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Voo de galinha no radar

22 terça-feira maio 2018

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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crise, diesel, economia, gasolina, lucro, Petrobras, PIB

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Dois indicadores listados pelo Banco Central na pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira, 21, chamam a atenção para a freada da atividade econômica que já está se aproximando neste ano. O primeiro é a sinalização dos agentes econômicos quanto ao crescimento dos preços administrados e o segundo é a indicação de queda na geração de riqueza no país.

Com o realinhamento de seus preços ao mercado externo, a companhia assegurou lucro de quase a R$ 7 bilhões no primeiro trimestre deste ano

No que diz respeito aos preços administrados, cuja estimativa subiu de uma semana para outra de 5,20% para 5,40%, sem contar que há três semanas esse patamar era bem inferior e estava situado em 5%, reflete, entre outros fatores, a política de preço dos combustíveis praticada pela Petrobras. Com o realinhamento de seus preços ao mercado externo, a companhia assegurou lucro de quase a R$ 7 bilhões no primeiro trimestre deste exercício, enquanto quem paga a conta, como caminhoneiros, anda fazendo protesto, mas o petróleo é nosso.

Se a Petrobras, desta vez, parece ter encontrado o caminho para o bom desempenho empresarial, mesmo que seja na rota do bolso do usuário de seus produtos, a sinalização quanto à geração de riqueza no Brasil, também conforme a pesquisa do Banco Central, voltou a cair pela terceira semana, quando estava em 2,75% e, na semana passada, chegou a indicar que produto interno bruto (PIB) do país deve crescer 2,50% neste ano.

Estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV), o Monitor do PIB relativo a março também não traz boas notícias ao constatar que os números apurados pela FGV são divergentes quanto ao desempenho da economia no primeiro trimestre de 2018, pois a taxa do trimestre é de crescimento de 0,3% com tendência de alta, já a taxa trimestral no comparativo interanual, apesar de ser positiva em 0,9%, apresenta trajetória de queda.

Os analistas da FGV sinalizam algum otimismo quanto ao desempenho da atividade econômica quando registram que esse desempenho dá continuação à inversão da trajetória de queda observada até o último trimestre de 2017, no entanto, acender duas velas em ano de eleição presidencial também vale para esses técnicos. Eles explicam que a agropecuária, a mascote do desempenho no ano passado, fechou o mês de março acumulando retração de 5,2% no acumulado dos três meses iniciais de 2018.

Embalada por fatores externos e internos, a indústria também apresenta baixas. Conforme o Monitor da FGV, a indústria de extração mineral teve retração de -1,6% e a construção de 2,5%. Entre os segmentos mais representativos, o setor e serviços só teve um segmento com retração, o de informação, com baixa de -3,3%.

Enquanto isso, a Bolsa de Valores – B3 – teve uma sessão volátil na segunda-feira, 21, tendo subido até 0,96%, mas no meio da tarde estava em queda de -1,68%, assim, não acompanhou suas congêneres no exterior e foi puxada pela queda de ações como a da Vale e dos bancos, o que não impede de que tal desempenho também tenha a ver com a atração exercida pelos juros mais altos no Estados Unidos.

Em ano de Copa do Mundo, o esporte nacional não parece estar empolgando os brasileiros que continuam a correr atrás de emprego sem que este apareça, enquanto o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) continua a identificar imenso contingente de brasileiros em idade produtiva que não estudam e nem trabalham. Na última PNAD Contínua divulgada na sexta-feira, 18, essa massa era de 11,2 milhões de pessoas, em números de 2017, maior do que o contingente encontrado em 2016. É o Brasil perdendo a oportunidade de crescer e melhorar a renda da população por falta de políticas públicas sérias.

Delinquência institucionalizada

05 segunda-feira dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Textos & Economia

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celso mello, corrupçãp, lava-jato, Lula, Petrobras, TCU

A cada etapa da operação Lava-Jato, mais sujeira é descoberta sob os tapetes daquela que já foi a mais importante empresa do país, mas que, ao ser aparelhada para outros fins que não o de seus objetivos sociais, perdeu valor de mercado, competitividade, além dos bilhões de dólares que foram parar em bolsos de políticos e empresários de caráter, no mínimo, duvidoso.
Dessa vez a sujeira vem a público a partir de procedimentos do Tribunal de Contas da União (TCU) que descobriu ser sistêmica a prática de sobrepreços na Petrobras a partir de 2007, quando o TCU começou a monitorar contratos daquela companhia.

