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Baixa no coronavírus e aquecimento na economia

20 quarta-feira maio 2020

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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bicicletas, coronavírus Manaus, covid-19, mortes, pandemia, PIM, sepultamentos em Manaus, zona franca

O Jornal do Commercio (JC) tem uma seção que deve ter ganhado maior índice de leitura a partir da chegada da pandemia de coronavírus (covid-19) no Amazonas. Apresentada diariamente, a coluna é o obituário de Manaus. Ali são informados a idade e, antes da pandemia começar, a causa da morte, filiação e idade do falecido. Com a pandemia, houve uma mudança e as informações, agora, se limitam ao nome, idade e o local – hospital, domicílio – do defunto.

O JC normalmente publicava as informações com um ou dois dias de defasagem, a chegada da pandemia, no entanto, mudou isso. Assim, hoje, dia 19, a defasagem entre as datas de sepultamento e a publicação dos nomes no obituário do JC é de exatas duas semanas. Como se vê, os mortos realmente podem esperar.

As más notícias, porém, não ficam somente no obituário. Se na semana passada a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) já informara a queda de 98% na produção de motos no mês de abril, nesta semana foi a vez de se registrar a queda na produção de bicicletas. O segmento das bikes caiu, também no mês de abril, 86,7%. O fato confirma a baixa na produção do setor de duas rodas.

Este panorama, no entanto, já deve começar a se modificar a partir deste mês de maio, uma vez que a maioria das empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) já retomou suas operações normais.

Mas, voltando ao tema da pandemia, há boas notícias no ar. Desde o último fim de semana há registro de queda no número de mortes por covid-19 em Manaus, com isso, as unidades de tratamento intensivo (UTIs) dos hospitais estão atendendo com uma margem maior de leitos liberados. No momento de maior incidência de covid-19 na capital, o percentual de UTIs ocupadas atingiu, de acordo com a Susam, 96%. Esta ocupação agora caiu para 82%.

Outro indicador de que a pandemia chegou ao pico e está em queda é a baixa no número de sepultamentos, que atingiu cerca de 170 por dia, e retornou a um número bem menor nesta semana, com cerca de 70 sepultamentos. Embora seja um número que não deve ser comemorado por representar mais que a média diária de sepultamentos no período anterior à chegada do coronavírus na cidade.

Se a covid-19 reduziu o ritmo, na economia e, principalmente, nos investimentos, quem pode estar comemorando, para variar, são os bancos, uma vez que, de acordo com analistas, houve uma migração muito grande de ativos que saíram da Bolsa de Valores, onde o risco é maior, e migraram para os bancos. Essa corrida da Bolsa para os bancos está demonstrada pelos balanços dos quatro principais bancos brasileiros: Itaú Unibanco, Santander, Bradesco, e ainda o Banco do Brasil. Esses quatro bancos, juntos, fecharam o primeiro trimestre acumulando depósitos à vista e a prazo no valor de R$ 1,84 trilhão. Esse número significa crescimento de 10,9% em apenas 3 meses.

O grande problema, agora, parece ser conciliar a necessidade de as empresas retornarem o mais rápido possível às suas atividades econômicas com a não menos importante missão de resguardar as pessoas de um segundo pico da pandemia ainda mais agressivo, com a liberação sem critério e sem as medidas preventivas necessárias com o objetivo de garantir o retorno ao trabalho de forma segura.

Boas notícias para Zona Franca de Manaus

01 terça-feira out 2019

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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CAS, emprego, investimentos, PIM, reforma tributária, renda, Rio Preto da Eva, suframa, zona franca

A semana que passou foi farta em fatos e ainda mais rica nas constatações acerca da fragilidade da Zona Franca de Manaus (ZFM), como exemplificou o prefeito de Manaus, Artur Virgílio Neto, ao declarar que desativar o Polo Industrial de Manaus (PIM) é criar um exército de desocupados que poderá ser recrutado pelo tráfico de drogas em Manaus.

De outro lado, a realização da reunião do Conselho de Administração da Suframa (CAS), o que aconteceu no último dia 26 de setembro, com a aprovação de projetos industriais que preveem a criação de cerca de 900 empregos, além de investimentos previstos em 133 milhões de dólares pode ser uma boa notícia.

A reforma tributária em andamento no Congresso Nacional e que ameaça a Zona Franca de Manaus, assim como a reunião do CAS, comprova que, embora exista uma redução nos volumes alocados pelos investidores no PIM, estes ainda têm interesse em aplicar recursos na Zona Franca de Manaus (ZFM).

