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Ruínas: herança do crescimento econômico sem preservação

24 segunda-feira out 2022

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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353anos, borracha, economia, Manaus, ruínas

Eustáquio Libório*

Manaus completa neste ano uma história de 353 anos que se iniciou em 1669 com a construção do Forte de São José do Rio Negro, o qual deu origem à cidade, e onde, inicialmente, viviam a tropa de guarnição portuguesa, assim como jesuítas e membros das tribos indígenas Banibas, Barés e Passés, catequisados pelos padres da ordem citada. O forte estava localizado na área próxima ao Roadway e dali se originou Manaus.

O Amazonas se desligou do Pará e seguiu sua rota, enquanto Manaus cresceu como cidade. A expansão da economia decorreu da exploração do látex, já a partir de 1880, assim como nas décadas iniciais do século 20, em harmonia com o crescimento da indústria automotiva que demandou a produção de pneus.

Com a riqueza trazida pela comercialização do látex, Manaus passa a ter administrações que buscam dotá-la de mais conforto para seus moradores, como ruas calçadas, esgoto, energia elétrica, telégrafo, telefone, bonde elétrico entre outros serviços públicos, assim como são construídas edificações mais portentosas, tanto particulares quanto públicas, estas já a partir de 1891, nas administrações de Eduardo Ribeiro.

Se o ciclo da borracha se foi, sem deixar a economia estruturada para sobreviver no pós-borracha, sobraram as edificações como Teatro Amazonas, Palácio da Justiça, Usina Chaminé, Palacete Provincial, Ponte Benjamin Constant, Mercado Adolpho Lisboa, Relógio Municipal, palácios Rio Negro e Rio Branco, Alfândega, Roadway, Reservatório do Mocó, entre tantas outras ainda existentes ou já demolidas para “dar passagem ao progresso”, como por exemplo, o palacete da família Maximino Corrêa, na avenida Eduardo Ribeiro, que deu lugar ao espigão homônimo.

A metrópole na qual Manaus se transformou deixou pelo caminho vítimas como os igarapés que existiam, como o dos Remédios, o do Espírito Santo, para dar lugar a logradouros como a atual avenida Eduardo Ribeiro. Por outro lado, com a chegada dos ingleses, que ajudaram a aterrar igarapés de forma correta – construindo galerias para dar vazão à água – também por aqui se ganhou um porto moderno – o Roadway – para escoar a borracha e desembarcar mercadorias da Europa e Estados Unidos.

Crescimento econômico gera riqueza, mas se não for bem administrado deixa mazelas como a ausência da preservação de bens culturais e históricos. Apenas para ilustrar, cito a Praça do Comércio, ou complexo Boothline, ou ainda Estação dos Bondes, encravados ao lado do Roadway. Ali funcionou agência do Banco do Brasil, The Manáos Tramways & Light Company Ltd., assim como um botequim, à época muito famoso, o Bolsa Universal.

Na década de 1990, sob a administração do prefeito Arthur Neto, nesse local, hoje em ruínas, funcionou a Empresa de Urbanização de Manaus (Urbam), na parte central da edificação. As demais áreas eram ocupadas, àquela época, pelo Bar do Bigode e por um supermercado. A edificação, em frente ao Banco do Brasil, está sem nenhuma conservação… destino que parece estar reservado ao prédio da penitenciária estadual, ao prédio do Museu do Homem do Norte, ambos na av. 7 de Setembro, e outros espalhados pela cidade.

(*) Jornalista

Eleição no EUA e campanhas quentes em Manaus

04 quarta-feira nov 2020

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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campanha eleitoral, eleições 2020, eleições EUA, Manaus

Nesta terça-feira, dia 3, os Estados Unidos da América (EUA)devem definir o próximo presidente daquela grande nação do Norte. O resultado da eleição, no entanto, pode se transformar até em tumulto nas ruas de muitas cidades norte-americanas, em caso de derrota do presidente Donald Trump, o qual já ameaçou não aceitar um resultado no qual ele não seja o vencedor.

Importante não só para os Estados Unidos, assim como para os países que têm os EUA como grande parceiro comercial.

É o caso do Brasil, onde o presidente Jair Bolsonaro, que se diz amigo pessoal de Trump, declarou que vai continuar apoiando o presidente estadunidense até o último momento de definição das eleições nos Estados Unidos.

