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Surpresas na política e expectativas da economia

17 sábado dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Brasil, Dilma Rousseff, economia, impeachment, mercados, otimismo, zona franca

O fim de semana que teve no domingo, 17, a aprovação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff pela Câmara dos Deputados abriu a segunda parte do rito, agora encaminhado ao Senado Federal com algumas surpresas protagonizadas por dois deputados do Amazonas, na hora da votação.

A renúncia à presidência do PR, por parte do deputado federal Alfredo Nascimento, antes de dar seu voto a favor do impeachment presidencial e contrariar a orientação partidária, o colocou sob um foco positivo de quem quer a saída da presidente petista do Palácio do Planalto.

Se o  impeachment de Dilma não vai resolver a crise econômica, pelo menos é de se esperar que o desenlace do processo traga algum otimismo

Mas quem possivelmente vai pagar preço alto por se insubordinar contra a orientação partidária é o deputado federal e pretendente a candidato à Prefeitura de Manaus, Hissa Abrahão (PDT), pois ao votar a favor do impeachment, entrou na lista de pedetistas que podem ser expulsos do partido, processo que já pode estar em andamento desde a segunda-feira, 18.

No entanto, se a política começa a viabilizar o afastamento da presidente da República, os mercados e a economia, no geral, não parecem ter sido afetados de forma mais contundente, como mostrou a abertura da Bolsa de Valores de São Paulo e a cotação do dólar na segunda-feira.

De outro lado, independente do que foi decidido no domingo pelos deputados federais em Brasília, a pesquisa semanal conduzida pelo Banco Central – a Focus – e que é fechada às sextas-feiras, trouxe algum otimismo para a economia.

A taxa de juros básicos, Selic, por exemplo, teve sua estimativa reduzida para 2016, caindo de 13,75% para 13,38%, enquanto para o próximo ano as expectativas acerca deste indicador são de que feche a 12,25%. Neste caso, não houve mudança. Hoje a Selic está em 14,25% a.a.

As projeções do mercado para o produto interno bruto (PIB) do Brasil tiveram mudanças positivas para o presente exercício. Até o fim de 2016, os analistas entrevistados pelo Banco Central acreditam que o PIB tenha uma redução de 3,77%. O registro da pesquisa anterior era de -3,80%.

No caso da inflação, embora as expectativas do mercado apontem alguma redução, caíram de 7,14% para 7,08% neste ano, ainda não dá para comemorar, pois continua bem acima do patamar superior da meta, se é que ainda há um objetivo especificado pela autoridade monetária e que esteja sendo perseguido.

Como política e economia são faces de uma mesma moeda, resta observar que a primeira tem o poder de detonar a segunda, como vem acontecendo no Brasil, a partir da implementação de políticas econômicas que não têm como se sustentar no longo prazo, e findam por apenar as organizações e os indivíduos, ao levar à baixa na produção, ao desemprego e outros males decorrentes destes dois.

Com o país praticamente parado, indicadores de produção e de venda registrando queda acentuada, sobra também para o Polo Industrial de Manaus (PIM), para o setor de serviços e comércio que veem, ou melhor, não veem mais clientes para seus produtos.

Se, como muitos acreditam, o impeachment presidencial não vai resolver a crise econômica sob a qual o país hoje se debate, pelo menos é de se esperar que o desenlace do processo traga algum otimismo aos agentes econômicos e o eventual sucessor da presidente tenha como fazer o país andar, mesmo que devagar. Pior é estar parado.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 19/04/2016

 

Não está tranquilo, mas bem favorável

14 quarta-feira dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazonas, economia, exportação, mercados, Rebecca Garcia, suframa, ZFM

O descobrimento, ou “achamento”, como querem alguns, do Brasil, aconteceu em função da necessidade de os portugueses expandirem seus domínios coloniais e, assim, ampliar as relações comerciais tanto para adquirir especiarias, de um lado, como para aumentar as vendas para outros domínios, mesmo que a custos vultosos.

A crise política e econômica que neste momento atinge o Brasil e detona empregos, reduz a utilização da capacidade instalada da indústria

Para atingir esse objetivo, a nação lusa tinha, ainda, que enfrentar a Espanha, além da Inglaterra, impérios colonialistas rivais e que buscavam também ampliar domínios. Não foi por outra razão, grosso modo, que Portugal investiu pesado em homens e tecnologia para sair, oceano afora, em busca de novos mercados e findou por descobrir o Brasil, embora o Novo Mundo já tivesse sido visitado, um pouco antes, por Cristóvão Colombo.

A crise política e econômica que neste momento atinge o Brasil e detona empregos, reduz a utilização da capacidade instalada da indústria, aumenta a inflação e, por tabela, os juros, como dizem os chineses, pode ser a janela de oportunidade para o país, no geral, e o Polo Industrial de Manaus (PIM), em particular, sair, figurativamente, em busca de novos mundos.

O momento se mostra propício, no caso do Brasil, pelo desmonte, não só da economia brasileira, com a queda do produto interno bruto (PIB), assim como também pelo anunciado fim do grupo de países emergentes – o BRICS  (Brasil,  Rússia, Índia, China e África do Sul) -, do qual o país fazia parte até há bem pouco tempo.

Enquanto países mais avançados adotaram modelos econômicos onde os serviços e a tecnologia são a vanguarda de seu crescimento, no Brasil esse segmento – serviços – está chegando aos 70% da geração de riqueza e a indústria ainda garante 25% do PIB.

Foi a adoção de um novo modelo, privilegiando serviços e tecnologia, que trouxe, agora, ao grupo mais próximos dos países desenvolvidos, os TICKs – Taiwan, Índia, China e Coreia do Sul. Como se vê, dos BRICKS, apenas Índia e China se mantêm no grupo dos emergentes mais avançados.

Trazendo a discussão para o Amazonas, onde a indústria incentivada garante 37% do PIB e os serviços estão na faixa de 55%, pode-se afirmar que muito ainda deve ser feito para que o Estado chegue à média brasileira, o que não impede que a Zona Franca de Manaus (ZFM) saia em busca de novos horizontes, como vem pregando a superintendente da Suframa, economista Rebecca Garcia, ao envidar esforços para colocar produtos da ZFM na pauta de exportação do país.

Interesse do mercado externo em produtos da indústria local existe e, parodiando o funqueiro, o cenário no Brasil pode até não estar tranquilo, mas é favorável para prospectar, se não novos mundos, pelo menos novos mercados que venham agregar a sua demanda à do mercado interno, para o qual o modelo foi pensado lá no início.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 08/03/2016

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