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Tecnologia para o bem

12 terça-feira jun 2018

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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ciência, impressão 3D, indústria 4.0, internet, medicina

Impr3D

Até o último mês de 1967, os cirurgiões já realizavam transplantes de órgãos como rins e fígados em seres humanos, assim como dos ossos do ouvido, mas se alguém falasse em realizar um transplante de coração a coisa mudava de figura. Até então, mexer no coração era coisa que ficava a cargo do amor e do divino, pois esse órgão era associado à sede da alma e aos sentimentos.

A ciência, a tecnologia para a criar o fígado a ser implantado em uma pessoa virá das técnicas relacionadas à quarta revolução industrial, também conhecida como Indústria 4.0

Foi então que, no dia 3 de dezembro daquele ano, o cirurgião sul-africano Christiaan Barnard, aos 44 anos, realizou esse feito memorável em uma intervenção que ocupou por cinco horas sua equipe de 20 cirurgiões. A operação foi bem sucedida, mas o paciente, Louis Waskansky, 53 anos, morreu 18 dias depois, vitimado por infecção pulmonar decorrente de deficiência imunológica relacionada à rejeição do órgão transplantado.

Pois é, o que era tabu e coisa só encontrada na ficção científica se tornou realidade no final dos anos 1960 e, desde então, a humanidade tem aperfeiçoado a ciência e a medicina e o ser humano ganhou maior longevidade graças a esses e muitos outros avanços da ciência. Mesmo assim pergunto: você já imaginou fazer um transplante de fígado de origem não humana e, ainda mais incrível, nem de procedência do reino animal? Não faria? Bem, a novidade está a caminho.

A ciência, a tecnologia para a criar o fígado a ser implantado em uma pessoa virá das técnicas relacionadas à quarta revolução industrial, também conhecida como Indústria 4.0, e tem data marcada para acontecer, ou, pelo menos, um prazo dentro do qual deve ocorrer: 2025,

A quarta revolução industrial envolve áreas e integra sequenciamento genético, nanotecnologia, assim como energia renovável e computação quântica, entre outras áreas da ciência e da técnica. O aprimoramento dessas tecnologias está em andamento e já há estudos  pelos quais cientistas reescrevem o genoma de suínos com a finalidade de que os porcos tenham órgãos adequados ao transplante humano.

Mas o seu fígado, do qual falei anteriormente, não virá de um porco cujo genoma foi reescrito, ele será construído por meio de uma impressão 3D. Essa façanha é uma das 21 inscritas como pontos de inflexão e que devem acontecer até 2025, fruto das discussões travadas no âmbito do WEF, a sigla em inglês para o Fórum Econômico Mundial e registradas na edição de 2016.

Para quem gosta de moda e mesmo para quem não gosta, mas é obrigado a andar vestido para cumprir as normas sociais, também tem novidades listadas. Por exemplo, em 2025, cerca de 10% das pessoas já terão acesso a roupas conectadas à internet. Para melhorar ainda mais a vida, cerca de 90% das pessoas também poderão armazenar seus dados sem nenhum custo direto, empresas de publicidade bancarão a conta. Inclua-se entre as modernidades outros 10% de pessoas usando óculos de leitura conectados à internet. Livros? Só online, ao que parece.

A presença no mundo virtual deve atingir 80% das pessoas e um smartphone implantável deverá estar disponível comercialmente, enquanto 90% da população já terá acesso a esse meio de comunicação. Aliás, um celular ainda é só um meio de comunicação? “O meio é a mensagem”, já preconizava McLuhan.

Entre os pontos de inflexão com prazo para acontecer até 2025 e que constam do livro “A Quarta Revolução Industrial, de Klaus Schwab, está listada a produção do primeiro carro impresso em 3D, além disso, nos Estados Unidos, os carros autônomos, que circularão sem motoristas, vão compor cerca de 10% da frota daquele país.

O mundo pode melhorar e o caminho é a educação, o incentivo ao estudo, mesmo assim têm Trump e Kim Jong Un que podem detonar o planeta com um simples apertar de botões, fruto da tecnologia para fins catastróficos.