É uma promessa que, para Trump, nada significa. Para o Brasil, uma perda de tempo, afinal, amizades podem até pesar no relacionamento entre dois países soberanos, isso, porém, não quer dizer que o Brasil terá que seguir tudo que os Estados Unidos definirem.

O alinhamento do presidente Bolsonaro com o presidente Trump pouco tem servido aos interesses do Brasil. Aliás o País tem perdido oportunidades em várias instâncias, apesar dessa “amizade presidencial”.
Não foram poucos os milhões de dólares que o Brasil perdeu com a política de favorecimento às empresas norte-americanas adotada durante a gestão Trump.

Enquanto as eleições nos Estados Unidos se encerram com todas as chances de haver tumulto quando sair o resultado final, que pode demorar dias, no Amazonas os candidatos a prefeitos e vereadores mantêm as campanhas em suas cidades, apesar da covid-19.

A campanha eleitoral pode ter desencadeado uma segunda onda de covid-19 em municípios do interior do Amazonas e também em Manaus. Essa é a visão de autoridades do segmento de saúde do Estado.

O fato é que os candidatos não têm observado, em sua maioria, os protocolos para evitar a contaminação pelo coronavírus durante eventos de campanha, como passeatas e, em alguns casos, até em comícios
 As autoridades da área de saúde têm registrado aumento no número de internações por covid-19 em Manaus, e atribuem o crescimento dos casos de ataque do coronavírus justamente aos eventos das campanhas eleitorais.
Se a covid-19 voltou em segunda onda, por outro lado as campanhas estão cada vez mais quentes e até candidatos que estavam trabalhando realmente com suas propostas, como é o caso de Amazonino Mendes, também resolveram responder aos ataques de seus adversários.

Enquanto os candidatos partem para ataques aos adversários, deixando propostas de lado, os eventos de publicidade eleitoral que vão parar na justiça também aumentam.
 

Um desses casos foi a propaganda do candidato Alfredo Menezes atacando Davi Almeida. Por determinação da Justiça Eleitoral, Alfredo Menezes teve de retirar, de suas redes sociais e outros locais, a propaganda que desconstruía a imagem do candidato Davi Almeida.

Nesta terça-feira, candidato Ricardo Nicolau também, por determinação da Justiça, vai ter que ajustar sua propaganda e citar a Prefeitura de Manaus, além de ter que esclarecer direitinho como é que ele, sozinho, em quatro dias, construiu um hospital de campanha.

Eleitor ainda não sabe em quem votar, dizem pesquisas

30 quarta-feira set 2020

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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covid-19, CPI da Saúde, eleições 2020, Manaus, prefeito, vereador

