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Contas públicas são espinho no sapato

06 terça-feira nov 2018

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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ajuste fiscal, carga tributária, contas públicas, déficit primário, Luiz Guilherme Schymura, tributos

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As expectativas econômicas captadas pela pesquisa Focus, realizada semanalmente pelo Banco Central, apontam melhorias em alguns dos indicadores monitorados, em que pese a disseminação, em segmentos da mídia, acerca de possível retrocesso no desempenho econômico do país. É evidente que tal possibilidade não pode ser descartada, mesmo porque, a partir de janeiro, o Brasil estará sob nova direção.

A dívida bruta do setor público está na casa dos 75% do PIB, enquanto o déficit primário anual ronda a casa dos 2%

No entanto, analistas econômicos veem que o potencial de o país voltar a ter um desempenho melhor, principalmente em relação ao crescimento do produto interno bruto (PIB), a partir da gestão do presidente eleito, é bem maior do que aquele que se poderia esperar com agenda estatizante e corporativista do candidato petista derrotado no segundo turno das eleições, que não via problema na atual situação fiscal do país.

Estudos da Fundação Getulio Vargas (FGV), porém, jogam um balde água fria sobre esse tipo de expectativa por considerar que o problema fiscal deve ser encarado com urgência, assim como um de seus componentes, a reforma da Previdência. É esse um dos setores por onde mais se amplia o déficit das contas públicas.

De acordo com o pesquisador Luiz Guilherme Schymura, da FGV, a dívida bruta do setor público está na casa dos 75% do PIB, enquanto o déficit primário anual ronda a casa dos 2%. Para Schymura, mesmo ao se considerar a magnitude dos valores envolvidos, esse patamar ainda é administrável, no entanto, adverte o pesquisador, se nada for feito a coisa vai pegar bem ali, em 2026.

A expectativa, caso a questão fiscal não seja encarada com a seriedade devida ou, mesmo que isso ocorra, mas entraves políticos no Congresso Nacional findem por barrar ou amenizar o grau de agressividade necessário em seu enfrentamento, é de que, em 2026, o déficit poderá atingir 3,6% do PIB. Dessa perspectiva, Schymura afirma que a dívida vai disparar e se tornará impagável. Não é uma visão de futuro muito otimista, logo se vê.

Para o cientista da FGV existem pelo menos quatro temas, politicamente incômodos, diz ele, que não podem ser adiados sob pena de que aquela visão do inferno – dívida impagável – se concretize. Assim, as questões relacionadas aos subsídios do diesel – atenção com a tropa de caminhoneiros -, a EC 95, relacionada ao teto de gastos, a norma que estabelece o reajuste do salário mínimo, assim como a política de correção dos salários dos servidores públicos.

Como se vê, as pendências que devem obter maior atenção da gestão que se inicia em janeiro de 2019 tem poder de fogo para manter uma agenda quente no Congresso Nacional, por um lado. Pelo outro, vai testar o poder de aglutinação de forças do novo presidente, além de também colocar em questão a factibilidade de seu discurso de campanha sobre a moralização do Estado brasileiro, a começar pela gestão pública.

É de se registrar movimentos que já vêm ocorrendo no campo político que podem dar um certo fôlego inicial ao novo governo, como a exclusão do PT do grupo que está sendo formado pelo PDT, PSB e PCdoB, por enquanto, para fazer oposição propositiva ao governo que se instala. Todavia, deixar o PT de escanteio não significa que o novo presidente vá ter flores pelo caminho, pois, até onde se sabe, há caminhões de espinhos para serem aparados a partir de janeiro.

Gráfico: Reprodução/Terraço Econômico

Em 2015, Brasil vai estagnar

12 quarta-feira nov 2014

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Brasil, contas públicas, economia, estagflação, inflação, previsão

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É no mínimo pessimista a visão que o economista Felipe Miranda, formado pela Faculdade de Economia da USP e sócio da Empiricus Research, tem sobre o que aguarda a economia brasileira e o 2º mandato da presidente Dilma Roussef no próximo ano.

O desempenho de estatais como Petrobras e Eletrobras, para ficar em dois exemplos mais conhecidos do público, são criticados de forma dura

Em vídeo distribuído via rede social, o economista usa termos pesados para demonstrar que seus diagnósticos acerca de uma catástrofe econômica que se avizinha. Ele demonstra, com a ajuda de indicadores econômicos, as causas do que está por vir e a opção por uma mudança nos rumos da política econômica do país, tomada há cerca de 5 anos, quando se optou por um Estado assistencialista e que incentivou o consumismo.

Ex-integrante da equipe Sales de Derivativos do Deutsche Bank e ex-analista da Monitor Clipper Partners, além de ex-professor da FGV-SP, não faltam credenciais ao analista econômico para fazer as previsões que distribuiu via internet. Miranda chega a alertar, no início do vídeo, que o panorama traçado por ele se embasa em fundamentos técnicos e, assim, não vai agradar à esquerda, à direita e nem aos petistas.

Uma de suas observações mais pesadas é quando se refere à presidente Dilma Rousseff. Segundo Miranda, indagada sobre por que o Brasil cresceu tão pouco durante o primeiro mandato, Dilma teria respondido simplesmente que “Não sabia”.

Em média, o crescimento do produto interno bruto (PIB) entre 2009 e 2013 foi de 1,5%, sem contabilizar aí as receitas de concessões e os rendimentos de dividendos. Mas, a má notícia, conforme o economista da Empiricus, é que neste exercício, não vai ultrapassar 1%.

No caso do câmbio, que Miranda previa chegar ao fim de dezembro de 2014 acima de R$ 2,45, a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira, 10, indicou que os agentes econômicos consultados pelo Banco Central já alteraram suas previsões elevando para R$ 2,50 a cotação da moeda norte-americana no fim do ano.

O desempenho de estatais como Petrobras e Eletrobras, para ficar em dois exemplos mais conhecidos do público, são criticados de forma dura. Conforme o analista da Empiricus, a Petrobras como empresa foi destruída, pois o valor de suas ações só caiu durante os governos petistas.

A origem de todos males que já acontecem no Brasil e de outros que devem ocorrer o futuro próximo estão justamente em 2008, a partir da crise internacional e das medidas tomadas pelas autoridades brasileiras.

Quando, há 5 anos, houve a mudança da política econômica, o país ficou direcionado a assistir a deterioração das contas públicas, escassez do investimento público, além do represamento de preços dos combustíveis e da energia como forma de controle de preços para mascarar a inflação.

Medidas sem sustentação a longo prazo têm data certa para levar o Brasil a um futuro de sacrifícios que, no cenário de Felipe Miranda, vai impactar os orçamentos das famílias com escassez de crédito decorrente da necessidade de financiar a dívida pública, o que vai elevar os juros, como já está acontecendo com o novo valor da Selic.

Só para finalizar, o relatório em vídeo de Felipe Miranda se intitula exatamente “O Fim do Brasil” e pode ser baixado do Youtube ou da página da Empiricus.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 11/11/2014

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