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Mistificações energéticas no Amazonas

02 quarta-feira maio 2018

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Eletrobras, energia, gás, Manaus, privatização

lampada

No que diz respeito a energia, o Amazonas, e Manaus em particular, já viveram tempos muito bons e outros de pura mistificação sem que a capital do Estado e a população do enorme interior amazônico seja atendida com serviço de qualidade quando se fala de energia, seja elétrica, a cargo da Eletrobras e subsidiárias, e mesmo a partir do gás, combustível que já foi, em meados da primeira década deste século, o canto da sereia do qual se aproveitaram não poucos políticos para fazer seu marketing de enganação. Manaus foi uma das capitais pioneiras no uso da eletricidade no país, incluindo os bondes elétricos.

Não vai longe, ali por 2004, durante o primeiro governo petista sob a batuta daquele do qual me recuso a dizer o nome, quando se apregoava que o gasoduto Coari-Manaus seria a solução para o sistema termoelétrico de geração de energia para Manaus, com a utilização de um combustível limpo, mais barato e que só dependia do gasoduto para chegar aqui.

Orçado inicialmente em R$ 2,4 bilhões, o gasoduto atingiu a cifra de R$ 4,5 bilhões para cobrir os pouco mais de 660 quilômetros que separam a base Urucu-Coari de Manaus. Em operação desde 2009, de acordo com a Petrobras, o gasoduto abastece, com 5,5 milhões de metros cúbicos diários de gás, as geradoras Manauara, Tambaqui, Jaraqui, Aparecida, Mauá, Cristiano Rocha e Ponta Negra, gerando 760 MW. Agora, consulte o usuário para aferir a satisfação com o serviço de distribuição, a cargo da Eletrobrás.

A chegada do gasoduto a Manaus, mesmo com despesas quase dobradas necessárias para pô-lo em funcionamento e permitir a utilização do gás pelas geradoras na capital, do ponto de vista do consumidor pouca coisa mudou, seja pela falta de qualidade do serviço ou pelas tarifas praticadas, que têm subido sem nenhuma contrapartida de melhoria.

Mas aí veio outra promessa: ligar Manaus ao Sistema Interligado Nacional (SIN), a partir de Tucuruí/PA, e resolver, de uma vez, os problemas no fornecimento de energia para a capital. O Linhão de Tucuruí, como ficou conhecida essa conexão, tem cerca de 1.800 quilômetros de extensão, interligado por 3.600 torres, algumas das quais são tão altas quanto a Torre Eiffel, em Paris, como aquelas necessárias para levar os cabos de uma margem a outra do rio Amazonas. O linhão também incluiu a construção de sete subestações, do zero, embora o sistema opere com oito subestações. O custo da proeza, iniciada em 2010, foi de módicos R$ 3 bilhões

Quase oito bilhões de reais em infraestrutura para trazer energia de qualidade a Manaus e a população quase não nota nenhuma diferença entre o antes e o depois, dada a frequência dos apagões a complicar e até inviabilizar a vida dos manauaras. Lembremo-nos dos hospitais.

A situação recorda um pouco as dificuldades enfrentadas pelos brasileiros, quando a telefonia era estatal e para adquirir uma linha telefônica, o cidadão tinha que virar investidor e fazer uma compra casada de linha e de ações da tal Telebrás, já o serviço era muito ruim, e caro.

No entanto, há quem queira e lute para manter a Eletrobrás sob o guarda-chuva do dinheiro do contribuinte, do usuário, que não tem um serviço adequado e ainda vai ter que cobrir rombos, distribuídos democraticamente entre todos os brasileiros, como aqueles R$ 130 bilhões, investidos no sistema Eletrobrás desde o início dos governos petistas, em 2003. O problema todo é que a estatal, por fatores conhecidos, teve seu valor de mercado reduzido de 57 bilhões de reais para 27 bilhões de reais, com o faturamento encolhendo de 41 bilhões de reais para 32 bilhões de reais. Não vou nem falar dos resultados negativos que se acumulam desde 2012.