Eleitor manauara ainda não se definiu sobre candidato em quem vai votar

Dois temas estão ocupando boa parte da mídia manauara no início desta semana. O primeiro é o aumento da incidência de casos infecção por coronavírus, como já havíamos falada na semana anterior, e o segundo são as pesquisas eleitorais que apontam a preferência do eleitorado pelo ex-governador e também ex-prefeito de Manaus, Amazonino Mendes.
As pesquisas buscam aferir a preferência do eleitorado pelos candidatos ao cargo de prefeito de Manaus nas eleições que do dia 15 de novembro, mas a campanha só começou agora, isto é, candidatos e apoiadores só podem pedir votos a partir do último dia 27, domingo.
Mesmo assim, cabe analisar os números apresentados pelas pesquisas da DMP/Rede Tiradentes e da Perspectiva Mercado de Opinião, nas quais os dois candidatos que despontam são Amazonino Mendes e David Almeida.
Na pesquisa espontânea da DMP, Amazonino tem 7,8% da preferência, enquanto Davi Almeida tem 5,4. Na da Perspectiva, Amazonino tem 13,1% e David Almeida tem 7,7%.
Na pesquisa estimulada, Amazonino tem 33% pela DMP, enquanto na Perspectiva ele é apontado com 32,7%. Almeida tem 18% da preferência do eleitorado na pesquisa da DMP e 18,5% na da Perspectiva Mercado de Opinião.
No entanto, o que é mais significativo nas duas pesquisas são os números que indicam quem não sabe em quem votar, e está indeciso. A pesquisa da DMP aponta que 81,2% não sabem ainda em quem votar, enquanto a Perspectiva indica que 58,7% dos eleitores entrevistados ainda estão indecisos.
O que se pode dizer é que ainda é muito cedo para que o eleitor se defina acerca do candidato no qual vai votar. Além disso, a campanha vai ser atípica devido à covid-19 e os candidatos devem evitar aglomerações, então, internet com suas redes sociais, TV, rádio, e os celulares é que serão os instrumentos para fazer campanha eleitoral neste ano.
CPI e coronavírus
Enquanto a CPI Saúde vai sendo enterrada, apesar dos resultados apresentados apontando desvio de recursos públicos, não só durante a pandemia de coronavírus, mas desde muito antes, como aconteceu nesta terça-feira, quando, por falta de quórum, a Aleam teve sua sessão encerrada, inviabilizando votar a prorrogação e acabando com a CPI.
Por falar em saúde, o crescimento dos casos de covid-19 já ultrapassam os 136 mil casos no Amazonas e as mortes ocasionadas pelo coronavírus superam a marca dos 4.000 mortos, mesmo assim, a população circula, pelo menos boa parte dela, sem tomar precauções para reduzir o contágio pelo coronavírus. O uso de máscara é desprezado por esses indivíduos, que não se preocupam nem consigo nem com as pessoas que vivem ao seu redor, membros ou não de suas famílias.
Enquanto pesquisadores da Fiocruz afirmam que existe uma nova onda de contaminação pela covid-19 em Manaus e, por outro lado, o prefeito Arthur Virgílio Neto propõe lockdown na cidade, o governador afirma que é contra e isso não vai acontecer.
Por fim uma notícia triste, principalmente para quem gosta das brincadeiras folclóricas e, especificamente, dos bois-bumbás. Nesta terça-feira morreu, vítima da covid-19, o levantador de toadas Klinger Araújo. O artista tinha 51 anos e foi mais uma vida ceifada pelo coronavírus.

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Pandemia de coronavírus e eleições municipais em Manaus

29 terça-feira set 2020

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coronavírus, covid-19, eleições, Manaus

Controvérsia e dados desencontrados sobre os casos de covid-19 no Estado do Amazonas levaram a Prefeitura de Manaus a fechar, novamente, a praia da Ponta Negra. O aumento na incidência de infecções por coronavírus apareceu na mídia nacional como se o Amazonas ainda estivesse em plena pandemia até meados de setembro.
Sem maiores esclarecimentos, por exemplo, a Rede Globo vinha apresentando o Amazonas em vermelho, o que indica crescimento diário do número de casos. A informação da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), no entanto, é de que os casos apresentados nas reportagens são de infecções abrangendo desde o mês de abril, que só agora puderam ser confirmados, e não casos novos, atuais.
É nesse contexto, por outro lado, que o Teatro Amazonas aparece como uma exceção em outro grande veículo da imprensa nacional, a CNN Brasil, por ter retomado suas atividades, embora, e talvez por isso mesmo, com as limitações impostas pelos protocolos de combate ao coronavírus. As atividades culturais do Teatro Amazonas já tiveram apresentações da filarmônica, mesmo que com cadeiras em número limitado na plateia.
Nesse tópico, por fim, cabe registrar que a Ponta Negra teve, no último fim de semana, praia praticamente deserta. Nessa época de pandemia, todo cuidado é pouco, portanto, é melhor se preservar.
Clima quente
As eleições 2020 terão, em Manaus, onze candidatos à prefeitura, os quais já foram definidos nas convenções que se encerraram na quarta-feira, dia 16, e os candidatos já estão atuando em busca de votos, embora sem que os possam pedir diretamente, em programas de TV, rádio e redes sociais, quando apresentam suas propostas aos eleitores
Enquanto um candidato afirma que vai apresentar suas propostas durante a campanha sem desconstruir os adversários, caso do deputado Ricardo Nicolau, mesmo assim, em sua primeira entrevista como candidato após a convenção, tentou desqualificar outros pleiteantes ao cargo de prefeito.
Por uma trilha parecida segue o ex-superintendente da Zona Franca de Manaus, Alfredo Menezes, o qual, durante o período em que esteve na Suframa já trabalhava para promover sua imagem pública com vista a se candidatar à Prefeitura de Manaus. Menezes, agora, também não dispensa críticas a quem já administrou a cidade ou o estado. É dele, por exemplo, a expressão dizendo que o ex-governador Amazonino Mendes, outro candidato à prefeitura nestas eleições, quer administrar a cidade de cueca e jogando dominó a partir de sua casa no bairro Tarumã.
Pelo que se vê, a campanha eleitoral de 2020 vai ficar na história como uma campanha muito quente, com adversários que, à primeira vista, vão estar mais preocupados promover o que eles julgam que seja negativo em seus adversários, do que em mostrar suas propostas para cidade e para a população de Manaus.
Neste caso também está incluído o candidato do PT à Prefeitura de Manaus, José Ricardo, o qual, em entrevista nesta terça-feira, dia 22, à Rede Tiradentes, não deixou de criticar o também candidato a prefeito e ex-governador do Amazonas, David Almeida, ao afirmar que Almeida sucateou a saúde.
A metralhadora giratória do petista disparou contra Amazonino Mendes e até atacou a atual gestão municipal ao dizer que não vai priorizar só o asfalto. Sobre suas propostas, no entanto, pareceu muito vago, repetindo que vai dar atenção às pessoas, às mulheres que são chefe de família e aos mais carentes. Como vai fazer isso ainda é uma incógnita.

