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Promessas de candidato e as lendas amazônicas

27 terça-feira dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazonas, candidato, eleição 2016, Manaus, política, prefeitura, promessa

A campanha eleitoral onde políticos disputam a cadeira de prefeito de Manaus anda quente na cidade, nas redes sociais, além da TV e rádio, mas as propostas são escassas, repetitivas e, à primeira vista, na maioria dos casos, o candidato a prefeito “esquece” de um detalhe muito importante: explicar como vai fazer aquilo que está prometendo aos eleitores durante a campanha.

Se no campo das promessas os fatos se casam com as expectativas, isto é, não há praticamente nada de novo sob a luz dos refletores da TV ou nas ondas de rádio, o comportamento de alguns postulantes a ser o dirigente máximo da cidade também imita campanhas passadas, onde acusações sem comprovação são feitas em um jogo de cena para impressionar incautos e o eleitor desinformado.

Desse tipo de candidato, o mínimo que se pode dizer é que apela para a demagogia, que é, ao longo da história ocidental, a arte de conduzir o povo, mesmo utilizando de artifícios e subterfúgios para enganar o cidadão

No mesmo ritmo estão os candidatos que apresentam o atual prefeito de Manaus e seus antecessores, mais ou menos no “estilo Lula da Silva”, para quem nada foi feito e algo, se o foi, não presta, é danoso e não beneficia a população. É a lenga-lenga do “nunca antes neste país”, no caso, em Manaus.

Tais posturas de candidatos fazem lembrar lendas amazônicas como a do Matinta-Perera, também conhecido como Saci-Pererê, que à noite incomoda os vilarejos com seu assobio e não deixa ninguém dormir até que lhe deem ou prometam dar fumo, tabaco, já que a criatura é fumante inveterada. Qualquer semelhança com esta época pré-eleição de 2 de outubro não é coincidência.

Mas existem candidatos que preferem algo mais glamoroso – não é o caso que se viu na semana passada, quando a cara-de-pau levou um a carregar água em baldes na periferia da cidade, enquanto um outro foi “passear” de ônibus para demonstrar a precariedade do sistema de transporte coletivo urbano, da qual, aliás, ninguém duvida.

Desse tipo de candidato, o mínimo que se pode dizer é que apela para a demagogia, que é, ao longo da história ocidental, a arte de conduzir o povo, mesmo utilizando de artifícios e subterfúgios para enganar o cidadão, seja fazendo promessas inexequíveis ou deixando de cumprir as exequíveis, uma vez que pesa mais, para tais políticos, alcançar e permanecer no poder.

A estes a lenda mais apropriada para descrevê-los é do boto-cor-de-rosa, animal que, no período da lua cheia ou nas festas juninas, se transforma em um belo rapaz para atrair e seduzir donzelas. As que caem em sua lábia, diz a lenda, engravidam de um bebê… boto.

Vaidade e gente cheia de orgulho não falta nesta campanha, seja a vaidade de achar saber tudo ou o orgulho de pensar ser o único iluminado a ter capacidade para administrar Manaus e tornar o dia-a-dia dos manauaras menos estressante e com mais qualidade de vida. Mas o candidato com essas “qualificações” pode ser identificado com a lenda do Pirarucu, guerreiro vaidoso e orgulhoso, filho de um cacique, que oprimia seus irmãos na ausência do pai e foi atingido por um raio, por desígnio de Tupã, transformando-o no saboroso peixe amazônico.

No nível atual da campanha, os políticos mais confundem do que esclarecem (algo novo por aí?). Quando algum candidato diz, por exemplo, que vai oferecer aulas particulares de reforço aos alunos do município, enquanto outro prefere garantir a segurança da cidade e um terceiro, se eleito, se diz disposto a consultar o povo para saber onde investir o dinheiro público.

Por aí dá para sentir que não há, aparentemente, intenção de resolver os problemas urbanos, melhorar o que pode ser melhorado, mas apenas mostrar que é o melhor candidato. Como diz o ditado, falar é fácil, difícil é fazer.

