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Ruínas: herança do crescimento econômico sem preservação

24 segunda-feira out 2022

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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353anos, borracha, economia, Manaus, ruínas

Eustáquio Libório*

Manaus completa neste ano uma história de 353 anos que se iniciou em 1669 com a construção do Forte de São José do Rio Negro, o qual deu origem à cidade, e onde, inicialmente, viviam a tropa de guarnição portuguesa, assim como jesuítas e membros das tribos indígenas Banibas, Barés e Passés, catequisados pelos padres da ordem citada. O forte estava localizado na área próxima ao Roadway e dali se originou Manaus.

O Amazonas se desligou do Pará e seguiu sua rota, enquanto Manaus cresceu como cidade. A expansão da economia decorreu da exploração do látex, já a partir de 1880, assim como nas décadas iniciais do século 20, em harmonia com o crescimento da indústria automotiva que demandou a produção de pneus.

Com a riqueza trazida pela comercialização do látex, Manaus passa a ter administrações que buscam dotá-la de mais conforto para seus moradores, como ruas calçadas, esgoto, energia elétrica, telégrafo, telefone, bonde elétrico entre outros serviços públicos, assim como são construídas edificações mais portentosas, tanto particulares quanto públicas, estas já a partir de 1891, nas administrações de Eduardo Ribeiro.

Se o ciclo da borracha se foi, sem deixar a economia estruturada para sobreviver no pós-borracha, sobraram as edificações como Teatro Amazonas, Palácio da Justiça, Usina Chaminé, Palacete Provincial, Ponte Benjamin Constant, Mercado Adolpho Lisboa, Relógio Municipal, palácios Rio Negro e Rio Branco, Alfândega, Roadway, Reservatório do Mocó, entre tantas outras ainda existentes ou já demolidas para “dar passagem ao progresso”, como por exemplo, o palacete da família Maximino Corrêa, na avenida Eduardo Ribeiro, que deu lugar ao espigão homônimo.

A metrópole na qual Manaus se transformou deixou pelo caminho vítimas como os igarapés que existiam, como o dos Remédios, o do Espírito Santo, para dar lugar a logradouros como a atual avenida Eduardo Ribeiro. Por outro lado, com a chegada dos ingleses, que ajudaram a aterrar igarapés de forma correta – construindo galerias para dar vazão à água – também por aqui se ganhou um porto moderno – o Roadway – para escoar a borracha e desembarcar mercadorias da Europa e Estados Unidos.

Crescimento econômico gera riqueza, mas se não for bem administrado deixa mazelas como a ausência da preservação de bens culturais e históricos. Apenas para ilustrar, cito a Praça do Comércio, ou complexo Boothline, ou ainda Estação dos Bondes, encravados ao lado do Roadway. Ali funcionou agência do Banco do Brasil, The Manáos Tramways & Light Company Ltd., assim como um botequim, à época muito famoso, o Bolsa Universal.

Na década de 1990, sob a administração do prefeito Arthur Neto, nesse local, hoje em ruínas, funcionou a Empresa de Urbanização de Manaus (Urbam), na parte central da edificação. As demais áreas eram ocupadas, àquela época, pelo Bar do Bigode e por um supermercado. A edificação, em frente ao Banco do Brasil, está sem nenhuma conservação… destino que parece estar reservado ao prédio da penitenciária estadual, ao prédio do Museu do Homem do Norte, ambos na av. 7 de Setembro, e outros espalhados pela cidade.

(*) Jornalista

Ano Novo com otimismo

07 terça-feira jan 2020

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazonas, crescimento, déficit público, economia, PIB, reforma tributária, saúde, zona franca

Dizem os críticos que a crise persiste pelo País afora, em que pese algumas estatísticas indicando o contrário, embora, diga-se, não se possa afirmar, de maneira ampla, que a economia vá mesmo empinar em vez de ser um outro voo da galinha, como já vimos nos dois últimos anos.

Se lá pelo Planalto a queda do desemprego, mesmo que pequena, já é contabilizada como melhoria originada pelas políticas econômicas do atual governo, por outro lado, a oposição, que torce pelo “quanto pior, melhor”, se nega a reconhecer, por exemplo, que a queda pela metade do déficit previsto nas contas do Governo Federal para 2019, é um fato digno de ser celebrado.

Na capital do Amazonas, onde o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informa existir  produto interno bruto (PIB) de R$ 73,20 bilhões, a resistência contra os incentivos garantidos pela Constituição Federal à Zona Franca de Manaus (ZFM) se mantêm na ordem do dia, como o mais recente caso bem ilustra.

Desta vez foi a economista Zeina Latif, que já esteve por aqui e, inclusive, participou de evento na Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam). Executiva da XP investimentos, pode-se afirmar que Zeina é uma formadora de opinião qualificada até pelo alto nicho onde suas opiniões são veiculadas.