Se o prefeito Artur Neto colocou a importância da Zona Franca na geração de emprego, os quais, como se sabe, já atingiram mais de 120 mil postos e, hoje, está estacionada por volta dos 85 mil postos de trabalho, o governo estadual não ficou atrás ao lançar, em parceria com vários órgãos, entre os quais a Suframa, iniciativa para a criação de um polo agroindustrial no Estado do Amazonas.

O anúncio do governo estadual, que deve se concretizar no município de Rio Preto da Eva, entra na linha de um projeto estratégico do governo do Estado para viabilizar, até 2025, esta transformação de uma economia, hoje meramente de agricultura e centrada na fruticultura, como acontece no município de Rio Preto da Eva, para um outro patamar, ao instalar pelo menos 50 agroindústrias naquela área, que atinge quase 6.000 km quadrados com parte no Distrito Agropecuário da Suframa.

Ainda na lista das notícias boas, a divulgação da arrecadação federal do mês de agosto mais uma vez coloca o Amazonas na liderança entre os estados da 2ª Região Fiscal (RF) que mais recolhem tributos federais na 2ª RF, que é integrada, além do Amazonas, pelos estados do Acre Amapá, Pará, Roraima e Rondônia.

Conforme os dados da Receita Federal, no acumulado entre janeiro a agosto deste ano, o Estado do Amazonas recolheu 11,5 milhões de reais. Este valor equivale a 47,50% do total arrecadado na 2ª Região Fiscal pela União nesse período. Sem ZFM, isso vai por água abaixo.

Outra expectativa que se criou durante a semana passada vem do Legislativo e é de que o deputado estadual Josué Neto vai trazer autoridades envolvidas na reforma tributária, que tramita no Congresso Nacional, para conhecer o Amazonas e a ZFM.

Os pessimistas que me perdoem, mas ainda tem notícia boa a ser servida, como o início, no próximo dia 11 de outubro, da extração de petróleo e/ou gás nas reservas de Azulão, a ser feita pela Eneva.

No entanto, para confirmar a regra de que “boa notícia é a má notícia”, embora as quedas de energia continuem a acontecer em Manaus com frequência acima da expectativa do usuário, mesmo após a venda da Amazonas Energia, o que é lamentável, por outro lado, até aí há o que comemorar: a empresa firmou acordo e teria antecipado o pagamento de sua dívida, superior a R$ 1 bilhão. Já o usuário de seus serviços continua a ter prejuízos.

Já na área de atividades alternativas ou mesmo complementares à Zona Franca de Manaus, um passo à frente foi dado com a apresentação, pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), do Marco Estratégico para o Desenvolvimento. O documento, apresentado pelo titular da Coordenadoria do Sistema de Transporte e Logística, Infraestrutura, Energia e Telecomunicações (Cinf) da Fieam, Augusto César Barreto Rocha, dá indicações acerca da necessidade de ações direcionadas ao desenvolvimento do Estado do Amazonas em eixos estratégicos com ações voltadas para infraestrutura, produção e ciência e tecnologia.

Como se vê, nem só de más notícias vive a mídia, pois cabe ainda registrar o crescimento do produto interno bruto (PIB) do Amazonas, no segundo trimestre, em 3,90%, ao atingir o valor de R$ 25,28 bilhões em riquezas geradas no Estado.

Queda nos investimentos do PIM e a Amazônia incendiada

27 terça-feira ago 2019

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazônia, Bolsonaro, fake news, incentivos fiscais, indicadores, Macron, Paris, PIM, queimadas, zona franca

Focos de queimadas existem, mas a Amazônia ainda é dos brasileiros

A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) finalmente atualizou e divulgou os Indicadores de Desempenho do Polo Industrial de Manaus (PIM), os quais estavam sem atualização desde o fechamento do exercício de 2018. A divulgação aconteceu na última sexta-feira, dia 23 de agosto.

Embora tenha quem faça festa com os resultados apresentados acerca do faturamento, que ficou em R$ 40,82 bilhões no período de janeiro a maio deste ano, com crescimento superior a 10%, a análise, quando efetivada com dados convertidos para o dólar norte-americano, muda o sentido desse resultado, já que, então, aparece uma queda de 2,76% no acumulado desses cinco meses de 2019 e o meso período do ano anterior.

Talvez pior do que a involução apresentada no faturamento em dólar do polo de indústrias incentivadas de Manaus seja a queda na média dos investimentos produtivos. Se no decorrer de 2018 esta média se situou em US$ 8.87 bilhões, no acumulado de janeiro a maio deste ano, informam os Indicadores do PIM, caiu para US$ 8.63 bilhões, uma baixa equivalente a 2,68% no período, ou, ainda, uma fuga de investimentos de quase US$ 240 milhões. Não é pouca coisa.