Se a delinquência está (ou esteve) institucionalizada na Petrobras, é preocupante. Porém, existem outras situações sobre as quais pouco ou nada se fala sobre a gestão

O caso mais marcante, até agora, é o da refinaria Abreu Lima, em Pernambuco, em parte do contrato de R$ 3,8 bilhões. As irregularidades encontradas pelo TCU o levaram a recomendar, ao Congresso Nacional, que suspendesse a obra em 2010.
No entanto, o então presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva mandou continuar a construção da refinaria.
Naquele ano de 2010, até 31 de março, o ministro das Minas e Energia, ao qual a Petrobras está subordinada, era o senador Edison Lobão. Na mesma data, Lobão entregou o cargo a Márcio Zimmermann, que o devolveu a Lobão em 2011.
De acordo com informações do jornal paulista Folha de S.Paulo, o TCU teria encontrado irregularidades em 185 itens, de 190 analisados, nas notas fiscais emitidas pelo consórcio que constroi a Abreu Lima, onde uma das integrantes é a Camargo Corrêa.
Ali os problemas encontrados estão nos valores pagos e naqueles apresentados no documento fiscal, onde os preços são menores que aqueles pagos às empreiteiras. Como é o caso de uma tubulação pela qual a Petrobras pagou R$ 24,3 mil e que foi comprada por R$ 4,3 mil.
Há casos, citados pelo jornal paulista, em que o item adquirido por R$ 9.684, um compressor a diesel, o documento fiscal aponta despesa de apenas R$ 70 com o equipamento.
São flagrantes desse naipe que levaram à conclusão, pelo TCU, de que a prática de sobrepreço na Petrobras era pagar o dobro, embora existam casos onde o superfaturamento subiu a mais de 13.000%.
Não é de estranhar, então, que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso Mello, tenha qualificado a corrupção na Petrobras como “delinquência institucional”, tamanho o descalabro contra o bolso do contribuinte.
Se a delinquência está (ou esteve) institucionalizada na Petrobras, é preocupante. Porém, existem outras situações sobre as quais pouco ou nada se fala sobre a gestão, como é o caso do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS), cuja remuneração, para o trabalhador, o deixa com rendimentos inferiores à poupança, mas a aplicação dos recursos no mercado não tem nenhuma transparência.
Enquanto isso, ao trabalhador que perde seu emprego é colocado em dificuldade para acessar o auxílio-desemprego, mesmo ao se considerar o crescimento na poda dos postos de trabalho que está acontecendo no Brasil, em que a crise econômica desestimula investidores a aplicar recursos no país e a baixa no consumo derruba as vendas, levando as empresas a conter gastos e demitir.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 25/08/2015

Vai partir sem deixar saudades

30 terça-feira dez 2014

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Brasil, corrupção, escândalos, petistas, Petrobras, políticos, PT

O velhinho está quase morto e, em estado terminal, vai partir sem deixar saudade nenhuma na área econômica do Brasil, pois, quando chegou, já veio com o anúncio de que não trazia nada de bom nesse departamento. A seu favor, 2014 pode alegar que não tem culpa de nada de ruim que aconteceu com a economia do país.

Em lugar de dividendos polpudos, a safra foi de escândalos acerca de somas vultosas que saíram dos cofres da petroleira

É verdade. O ônus cabe aos administradores que trocaram a oportunidade fazer investimentos em infraestrutura pelo país afora para manter uma política de incentivo ao consumo como forma de, aparentemente, gerar emprego e dar a impressão de que o país está caminhando, crescendo. Uma hora, é evidente, a coisa desanda.

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A inflação medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por exemplo, se medida no acumulado de 12 meses, ultrapassou o teto previsto em lei, que é de 6,5%, e atingiu 6,56%. Mas o ministro – que já se sabe demitido – avisa que o governo tomou providências para que a inflação retorne ao centro das metas previstas como piso e teto. O único detalhe é que no segundo mandato de Dilma Rousseff quem assume é Joaquim Levy aquilo que o ministro Mantega promete pode, ou não, ser cumprido.

Solução criativa, no entanto, é a que o núcleo econômico do governo petista encontrou para outro furo e legislação não cumprida pelo governo acerca do superávit primário. Como a lei responsabiliza o administrador público que descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal e, depois que a gastança governamental atingiu níveis estratosféricos, fugindo dos limites previstos nos textos legais, o jeito foi ir ao Congresso Nacional e mudar a legislação com muita criatividade, mudar o nome das coisas e o que era gasto virou poupança.

Na política, para ficar com um único tema nacional, a estatal que era símbolo do poder brasileiro na área de petróleo, gás, energia, enfim, teve seus papéis transformados em fumaça pela implicação de ingerências ‘políticas’ em sua gestão. Com isso, as ações da Petrobras, que um dia o próprio governo incentivou o trabalhador a pegar seu FGTS e aplicar nesses papéis, viraram um mico e não foram poucos os trabalhadores que entraram pelo cano vítima da gestão escandalosa da petroleira estatal.