Quarta revolução industrial é agora

04 quarta-feira jan 2017

Posted by Eustáquio Libório in Textos & Economia

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Apple, economia, Google, indústria 4.0, revolução, robótica, Tecnologia, Tesla

 

Quando, em 1988, o pesquisador Mário Tomelin escreveu o livro “O quaternário seu espaço e poder”, não se falava, ainda, sobre o que viria a ser a revolução Indústria 4.0. Este conceito só viria a aparecer em 2011. No entanto, é necessário que se faça o registro do que foi a pesquisa efetivada por Tomelin, que pode ser chamado de precursor, pelo menos conceitual, da Indústria 4.0.

GM and NASA Announce Robonaut 2

Na visão de Tomelin, o mundo iniciava àquela época, um salto tecnológico que levaria a humanidade a mudar paradigmas no que diz respeito ao desempenho da indústria e nos acréscimos de produtividade.

Em 2011, foi cunhado um outro termo para qualificar expectativas bem próximas daquelas propaladas por Tomelin, durante a realização da Hannover Fair

Assim, deve-se levar em conta o fato de que, a primeira revolução industrial acrescentou produtividade ao colocar como fator de produção a máquina a vapor.

A segunda revolução industrial chegou no bojo da energia elétrica e, a partir de então, as conquistas na produção de bens de consumo e do próprio conforto da humanidade não puderam prescindir da energia elétrica.

Na terceira revolução industrial, com a invenção das válvulas eletrônicas, sucedidas logo depois pelo transístor e pelo solid state, entregou ao homem o poder de cálculo e a velocidade de processamento dos computadores.

Passados quase 30 anos desde o lançamento do livro “Quaternário”, as expectativas de Tomelin não se concretizaram, pelo menos da forma como ele pensava que ocorreria. Mas a indústria e a sociedade obtiveram grande avanço tecnológico e poder de inovação.

“Do setor quaternário, definido como o setor de concepção, pode-se esperar, no século 21, todo o dinamismo e todas as transformações que ainda não se realizaram no século 20,” afirmava Tomelin.

Todavia, em 2011, foi cunhado um outro termo para qualificar expectativas bem próximas daquelas propaladas por Tomelin, durante a realização da Hannover Fair, quando pela primeira vez a expressão “smart factories” trouxe a público uma nova tendência a ser seguida pela indústria, a qual, de forma relacional viria a articular sistemas virtuais e físicos, combinados em rede.

É só em 2016, na obra “The Fourth Industrial Revolution” que Klaus Schwab reconhece que as corporações e a própria sociedade, pelo menos nos países desenvolvidos, já vivem a quarta revolução industrial, digital, com a implementação das metodologias, conceitos e técnicas – envolvendo os meios virtual e físico – que propiciam maior produtividade, entre outros benefícios, na Indústria 4.0.

Desenvolvidas durante a terceira revolução industrial, internet, softwares e hardwares foram aperfeiçoados, inovados e são, hoje, aplicados de maneira massiva como a internet móvel, inteligência artificial, automação, com as “machine learning”, capazes de se autoprogramar, entre outras ações que deixam de depender da intervenção humana.

No entanto, se de um lado as inovações da Indústria 4.0 trazem ganhos de produtividade, melhoria na individualização – customização – de produtos, tornando-os mais próximos das necessidades dos consumidores e oferecendo algo a mais para torná-lo passível de obter preço diferenciado a favor do fabricante, de outro lado, porém, existe o temor que as mudanças sempre trazem.

Neste caso, os arautos dos malefícios temem a redução do número de postos de trabalho com a automação trazendo mais robôs para as instalações fabris. Não é à toa, por exemplo, que a indústria automobilística esteja de olho nos avanços de veículos movidos a energia elétrica, como os modelos da Tesla, Apple e Google. Empresas que preferem inovar produzindo um computador sobre rodas o qual deve prescindir até de condutor.

Esses avanços, que envolvem plataformas de inteligência artificial, armazenamento em nuvem e sensores pequenos e potentes, também ameaçam atividades como as dos profissionais de contabilidade, advocacia e até a indústria de seguros, quando se pensa, neste caso, que o número de acidentes envolvendo automóveis pode cair de forma acentuada com os humanos – álcool, drogas – fora da direção de seus veículos.

Publicação na edição de novembro/2016 da revista PIM Amazônia

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