A baixa nos investimentos produtivos do PIM, aliás, não é fato novo, infelizmente. A média apresentada em 2018 já registrava queda de 3% em relação ao ano anterior, quando a média desse indicador fora de US$ 9.14 bilhões.

Ainda em relação aos Indicadores de Desempenho do PIM é de se registrar a baixa ocorrida nas receitas totais obtidas pelas organizações que operam em Manaus. Conforme o documento, as receitas caíram de US$ 12.96 bilhões, no ano passado, para US$ 11.89 bilhões nos primeiros cinco meses dos dois exercícios.

As más notícias na semana passada, no entanto, não ficaram só por conta dos resultados divulgados pela Suframa. A Amazônia, e o Amazonas por tabela, voltaram às manchetes da imprensa nacional e internacional a partir de informações divulgadas acerca da expansão do número de focos de queimadas no Brasil e, em particular, na região amazônica.

Embalada por bate-boca via redes sociais e mesmo pela imprensa internacional entre o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e o mandatário da França, Emmanuel Macron, que postou em sua conta no Twitter imagem fotográfica antiga para ilustrar denúncia de que a Amazônia estava em chamas, mais ou menos como o título daquele filme “Paris está em chamas?”, de 1966, dirigido por René Clément e cujo protagonista era Jean-Paul Belmondo.

O filme francês narra a resistência do general alemão que ocupava Paris durante a 2ª Guerra Mundial, em acatar a ordem de Hitler para incendiar totalmente a Cidade Luz, incluindo seus monumentos e museus. Era o fim da Grande Guerra, e o general, ao contrário de Macron que não conseguiu evitar que um dos ícones parisienses – a igreja de Notre Dame – fosse destruído pelo fogo, preferiu desprezar a ordem de seu líder.

Mas quando ficção e realidade se cruzam no universo das fake news, nem presidentes de países como a França resistem a apelar para imagens que não se relacionam com os fatos aos quais Macron se referia, para apresentar ao mundo uma visão enganosa e resguardar interesses nem tão republicanos assim.

De outro lado, a exposição do problema vivido anualmente pelo Brasil em sua mais vasta região, a Amazônia, não poderia ser encarada como se não existisse, como o fez o presidente brasileiro ao supor responsabilidade das queimadas para as organizações não-governamentais (ONGs).

Essa exposição nas mídias, incluindo a reunião do G7 que acontece na França, deu oportunidade a mudança de discursos dos presidentes brasileiro e francês e abriu, por vias transversas, a possibilidade de se obter recursos para viabilizar maior fiscalização dos órgãos estatais brasileiros e coibir desmatamentos na região. Se a ajuda vai ser aceita é outro problema.

É, também, como já foi sugerido por uma liderança local, a oportunidade de colocar o modelo Zona Franca de Manaus (ZFM) em seu devido lugar, isto é, um modelo com potencial de reduzir a necessidade de que a população amazônica avance ainda mais sobre os recursos naturais da região para sobreviver, como fizeram as populações dos agora ditos países desenvolvidos.

Zona Franca: quem cala, consente

24 quarta-feira jul 2019

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Afrebras, Bolsonaro, CAS, concentrados, desempenho, Paulo Guedes, PIM, suframa, zona franca

Ao que parece, finalmente será realizada a primeira reunião do Conselho de Administração da Suframa (CAS) na próxima quinta-feira, dia 25, a qual deve acontecer com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, e do ministro da Economia, Paulo Guedes, assim como outras personalidades da República que integrarão a  comitiva presidencial em Manaus.

De acordo com as expectativas do titular da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Alfredo Menezes, essa será um reunião histórica para o modelo Zona Franca de Manaus (ZFM) pelos benefícios que serão anunciados para a região pelo presidente da República.

Sem querer ser estraga prazeres, é possível observar, a partir dos posicionamentos tanto do presidente quanto do ministro da Economia, que os tais benefícios estão bem mais longe de acontecer do que julga a vã filosofia do coronel que chefia a Suframa.

Por exemplo, qual o fato novo a alicerçar a expectativa de que acontecerá, no curto prazo, a restauração da BR-319, que liga Manaus aos centros consumidores dos produtos do Polo Industrial de Manaus (PIM)? A notícia, disseminada na semana passada pela Suframa de que o presidente da República vai anunciar isso pode até acontecer, o nó todo, no entanto, é a real implementação das obras na BR-319.

O caso do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), que ao longo dos seus 17 anos de existência já teve picos de grande atividade com emprego de até 200 pesquisadores, mas, em 2015, ali só trabalhavam 48 pesquisadores. Como não se sabe de mudanças organizacionais que possam ter trazido melhorias, se a situação não piorou, também não deve estar muito melhor, já que a situação de penúria financeira e ausência de segurança jurídica se mantêm.