Desta vez disse que os incentivos da ZFM são uma ‘distorção’. O texto, publicado no jornal O Estado São Paulo, do dia 29 de dezembro último, analisa a situação tributário no Brasil, onde se paga muito imposto sem que exista o retorno em serviços públicos ao cidadão. No caso da economista da XP, lhe falta informação, como por exemplo, o estudo da Fundação Getulio Vargas onde os impactos da ZFM são registrados.

No entanto, uma outra distorção que parece ser mais grave é o tempo de resposta, quando existe, das autoridades do Amazonas, incluindo os parlamentares de todos os três níveis. Por esse ângulo, apesar de se dizerem sempre de prontidão para eventuais ataques ao modelo, a resposta veio de poucos e com atraso. 

Assim, considerando que neste ano deve ser aprovada a reforma tributária no Congresso Nacional, a ausência de sintonia das autoridades com a mídia em relação à Zona Franca de Manaus é mais um obstáculo a ser enfrentado, em que pese as posições estratégicas ocupadas por parlamentares do Amazonas no Congresso.

Mesmo assim, ao que parece, a ZFM está caminhando para frente como pode indicar a publicidade de duas páginas veiculada na revista Veja do último fim de semana. A peça publicitária promove a realização da fesPIM, neste ano. No entanto, a publicidade apenas informa a realização do evento, sem maiores informações sobre quando e onde vai acontecer.

Deve ser estratégia de marketing, a qual, por outro lado, dificulta o planejamento das empresas que irão participar do evento, e que envolve custos.

Se o Polo Industrial de Manaus (PIM) já trata de se promover pelo Brasil, no Amazonas a crise na saúde persiste e as declarações do governador Wilson Lima tentam mostrar seu empenho em melhorar o atendimento nessa área.

Como as finanças do Estado já estão em melhor situação, conforme o governo propala aos quatro ventos, com arrecadação maior e orçamento superior a R$ 18 bilhões neste ano, é esperar – e cobrar – para que tais melhorias cheguem ao amazonense o mais cedo possível, afinal, se a saúde está na UTI, imagine o povo.

Mas tudo é Ano Novo, ainda, e as expectativas para variar, são, como devem ser, otimistas tanto nas instâncias governamentais como no setor privado, com análises que, grosso modo, passam a ideia de que, desta vez, a economia vai crescer. 

Um fator importante para que isto venha a acontecer, ou se mantenha, é, por exemplo, fazer uma reforma tributária que nivele o Brasil a países com perfil menos burocrático na área fiscal, já que, como se sabe, esta reforma em andamento não vem para reduzir a carga tributária. Se pelo menos reduzir os custos de se recolher tributos no Brasil já é um bom começo.

Economia do Amazonas está prejudicada

25 terça-feira jun 2019

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazonas, CAS, Codam, economia, incentivos fiscais, suframa, zona franca

A semana começou animada para os lados da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). Na segunda-feira, 24, aconteceu o seminário sobre a Zona Franca promovido pelo jornal Folha de S.Paulo com a participação do superintendente Alfredo Menezes, do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, do deputado federal Marcelo Ramos, do presidente do Centro da Indústria do Estado Amazonas (Cieam), Wilson Périco, entre outros.

É uma boa oportunidade para defender e, – por que não? – contra-atacar aqueles que, sem conhecer o modelo de incentivos implantado no Amazonas e em outras regiões da Amazônia Ocidental para tentar minimizar as desigualdades regionais, agravadas, principalmente, pela distância entre os grandes centros e a Amazônia, tentam mostrar que os incentivos à região não trazem benefícios, o que já foi desmentido por pesquisa promovida pela Fundação Getulio Vargas (FGV) recentemente divulgada.

Há que se lembrar, também, a ausência de medidas efetivas e perenes com a finalidade de reduzir a dependência do modelo baseado somente em incentivos fiscais para uma economia mais diversificada e que possa dispensar a tutela – e as canetadas – do governo federal. Neste particular, a omissão de planejar estrategicamente uma saída para a economia do Amazonas nestes mais de 50 anos de ZFM cabe às lideranças locais, sejam políticas ou empresariais, e à sociedade como um todo, sem esquecer aqueles que estiveram à frente do governo estadual por todos esses anos.

No entanto, se há o envolvimento de alguns, como no seminário da Folha de S.Paulo, não se pode dizer o mesmo de iniciativas que são anunciadas, seja na Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), na Câmara Municipal de Manaus (CMM) e mesmo por parte da bancada federal no Congresso Nacional quando surge uma crise ou um ataque à Zona Franca de Manaus para, logo em seguida, serem esquecidas até que o próximo ataque seja efetivado. Como se diz por aqui, é só fogo de palha.

