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Violência e a caça aos aliens

19 terça-feira jun 2018

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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assalto, homicídio, Manaus, violência

aliens-pixelQuatro indicadores sobre a eficiência da segurança pública, relativos ao município de Manaus, consultados on line no site da secretaria estadual do Amazonas registram que crimes como homicídios, estupros e latrocínios estão em queda. O quarto indicador também é negativo, mas nesse caso, deveria ser positivo, pois é referente ao número armas apreendidas. Estas estatísticas, porém, não conseguem levar à população maior sensação de segurança, seja nas ruas de Manaus ou mesmo nas residências, como indicam fatos acontecidos de quinta-feira, 14, até o último domingo, 17.

Na noite de quinta-feira um passageiro armado reagiu ao assalto efetivado por pelo menos dois bandidos contra um ônibus que circulava na avenida Max Teixeira, zona Norte da cidade. O enfrentamento culminou com a morte do motorista do coletivo e o ferimento, na cabeça, de um dos assaltantes, o qual, mesmo sem respeitar os direitos humanos dos cidadãos, nem contribuir para geração de riqueza ou para a previdência, está sendo tratado como se fosse o cidadão mais importante e não o lixo que é.

No mesmo assalto, a população, que já não aguenta mais ver pessoas de bem serem mortas pelos bandidos todos os dias, tentou, em vão, evitar a remoção, pelo Samu, do bandido ferido. É possível que este mesmo sentimento de insegurança e de impunidade aos criminosos tenha levado o passageiro a reagir ao assalto. É a barbárie chegando? Talvez não, pode ser a omissão das autoridades levando as pessoas a tentar fazer justiça contra a bandidagem.

Outro fato acontecido na semana passada ilustra a insegurança na cidade. Foi o caso do homem que assassinou cruelmente o casal proprietário de uma floricultura. O assassino estava em seu terceiro dia no emprego. Roubou R$ 700 e mais três telefones, o preço de duas vidas humanas. Os casos de atentados fatais à vida humana já atingiram, de janeiro a junho deste ano, cerca de 420 vítimas.

Mesmo assim, as estatísticas da Secretaria de Segurança Pública só têm registros públicos disponíveis até abril e é por ali que se obtém a informação de que, no período de janeiro a abril foram praticados 76 estupros, 262 homicídios e 17 latrocínios. Em 2017 os números foram 88 estupros, 313 homicídios e 25 latrocínios nesses quatro meses. O número que destoa é o da apreensão de armas, que em 2017 foi de 368 contra 356 no mesmo período deste ano.

No caso dos assaltos ao transporte coletivo, a informação divulgada pela mídia é de que essas ocorrências já atingiram mais de 1400 neste ano, com a média de 7 ocorrências/dia. É como se toda a frota que roda diariamente por Manaus já tivesse sido vítima de assalto.

No último domingo, pouco antes de iniciar o jogo do Brasil contra a Suíça, dez homens invadiram uma casa no bairro Cidade de Deus, zona Norte, e atiraram contra três pessoas. Para a polícia, parece ser uma briga entre gangs do narcotráfico, já que o local é considerado “zona vermelha”. O problema é que tais ocorrências não se limitam a tiroteios entre traficantes e, na maior parte das ocorrências, a vítima é o cidadão comum.

Ante tais fatos é de se perguntar em que estão sendo aplicados os recursos superiores a 10% do orçamento de segurança pública do Amazonas para o exercício de 2018, na faixa dos R$ 15,46 bilhões. As prisões têm, como sempre tiveram, carências crônicas e não recuperam quem ali é internado, a maior parte da frota de segurança até foi renovada, mas é comum se ver câmera e refletor desses veículos voltados para o céu, em busca de aliens, ou para o chão, caçando vermes, talvez.

Infelizmente, a ausência de um serviço mais efetivo na segurança pública dá oportunidade para que a população, cansada da insegurança e de viver sob temor de ser assaltada a qualquer momento e em qualquer lugar, comece a apelar, também, para a violência e tentar acabar com a bandidagem com o linchamento de quem é flagrado, embora esse caminho não leve à solução do problema.

