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Cenários desvirtudos 2

17 terça-feira jul 2018

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazônia, futuro, matéria-prima, pobreza, turismo

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As possibilidades de crescimento econômico da Amazônia foram esmiuçadas em quatro cenários propostos pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) em 2001, em projeções que poderiam se concretizar no fim da segunda década deste milênio, isto é, o prazo limite seria o ano de 2020. Aquelas projeções iam de uma Amazônia evoluída, com melhores indicadores sociais à base da sustentabilidade, com mais dois cenários intermediários de maior ou menor desenvolvimento, até o quarto cenário, onde, conforme aquele estudo, prevaleceria a pobreza e a degradação ambiental.

Os condicionantes para promover o crescimento e desenvolvimento da Amazônia, estão, como sempre estiveram, conectados aos processos internacionais e nacionais, com as limitações que tal situação impõe

Os condicionantes listados nos cenários propostos analisaram variáveis como a demanda por recursos naturais, o papel do Estado, rede e tecnologia da informação, passando  pelas políticas de desenvolvimento, política energética, ambiental, educacional, defesa nacional investimentos privados na região, oferta de transporte, comunicação e energia, entre outras de maior ou menor impacto na construção desse futuro a se concretizar daqui a dois anos.

No entanto, os condicionantes para promover o crescimento e desenvolvimento da Amazônia, estão, como sempre estiveram, conectados aos processos internacionais e nacionais, com as limitações que tal situação impõe, por fugir ao controle dos agentes locais, sejam da iniciativa privada ou dos governos estaduais e municipais. Assim, são caracterizados como externos.

Entre esses condicionantes externos, estão quatro conectados ao panorama mundial e cinco com ligações ao nacional. Assim, no panorama mundial, estão os serviços que a floresta tropical existente na Amazônia presta ao restante do mundo com impacto sobre as mudanças climáticas e o consequente espaço que se abre para esta região contribuir para o equilíbrio dos ecossistemas mundiais. Tais serviços, na visão de futuro dos cenários traçados, ensejariam a possibilidade de a Amazônia deixar para trás as atividades de exportação de recursos naturais, como madeira e minérios, e passar a ser exportadora de serviços ambientais valorizados, e devidamente remunerados.

Um outro condicionante externo mundial é a pressão por maior consciência acerca da necessidade de se preservar o meio ambiente. Esse fato se traduz em maior pressão de outras nações sobre países que, como o Brasil, detêm soberania sobre regiões ainda pouco degradadas, caso da Amazônia, com a finalidade de regular a exploração da natureza, assim como implementar medidas para controlar e administrar os recursos ambientais.

Reduzir o conteúdo de matérias-primas e energéticas e ampliar o conteúdo tecnológico e de conhecimento nos produtos a partir de inovações tecnológicas e de mudanças na estrutura produtiva seria um terceiro condicionante externo de impacto mundial para alterar as relações entre a produção e os recursos naturais e energéticos, reduzindo os coeficientes tanto de um quanto de outra nos produtos, com isso revertendo a tendência de degradar o ambiente, o que favoreceria a Amazônia por ser destaque nesse segmento.

A expansão mundial do turismo e a valorização do ecoturismo, que no início da década de 2000 movimentava cerca de 260 bilhões de dólares por ano, é outra condicionante mundial a favor da Amazônia, principalmente pelo envelhecimento e maior tempo livre da população dos países centrais, com maior renda média, assim como o apelo ao turismo ambiental, do qual esta região poderia sair favorecida. O problema, no entanto, é que o Brasil não dá prioridade a essa atividade até hoje e, nos idos dos anos 2000, a Amazônia, com tudo o que tem a oferecer, usufruía de apenas 0,01% daquele faturamento mundial.

Se essas condicionantes externas do panorama mundial deixam a região sem muita opção para alcançar estágio mais avançado de crescimento e desenvolvimento, outras existem e só dependem da vontade política de agentes nacionais, sejam prefeitos, governadores, ministros ou o presidente da República, assim como os parlamentares, cuja atenção não se volta para as ações com grande potencial de prover crescimento pelo Brasil afora e na Amazônia, particularmente, e aí ficamos a ver navios, pelo menos enquanto o rio Negro tiver calado suficiente para atracação de transatlânticos.

 

Investimentos no queijo amazonense

03 quarta-feira set 2014

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Codam, indústria, investimentos, matéria-prima, projetos de implantação, regional, zona franca

Codam2014-300xO Conselho Desenvolvimento do Amazonas (Codam) já se reuniu três vezes neste ano com resultados que podem ser considerados satisfatórios e, eventualmente, a projetar um desempenho, no que diz respeito à atração de investimentos incentivados, menos positivo do que aquele alcançado em 2013.

Nas seis reuniões realizadas pelo Codam em 2013, foram aprovados 217 projetos que totalizaram investimentos com incentivos aprovados no montante de R$ 5,94 bilhões e projeção de gerar 11.509 novos postos de trabalho no Polo Industrial de Manaus (PIM).

Esses valores significam que, em média, cada reunião daquele conselho trabalhou com pauta de 36 projetos e aprovou investimentos, por reunião, que totalizavam R$ 990 milhões e projetavam a criação de 1.918 postos de trabalho.

Em 2014, com a reunião 251ª, que deveria ter sido realizada no dia 2 de julho, cancelada, e somente efetivada no dia 27 de agosto, o acumulado dos projetos aprovados pelo Codam mostra que o total de investimentos já aprovados totaliza R$ 2,41 bilhões, projetando a criação de 6.068 novos postos de trabalho no PIM.

Com isso, é de se inferir que, mantido o ritmo de apresentação de projetos para análise no Codam, embora o número médio de vagas oferecidas pelos projetos aprovados até agosto seja, em média, maior que a média daqueles oferecidos em 2013, o volume de investimentos submetidos ao exame do Codam para obtenção de incentivos pode ser menor que os investimentos aprovados no exercício de 2013.

No entanto, ao se considerar a mudança de expectativas a partir da aprovação de mais 50 anos para o modelo zona franca, também é possível que haja expansão do interesse dos empresários em instalar unidades fabris no polo de Manaus, afinal o horizonte para obter retorno foi ampliado.

É de se destacar, entre os projetos de implantação apresentados e aprovados na última reunião do Codam, aqueles de duas empresas que devem utilizar, na fabricação de seus produtos finais, matéria-prima obtida na região. Esses investimentos somam R$ 6,015 milhões e, ao fim da implantação, devem oferecer 79 postos de trabalho. As iniciativas podem parecer modestas ante as alocações de recursos feitas pela indústria de eletroeletrônicos, mas têm a vantagem de abrir outra frente na atividade econômica em Manaus.

O projeto da Agroindústria e Comércio de Derivados do Leite da Amazônia se propõe investir R$ 3,931 milhões para produzir sorvete, requeijão, suco, doce de leite, e manteiga. O requeijão e o queijo devem utilizar matéria-prima da região e esta é uma boa notícia.

Na mesma situação está o projeto da microempresa Irmãos Souza & Cia. Ltda, que vai investir R$ 2,084 milhões para produzir queijo, também com matéria-prima da região.

Deste modo, com a busca por matérias-primas existentes no Amazonas e na Amazônia, é possível a expansão de empreendimentos fora dos setores industriais mais expressivos do PIM, com o bônus de oferecer, ao caboclo do interior, a oportunidade de absorver seus produtos, se a logística o permitir.

Publicação no Jornal do Commercio, ed. 02/09/2014

 

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