Enquanto isto, do lado dos incentivos estaduais, o Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Codam), realiza sua terceira reunião neste primeiro semestre. Tudo em conformidade com o calendário divulgado. Nessa reunião, que acontece na quarta-feira, dia 26, devem ser avaliados 24 projetos, dos quais 11 são de implantação, isto é, investimentos novos que chegam ao Polo Industrial de Manaus.

Conforme a pauta distribuída pelo governo estadual, os projetos de implantação devem somar cerca de R$ 232,87 milhões em investimentos totais ao fim de três anos. No mesmo período também devem oferecer mais 336 novos postos de trabalho, entre diretos e indiretos.

Os projetos de diversificação têm investimentos de R$ 122,02 milhões e expectativa de criação de 332 novos postos, enquanto  projetos de atualização prevêem investimentos de R$ 499,29 milhões e mais 627 postos de trabalho. No total, os projetos investem R$ 854,19 milhões para criar 685 novas vagas na indústria local incentivada.

Enquanto isso, do lado dos incentivos federais administrados pela Suframa, nenhuma reunião do Conselho de Administração da Suframa (CAS) aconteceu no primeiro semestre. É evidente que a não realização das reuniões prejudica a economia do Amazonas, fato mais grave quando se sabe que a justificativa para a não realização é a vinda do presidente da República, agora remarcada para o mês de julho.

Se esta é a ordem do atual comandante da Suframa – esperar a vinda do presidente a Manaus – para realizar a reunião do CAS é melhor juntar todos os projetos em pauta única para apreciar nessa reunião de julho, com a presença ou não do presidente da República, afinal, o governo federal tem feito muito para desprestigiar a Zona Franca tanto por meio de atos administrativos quanto em pronunciamento e mesmo postagens em rede social do presidente ou entrevistas à imprensa de seus ministros e outras autoridades.

Pode até não ser, mas dá para pensar que a ausência das reuniões do CAS é uma estratégia para detonar a Zona Franca sem maiores alardes, conforme já foi proposto pelo ministro da Economia, Paulo Guedes há bem pouco tempo. Afinal, sem novos investimentos a tendência é que o modelo perca força, apesar das afirmações do atual superintendente de que o modelo está assegurado. Isto não basta, há necessidade de tocar o modelo ZFM e atrair novos investimentos.

Horizonte persistente de crise

04 terça-feira jun 2019

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Brasil, dólar, economia, expectativas, investimento, pessimismo, PIB

A economia brasileira deixou de marcar passo, com os últimos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a evolução do produto interno bruto (PIB) já dá para ver que a atividade econômica está se retraindo e já tem analista afirmando que entramos, de novo, em recessão.

A baixa de 0,2% do PIB no trimestre findo em março enfatiza o travamento da atividade econômica do País neste ano e é corroborada pelo baixo crescimento observado nos quatro trimestres, cuja soma fica em 0,9%.

Mas as baixas expectativas também fazem parte da pesquisa Focus, divulgada nesta segunda-feira, dia 3, pelo Banco Central do Brasil (BC). Por ali, em relação ao PIB, a rota também é ladeira abaixo, pois saiu do nível de 1,49%, há quarto semanas, para 1,13% nesta última pesquisa.

Assim, o mercado já avalia que o País, para conseguir crescer pelo menos 1%, neste exercício, a atividade da economia tem de crescer pelo menos 0,5% nos três trimestres restantes. Parece pouco, mas a julgar pelo nível de outras variáveis, a coisa está muito feia.

De uma lado, existe a incerteza política, agravada pelo alto nível de ociosidade, sem falar na queda de demanda, tudo bem alinhado para piorar a situação, inclusive com o quadro de desemprego sendo ampliado, como também foi divulgado pelo IBGE. São cerca de 13,2 milhões de pessoas que não conseguem um posto de trabalho.

O investimento também se retrai em função da conjuntura apontada, e outro indicador com números negativos é a formação bruta de capital fixo (FBCF), a qual, comparada ao segundo trimestre de 2013, está 28,5% menor.

Se analistas do mercado apresentam essa visão pessimista, evidentemente fundamentada na conjuntura e em expectativas traçadas com ênfase técnica, não se pode dizer que o maestro da economia, o ministro Paulo Guedes, discorde.

Guedes afirma que a economia se encontra estagnada, à espera de melhorias na área fiscal e aí, o país se aproxima de um círculo vicioso, uma vez que para destravar a atividade econômica, boa parte dos agentes econômicos enfatizam a necessidade de se fazer as reformas necessárias, principalmente a da Previdência.

