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Imbróglio no Planalto para economia

17 sábado dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Brasil, crise, Dilma Rousseff, economia, impeachment, Lula, PIB, política

O Brasil continua parado enquanto a crise política que já levou a Polícia Federal a bater na porta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e levá-lo, sob vara, para depor, se amplia e se aproxima, a cada nova etapa da operação Lava-Jato, da presidente Dilma Rousseff.

A indefinição sobre os rumos do país com a ameaça de impeachment à presidente já mostra os estragos causados na economia

A “solução” engendrada para dar foro privilegiado ao ex-presidente petista transformando-o de um sem-mandato em dono de gabinete ministerial no Planalto virou mais um imbróglio com dezenas de ações no Judiciário buscando impedir seu acesso ao cargo ministerial.

Se conseguir virar ministro está difícil para Lula, apesar da boa vontade presidencial, o mandato da presidente Dilma Rousseff continua a periclitar e não falta político, no Congresso Nacional, apoiando a ideia já avalizada pelo grito rouco das ruas, como se viu nos protestos que aconteceram nas últimas semanas.

A indefinição sobre os rumos do país com a ameaça de impeachment à presidente já mostra os estragos causados na economia com a divulgação do produto interno bruto (PIB) de 2015, quando o tombo na geração de riqueza foi de 3,8%.

Se o PIB está em queda, no entanto, outros indicadores crescem e indicam quem, afinal, está bancando o prejuízo da gestão petista, como a inflação na casa dos dois dígitos em 12 meses, o aumento escancarado do desemprego, a baixa no uso da capacidade instalada da indústria e o consumo em queda.

O mau desempenho da economia é consequência direta da falta de confiança no governo que também vê crescer a impopularidade da presidente, assim como agências que avaliam o risco de o mandato de Dilma Rousseff ser encerrado antes de 2018, como a Eurasia que subiu sua avaliação de 40% para 55% de possibilidade de que isto venha a acontecer.

Pior é o cenário delineado para o Brasil, onde a queda no consumo é de 4%, e estimativas sobre redução do PIB per capita, em dois anos, conforme o banco Goldman Sachs, indicam que pode chegar a -10%.  No mesmo período, os investimentos tiveram redução de 18%, informa a revista Exame.

Neste ano, as expectativas são pessimistas e o PIB, conforme o Credit Suisse, pode encolher 4,2%, na melhor hipótese. Agora, se as coisas se complicarem mais do que já estão, a baixa pode chegar a 6,1%.

Enquanto isso, pesquisa do Ipsos informa que pelo menos 57% dos brasileiros são favoráveis ao impeachment de Dilma Rousseff, embora outros 20% estejam indecisos a respeito, e 23% sejam contrários ao impedimento da presidente.

A mesma pesquisa também informa que 43% das pessoas acredita que o afastamento da presidente, via impeachment, vai impactar em melhoria sobre sua renda.

Dito isto, resta saber como as coisas poderão melhorar no pós-Dilma, se seu eventual sucessor – Michel Temer, no caso de impeachment – tem cacife para fazer as reformas que estão paradas no Congresso Nacional, assim como mudanças na política econômica, hoje marcada pelo capitalismo de Estado, brecha aberta para escândalos como a derrocada da Petrobras.


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Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 22/03/2016

Delinquência institucionalizada

05 segunda-feira dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Textos & Economia

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celso mello, corrupçãp, lava-jato, Lula, Petrobras, TCU

A cada etapa da operação Lava-Jato, mais sujeira é descoberta sob os tapetes daquela que já foi a mais importante empresa do país, mas que, ao ser aparelhada para outros fins que não o de seus objetivos sociais, perdeu valor de mercado, competitividade, além dos bilhões de dólares que foram parar em bolsos de políticos e empresários de caráter, no mínimo, duvidoso.
Dessa vez a sujeira vem a público a partir de procedimentos do Tribunal de Contas da União (TCU) que descobriu ser sistêmica a prática de sobrepreços na Petrobras a partir de 2007, quando o TCU começou a monitorar contratos daquela companhia.

Se a delinquência está (ou esteve) institucionalizada na Petrobras, é preocupante. Porém, existem outras situações sobre as quais pouco ou nada se fala sobre a gestão