Publicado por Eustáquio Libório | Filed under Sem categoria

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Reforma tributária e mudança de rota na Zona Franca

20 terça-feira ago 2019

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Cieam, Fieam, IBS, incentivos fiscais, IVA, Manaus, Polo Industrial de manaus, reforma tributária, zona franca


A preocupação com a Zona Franca de Manaus (ZFM) voltou a atormentar empresários, políticos, lideranças do governo e do Legislativo. O problema que angustia estas lideranças passou a ser a reforma tributária, o que não é novidade. O tema é antigo e sempre esteve na pauta, tanto faz ser governo de esquerda ou da direita.

Se o tema não é novidade, muito menos as soluções apontadas o são. Não as soluções indicadas no sentido de se contornar as novas diretrizes da reforma tributária de maneira a deixar a Zona Franca de Manaus com seus incentivos. O que se propaga como solução neste momento são iniciativas que já tiveram, lá atrás, há 15, 20, ou até mais anos, seu momento de fama, seu momento de popularidade, como o aproveitamento da biodiversidade amazônica na indústria de cosméticos, alimentícia, farmacêutica, entre outros, o turismo e, quem sabe, até a mineração.

Do lado da reforma tributária propriamente dita, não são boas as chances que se tem de que o modelo Zona Franca saia incólume desta iniciativa de trazer maior racionalidade aos tributos brasileiros. Em primeiro lugar, como já foi declarado inclusive pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que a redução da carga tributária não é meta da reforma que tramita no Congresso Nacional.

Uma das propostas prevê substituir IPI, PIS e Cofins, assim como o estadual ICMS e o municipal ISS, por um único tributo: o Imposto sobre Bens e Serviço (IBS), com alíquota única (flat) e cobrado no destino, ao usuário final. Parece ser a receita perfeita para detonar os incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus (ZFM), como tem dito, e quer, o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Outro texto a ser apreciado no Congresso Nacional prevê extinguir pelo menos nove tributos e criar um imposto único. Dizem os analistas da área que esse texto pode dar uma sobrevida à Zona Franca.

Já a proposta do governo federal reúne IPI, PIS, Cofins e IOF em um único imposto, modifica alíquotas do Imposto de Renda e cria, de novo, a Contribuição sobre Pagamentos (CP), outro rótulo para a infame CPMF, de triste memória para os brasileiros.

As análises que se vê acerca das propostas é de que nenhuma tem o poder, ou a esperada consequência de simplificar o labirinto tributário brasileiro, que rouba dias de trabalho ao trabalhador, é rico em burocracia para infernizar a vida das empresas, com normas diferentes nos Estados, além de rotinas pré-definidas pelos órgãos arrecadadores que implicam em manter um batalhão – talvez um exército – de pessoas permanentemente conectadas às fontes dessa burocracia para não perder a sintonia coma as “novidades”.

Já quanto à Zona Franca de Manaus há a manifestação de que a Coca-Cola deu sinais de seu interesse em tentar, assim como a comunidade local, blindar os incentivos fiscais dados às indústrias de Manaus. Pelo menos é o que foi noticiado, a partir de convite ao deputado federal Bosco Saraiva para um almoço de negócios com as lideranças da multinacional, em Brasília, na semana passada.