De outro lado, o país do jeitinho já tem uma solução “criativa”,mesmo que de segunda mão, para, pelo menos, arejar um pouco a demanda, que é a possibilidade de liberar, novamente, saques em cima das contas do PIS/Pasep e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A criatividade, desta vez, é liberar saques inclusive nas contas ativas do FGTS, em valores estimados entre R$ 20 bilhões e R$ 120 bilhões.

Mas se o governo tenta encontrar uma saída para melhorar a demanda e dar algum aquecimento ao mercado, uma coisa é fato: o setor privado investe muito pouco e o setor público, com as contas complicadas, quase nada, deixando pouca margem para se obter expectativas otimistas, mesmo que mínimas, como crescer 0,5% por trimestre.

Ao lado dessas mazelas, mais notícias ruins dão conta de que, a baixa oferta de emprego não consegue ser satisfeita em função da desqualificação de quem se candidata às vagas oferecidas.

Exemplo desse tipo de ocorrência, que finda por colocar à mostra a pouca qualidade da educação no Brasil, estão os postos oferecidos, no início deste ano, no Mutirão de Empregos, em São Paulo. Ali, uma operadora de telemarketing disponibilizou 1.200 vagas. Apareceram 600 candidatos, mas apenas 7 foram contratados.

Ainda naquele evento, o grupo Pão de Açúcar tinha 2 mil postos a ser preenchidos. Conseguiu aprovar 700 candidatos, mas só 32 estão trabalhando.

A crise, da qual o País ainda não saiu, tem um horizonte de persistência muito grande, tanto agora quanto no futuro próximo. Afinal, sem mão de obra qualificada, a produtividade é baixa e os investimentos minguam.

Curva do PIB e feira internacional

21 terça-feira maio 2019

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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economia, Fiam, PIB, suframa, zona franca

Que a economia brasileira está patinando já não é novidade, o que pode vir a ser fato novo é a constatação, na economia real, de que o produto interno bruto (PIB) está encolhendo,- de novo – como já antecipou o indicador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), ligado à Fundação Getulio Vargas (FGV), na prévia do PIB para o trimestre findo em março.

Conforme o estudo, que antecipa com muita aproximação as conclusões estatísticas coligidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no comparativo entre o primeiro trimestre deste ano e o 4º trimestre de 2018, houve uma redução de 0,1%. Este número, no entanto, sobe para -0,4% quando o período está entre os meses de março e fevereiro de 2019.

Em outras palavras, o desempenho da produção de riqueza no Brasil estava melhorando, mas a curva começa a se inverter, fato já observado na passagem de janeiro para fevereiro. Ali, a queda foi de 0,5%, informa o Ibre.

Mas, como as coisas sempre podem piorar, ou, trazendo a reflexão sobre a inexorabilidade do universo traduzida como a lei de Murphy, de que “Tudo o que puder dar errado, dará”, a pesquisa do Ibre também detectou que, no comparativo entre o mês de março deste ano e o de 2018, a baixa no PIB é bem mais expressiva, pois chega -1,7%.

Assim, a boa notícia trazida  pelo Monitor do Ibre é a de que no comparativo entre primeiro trimestre de 2019 e o de 2018, a evolução foi positiva em 0,5%.

A estatística oficial sobre o PIB brasileiro deve ser divulgada até o dia 30 de maio pelo IBGE.

Zona Franca

Se no panorama nacional deste ano as boas notícias rareiam, no caso da Zona Franca de Manaus (ZFM) ainda temos que nos contentar com os últimos Indicadores de Desempenho do PIM referente ao fechamento de 2018 e, já por ali, a situação não era das mais animadoras. Entre cinco indicadores, apenas dois apresentaram evolução positiva.

A média de investimentos produtivos, por exemplo, caiu de 9,14 bilhões de dólares em 2017 para 8,89 bilhões de dólares no exercício passado. No mesmo período, a média de postos de trabalho formal oferecida pelo Polo Industrial de Manaus (PIM) caiu de 79.407 para 78.860, informam os Indicadores da Suframa. Desta forma, a baixa de 0,1% no faturamento aferido em dólares, que passou de 25,68 bilhões para 25,35 bilhões de dólares pode até ser considerada baixa.

Do lado positivo aparecem variáveis mais ligadas à produção, como as importações efetivadas pelas indústrias incentivadas, que aumentaram de 7,37 bilhões de dólares em 2017, para 8,92 bilhões de dólares no ano passado. Nos mesmos períodos a aquisição de insumos subiu de 11,83 bilhões de dólares para 13,78 bilhões de dólares.

Como o ano já avança para o fim do primeiro semestre é, no mínimo, estranho que os dados de desempenho do PIM não tenham sido divulgados, fato que se junta à não realização de nenhuma reunião do Conselho de Administração da Suframa (CAS) para compor um quadro que coloca mais dúvidas na cabeça do investidor, já preocupado com as possíveis mexidas que podem ser feitas pelo governo federal a partir da reforma tributária, ou até sem que esta venha a ocorrer.