O caso mais marcante, até agora, é o da refinaria Abreu Lima, em Pernambuco, em parte do contrato de R$ 3,8 bilhões. As irregularidades encontradas pelo TCU o levaram a recomendar, ao Congresso Nacional, que suspendesse a obra em 2010.
No entanto, o então presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva mandou continuar a construção da refinaria.
Naquele ano de 2010, até 31 de março, o ministro das Minas e Energia, ao qual a Petrobras está subordinada, era o senador Edison Lobão. Na mesma data, Lobão entregou o cargo a Márcio Zimmermann, que o devolveu a Lobão em 2011.
De acordo com informações do jornal paulista Folha de S.Paulo, o TCU teria encontrado irregularidades em 185 itens, de 190 analisados, nas notas fiscais emitidas pelo consórcio que constroi a Abreu Lima, onde uma das integrantes é a Camargo Corrêa.
Ali os problemas encontrados estão nos valores pagos e naqueles apresentados no documento fiscal, onde os preços são menores que aqueles pagos às empreiteiras. Como é o caso de uma tubulação pela qual a Petrobras pagou R$ 24,3 mil e que foi comprada por R$ 4,3 mil.
Há casos, citados pelo jornal paulista, em que o item adquirido por R$ 9.684, um compressor a diesel, o documento fiscal aponta despesa de apenas R$ 70 com o equipamento.
São flagrantes desse naipe que levaram à conclusão, pelo TCU, de que a prática de sobrepreço na Petrobras era pagar o dobro, embora existam casos onde o superfaturamento subiu a mais de 13.000%.
Não é de estranhar, então, que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso Mello, tenha qualificado a corrupção na Petrobras como “delinquência institucional”, tamanho o descalabro contra o bolso do contribuinte.
Se a delinquência está (ou esteve) institucionalizada na Petrobras, é preocupante. Porém, existem outras situações sobre as quais pouco ou nada se fala sobre a gestão, como é o caso do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS), cuja remuneração, para o trabalhador, o deixa com rendimentos inferiores à poupança, mas a aplicação dos recursos no mercado não tem nenhuma transparência.
Enquanto isso, ao trabalhador que perde seu emprego é colocado em dificuldade para acessar o auxílio-desemprego, mesmo ao se considerar o crescimento na poda dos postos de trabalho que está acontecendo no Brasil, em que a crise econômica desestimula investidores a aplicar recursos no país e a baixa no consumo derruba as vendas, levando as empresas a conter gastos e demitir.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 25/08/2015

Dez motivos para protestar dia 16 de agosto 

05 segunda-feira dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Textos & Economia

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Dilma Rousseff, estelionato, inflação, Lula, protesto, PT, recessão

No próximo domingo, dia 16 de agosto, brasileiros, pobres ou ricos, de todas as raças, idade e credos vão, mais uma vez, às ruas protestar contra o desgoverno da presidente Dilma Rousseff, no particular, e, no geral, contra a permanência do PT dirigindo o destino do Brasil. 

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A velha tática de negar a realidade usada desde sempre pelo ex-presidente Lula da Silva e seus simpatizantes caiu por terra e até petistas de raiz já não conseguem deixar de ver o que o governo – ou desgoverno – atual deixou de fazer para o país estar em situação calamitosa, quando a política e a economia enfrentam uma crise agravada por corrupção no alto escalão do governo. 

Se a inflação reduz a quantidade de comida que um pai de família pode levar para sua casa, a taxa de juros concorre para complicar mais ainda a vida dos brasileiro

Motivos para ir às ruas é que não faltam aos brasileiros e brasileiras, acuados por uma inflação que, até julho de 2015, já atingiu 6,83% e se aproxima, no acumulado de 12 meses, dos dois dígitos, pois o IPCA, nesse período, é de 9,56%. 

Se a inflação reduz a quantidade de comida que um pai de família pode levar para sua casa, a taxa de juros concorre para complicar mais ainda a vida dos brasileiros. Com a Selic, a taxa básica de juros, em 14,15% a.a., quem quiser fazer um empréstimo bancário não vai conseguir pagar menos do que 56% a.a. na Caixa Econômica Federal, enquanto no Banco do Brasil não fica por menos de 71,58%, no Itaú Unibanco são 86,33% e o Bradesco está cobrando “módicos” 100,88 % a.a. Isso só para falar dos maiores bancos. 

Quer mais alguns motivos para ir protestar no dia 16? É só pensar no preço dos combustíveis, que faz as pessoas diminuírem o uso de seus carros, ou da energia que agora, no desgoverno do PT, também aumenta retroativamente por aqui, com a implantação das tais bandeiras, mesmo que o sistema de Manaus não esteja ligado completamente ao sistema nacional. 

Mas a gestão atual fez pior quando empresários, investidores e analistas perderam a confiança no governo. Resultado: as torneiras dos investimentos praticamente secaram, o país está às vésperas de perder o grau de investimento, enquanto, na hora de cortar gastos, a tesoura elegeu cortes prioritários na saúde, que já anda capenga pelo país todo, e na educação, onde o país fica nas posições finais de qualquer ranking internacional. 

Outra razão para ir às ruas no dia 16 de agosto é lembrar do estelionato eleitoral, quando a então candidata demonizou o postulante da oposição que pregava a necessidade de fazer ajuste na economia, conter gastos públicos, manter metas do superávit primário. Nada disso seria feito,pregou a então candidata, mas entre as medidas tomadas pelo governo dos trabalhadores foi justamente dificultar a obtenção de benefícios como auxílio-desemprego e aposentadoria. 