Ataques à ZFM já fazem parte do cotidiano das organizações que mantêm operações no Polo Industrial de Manaus (PIM), independente da origem e da natureza do ataque ao modelo. Seja por um decreto do presidente da República, que corta/reduz a alíquota de impostos à produção de videogames no PIM, ou de um jornalista que, sem conhecer o modelo e que talvez também nunca tenha vindo a Manaus, prefere adjetivar o modelo como “artificial e sem resultado”.

Desinformado, ou a serviço de outros interesses nem tão transparentes assim, esse jornalista poderia se dar ao trabalho de, ao menos, ler o último relatório produzido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) acerca do modelo ZFM. Talvez pudesse fazer críticas mais produtivas.

Por tudo isso, soa muito mal a colocação de que empresários, políticos e a sociedade organizada “já estão” se articulando para defender os interesses da Zona Franca de Manaus. A articulação, à revelia da maneira como é feita, que ocorre sempre que um ataque mais poderoso é desferido, deveria ser meta e rotina permanente de quem tem mandato ou cargo de responsabilidade tanto no governo estadual quanto municipal, no caso de Manaus e das áreas de Livre Comércio (ALCs), onde os incentivos administrados pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) são aplicados.

No mais, é pôr mãos à obra, ficar atento e contestar tudo que puder restringir, reduzir ou extinguir os incentivos da ZFM, pelo menos por enquanto. No futuro, quem sabe o Amazonas muda de rota e navega em rios mais tranquilos, como turismo, industrialização da biodiversidade, entre tantos outros possíveis.

À espera de seu Godot predileto

16 terça-feira jul 2019

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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byd, godot, imposto sobre importação, incentivos fiscais, Manaus, suframa, zona franca

Há quem diga que a indústria paulista é contrária à existência da Zona Franca de Manaus (ZFM), mas em tempos de pós-verdade, fake news comandando o noticiário mundo afora, incluindo, e muito, o Brasil, nada mais é definitivo, mas, sim, efêmero, passageiro, cúmplice de narrativas, ou vítima de fatos distorcidos para aparentar determinada verdade.

Assim, a iniciativa parlamentar, gestada no Senado Federal, na semana passada, com o objetivo de tornar sem efeito a portaria 309, do Ministério da Economia, talvez seja um ponto fora da linha no contexto de se praticar a boa política, mesmo defendendo determinados interesses, mas de forma transparente, sem olhar apenas o próprio umbigo.

A portaria mexeu com interesses das indústrias do Polo Industrial de Manaus (PIM), mas também com aquelas outras, do segmento bens de capital, bens de informática e de telecomunicações, estabelecidas no Estado de São Paulo.

O movimento no Senado Federal, com a proposta do senador José Serra (PSDB/SP) que buscava tornar sem efeito a portaria, foi subscrita por representantes de outros estados e de dois senadores pelo Amazonas: Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (MDB). Como se vê, as pontas opostas trabalhando por um mesmo fim, que foi o de não permitir maiores prejuízos à indústria nacional, esteja ela em Manaus, São Paulo ou qualquer outro Estado, principalmente pela forma utilizada pelo governo para impor as novas normas, via Imposto de Importação, que afetariam essas organizações.

Se a Zona Franca de Manaus obteve uma pequena vitória com a protelação dos efeitos da portaria 309, de outro lado, a anunciada – e improvável – vinda do presidente da República para participar da primeira reunião do Conselho de Administração da Suframa (CAS) mais uma vez não aconteceu, até pela data prevista – dia 12 de julho.

Agora, à semelhança dos personagens de Samuel Becket, em “Esperando Godot”, um clássico do teatro do absurdo, o titular da Suframa marcou nova data para a reunião do CAS e a vinda do presidente – o Godot predileto do superintendente da autarquia -, a qual deverá ocorrer no próximo dia 25 de julho.

Mais real e também antecipada, a floração dos ipês da avenida Djalma Batista marca um contraponto em relação a vinda do presidente da República a Manaus e a realização da reunião do CAS. No caso dos ipês, com a floração acontecendo em julho, o evento natural ocorreu antes, enquanto o teatro do absurdo retrata o tempo passando – árvores com folhas, depois sem estas – e nada de Godot aparecer.

Até quando a economia da Zona Franca de Manaus, em particular, e do Amazonas, no geral, ficará à espera de Godot, acumulando prejuízos pela não aprovação de projetos que, hoje, sabe-se, já ultrapassam a casa da centena.