Assim, qualquer anúncio a ser feito vai ter as mesmas limitações para se tornar realidade e fazer com que o CBA consiga cumprir com seus objetivos que podem dar uma nova cara ao aproveitamento da biodiversidade amazônica, com a inclusão de produtos da floresta nos processos fabris de medicamentos, cosméticos e fitoterápicos. A floresta continua aí, em pé, esperando que isso aconteça desde sempre. Será desta vez?

Entrevistas e declarações do titular da Suframa tentam passar a imagem de que o modelo está muito bem, o que é esperado por todos que aqui trabalham e constroem a riqueza do Amazonas com os incentivos sob a gestão da autarquia, porém, entre as declarações do coronel e a ausência de números que demonstrem o real estado do PIM há uma grande lacuna, uma vez que desde o fechamento do exercício de 2018 não mais foram publicados os indicadores de desempenho econômico do PIM.

Enquanto a Suframa trabalha com o otimismo, que, aliás, faz parte das atividades de promover o modelo, a ZFM continua sob ataque, só para variar.

Nesta segunda-feira, dia 22, por exemplo, o  site do Jornal de Brasília publicou matéria onde o presidente da Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afrebras), Fernando Rodrigues de Bairros, volta ao ataque, mais uma vez, para recomendar ao presidente da República e ao ministro da Economia que tenham muita cautela.

Cautela, neste caso, é deixar, ou reduzir ao mínimo, os níveis de incentivos fiscais que possam vir a ser concedidos às companhias – como Coca-Cola, Ambev e Heineken – que operam no polo de indústrias incentivadas e no segmento de concentrados.

Para o dirigente da Afrebras “A farra de benefícios tem um reflexo perverso sobre o setor e atropela a livre concorrência, já que as pequenas indústrias ficam sem condições de concorrer de forma isonômica”. O ataque acontece e é de se esperar que haja resposta no mesmo nível, pois, quem cala, consente.

Em marcha lenta e desacelerando

13 segunda-feira maio 2019

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazonas, IBGE, indústria, Manaus, Pauo Guedes, PIB, PIM, queda, zona franca

Foto: Divulgação/Agecom

O produto interno bruto (PIB), que indica a riqueza gerada em um país ou Estado, tem dado indicações de que a economia tem perdido força ao longo desta quase metade do ano de 2019, e as instâncias onde isto tem acontecido abrange desde o próprio governo federal até o Fundo Monetário Internacional (FMI).

É esperado, que no dia 22, por exemplo, o relatório bimestral sobre o desempenho da economia brasileira a ser divulgado naquele data, reduza a expectativa do PIB para 2019. Até agora, o governo federal trabalha com a previsão de que a economia cresça 2,2%, mas esse valor deve cair para 1,5%, dizem os analistas.

A pesquisa semanal Focus, do Banco Central, também já vem reduzindo as estimativas de crescimento da economia para este exercício. Por ali, se há quatro semanas a expectativa era de que a economia brasileira crescesse 1,95%, caiu para 1,49% e, nesta semana, está mais baixa ainda: é de 1,45%.

Se as estimativas do PIB não conseguem resistir às tendências do mercado, ou mesmo às inseguranças, contradições e trocas de mensagens contraditórias entre membros do alto escalão do governo federal, as estatísticas vêm corroborar essa realidade: a economia está em marcha lenta e desacelerando.

A Pesquisa Industrial Mensal (PIM) sobre o mês de março, divulgada na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também reflete essas perdas de produção na indústria com o agravante de atingir a maior economia do País.

Por ali, o Estado do Pará apresentou queda de produção na indústria de 11,3%, em março. São Paulo reduziu 1,3% no mesmo período, outros três estados, assim como a região Nordeste, tiveram redução na produção industrial superior a 5%, enquanto mais três estados, incluindo o Amazonas, também tiveram desempenho negativo.

A média nacional de redução na indústria, conforme o IBGE, ficou em -1,3%, no período entre março de 2019 e fevereiro de 2019. Neste comparativo se poderia dizer que o Amazonas até que teve um desempenho razoável ao baixar “apenas” 0,5%, conforme o estudo do IBGE.

O problema, no entanto, é que, em todos os outros três comparativos, a indústria da Zona Franca de Manaus, que constitui a maior parte do PIB do Estado, apresenta desempenho negativo, sendo o citado aquele que está menos ruim.