Ao eleitor cabe a pior das tarefas: descobrir, entre oito candidatos, quem pode fazer gestão melhor que o atual prefeito, o qual, aliás, anda muito calado.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 13/09/2016

Certezas e expectativas políticas frustradas

07 terça-feira out 2014

Posted by Eustáquio Libório in Crônica

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2º turno, Amazonas, candidato, eleição, governo, Manaus, pesquisa, urna

Terminado o primeiro tempo da peleja eleitoral é de se registrar que as certezas de alguns candidatos se transformaram expectativas frustradas como no caso do cargo presidencial, onde Aécio Neves (PSDB) conseguiu tirar Marina Silva da disputa e baixar a bola da presidente Dilma Rousseff (PT) que, obviamente, preferia, uma vitória no primeiro turno a enfrentar o tucano no segundo, como vai acontecer.

No caso da Presidência da República, vai ficar difícil transferir os mais de 22 milhões de votos que Marina Silva (PSB) obteve em função do perfil desses eleitores que têm posições formadas e preferem, eles mesmos, direcionar seu voto em vez de seguir eventual orientação para votar em quaisquer dos dois candidatos que se enfrentam no 2º turno.

Outra expectativa frustrada foi a do candidato ao governo do Amazonas, senador Eduardo Braga (PMDB) que, de acordo com as pesquisas de institutos de renome nacional, vinha liderando e bem à frente do candidato à reeleição, José Melo (Pros). Enquanto Braga deixou sua candidata a vice em Manaus e foi atrás de votos no interior, José Melo correu atrás nos dois fronts e o resultado foi um empate que, para Braga, deve soar como derrota até pelos ataques que desferiu contra o governador a fim de desqualificá-lo.

O segundo turno, aqui pelo Amazonas, vai ter como um dos protagonistas o deputado estadual Marcelo Ramos (PSB) que conseguiu a bagatela de 11% dos votos e, se não se elegeu, concorreu firmemente, com sua candidatura, para que a disputa pelo governo estadual aportasse no segundo turno, no próximo dia 26 de outubro. Fica aqui a mesma observação acerca do perfil dos eleitores de Marina Silva quanto à dificuldade de transferir votos.

Há um detalhe que chama a atenção no caso da apuração dos votos. Se começou célere, o final se transformou em bicho preguiça, que o animal me perdoe a comparação, tanto foi o tempo necessário para finalizar a contagem de votos no Amazonas.

Mas na crônica de qualquer eleição no Brasil cabe a nota destoante da estratégia antiga, dos tempos dos coronéis de barranco, mas que faz a alegria das gráficas, de, na véspera, madrugada da eleição, fazer um derrame de cédulas de votação nas ruas das cidades por todo o país. Manaus não foi exceção e, possivelmente, nenhum candidato deixou de fazê-lo, se teve os meios para tal.

Infelizmente, apesar de prevista como infração na legislação brasileira, são muito poucos os casos dos quais se toma conhecimento de que os (i)responsáveis serão apenados com multas ou outros instrumentos para desmotivar essa, literalmente, prática suja. No entanto, cabe registrar que não foram poucos os eleitores que, sem ter candidatos, fazem uso dessa cooptação onde o nome dos candidatos é encontrado no meio da rua.

Com a poderosa ajuda do bico tucano do prefeito Artur Neto, não foi somente o governador José Melo que viu seus votos crescerem em Manaus, mas também o deputado estadual Arthur Bisneto (PSDB) que, alavancado pelo maior eleitor de Manaus, o prefeito, teve mais de 250 mil votos para se eleger deputado federal, coroando com a ironia de, a partir de sua votação, a coligação puxar o deputado Átila Lins que quase fica de fora.

O segundo tempo está a caminho, daqui a 19 dias, quando as urnas falarão, de novo.

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