A autarquia, que já está com o quadro de superintendentes adjuntos completo, com a posse, no último dia 17 de maio, de Luciano Martins Tavares para ocupar a Superintendência de Operações, deve começar a dar mais dinâmica à sua atuação e, principalmente, ficar atenta às articulações para evitar mais prejuízos à ZFM como os célebres jabutis que emplacam normas obscuras em PECs que versam sobre assuntos sem nenhuma afinidade com o modelo ZFM.

Por fim, como não se houve falar há alguns anos, deve-se registrar o compromisso que a Suframa tem de realizar, em anos nos quais não tenha eleições, a Feira Internacional da Amazônia (Fiam). Pelo silêncio sobre o tema é de se concluir que este ano o evento não vai acontecer.

Cai índice de confiança no setor industrial, diz CNI

22 sexta-feira mar 2019

Posted by Eustáquio Libório in Notícia

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CNI, confiança, desempenho, economia, ICEI

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) caiu para 61,9 pontos em março. A queda de 2,6 pontos ocorre depois da estabilidade registrada em fevereiro e de uma sequência de quatro aumentos consecutivos do indicador. Mesmo assim, o ICEI está 7,5 pontos acima da média histórica, informa a pesquisa divulgada nesta sexta-feira (22), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos. Quando estão acima dos 50 pontos mostram que os empresários estão otimistas. Norte mantém alta superior a 62 pontos.

A queda na confiança é resultado das avaliações menos otimistas sobre as condições atuais e em relação às expectativas para os próximos seis meses. “O empresário percebe que a atividade está mais fraca do que era esperado no fim de 2018. Além disso, o processo de aprovação das reformas para a reativação da economia está se mostrando mais complexo e demorado do que se supunha. Com isso, os efeitos das reformas sobre a atividade vão ficar mais para frente do que previsto anteriormente”, avalia o economista da CNI Marcelo Azevedo.

De acordo de a pesquisa, o índice de condições atuais caiu de 55,6 pontos em fevereiro para 53,6 pontos em março. “Como o índice mantém-se acima dos 50 pontos, revela que o empresário ainda percebe melhora nas condições correntes de negócios nos últimos meses. Essa avaliação, contudo, é menos favorável do que em fevereiro”, diz a pesquisa.

PERSPECTIVAS – O índice de expectativas recuou de 69 pontos para 66,1 pontos. Foi o segundo mês consecutivo de queda desse indicador, que continua acima da linha divisória dos 50 pontos, mostrando que os empresários mantêm o otimismo em relação ao desempenho da economia e das empresas nos próximos seis meses.

Entre fevereiro e março, a confiança diminuiu em todos os portes de empresas, segmentos industriais e regiões. Nas grandes e nas médias empresas, o ICEI caiu 2,5 pontos e nas pequenas, 2,8 pontos. Na indústria de transformação, o índice caiu 2,2 pontos, na extrativa, 6,6 pontos, e, na construção, 3,5 pontos.

Nas regiões, as maiores quedas foram verificadas no Nordeste, de 3,4 pontos em março frente a fevereiro, e no Sudeste, de 3,3 pontos na mesma comparação. Mas o ICEI continua acima dos 50 pontos em todo o país. É de 64,5 pontos no Sul, de 63,5 pontos no Norte, 62,7 pontos no Centro-Oeste, de 61 pontos no Sudeste e 59,3 pontos no Nordeste.

O ICEI é um indicador que antecipa tendências da economia. Empresários confiantes têm mais disposição para fazer investimentos, aumentar a produção e criar empregos. Isso é decisivo para o crescimento da economia.

Esta edição da pesquisa foi feita entre 1º e 19 de março, com 2.508 empresas. Dessas, 987 são pequenas, 932 são médias e 589 são de grande porte.
Fonte: CNI

Expectativas para 2019

15 terça-feira jan 2019

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazonas, economia, inflação, PIB, zona franca

As estimativas acerca do desempenho da economia no presente exercício, a julgar por variáveis como inflação, medida pelo IPCA, e a taxa de câmbio, com foco no dólar, parecem refletir que a atividade produtiva tem um pouco mais de segurança para crescer, pelo menos é a expectativa dos analistas consultados pela pesquisa Focus, do Banco Central, e divulgada nesta segunda-feira.

No caso do IPCA, a tendência indica queda, uma vez que há quatro semanas o mercado estimava que fecharia 2019 na marca de 4,07% e, agora, caiu para 4,02%, enquanto o produto interno bruto (PIB), no mesmo período, passou da expectativa de crescer 2,55% para 2,57%. Pode parecer pouco, mas é um dado positivo que pode transmitir mais confiança aos agentes produtivos.