Assim, no comparativo entre março de 2019 com o mesmo mês de 2018, a perda na produção da indústria da ZFM chega a 10,8%; no acumulado do primeiro trimestre, cai pela metade, é de 5,1%, enquanto nos 12 meses o IBGE diz que a produção da indústria caiu 2,1%.

É evidente que tal desaceleração não se deve somente a fatores que envolvem o panorama político-econômico brasileiro, pesam aí, também, fatores e indecisões regionais e, principalmente, a ausência de ações que fortaleçam a Zona Franca de Manaus (ZFM).

Exemplo de tais fatores e indecisões é o fato de que, apesar de o calendário já avançar para meados de maio, até esta data a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) não realizou nenhuma reunião do Conselho de Administração (CAS), até por uma razão óbvia, e esta sim, influenciada por fator exógeno: o comando da Suframa só há pouco foi nomeado pelo governo federal.

Se a autarquia que tem como principal objetivo dar um norte à produção da indústria local, por meio dos incentivos que administra, está sob ataque cerrado do próprio governo federal, fica difícil – quase impossível – trazer novos investimentos para Manaus. Pior: quem já está instalado começa a pensar em outras possibilidades e até em transferir investimentos para outras regiões.

De repente, começa a tomar forma o fantasma anunciado por Paulo Guedes, de detonar a Zona Franca de Manaus. Se medidas efetivas não forem tomadas pelas lideranças do segmento industrial, parlamentares, Executivo e pela própria sociedade, a inércia do momento atual pode ser o início do fim, conforme já anunciou o ministro da Economia.

Incentivos que incomodam

09 terça-feira jan 2018

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazonas, indústria, PIM, renúncia fiscal, zona franca

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Outro dia, assistindo a um programa jornalístico da Globo, a moça que faz matéria sobre previsão do tempo, depois de explicar que iria chover muito em Manaus, observou que, aqui, mesmo com muita chuva, a temperatura não cai.

Na edição desta segunda-feira, 8, o jornal Folha de S.Paulo, publicou matéria sob o título “Governo não sabe se metade dos programas de subsídio dão resultado” acerca da renúncia fiscal efetivada pela União e a ausência de resultados que deveriam ser obtidos a partir dessas renúncias, mas que, conforme o veículo paulista, não acontecem ou não são aferidos pela autoridade fazendária. O jornal, lá pelo meio do texto, cita que a Zona Franca de Manaus (ZFM) e o Simples são exemplos desses incentivos.

Na região Norte, o Estado do Amazonas é responsável por cerca de 48% de toda a arrecadação que a Receita Federal recolhe

Mas o que tem a ver a chuva que não baixa a temperatura com a administração dos incentivos fiscais? Tudo e nada. É evidente que o regime de chuvas não interfere na administração dos incentivos fiscais, no entanto, nos dois casos, Manaus e a Zona Franca são vítimas do desconhecimento, da ignorância sobre o que se passa aqui, ou, no limite, da má-fé de quem fala sem saber do que se trata. Ontem à tarde, por exemplo, em Manaus a temperatura era de 30ºC, na mesma hora, no Rio de Janeiro era de 28ºC. Quer dizer que o Rio está quase tão quente quanto Manaus, será mesmo?

Já os questionamentos e a tendência do jornal paulista acerca dos incentivos fiscais atribuídos pela Constituição Federal à Zona Franca de Manaus não são novidades e os ataques à renúncia fiscal que a União faz a favor da ZFM se renovam, naquele veículo, com certa regularidade, sem que, na maioria das vezes, a bancada federal do Amazonas no Congresso Nacional saia em defesa do modelo que tirou Manaus do marasmo ao qual estava subjugada desde os áureos tempos da borracha, quando os recursos captados com a exportação da hévea ajudou a desenvolver boa parte do Sudeste.

Na região Norte, o Estado do Amazonas é responsável por cerca de 48% de toda a arrecadação que a Receita Federal recolhe. É de se perguntar aos que questionam os resultados da renúncia fiscal em favor da ZFM, se essa arrecadação existiria na ausência do modelo ZFM.

Conforme o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2017, a União previra renúncia fiscal de R$ 280 bilhões para aquele exercício. Ali, o segmento com a maior participação era o de comércio e serviços, cujo valor ascendia a 82,8 bilhões de reais, representando 29,5 do total. Em seguida vinham trabalho, com 43 bilhões de reais (15,4%); saúde, 36 bilhões de reais (12,8%); indústria, 35 bilhões de reais (12,5%); agricultura, 26,6 bilhões de reais (9,5%); assistência social, 12,7 bilhões de reais (4,5%); habitação, 11,2 bilhões de reais (4%), Educação, 10,1 bilhões de reais (3,6%) e C&T com 10,1 bilhões de reais (3,6%).