É muito dinheiro indo pelo ralo, só porque alguns querem manter a energia sob o comando do governo, mesmo que a incompetência leve a empresa para o buraco.

Faltam emprego e energia, mas sobram buracos

20 terça-feira dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazonas, blackout, buraco, calor, desemprego, Eletrobras, energia, verão amazônico

 

O verão amazônico está chegando, com dias mais ensolarados, céu azul e, para variar, um pouco mais de calor, porém, nada que um refrescante banho de igarapé, ou no rio Negro, não resolva. O problema é que nem sempre, ou pelo menos nos dias de semana, não dá para tomar um banho nessas águas que refrigeram o corpo, ou ver a paisagem que faz bem aos olhos, pois é necessário trabalhar.

A boa notícia é que, com menos chuvas, quem sabe o município intensifica o serviço de recapeamento asfáltico pela cidade

Se o calor aumenta, isso vai refletir no consumo de energia, com organizações, indústria e residências ampliando a demanda por esse insumo e é aí que a vaca vai para o brejo, como se dizia antigamente, mas como até os brejos secaram ou foram aterrados em Manaus, fica difícil achar para onde a vaca pode ir…

Já o consumidor e as empresas começam a sentir com maior frequência a falta de energia, como aconteceu no domingo, dia 26, quando a zona Norte ficou parcialmente sem energia e as pessoas tiveram que encarar o calorão manauense sem ventilador ou ar condicionado. Isso, mesmo após conexão do Amazonas ao sistema nacional. Vai ver que anda dando curto-circuito direto. No entanto, essas falhas no fornecimento de energia nada têm de atípico por aqui.

A novidade parece ser o fato de ter iniciado bem mais cedo neste ano. Se em junho, quando as chuvas começam a escassear ou ficar menos frequentes, a concessionária já não consegue equiparar a oferta com a demanda, é de se esperar, infelizmente, que lá pelo mês de agosto o fornecimento esteja bem pior, complicando a vida de empresas e pessoas.

A boa notícia é que, com menos chuvas, quem sabe o município intensifica o serviço de recapeamento asfáltico pela cidade, pois se no Centro, uma prioridade declarada do atual prefeito, as ruas estão bem conservadas e o visual mudou completamente ante o que se tinha há quatro anos, os bairros manauenses estão necessitados de urgente operação tapa-buracos e eliminação de mondrongos.

Mesma nas vias principais, como a avenida Arquiteto José Henrique Bento Rodrigues, no bairro Nova Cidade, zona Norte, a incidência de buracos e mondrongos coloca em risco quem por ali transita, à noite a coisa é bem pior. Essa via, porém, é apenas um exemplo dos vários que poderão ser levantados pela Prefeitura de Manaus aonde os riscos para o trânsito e para a vida das pessoas está presente.

Se a falta de energia faz parar quem está empregado e os mondrongos e buracos findam por reduzir a velocidade do trânsito e retardar a chegada das pessoas ao seu destino, pior está quem não tem trabalho e o desemprego continua a aumentar por aqui.

Conforme dados levantados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o desemprego continua a detonar postos de trabalho no Amazonas. Em maio foram 924 os postos exterminados, principalmente no segmento de serviços e na indústria. Esse número pode parecer baixo, mas nos primeiros cinco meses do ano já foram extintos 14.234 postos e, nos últimos 12 meses, o extermínio de postos de trabalho já atinge 39.577, informa o Caged.

Pois é, com todo esse contingente de emprego formal extinto no Amazonas, a falta de energia, o calor, os mondrongos e os buracos pelas ruas da cidade não vão facilitar a vida de quem está empregado. No mais, é chegar na hora e não reclamar do calor, afinal, o exército de reserva – desempregados – está grande.

Texto produzido em 27/06/2016

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 07/07/2016

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