Em lugar de dividendos polpudos, a safra foi de escândalos acerca de somas vultosas que saíram dos cofres da petroleira para regar as contas de políticos que abusam das más práticas quando administram bens públicos.

Aqui pelo Amazonas é de se registrar a vitória, se não surpreendente pelo menos inesperada, do governador José Melo sobre seu oponente e senador Eduardo Braga. Este, porém, pode até se gabar de não ter ganho a eleição no Amazonas: com a indicação para o Ministério das Minas e Energia, vai ter um orçamento pelo menos cinco meses maior que o do Amazonas sob sua batuta em 2015.

Se o velhinho parte triste e melancólico, o ano que chega, como sempre, vem cheio de esperanças e traz, em sua bagagem para a viagem de 365 dias, a expectativa de que a vida dos brasileiros seja melhor do que em 2014, em que pese a expectativa da manutenção de políticas que, já se viu, findam por levar o Brasil a não crescer e, pior, deixar de gerar empregos.

Feliz Ano Novo!

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 30/12/2014

‘Política é a arte da ladroagem’

18 terça-feira nov 2014

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Brasil, corrupção, empreiteiras, Petrobras, política, político, prisão de executivos, Tomás de Aquino

A corrupção é tão velha quanto os governos e nem Santo Tomás de Aquino deixou de estudá-la para tentar entender os mecanismos que levam as sociedades a enveredar pelo caminho da corrupção, embora os estudos daquele filósofo tenham como base não a corrupção como a vemos hoje, onde agentes públicos se prevalecem do cargo para obter vantagens financeiras como os escândalos recentes na Petrobras.

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A corrupção estudada por Aquino vê a degenerescência do Estado, do principado, a partir da opressão por um governo de minoria que, ao atingir seu limite, é confrontado pela maioria de oprimidos, que vai mudá-lo, mesmo que essa mudança possa ser apenas de governante, mas também pode ser a mudança de um sistema de governo ou até de forma de governo.

A política é a arte da ladroagem e o político é, acima de tudo, um falso

No entanto, pensadores como Hans F. Sennholz não se intimidam em colocar a própria política como a raiz da corrupção em sua forma atual. Para Sennholz, “a grande arte da política está em conseguir, simultaneamente, aplausos dos favorecidos e apoio dos que estão sendo roubados”. Para esse autor, a “política é a arte da ladroagem” e o “político é, acima de tudo, um falso”.

No caso do Brasil, tais conceitos podem ser perfeitamente lidos como corretos à ressalva das raríssimas exceções que, por existirem, têm o papel fundamental de confirmar a regra.

Não é à toa que as prisões efetivadas na última sexta-feira, quando executivos de empresas como OAS, UTC, Engevix, Queiroz Galvão, Iesa, Galvão Engenharia, Odebrecht, Andrade Gutierrez e Mendes Júnior colocaram os mercados em sinal de alerta, não só aqui, mas também no exterior, já que, pelo porte dessas empresas, seus negócios também estão em outros países.

No entanto, se a sexta-feira, mesmo sem ser dia 13, colocou em polvorosa escritórios e dependências das grandes empreiteiras, no sábado é de se fazer o registro de nome que, por suas atitudes, entraram para história do Brasil ao negar habeas corpus a favor dos executivos presos, entre eles presidentes e diretores das companhias. Esse nome, ao lado do juiz federal Sérgio Moro, do Paraná, que decretou as prisões, é o da desembargadora do Rio Grande do Sul, Maria de Fátima de Freitas Labarrère.

O clima de terra arrasada visto na sexta-feira, porém, deve se agravar a se concretizarem as previsões de analistas, tanto políticos quanto econômicos, os quais têm como certo que a seguir devem ser apontados os parlamentares envolvidos nas maracutaias que, por enquanto, são investigadas na Petrobras.

É neste segmento, dos políticos, que a coisa pode pegar mais pesado, pois as estimativas dão conta de que não são apenas 25 os envolvidos nos esquemas danosos aos cofres da estatal e ao bolso do contribuinte. Tem gente dizendo que pelo menos 10% dos parlamentares do Congresso Nacional podem ter sido favorecidos com as benesses cavadas dentro dos cofres da Petrobras.

O discurso, correto, da presidente Dilma Rousseff, no momento, de que tudo será investigado, é uma fresta para que se veja, em alguma medida e mesmo que seja uma pequena parte das práticas políticas serem passadas a limpo com mais esse escândalo que envolve, principalmente PT, PMDB e PP, mas que vai respingar em outros partidos.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 18/11/2014

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