À Zona Franca de Manaus estavam previstos 7,63 bilhões de reais, sendo 6,42 bilhões de reais para atender a indústria e mais 1,24 bilhão para a agricultura. A soma dessa renúncia fiscal à ZFM representou, naquele exercício – se de fato foi efetivada – o equivalente a 2,73% dos 280 bilhões estimados no PLOA.

A União, entre suas responsabilidades e atribuições constitucionais, tem diretivas para implementar medidas que favoreçam o desenvolvimento das regiões mais pobres do país, que é o que fundamento a renúncia fiscal para a ZFM, dadas as condições peculiares do Amazonas e de Manaus, cuja única ligação rodoviária com os centros consumidores do Brasil, a BR-319, até hoje enfrenta obstáculos a sua efetiva operação por não ser asfaltada em sua totalidade. Esta característica e a preservação do meio ambiente já justificariam a existência do modelo ZFM.

Expectativas positivas, ainda

07 quarta-feira jun 2017

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazonas, economia, PIB, PIM, selic, suframa

O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), que geralmente corrige os preços de aluguéis, voltou a apresentar número negativo pela segunda vez consecutiva, no último mês de maio, quando ficou em -0,93%. No mês anterior, o IGP-M registrara queda nos preços de -1,1%. A última ocorrência de inflação negativa neste indicador aferido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) ocorrera em novembro de 2016.

Já a taxa básica de juros, Selic, em que pese o corte de um ponto percentual, passando de 11,25% para 10,25% ao ano, conforme decisão do Copom em 31 de maio, se mantém em 8,5%,

De acordo com a pesquisa Focus, do Banco Central, publicada nesta segunda-feira, dia 5, a expectativa do mercado para indicadores de preço como IPCA, GP-DI e IPC-Fipe, também devem continuar a cair no exercício de 2017, enquanto esses mesmos agentes econômicos avaliam que, em 2018, com exceção do IPCA, os preços devem sofrer quedas na faixa dos 4,5%.  Em outras palavras, há pelo menos um mês, as expectativas do mercado em relação aos preços para 2018 foram estabilizadas nesse patamar.

Já a taxa básica de juros, Selic, em que pese o corte de um ponto percentual, passando de 11,25% para 10,25% ao ano, conforme decisão do Copom em 31 de maio, se mantém em 8,5%, tanto na expectativa para 2017 quanto para o próximo ano.

A julgar por esses indicadores e ainda pela visão dos agentes de mercado consultados pela pesquisa Focus no que diz respeito ao produto interno bruto (PIB) para 2017, o imbróglio político que envolve o presidente Michel Miguel Temer tem feito poucos estragos no mercado. A Focus registra crescimento do PIB em 0,5%, para este ano. Na semana anterior a expectativa era de 0,49%.

No Amazonas, a atividade do Polo Industrial de Manaus (PIM) continua a evoluir de forma positiva, conforme registram os Indicadores de Desempenho relativos ao primeiro trimestre deste ano. Por ali, o faturamento das indústrias com operações em Manaus teve expansão de 36% – em dólar -com faturamento de 5.98 bilhões medidos pela moeda norte-americana.

Mesmo ao se considerar que os ganhos no faturamento ainda não são refletidos na criação de postos de trabalho no PIM, outros fatores, porém, atestam a retomada da produção na indústria incentivada da Zona Franca de Manaus (ZFM), tais como a aquisição de insumos e o recolhimento de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

A aquisição de insumos por parte da indústria incentivada, que fechou 2016 na faixa de 41,67% do faturamento, passou, no primeiro trimestre deste ano para 49,59%. O recolhimento de ICMS passou de 0,98% do faturamento, no ano passado, para 1,08% entre janeiro e março de 2017. Mesmo com indicadores de crescimento positivos, há que pensar na existência de outros fatores a influir nessa evolução.

Cabe registrar, ainda, que no tocante à mão de obra empregada no Polo Industrial de Manaus houve geração de postos de trabalho entre o mês de março de 2016, com 83,6 mil postos e o mesmo mês deste ano, que fechou com 84,5 mil postos. Não dá para comemorar, mas demonstra algum aquecimento nas contratações da indústria.

Se um pouco de otimismo, assim como canja de galinha, não faz mal a ninguém, o setor produtivo tenta fazer a sua parte ao retomar a atividade econômica na produção de bens e serviços. Já do outro lado da moeda, na seara da política, não se pode dizer o mesmo em relação à administração federal que desfalca as atividades da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) ao substituir, por conveniência (?) política, a gestora da autarquia.