Combate à violência tarda e falha

10 terça-feira out 2017

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazonas, homicídio, segurança pública, violência

armapesada-350

Desafio é a palavra da hora para o governador Amazonino Mendes que, mal assumiu, já está catapultado a candidato ao 5º mandato à frente do Executivo do Amazonas, lançado, segundo dizem, pelo seu partido, o PDT.

O desafio da violência, que a sociedade amazonense enfrenta desde há muito, indica que o lado negro está ganhando e a sociedade é vítima com mortos, sequelados físicos e psicológicos, cujo contingente só aumenta

Enquanto o governador assume que já estava na rede a descansar das fadigas da vida pública, mas atendeu ao apelo do povo e resolveu arrumar a casa. O Negão, assim, já se declarou escravo do povo e diz que topou o desafio de reconstruir o Amazonas.

Trabalho não vai lhe faltar, principalmente na área de segurança onde, de um lado, empresários do transporte coletivo público contabilizam, entre janeiro e setembro deste ano, prejuízo de quase oitocentos mil reais em 2.900 assaltos praticados contra o sistema de transporte coletivo. Só em setembro, informam os empresários, os meliantes efetivaram 358 roubos a ônibus, com a média de 12 ações ilícitas por dia. Será que tem polícia nas ruas? E as câmaras de segurança, servem para quê, mesmo?

Outro levantamento, desta vez da própria Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), dá conta de que, no primeiro semestre deste ano os amigos do alheio deixaram a pé 5.316 pessoas que utilizam – ou utilizavam – motocicletas na capital. Diz a pesquisa da SSP/AM que isso dá a média de uma moto roubada ou furtada em menos de hora.

Mas a ausência de segurança no Amazonas também é certificada pelo Atlas da Violência, edição 2017. Por ali fica-se sabendo que, entre 2005 e 2015, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes subiu de 18,5 para 37,4. Isso significa uma expansão superior a 100% – exatos 101,7% – na taxa de assassinatos praticados no Estado do Amazonas.

Nesses dez anos essa taxa se apresentou em curva ascendente e atingiu 37,4 homicídios por 100 mil habitantes pela primeira vez em 2012, caindo para 31,3 em 2013, para voltar aos 37,4 em 2015. Grosso modo, pode-se afirmar que, apesar de a área de segurança pública ser beneficiária de cerca de 10% do orçamento estadual, algo como 1,5 bilhão de reais neste exercício, pouco ou quase nada está sendo feito para reduzir os níveis da violência no Amazonas, como bem refletiu, no primeiro dia de 2017, o massacre de detentos dentro de penitenciárias.

A explicação para a redução dos casos de homicídios observada em 2013 deve-se, possivelmente, à atuação do policiamento ostensivo efetivado, à época, pelo Ronda no Bairro, iniciativa que se perdeu, sumiu das ruas, dando lugar à bandidagem.

Os homicídios, no Amazonas, passaram de 599, em 2005, para 1.472 em 2015, informa o Atlas, ao registrar crescimento de 145,7% no período de dez anos. Tal fato coloca o Estado em quarto lugar no ranking das unidades federativas mais violentas do país, ficando atrás de Rio Grande do Norte, Sergipe e Maranhão, respectivamente.

Esses dados não contemplam outros tipos de violência tais quais agressão, tentativas de homicídios e lesões corporais, sem falar no trauma resultante a acompanhar e transformar a vida do cidadão ou cidadã em constante estado de medo e ansiedade.

O desafio da violência, que a sociedade amazonense enfrenta desde há muito, indica que o lado negro está ganhando e a sociedade é vítima com mortos, sequelados físicos e psicológicos, cujo contingente só aumenta. Já passa da hora de aplicar os recursos de forma a detonar os malfeitores e seus malfeitos, inclusive aqueles de colarinho encardido, porque se foi branco a corrupção já manchou.

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