Outros indicadores como taxa de câmbio, considerando o dólar, e a produção industrial neste exercício, se mantêm em níveis estáveis há pelo menos quatro semanas. A moeda norte-americana deve fechar este ano cotada em R$ 3,80 e a produção industrial mantém expectativa de crescer 3,04%.

Na contramão, porém, aparecem os preços administrados, cuja evolução é de crescimento. Conforme a Focus, esses preços devem chegar ao fim deste ano com expansão de 4,80%. Há quatro semanas essa estimativa era de 4,75%.

No que diz respeito à Zona Franca de Manaus (ZFM), embora os últimos indicadores da atividade industrial local, na maioria, sejam positivos, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao divulgar os dados do desempenho industrial do país, relativos ao mês de novembro de 2018, na semana passada, indica deterioração na produção da ZFM.

Conforme o IBGE, no comparativo entre novembro e outubro do ano passado, há queda de 3,5%. O valor negativo é de 2%, quando a comparação ocorre entre o mês de novembro de 2018 e de 2017, no entanto, a notícia menos ruim é que, no acumulado de janeiro a novembro do ano passado, o registro é de crescimento de 6,1%.

Pelos indicadores da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), referentes a outubro de 2018, aqueles ligados à produção, como compra e importação de insumos, são positivos, assim como o faturamento, que evoluiu positivamente pouco mais de 1%, enquanto a aquisição de insumos, medida em dólar, cresceu mais de 30% no período.

No caso dos investimentos produtivos no Polo Industrial de Manaus (PIM), os dados da Suframa indicam queda de 2,33% entre 2017 e 2018. Essa baixa afeta, inclusive, dois dos maiores setores: duas rodas com queda de cerca de 9% nos investimentos, e termoplásticos, com baixa de 1,28%. O segmento de eletroeletrônicos apresenta desempenho positivo de 1,22%.

As mudanças efetivadas em Brasília e que envolveram a subordinação da Suframa a uma secretaria do Ministério da Economia, assim como a indicação de Alfredo Menezes como novo titular da autarquia, tiveram repercussões antagônicas no meio empresarial ligado aos incentivos fiscais direcionados à indústria, já que a indicação do militar foi vista positivamente, enquanto a nova estrutura funcional da Suframa no Ministério da Economia não agradou.

De novo, talvez a iniciativa de alguns deputados federais, com a assistência da Suframa e da Federação das Indústrias do Estado Amazonas (Fieam) de promover seminário acerca do modelo ZFM. A lamentar que o governador não tenha comparecido e torcer para que a defesa do modelo não se esgote aí, mas se mantenha no Congresso Nacional.

Foto: reprodução WEB/Rico

Economia brasileira fica abaixo da expansão de emergentes

11 terça-feira dez 2018

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Brasil, economia, expectativas, FMI, países emergentes, PIB

As estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI) para economia mundial, nos próximos anos, não são das mais otimistas se comparadas ao desempenho mais recente, principalmente no que diz respeito às economias mais avançadas, embora a perspectiva do FMI indique que as economias dos países emergentes devem ter performance mais significativa que a do mundo desenvolvido. As informações foram divulgadas na Carta de Conjuntura do 4º trimestre, publicada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Conforme a visão do FMI, nos últimos dois anos houve melhorias no desempenho da economia em nível mundial em relação “ao período pós-crise de 2008”, no entanto, essa expansão pode ter chegado ao fim de mais um ciclo. A dinâmica econômica e as ferramentas utilizadas para contornar dificuldades na economia podem não permitir o prosseguimento dessa performance, com especial destaque, na visão do FMI, para a Zona do Euro e Estados Unidos.

Os números exibidos para justificar esse ponto de vista do FMI são, por exemplo, uma possível desaceleração no crescimento dos Estados Unidos, que neste ano deve ser de 2,9%, para algo em torno de 2,5% no próximo exercício fiscal. De outro lado, há a expectativa de que, nos países emergentes, o crescimento se mantenha estável em 4,7%. Por este parâmetro, o Brasil está longe de acompanhar o bloco desses países.

Por aqui, segundo a pesquisa Focus divulgada neste segunda-feira, 10, a estimativa de crescimento do produto interno bruto (PIB), apesar de apresentar ligeira indicação de crescimento em 2019, não ultrapassa a marca dos 2,53%, bem longe do patamar que o FMI prevê para os demais emergentes. É interessante registrar que nem da taxa prevista pelo FMI para o desempenho da economia global, quer é de 3,7%, o Brasil chega a se aproximar.

Mas se a economia brasileira já enfrenta dificuldades desde há muito, o panorama à frente também não está nada fácil, embora, diga-se, já se aviste pelo menos o túnel, se compararmos às expectativas para 2019 com aquelas efetivadas em relação ao ano que se encerra.