Mas como tudo sempre pode piorar, já existe boa parte de indústrias incentivadas que buscam meios para contestar as taxas criadas para prover recursos àquela autarquia tão logo a lei seja sancionada. O motivo seria, principalmente, a manutenção do contingenciamento desses recursos pelo Governo Federal. É mais uma briga pelo modelo ZFM que o novo titular da autarquia vai ter que enfrentar.

Publicação no Jornal do Commercio em 06/06/2017

Zona franca do Brasil

07 terça-feira mar 2017

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Brasil, economia, indústria, PIM, Zona Franca de Manaus

BR-319

A sessão especial promovida pelo Senado Federal em homenagem aos 50 anos da Zona Franca de Manaus (ZFM), nesta segunda-feira, 6, foi além do clima comemorativo ao modelo que tirou Manaus de um marasmo de quase meio século. Não faltaram oradores para renovar e reivindicar velhos pleitos que deixam o modelo menos competitivo, apesar de seu já provado fôlego para se reestruturar e renovar ao longo desse meio século de sobrevivência.

Dar à Suframa mais poder decisório acerca da aprovação dos PPBs, liberar os recursos que são gerados aqui com taxas cobradas pela autarquia, evitando o contingenciamento, são reivindicações que também já passaram muitos carnavais

A superintendente da Suframa, Rebecca Garcia, reiterou a importância do modelo para combater as desigualdades socioeconômicas na Amazônia em relação a outras regiões do país, mas também registrou que os recursos entendidos como renúncia fiscal, antes de serem incentivo, representam a contrapartida às dificuldades inerentes à região, com o objetivo de trazer crescimento e desenvolvimento econômico.

A diversificação da indústria instalada no Polo Industrial de Manaus (PIM), assim como sua interiorização aos municípios abrangidos pela Suframa – localizados no Amapá, Roraima, Rondônia, Acre, além do Amazonas – por meio do Zona Franca Verde, também foram citadas por Rebecca Garcia.

Mas se o senador Eduardo Braga, que propôs a sessão em homenagem ao jubileu de ouro da Zona Franca de Manaus, vê a criação do processo produtivo básico (PPB) como garantia de que as maquiladoras não têm como aportar no PIM e se beneficiar de incentivos fiscais, não deixa de ser pertinente a crítica sobre a demora para aprovar os PPBs, mesmo com todo o empenho que a Suframa tem demonstrado junto aos ministérios responsáveis.

Dar à Suframa mais poder decisório acerca da aprovação dos PPBs, liberar os recursos que são gerados aqui com taxas cobradas pela autarquia, evitando o contingenciamento, são reivindicações que também já passaram muitos carnavais sem que nada mude e o Amazonas continua a manter sua posição de “exportador” líquido de recursos para União, neste último caso.

Ao mesmo tempo em que o ministro Marcos Pereira, titular do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) é reconhecido como parceiro da Zona Franca de Manaus, em outras esferas do governo federal não parece haver um olhar estratégico para o modelo e para a Amazônia.

A ausência desse olhar estratégico pode ser exemplificada, de forma simples e reiterada, com a permanência da BR-319 desativada, onde seus corajosos usuários enfrentam poeira, na estação seca, e são impedidos de trafegar em época de chuvas. O asfaltamento da BR-319, reivindicação praticamente unânime entre os nove oradores que tiveram a palavra na homenagem à ZFM, significa redução de custos para a indústria incentivada de Manaus.

Ao se considerar que cerca de 95% da produção do Polo Industrial de Manaus são destinados ao mercado interno, não fica difícil vislumbrar os ganhos a serem obtidos, tanto pela indústria quanto pelo usuário final dos produtos “made in ZFM”, com a pavimentação da BR-319.

Por fim, cabe registrar aqui a expressão usada por um dos participantes da homenagem para qualificar a ZFM:  “A Zona Franca não é de Manaus, mas do Brasil”. Pura verdade, infelizmente, o desconhecimento sobre os benefícios trazidos pelo modelo para todo o país ainda é muito grande.

Visite Manaus Cidade Sorriso

Dificuldades que travam crescimento

17 sábado dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazonas, BR-319, economia, Manaus, PIM, produtos eletreletrônicos, rodovia, ZFM

Em Humaitá/AM há uma placa afixada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) dizendo que serão reconstruídos 142,6 quilômetros da rodovia BR-319, na comunidade Realidade, naquele município do Estado do Amazonas. A placa informa que a obra seria iniciada em 8 de agosto de 2013 e que as obras, ao custo de R$ 9,79 milhões, deveriam ser concluídas e entregues exatamente naquela mesma data, dois anos depois, em 2015.