O Brasil, apesar das crises que enfrenta o tempo todo, sejam elas originadas na economia – como ter 13 milhões de desempregados -, ou aquelas outras criadas pelo próprio governo, como anunciar um embaixador para Washington cuja maior e talvez a única credencial seja o parentesco com o presidente. Entretanto, a boa notícia é o anúncio de que a chinesa Byd deve se instalar no polo de indústrias incentivadas de Manaus.

Em outras palavras continuamos – a Zona Franca e o País – a atrair investimentos à revelia das crises, criadas, fictícias ou sopradas ao vento pelos que preferem o quanto pior, melhor.

Com a reforma da Previdência se encaminhando para o Senado Federal, os deputados federais devem encarar, agora, a reforma Tributária que tem como escopo eliminar os tributos federais IPI, PIS/Cofins, o estadual ICMS e o municipal ISS, colocando em seu lugar o Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS), com saudável consequência, em princípio, de simplificar em alguns passos a burocracia dos fiscos, já que não se fala em reduzir a carga tributária.

O momento é de atenção máxima em relação ao que será feito, já que a repercussão da mexida nesses tributos vai resvalar nos incentivos da Zona Franca de Manaus.

Em marcha lenta e desacelerando

13 segunda-feira maio 2019

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazonas, IBGE, indústria, Manaus, Pauo Guedes, PIB, PIM, queda, zona franca

Foto: Divulgação/Agecom

O produto interno bruto (PIB), que indica a riqueza gerada em um país ou Estado, tem dado indicações de que a economia tem perdido força ao longo desta quase metade do ano de 2019, e as instâncias onde isto tem acontecido abrange desde o próprio governo federal até o Fundo Monetário Internacional (FMI).

É esperado, que no dia 22, por exemplo, o relatório bimestral sobre o desempenho da economia brasileira a ser divulgado naquele data, reduza a expectativa do PIB para 2019. Até agora, o governo federal trabalha com a previsão de que a economia cresça 2,2%, mas esse valor deve cair para 1,5%, dizem os analistas.

A pesquisa semanal Focus, do Banco Central, também já vem reduzindo as estimativas de crescimento da economia para este exercício. Por ali, se há quatro semanas a expectativa era de que a economia brasileira crescesse 1,95%, caiu para 1,49% e, nesta semana, está mais baixa ainda: é de 1,45%.

Se as estimativas do PIB não conseguem resistir às tendências do mercado, ou mesmo às inseguranças, contradições e trocas de mensagens contraditórias entre membros do alto escalão do governo federal, as estatísticas vêm corroborar essa realidade: a economia está em marcha lenta e desacelerando.

A Pesquisa Industrial Mensal (PIM) sobre o mês de março, divulgada na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também reflete essas perdas de produção na indústria com o agravante de atingir a maior economia do País.

Por ali, o Estado do Pará apresentou queda de produção na indústria de 11,3%, em março. São Paulo reduziu 1,3% no mesmo período, outros três estados, assim como a região Nordeste, tiveram redução na produção industrial superior a 5%, enquanto mais três estados, incluindo o Amazonas, também tiveram desempenho negativo.

A média nacional de redução na indústria, conforme o IBGE, ficou em -1,3%, no período entre março de 2019 e fevereiro de 2019. Neste comparativo se poderia dizer que o Amazonas até que teve um desempenho razoável ao baixar “apenas” 0,5%, conforme o estudo do IBGE.

O problema, no entanto, é que, em todos os outros três comparativos, a indústria da Zona Franca de Manaus, que constitui a maior parte do PIB do Estado, apresenta desempenho negativo, sendo o citado aquele que está menos ruim.

Assim, no comparativo entre março de 2019 com o mesmo mês de 2018, a perda na produção da indústria da ZFM chega a 10,8%; no acumulado do primeiro trimestre, cai pela metade, é de 5,1%, enquanto nos 12 meses o IBGE diz que a produção da indústria caiu 2,1%.

É evidente que tal desaceleração não se deve somente a fatores que envolvem o panorama político-econômico brasileiro, pesam aí, também, fatores e indecisões regionais e, principalmente, a ausência de ações que fortaleçam a Zona Franca de Manaus (ZFM).