Assim é que as expectativas colhidas pela pesquisa Focus, do Banco Central (BC), em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA) indicam queda tanto para 2018 quanto para o próximo ano. Já o PIB, neste ano, deve crescer 1,3%, enquanto em 2019, conforme foi dito, deve chegar a 2,53%, com ligeira expansão em relação à pesquisa de quatro semanas atrás, quando estava em 2,50%. O câmbio, informa a Focus, tende a valorizar a moeda norte-americana e em 2018 deve fechar em R$ 3,78 por dólar. Há quatro semanas a cotação prevista era de R$ 3,70/dólar.

A valorização do dólar também está prevista para 2019 e a moeda norte-americana passou de R$ 3,76 para R$ 3,80/dólar nas últimas quatro semanas, informa a pesquisa do BC.

A boa notícia para este ano é que os preços administrados devem cair, já que há quatro semanas estava com estimativa de crescimento de 7,48% e agora baixou para 6,95%, mas no próximo ano esse fator se mantém estável no nível de 4,80%. O mesmo não se pode dizer da produção industrial, a qual deve cair tanto neste quanto no próximo exercício.

Se por um lado a baixa dos preços administrados se traduz em combustíveis com preços menores para o usuário, as estimativas do FMI colocam em banho-maria o desempenho da economia do petróleo, em particular, e das commodities no geral. A baixa no preço do petróleo vai impactar a exploração das jazidas do pré-sal, enquanto as commodities exportadas pelo Brasil, ferro por exemplo, podem sofrer impacto negativo.

Pelo visto, 2019 não vai ser para amadores.

Voo de galinha no radar

22 terça-feira maio 2018

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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crise, diesel, economia, gasolina, lucro, Petrobras, PIB

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Dois indicadores listados pelo Banco Central na pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira, 21, chamam a atenção para a freada da atividade econômica que já está se aproximando neste ano. O primeiro é a sinalização dos agentes econômicos quanto ao crescimento dos preços administrados e o segundo é a indicação de queda na geração de riqueza no país.

Com o realinhamento de seus preços ao mercado externo, a companhia assegurou lucro de quase a R$ 7 bilhões no primeiro trimestre deste ano

No que diz respeito aos preços administrados, cuja estimativa subiu de uma semana para outra de 5,20% para 5,40%, sem contar que há três semanas esse patamar era bem inferior e estava situado em 5%, reflete, entre outros fatores, a política de preço dos combustíveis praticada pela Petrobras. Com o realinhamento de seus preços ao mercado externo, a companhia assegurou lucro de quase a R$ 7 bilhões no primeiro trimestre deste exercício, enquanto quem paga a conta, como caminhoneiros, anda fazendo protesto, mas o petróleo é nosso.

Se a Petrobras, desta vez, parece ter encontrado o caminho para o bom desempenho empresarial, mesmo que seja na rota do bolso do usuário de seus produtos, a sinalização quanto à geração de riqueza no Brasil, também conforme a pesquisa do Banco Central, voltou a cair pela terceira semana, quando estava em 2,75% e, na semana passada, chegou a indicar que produto interno bruto (PIB) do país deve crescer 2,50% neste ano.

Estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV), o Monitor do PIB relativo a março também não traz boas notícias ao constatar que os números apurados pela FGV são divergentes quanto ao desempenho da economia no primeiro trimestre de 2018, pois a taxa do trimestre é de crescimento de 0,3% com tendência de alta, já a taxa trimestral no comparativo interanual, apesar de ser positiva em 0,9%, apresenta trajetória de queda.

Os analistas da FGV sinalizam algum otimismo quanto ao desempenho da atividade econômica quando registram que esse desempenho dá continuação à inversão da trajetória de queda observada até o último trimestre de 2017, no entanto, acender duas velas em ano de eleição presidencial também vale para esses técnicos. Eles explicam que a agropecuária, a mascote do desempenho no ano passado, fechou o mês de março acumulando retração de 5,2% no acumulado dos três meses iniciais de 2018.

Embalada por fatores externos e internos, a indústria também apresenta baixas. Conforme o Monitor da FGV, a indústria de extração mineral teve retração de -1,6% e a construção de 2,5%. Entre os segmentos mais representativos, o setor e serviços só teve um segmento com retração, o de informação, com baixa de -3,3%.

Enquanto isso, a Bolsa de Valores – B3 – teve uma sessão volátil na segunda-feira, 21, tendo subido até 0,96%, mas no meio da tarde estava em queda de -1,68%, assim, não acompanhou suas congêneres no exterior e foi puxada pela queda de ações como a da Vale e dos bancos, o que não impede de que tal desempenho também tenha a ver com a atração exercida pelos juros mais altos no Estados Unidos.