Não se pode dizer que o escoamento dos produtos “Made in ZFM” tenha um percurso agradável ao sair das fábricas do Distrito Industrial e iniciar a jornada até os grandes centros consumidores

Até o mês de outubro do ano passado, quando parlamentares do Amazonas e de Rondônia, entre eles os senadores Acir Gurgacz e Vanessa Grazziotin, fizeram visita àquela região, a placa permanecia olimpicamente instalada e com perfeita legibilidade. Quer dizer, se a manutenção da BR-319 não foi feita, conforme anunciava a placa, esta, no entanto, estava devidamente conservada e em bom estado.

Esse fato tem estreita conexão com a audiência pública a ser realizada na próxima quarta-feira, 30, na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado Federal e que deve tratar – de novo – do projeto de reconstrução da BR-319, assim como o modelo de gestão e o processo de licenciamento ambiental, travado desde a época em a ex-senadora Marina Silva respondia pelo Ministério do Meio Ambiente, na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva.

A Zona Franca de Manaus (ZFM), que em 2017 vai completar meio século de existência como um modelo de desenvolvimento que obteve êxito não apenas sob o ponto de vista econômico, ao transformar Manaus em uma metrópole ao longo deste período, assim como também sob a perspectiva ambiental, uma vez que a indústria incentivada instalada na cidade pouco impacto teve sob o meio ambiente, em comparação a outras atividades econômicas.

No entanto, se por aqui os incentivos fiscais conseguiram fixar organizações de várias partes do planeta e assegurar emprego e renda para cerca de 100 mil pessoas, diretamente, não se pode dizer que o escoamento dos produtos “Made in ZFM” tenham um percurso agradável ao sair das fábricas do Distrito Industrial e iniciar a jornada até os grandes centros consumidores do país.

A ausência de meios de transporte para fazer o escoamento dos produtos do Polo Industrial de Manaus (PIM) se faz sentir desde há muito e o imbróglio sobre a reconstrução da rodovia BR-319, especificamente os 200 quilômetros medianos entre Manaus e Porto Velho, faz toda a diferença ao barrar tanto a saída de produtos de Manaus, quanto a vinda, por via terrestre, de insumos para as empresas do Distrito Industrial.

Ao Amazonas não coube, ainda, a conexão rodoviária que o ligue ao resto do Brasil, enquanto, por outro lado, o balizamento de rios como Madeira, continua enfrentando sérias dificuldades para ser efetivado, ampliando, desta forma, os riscos à navegação de cargas e pessoas.

Se o transporte enfrenta tais dificuldades, a energia elétrica ainda dá sustos apesar de Manaus estar – dizem – conectada ao Sistema Interligado Nacional via linhão de Tucuruí, enquanto a utilização do gás proveniente de Coari ainda acontece de forma muito restrita.

Como se vê, além da crise econômica que trava o crescimento do país e do Amazonas, à ZFM restam muitos outros percalços, antigos, diga-se, que restringem o melhor desempenho de quem aqui se instala e produz.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 29/03/2016

Desemprego e redução de salários no PIM

07 quarta-feira dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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crise, desemprego, indústrai, Manaus, PIM, salário, suframa, zona franca

engrenagens

Enquanto as indústrias do Polo Industrial de Manaus (PIM) reclamam das perdas de quase 30% no faturamento acumulado dos meses de janeiro a julho de 2015, pouco se fala de onde estão acontecendo os cortes, necessários, diga-se, a fim de manter a atividade econômica no PIM, como os desembolsos vinculados à mão de obra.

Comparativo entre o ano de 2011 e os desembolsos efetivados em 2015, conforme divulgado nos indicadores da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), relativos a julho, indicam que a média mensal com salários, encargos e benefícios (SEB) caiu de US$ 216,34 milhões em 2011, para US$ 150,78 milhões neste ano. Os cortes aí detonaram 30,30% dos desembolsos com recursos humanos.

No entanto, se a poda em salários, encargos e benefícios chegou àquele nível, o corte de pessoal ficou em nível bem menor, ao considerar 2011 e 2015, deixando o patamar de 110.683 postos de trabalho, sem considerar terceirizados e temporários, para 103.763, com redução no contingente de empregados no PIM equivalente a 6,25%

Por outro lado, se a média dos desembolsos por funcionários com salários, encargos e benefícios, em 2011, era de US$ 1,954.37, neste ano caiu para US$ 1,453.16, reduzindo em 25,64% os gastos das empresas neste item. Só entre 2014 e 2015, esses gastos foram enxugados em 16,50% ao passar de US$ 1,740.49 em 2014, para os US$ 1,453.16 atuais.

O arrocho, porém, não tempo determinado para acabar.

Publicação no Portal do Holanda em  13/10/2015
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