Exemplo de tais fatores e indecisões é o fato de que, apesar de o calendário já avançar para meados de maio, até esta data a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) não realizou nenhuma reunião do Conselho de Administração (CAS), até por uma razão óbvia, e esta sim, influenciada por fator exógeno: o comando da Suframa só há pouco foi nomeado pelo governo federal.

Se a autarquia que tem como principal objetivo dar um norte à produção da indústria local, por meio dos incentivos que administra, está sob ataque cerrado do próprio governo federal, fica difícil – quase impossível – trazer novos investimentos para Manaus. Pior: quem já está instalado começa a pensar em outras possibilidades e até em transferir investimentos para outras regiões.

De repente, começa a tomar forma o fantasma anunciado por Paulo Guedes, de detonar a Zona Franca de Manaus. Se medidas efetivas não forem tomadas pelas lideranças do segmento industrial, parlamentares, Executivo e pela própria sociedade, a inércia do momento atual pode ser o início do fim, conforme já anunciou o ministro da Economia.

Política e desafios ao titular da Suframa

19 terça-feira fev 2019

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Alfredo Menezes, incentivos fiscais, Manaus, suframa, zona franca

O cargo de titular da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) finalmente saiu do limbo político com a nomeação publicada no Diário Oficial da União (DOU) da última sexta-feira, 15, do coronel Alfredo Menezes, o qual já fora anunciado desde meados de janeiro sem que tal nomeação se formalizasse.

Em que pesem as diretivas do ministro da Economia, ministério ao qual a Suframa está subordinada, no sentido de que a política econômica em fase consolidação no País vai no sentido de reduzir juros, baixar incentivos fiscais e privatizar o que for privatizável, o discurso do novo superintendente é otimista.

Em duas oportunidades nas quais falou à imprensa, ele afirmou ter autonomia para gerir os incentivos fiscais administrados pela autarquia e negou, por outro lado, não ter apoio da bancada política federal do Estado do Amazonas.

O novo superintendente ainda não definiu a data na qual deve tomar posse, no entanto, já definiu que a primeira reunião do Conselho Administrativo da Suframa (CAS) não ocorrerá no próximo dia 28 de fevereiro, mas ficará para data a ser acertada.

Alfredo Menezes quer a presença do presidente da República, do vice-presidente e também do ministro da Economia, Paulo Guedes, na primeira reunião do CAS sob sua gestão, além de governadores e prefeitos vinculados aos municípios e estados jurisdicionados aos incentivos fiscais da Suframa.

Uma declaração de Alfredo Menezes que chama a atenção, provocada por afirmações veiculadas na imprensa local aludindo à ausência de apoio dos políticos à sua indicação para a Suframa, é de que esse apoio, informa o novo superintendente, então, deveria se traduzir não apenas pela bancada federal do Amazonas, mas, sim, pelas bancadas federais dos cinco estados que usufruem dos incentivos da autarquia.

Enquanto o titular da Suframa cuida dos aspectos políticos e de sua posse no cargo, a economia não para e os números vinculados ao desempenho da atividade econômica dão sinais contraditórios, como aqueles divulgados nesta segunda-feira, 18, pela Pesquisa Focus, do Banco Central (BC).

Por ali, a expectativa de evolução do produto interno bruto (PIB) para 2019, por exemplo, apresenta queda, passando de 2,53%, há quatro semanas, para 2,50% agora. De outro lado, o câmbio, considerando a moeda norte-americana, caiu da cotação de R$ 3,75 para R$ 3,70, assim como a Selic, que estava em 7% até o fim deste ano e agora caiu para 6,5% a.a.

Mas se as expectativas acerca do dólar e da Selic sugerem uma atividade econômica mais forte, o mesmo não acontece em relação às expectativas ligadas diretamente à produção industrial. De acordo com a pesquisa Focus, a estimativa da produção industrial caiu de 3,04%, há quatro semanas, para 3%.

Como notícia ruim sempre pode piorar, os preços administrados também apresentam viés de expansão, pois passaram de 4,80% para 4,89% até o fim deste exercício, informa a pesquisa do BC.

Da própria Zona Franca de Manaus (ZFM) não se pode dizer que esteja no melhor dos mundos ao se considerar que, conforme os indicadores de novembro de 2018, o faturamento da indústria incentivada, medido em dólar, apresenta queda de 0,3% no comparativo com o mesmo período de 2017.

