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Queda nos investimentos do PIM e a Amazônia incendiada

27 terça-feira ago 2019

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazônia, Bolsonaro, fake news, incentivos fiscais, indicadores, Macron, Paris, PIM, queimadas, zona franca

Focos de queimadas existem, mas a Amazônia ainda é dos brasileiros

A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) finalmente atualizou e divulgou os Indicadores de Desempenho do Polo Industrial de Manaus (PIM), os quais estavam sem atualização desde o fechamento do exercício de 2018. A divulgação aconteceu na última sexta-feira, dia 23 de agosto.

Embora tenha quem faça festa com os resultados apresentados acerca do faturamento, que ficou em R$ 40,82 bilhões no período de janeiro a maio deste ano, com crescimento superior a 10%, a análise, quando efetivada com dados convertidos para o dólar norte-americano, muda o sentido desse resultado, já que, então, aparece uma queda de 2,76% no acumulado desses cinco meses de 2019 e o meso período do ano anterior.

Talvez pior do que a involução apresentada no faturamento em dólar do polo de indústrias incentivadas de Manaus seja a queda na média dos investimentos produtivos. Se no decorrer de 2018 esta média se situou em US$ 8.87 bilhões, no acumulado de janeiro a maio deste ano, informam os Indicadores do PIM, caiu para US$ 8.63 bilhões, uma baixa equivalente a 2,68% no período, ou, ainda, uma fuga de investimentos de quase US$ 240 milhões. Não é pouca coisa.

A baixa nos investimentos produtivos do PIM, aliás, não é fato novo, infelizmente. A média apresentada em 2018 já registrava queda de 3% em relação ao ano anterior, quando a média desse indicador fora de US$ 9.14 bilhões.

Ainda em relação aos Indicadores de Desempenho do PIM é de se registrar a baixa ocorrida nas receitas totais obtidas pelas organizações que operam em Manaus. Conforme o documento, as receitas caíram de US$ 12.96 bilhões, no ano passado, para US$ 11.89 bilhões nos primeiros cinco meses dos dois exercícios.

As más notícias na semana passada, no entanto, não ficaram só por conta dos resultados divulgados pela Suframa. A Amazônia, e o Amazonas por tabela, voltaram às manchetes da imprensa nacional e internacional a partir de informações divulgadas acerca da expansão do número de focos de queimadas no Brasil e, em particular, na região amazônica.

Embalada por bate-boca via redes sociais e mesmo pela imprensa internacional entre o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e o mandatário da França, Emmanuel Macron, que postou em sua conta no Twitter imagem fotográfica antiga para ilustrar denúncia de que a Amazônia estava em chamas, mais ou menos como o título daquele filme “Paris está em chamas?”, de 1966, dirigido por René Clément e cujo protagonista era Jean-Paul Belmondo.

O filme francês narra a resistência do general alemão que ocupava Paris durante a 2ª Guerra Mundial, em acatar a ordem de Hitler para incendiar totalmente a Cidade Luz, incluindo seus monumentos e museus. Era o fim da Grande Guerra, e o general, ao contrário de Macron que não conseguiu evitar que um dos ícones parisienses – a igreja de Notre Dame – fosse destruído pelo fogo, preferiu desprezar a ordem de seu líder.

Mas quando ficção e realidade se cruzam no universo das fake news, nem presidentes de países como a França resistem a apelar para imagens que não se relacionam com os fatos aos quais Macron se referia, para apresentar ao mundo uma visão enganosa e resguardar interesses nem tão republicanos assim.

De outro lado, a exposição do problema vivido anualmente pelo Brasil em sua mais vasta região, a Amazônia, não poderia ser encarada como se não existisse, como o fez o presidente brasileiro ao supor responsabilidade das queimadas para as organizações não-governamentais (ONGs).

Essa exposição nas mídias, incluindo a reunião do G7 que acontece na França, deu oportunidade a mudança de discursos dos presidentes brasileiro e francês e abriu, por vias transversas, a possibilidade de se obter recursos para viabilizar maior fiscalização dos órgãos estatais brasileiros e coibir desmatamentos na região. Se a ajuda vai ser aceita é outro problema.

É, também, como já foi sugerido por uma liderança local, a oportunidade de colocar o modelo Zona Franca de Manaus (ZFM) em seu devido lugar, isto é, um modelo com potencial de reduzir a necessidade de que a população amazônica avance ainda mais sobre os recursos naturais da região para sobreviver, como fizeram as populações dos agora ditos países desenvolvidos.

Fatores ligados à mão de obra têm baixa no PIM

06 quinta-feira dez 2018

Posted by Eustáquio Libório in Notícia

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Amazonas, indústria, indicadores, mão de obra, zona franca

As indústrias da Zona Franca de Manaus (ZFM) ampliaram as importações, assim como a aquisição de insumos, de forma geral, no acumulado até o mês de setembro, de acordo com a última edição dos Indicadores de Desempenho do Polo Industrial de Manaus (PIM). As exportações cresceram 3,93%.

No que diz respeito aos indicadores ligados à mão de obra, o valor médio mensal de salários, encargos e benefícios (SEB) caiu 6,31% no comparativo de setembro de 2017 e o nono mês deste ano. Com isso foi reduzida a participação per capita dos trabalhadores do PIM na SEB, de 1,715.69 dólares, em 2017, para 1,615.60 dólares, equivalente à baixa de 5,83% no período, apesar da redução da mão de obra em 0,50% no período.