Em ano de Copa do Mundo, o esporte nacional não parece estar empolgando os brasileiros que continuam a correr atrás de emprego sem que este apareça, enquanto o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) continua a identificar imenso contingente de brasileiros em idade produtiva que não estudam e nem trabalham. Na última PNAD Contínua divulgada na sexta-feira, 18, essa massa era de 11,2 milhões de pessoas, em números de 2017, maior do que o contingente encontrado em 2016. É o Brasil perdendo a oportunidade de crescer e melhorar a renda da população por falta de políticas públicas sérias.

“O economista era Deus”

06 terça-feira fev 2018

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Aleam, Amazonas, Amazonino, economia, governo

Leitura da Mensagem

Fevereiro geralmente é curto por ter menos dias que os demais meses do ano, e, até por ser o mês do Carnaval. Muito alegre pela festa popular que incendeia o Brasil. É, também, o período no qual os poderes Judiciário e Legislativo voltam às atividades após o recesso de fim de ano.

Amazonino diz que a falta de experiência leva ao desastre, e, no Brasil, Estados foram a pique

Na quinta-feira, dia 1º de fevereiro, como é de praxe, o governador do Amazonas foi à Assembleia Legislativa do Estado ler a mensagem anual aos deputados que ali mantêm assento como representantes do povo, embora ultimamente a maioria do “people” prefira dizer que não se sente representada, nem ali e muito menos no Congresso Nacional, a ironia é que só ganha mandato no Legislativo quem consegue votos, logo…

Mas a leitura da mensagem anual do governador Amazonino Mendes, como sempre acontece nessas ocasiões, foi abreviada para menos de meia hora, até pela extensão do documento, o qual, um calhamaço de 450 páginas, foi reiteradas vezes solicitada, pelo governador aos presentes, que fizessem a leitura do documento. Amazonino chegou a se emocionar quando falou sobre sua prisão nos idos de 1964, e aproveitou para fazer seu marketing e avisar que fora “preso por amor aos pobres.”

Quase octogenário, do alto de seus 78 anos, o governador Amazonino Mendes reconheceu o óbvio, ao dizer que está velho, para logo em seguida informar que, apesar disso, tem espírito jovem e que os anos já vividos lhe conferiram um bem precioso: experiência. E foi por aí que o Negão começou a abrir o verbo, quando declarou que a falta de experiência leva ao desastre, e, no Brasil, Estados foram a pique, citando Minas Gerais, Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro, sem deixar de registrar que o desastre chegara por aqui também.

Da velha guarda, o Negão é partidário de que, ao contrário de algumas lideranças políticas da esquerda, a Lei de Responsabilidade Fiscal seja cumprida, as finanças públicas estejam equilibradas, entre outros procedimentos necessários ao êxito na administração pública. Mas aí o Negão voltou à carga para dizer que a saúde pública no Amazonas perdeu a qualidade, que a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), nos últimos tempos, obedeceu a objetivos políticos sem levar em conta seu objetivo nem as vocações do interior.

Para Amazonino Mendes, que também declarou que [a economia do] o Amazonas é muito frágil, “somos consequência dos produtos in natura”, quando à época do desbravamento da região “o economista era Deus”, explicou o governador, para também apontar a falta de compromisso com os anseios do povo do interior em relação aos cursos da UEA.

No entanto, se os pedidos do Negão para que a mensagem seja lida na íntegra, uma vez que em 2017 houve três governadores no Amazonas, também sobrou espetadas para o empresariado paulista, contrários da Zona Franca de Manaus (ZFM), quando Amazonino Mendes afirmou, citando monsenhor Arruda Câmara, que “o colonialismo interno é mais cruel do que o imperialismo externo” e enfatizar que nossa economia, a ZFM, depende de um decreto.

De outro lado, durante sua fala, Amazonino Mendes “proibiu” que o questionassem ou falassem com ele sobre política e eleições, pois, alegou, preferia falar sobre administração e declarou que o Amazonas “é delicado”, não pode ser governado por qualquer uma pessoa, mesmo que ela tenha “bons princípios, vontade, mas se não tiver experiência, qualificação, se se deixar levar pela politiquice, ela vai arrastar o estado para a bancarrota.”

E foi por aí a linha do discurso do governador Amazonino Mendes, o terceiro a assumir o posto em 2017 que, ao encerrar sua mensagem, cumprimentou o presidente da Aleam sem citar o nome de David Almeida, o qual, logo, em seguida, declarou que Amazonino tem seu apoio para aquilo que for para o bem público e, sem ser um aliado, se declarou parceiro do Negão, entendeu?

Pois é, ao que tudo indica, a campanha para a eleição de outubro está em pleno andamento, com farpas, mensagens cifradas e entrega de títulos de terras.

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