Como se vê, não vão faltar desafios a serem vencidos pelo novo titular e sua equipe, a qual ainda está em fase de definição. De qualquer maneira, votos de boa sorte.

Turismo no meio do mato

12 terça-feira fev 2019

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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floresta, Manaus, musa, turismo, zona franca

Manaus, mesmo maltratada, é uma bela cidade a surpreender quem aqui chega pela primeira vez, e, eventualmente, deslumbrar o visitante desavisado, em que pese os problemas que a acometem, a maioria, aliás, presente nas metrópoles brasileiras.

A violência, a ausência de estrutura que dê mobilidade aos habitantes por meio do transporte público – que é caro e não tem qualidade -, a precariedade no fornecimento do serviço de energia elétrica e até a ausência de porto público, que talvez pudesse reduzir os custos do frete para a indústria da Zona Franca de Manaus (ZFM).

Ao manauara e ao amazonense que mora em Manaus, assim como pessoas de outros estados e países que aqui se fixaram, vivem e trabalham, causa ofensa grave o forasteiro que diz, e não são poucos, que a cidade só tem mato e jacaré passeando pelo asfalto.

Ouso dizer que tais afirmações não são verdadeiras, mas, caso o fossem, deveriam, mais uma vez, ser motivo de orgulho para os moradores da cidade por razão simples e que corroboraria o reflexo de termos instalado em Manaus o setor industrial que talvez seja um dos menos poluentes que se conhece.

As indústrias incentivadas que operam na cidade se ergueram em área de floresta, aonde boa parte ainda está preservada, apesar da atividade industrial se estender há mais de cinquenta anos.

De outro lado temos, um campus universitário implantado em plena floresta urbana na zona Sul da capital do Estado, fato pouco divulgado e até ignorado pelos próprios universitários e egressos da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), que se habituam a essa realidade e não a veem como um diferencial basicamente amazônico.

Manaus pode não ser uma cidade verde, mas já esteve em estado bem pior antes que a prefeitura começasse a arborizá-la e os corredores verdes começam a mudar a paisagem da cidade como bem exemplifica a avenida Djalma Batista, a qual, há cinco ou mesmo dez anos, era um deserto e agora já se pode usufruir, na época da floração, o espetáculo dos ipês colorindo e mudando a paisagem daquela via.

Em percurso de cerca de 15 quilômetros, entre as zonas Norte e Sul, saindo por exemplo do terminal 3, na Cidade Nova 1, até o bairro Japiim, o visitante passa por três reservas: a Sumaúma, a reserva do Instituto de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e a da Ufam.

Isto, sem falar nos parques urbanos como Mindu, Bilhares, entre outros, que fornecem um pouco mais de verde para Manaus, além de possibilitar ao manauara sentir orgulho de viver no “meio do mato”.

Nosso descaso pelo verde e outros atrativos de Manaus, e aí não falo somente da população que, em sua maior parte não conhece a Reserva Florestal Adolpho Ducke e nem mesmo o Teatro Amazonas, é tão grande que chega a parecer que tanto o morador quanto as autoridades desconhecem a cidade no mesmo grau que os forasteiros desinformados.

Essas reflexões acontecem a propósito da ideia – muito boa – explicitada pela presidente da Amazonastur, Roselene Medeiros, acerca da necessidade de criar um plano estratégico para o turismo estadual abrangendo o período 2020-2030. O segmento, na visão da titular da empresa de turismo, pode ser uma nova matriz econômica, fato do qual não se pode discordar e cujos exemplos bem sucedidos, estão em outros estados brasileiros como o vizinho Pará.

Há, porém, que educar o morador de Manaus e das cidades do interior do Amazonas que tenham potencial turístico, a fim de que se tornem divulgadores de uma riqueza que é nossa e com retorno assegurado, se a estratégia der certo.

Reino Unido faz ensaio em Santa Luzia

11 segunda-feira fev 2019

Posted by Eustáquio Libório in Notícia

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Amazonas, carnaval 2019, Manaus

A praça de Santa Luzia ficou pequena para receber os integrantes e simpatizantes da escola de samba Reino Unido da Liberdade que aconteceu no início da noite de domingo, 10, em cenário mais colorido pelo pôr-do-sol, que foi espetáculo à parte.


Clique aqui para ver as fotos

A evolução da Reino Unido aconteceu pela avenida São Joao e alameda São Benedito, até a sede da escola, no Morro da Liberdade, zona Sul.

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