Por falar em desemprego, o país já perdeu mais de 600 mil postos de trabalho neste ano, enquanto as filas para tentar obter o tal auxílio-desemprego só crescem, sem falar no período de carência que o governo petista aumentou para 12 meses. 

O crescimento do país, cuja meta inicial era de 2%, foi caindo, chegou a 0,8% e, agora, a previsão é de uma recessão de 2%. Quer dizer, a meta foi mantida, só que no vermelho. Mas para uma presidente que propõe meta aberta, vale qualquer coisa. 

Por fim cabe lembrar que a presidente, mesmo dizendo que ninguém lhe vai tirar a legitimidade conferida pelas urnas, ela mesma a perdeu quando mentiu durante a campanha e fez tudo ao contrário do que prometera.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 11/08/2015

Peso do volume morto

21 segunda-feira nov 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Brasil, Dilma Rousseff, lava-jato, Lula, mandato, política, PT

O fim de semana, que  está sendo considerado por muitas pessoas também o fim dos dias para o Partido dos Trabalhadores (PT) e suas lideranças principais, como o ex-presidente Lula da Silva e a atual inquilina do Planalto, Dilma Rousseff, começou com a prisão, na sexta-feira, 19, de dois executivos das maiores empreiteiras do Brasil, Andrade Gutierrez e Odebrecht.

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Quem duvida da seriedade dos fatos que aconteceram na sexta-feira, com a 14ª fase da operação Lava-Jato, pode fazer um paralelo com o desempenho da Bolsa de Valores de São Paulo, onde o Ibovespa, principal índice, fechou em queda de 0,90% aos 53.749 pontos. O impacto da prisão, em termos de Bolsa de Valores, foi que o papel da Brasken, controladora da Odebrecht, caiu mais de 10% no pregão de sexta-feira.

Para variar, Lula da Silva usou outra de suas metáforas ao tentar explicar a conjuntura política ao dizer que ele e Dilma Rousseff estão no volume morto

Mas o governo de Dilma Rousseff também se defrontou com a inusitada decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de dar prazo de 30 dias para que a prestação de contas do exercício de 2014 apresente explicações sobre 13 – número absolutamente petista – ações, conhecidas como ‘pedaladas fiscais’, que maquiaram os resultados apresentados no documento.

De outro lado, enquanto um dos empreiteiros ligados à Odebrecht ameaça abrir o bico e detonar a república do PT ao dizer que, se falar vai atingir o ex-presidente e também Dilma Rousseff, o próprio Lula comentou que, agora, os próximos alvos dos investigadores da operação Lava-Jato seriam ele e a presidente.

Às más notícias que encerraram a semana da presidente Dilma Rousseff e seu governo, resta acrescentar o resultado da Pesquisa DataFolha onde o oposicionista Aécio Neves (PSBD) tem 35% da preferência do eleitorado e, caso eleição fosse agora, poderia se eleger. Enquanto o tucano comemora a posição favorável,  Dilma Rousseff amarga rejeição de 65% dos entrevistados que classificam seu segundo mandato como ruim ou péssimo.

Pior do que esse índice de rejeição, dizem os analistas, só o atingido pela administração ex-presidente Collor de Mello, às vésperas de ser despejado do Planalto, que atingiu 68%.
Para variar, Lula da Silva usou outra de suas metáforas ao tentar explicar a conjuntura política ao dizer que ele e Dilma Rousseff estão no volume morto.

Se a metáfora pode ter fácil entendimento para quem convive com o noticiário sobre a seca que aflige São Paulo há algum tempo, para outros cabe esclarecer que volume morto é uma reserva técnica – de água – localizada abaixo do nível das comportas e, no caso de São Paulo, nunca havia sido usada até o estado crítico da estiagem de 2014 naquela cidade.

No caso de Lula, que em outras condições usou essa figura de linguagem para comparar o Brasil a uma churrascaria e criticar seus opositores que exigiam o cumprimento de promessas de campanha e de outros compromissos assumidos pelo então presidente, não parece que ele possa ser classificado como uma reserva técnica para solucionar a crise na qual, a cada dia, mais se envolve o novo mandato de Dilma Rousseff, cuja maior realização parece ser ter conseguido, em menos de seis meses, ter a popularidade abaixo dos níveis das comportas de Cantareira.

Até o momento em que este artigo foi escrito, o fim dos dias da república do PT, anunciado pelo patriarca dos Odebrecht, não se concretizara, mas a investigação da Lava-Jato, assim como a estiagem paulista, é longa e persistente, a indicar que com água ou petróleo, o Brasil pode estar mudando ao punir aqueles que sempre se consideraram não só acima de suspeitas, assim como da própria lei, como bem ilustra o título dado à 14ª fase da operação Lava-Jato:  Erga Omnes, ou “vale para todos”.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 23/06/2015

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