As importações cresceram 27,9%, passando de 5.45 bilhões de dólares, para 6.98 bilhões de dólares no comparativo entre o mês de setembro de 2017 e o mesmo mês deste ano. No mesmo período, a aquisição de insumos teve expansão de 32,3%, quando passou de 8.65 bilhões de dólares, para 11.46 bilhões de dólares. Já o faturamento teve expansão de 1,24%, medido na moeda norte-americana.

No que diz respeito aos investimentos, na média, as indústrias baixaram suas aplicações na ZFM em 1,58% no período analisado, com a agravante de que os três principais segmentos também reduziram suas posições. Assim, o setor de eletroeletrônicos teve baixa de 0,66%, termoplásticos caiu 1,21%, enquanto o setor de duas rodas foi aquele com baixa mais acentuada, passando dos 8% no período analisado.

Desempenho do PIM, câmbio e inflação

15 quarta-feira jan 2014

Posted by Eustáquio Libório in Textos & Economia

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conjuntura, indefinição, indicadores, macroeconomia, suframa, zona franca, Zona Franca de Manaus

Eustáquio Libório

Ano dos mais marcantes para o Polo Industrial de Manaus (PIM) foi 2008, quando a indústria incentivada manauense  conseguiu um de seus melhores desempenhos, justamente no período no qual foi deflagrada a crise financeira internacional que só chegou por aqui no ano seguinte.

Cinco anos depois, já com dados do primeiro quadrimestre de 2013 tabulados pela Superindência da Zona Franca de Manaus (Suframa), mas com indefinições macroeconômicas  que impactam no setor produtivo tanto no mercado interno quanto no externo, é um período, como diriam os climatologistas, apropriado para tentar fazer um comparativo.

Num rasante sobre os dados divulgados pela Suframa, pode-se afirmar que as curvas estatísticas dos dados de produção, vendas e mesmo evolução da mão de obra são mais favoráveis ao presente exercício, porém com a ressalva de que os dados analisados estão expressos em dólár e são apresentados a preços correntes.

No período de janeiro a abril dos dois anos cotejados – 2008 e 2013 – e entre cinco variáveis analisadas, apenas as exportações do polo de Manaus, em 2013, apresentam volume menor que aquele obtido no mesmo período de 2008.

Enquanto naquele ano o PIM já exportara US$ 343,31 milhões, neste exercício as vendas ao mercado externo foram de US$ 285,14 milhões. Isto significa que, se em 2008 as exportações haviam crescido 15,95% em relação ao mesmo período de 2007, as vendas  ao exterior deste ano ficaram 16,94% menores que as de 2012 nos quatro primeiros meses desse ano.

As importações, no entanto, ao acompanharem a tendência do faturamento, se expandiram em 44,86%, quando se compara as compras externas de US$ 2,50 bilhões efetivadas nos quatro meses de 2008 com o montante de US$ 3,62 bilhões de 2013. No comparativo dos quatro meses deste ano com igual período de 2012, a expansão das importações alcançou 3,74%.

Em outro patamar, a aquisição de insumos pela indústria do PIM, a sair de US$ 5,28 bilhões nos quatro primeiros meses de 2008 para US$ 6,03 bilhões neste exercício, indica uma expansão dfe 14,29%, no entanto, no comparativo entre janeiro/abril de 2012 com este exercício há uma queda de 0,84%.

Não  se pode dizer, por outro lado, que o faturamento das empresas do PIM está no melhor dos mundos, apesar do crescimento de 24,48% entre 2008 e 2013. No comparativo entre iguais períodos de 2012/2013 a expansão é de apenas 0,13%.

A boa notícia talvez seja a redução na relação entre os insumos à produção e o faturamento do PIM. Em 2008 essa relação era de 54,90%, hoje os insumos à produção caíram para 50,36% do faturamento do PIM.

No quadrante dos investimentos produtivos alocados à indústria manauense, os números da Suframa apontam para expansão de 35,67% entre o primeiro quadrimestre de 2008 e o deste exercício, ao sair dos US$ 7,91 bilhões, na média mensal, para US$ 10,74 bilhões, com a ressalva de que os três primeiros setores que mais investiam em 2008 (eletroeletrônicos, duas rodas e termoplásticos) se mantêm na dianteira neste ano.

Quando os dados analisados se referem à mão de obra, em que pese a percepção geral de que o PIM, ao automatizar a maior parte de suas operações, deixou de gerar grande quantidadfe de postos de trabalho, não impede que a evolução da mão de obra indique crescimento no número de contratações em 14% nos dois períodos sob análise, além de registrar melhoria nos desembolsos relativos ao pagamento de salários, encargos e benefícios em 18,90%, ao sair de US$ 1.519,67, em 2008, para US$ 1.806,94 neste ano.

Por fim, resta dizer que, a depender da conjuntura do segundo trimestre, tanto interna quanto externa, é possível que o polo de Manaus consiga ultrapassar o desempenho de 2008 neste exercício, embora tenha que se considerar na alça de mira a inflação e o câmbio, só para variar.

 

Eustáquio Libório é jornalista

E-mail: liborio.eus@uol.com.br

Publicado na revista PIM, nº 39, ed. junho/2013

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