e objetivos ali propostos sejam concretizados da melhor forma possível, com ganhos tanto para o público interno quanto externo, e para a sociedade em geral.

Tornar o Distrito Industrial uma atração turística deve ter sido uma metáfora usada pelo superintendente para ilustrar a necessidade – existente há longo tempo – de dar atenção às vias de circulação daquela parte da cidade, onde está instalada a maior parcela das indústrias incentivadas pela Suframa, e cujo tráfego se torna precário dada a existência de crateras onde deveria haver asfalto de boa qualidade. Assim, se resguardariam recursos para implementar o turismo onde Manaus tem patrimônio, digamos, mais turístico, para mostrar.

A Suframa, que há muito vê seus recursos – captados aqui, pagos pelas empresas locais – servirem de lastro para o governo federal quitar seus compromissos de caixa, necessita que ações no sentido obter a liberação desses valores sejam realmente efetivadas e, ainda, que tais ações, cujo protagonista principal deverá ser o superintendente, com respaldo de parlamentares e autoridades dos estados e municípios onde são aplicados os incentivos, tenham eficácia e se traduzam em reforço ao orçamento daquela que já foi uma agência de desenvolvimento regional eficaz.

Se o modelo seguir um planejamento estratégico que contemple a busca de novas – ou nem tão novas assim – alternativas de matriz econômica, e aí a mais focada é aquela que aproveita a biodiversidade amazônica, o caminho para garantir o futuro crescimento e desenvolvimento do Amazonas e das áreas administradas com os incentivos fiscais da Suframa pode se tornar realidade. Mesmo assim, há que se lutar para que outras alternativas e possiblidades sejam exploradas.

Por exemplo, apoiar – com recursos – iniciativas como a do Codese, no sentido de implementar o polo digital na ZFM, o que traria benefícios para indústria, educação para a juventude, além de empregos para quem aqui vive, é uma boa opção.

O tabu – isto é, a legislação – que impede a exploração mineral no Amazonas é outro obstáculo a ser superado pelo grande potencial de riqueza a ser gerada. Obviamente que não se está defendendo a mineração à moda das Minas Gerais, cujos malefícios aí estão, mas, garantida a sustentabilidade do meio ambiente, é outra rota para a economia local.

Enquanto tais iniciativas não acontecem, nada melhor do que fazer articulações, como propôs o superintendente, no sentido de trazer para a Suframa o direito de definir, aqui, os pré-requisitos que envolvem os processos produtivos básicos (PPBs) da indústria local, afinal, nos quadros da autarquia há competência suficiente para isso.

No ranking das inteligentes, Manaus está fora

07 quarta-feira dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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cidade, inteligente, Manaus, planejamento, urabanismo

O uso da tecnologia para melhorar a qualidade de vida dos habitantes das cidades brasileiras está começando, mas são poucas aquelas que já detêm nível razoável e onde problemas do dia-a-dia contem com a intervenção dessa ferramenta para resolvê-los ou reduzir o impacto negativo desses gargalos na vida da cidade.

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Trabalho elaborado pela consultoria Urbam System, com a análise de 70 indicadores aplicados a 700 municípios brasileiros resultou no ranking das 50 cidades mais inteligentes do Brasil, mas nenhuma cidade da região Norte conseguiu ser classificada entre essas.

Pela indicadores , já dá para ver porque Manaus não conseguiu fazer parte da elite das cidades inteligentes do país

A nota máxima que pode ser conseguida para entrar no ranking é de 63 pontos, mas a cidade mais inteligente do Brasil, o Rio de Janeiro, só conseguiu 29,99 pontos, isto é, menos de 50% do máximo possível.
Entre os indicadores analisados estão itens ligados à economia, educação, empreendedorismo, energia, governança, meio ambiente, mobilidade, planejamento urbano, saúde, segurança e tecnologia.
Pela amostra dos indicadores listados acima, já dá para ver porque Manaus não conseguiu fazer parte da elite das cidades inteligentes do país, com desempenho sofrível em energia, mobilidade urbana, educação e outros mais, como o serviço de internet, item principal para que um centro urbano possa se conectar ao mundo e usar essa tecnologia em diversas aplicações com o objetivo de atrair investimentos, melhorar a qualidade de vida da população e oferecer serviços públicos melhores.
A cidade do Rio de Janeiro, com cerca de 6,5 milhões de habitantes, dispõe de 1.000 câmeras espalhadas por suas ruas. Com esse equipamento, a cidade é monitorada e seus operadores têm a possibilidade de alertar a população para riscos de desabamento em épocas de chuvas, organizar o trânsito e até indicar onde é necessária a troca de uma prosaica lâmpada nas ruas da Cidade Maravilhosa.
Manaus tem menos de um terço da população do Rio de Janeiro e, apesar da existência de um centro integrado que utiliza tecnologia da informação de forma intensiva, ainda não conseguiu sair do estágio inicial na aplicação desse meio técnico e transformá-lo em serviço à sociedade, como bem prova a fumaça que, desde quinta-feira, tomou conta da capital.
De outro lado, a frota de veículos que trabalha na segurança pública, mesmo tendo meios tecnológicos e de comunicação para oferecer um combate à violência de maior envergadura, lá na ponta do enfrentamento à bandidagem os operadores simplesmente desligam as câmeras que poderiam oferecer suporte quanto à legalidade dos atos tanto aos policiais, quanto às pessoas que são abordadas ou presas nas operações.
Os especialistas no tema cidade inteligente já constataram que áreas assim classificadas atraem tanto investimentos quanto capital humano, dadas as condições de oferta de infraestrutura integrada com tecnologia, comunicação e sustentabilidade, ao dar atenção ao meio ambiente.
Embora em um percurso de 11 quilômetros entre a Cidade Nova, na zona Norte, até o bairro Japiim, na zona Sul, seja possível passar por cinco áreas de conservação, a cidade tem pouco verde em suas ruas, o que transparece de forma dramática como   temperaturas altas neste período do ano.
Se o próximo administrador de Manaus mantiver as iniciativas da gestão atual, é possível que no longo prazo Manaus se torne uma cidade inteligente, mesmo assim, vai levar um bom tempo.

 

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 06/10/2015

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