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Pandemia de coronavírus e eleições municipais em Manaus

29 terça-feira set 2020

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coronavírus, covid-19, eleições, Manaus

Controvérsia e dados desencontrados sobre os casos de covid-19 no Estado do Amazonas levaram a Prefeitura de Manaus a fechar, novamente, a praia da Ponta Negra. O aumento na incidência de infecções por coronavírus apareceu na mídia nacional como se o Amazonas ainda estivesse em plena pandemia até meados de setembro.
Sem maiores esclarecimentos, por exemplo, a Rede Globo vinha apresentando o Amazonas em vermelho, o que indica crescimento diário do número de casos. A informação da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), no entanto, é de que os casos apresentados nas reportagens são de infecções abrangendo desde o mês de abril, que só agora puderam ser confirmados, e não casos novos, atuais.
É nesse contexto, por outro lado, que o Teatro Amazonas aparece como uma exceção em outro grande veículo da imprensa nacional, a CNN Brasil, por ter retomado suas atividades, embora, e talvez por isso mesmo, com as limitações impostas pelos protocolos de combate ao coronavírus. As atividades culturais do Teatro Amazonas já tiveram apresentações da filarmônica, mesmo que com cadeiras em número limitado na plateia.
Nesse tópico, por fim, cabe registrar que a Ponta Negra teve, no último fim de semana, praia praticamente deserta. Nessa época de pandemia, todo cuidado é pouco, portanto, é melhor se preservar.
Clima quente
As eleições 2020 terão, em Manaus, onze candidatos à prefeitura, os quais já foram definidos nas convenções que se encerraram na quarta-feira, dia 16, e os candidatos já estão atuando em busca de votos, embora sem que os possam pedir diretamente, em programas de TV, rádio e redes sociais, quando apresentam suas propostas aos eleitores
Enquanto um candidato afirma que vai apresentar suas propostas durante a campanha sem desconstruir os adversários, caso do deputado Ricardo Nicolau, mesmo assim, em sua primeira entrevista como candidato após a convenção, tentou desqualificar outros pleiteantes ao cargo de prefeito.
Por uma trilha parecida segue o ex-superintendente da Zona Franca de Manaus, Alfredo Menezes, o qual, durante o período em que esteve na Suframa já trabalhava para promover sua imagem pública com vista a se candidatar à Prefeitura de Manaus. Menezes, agora, também não dispensa críticas a quem já administrou a cidade ou o estado. É dele, por exemplo, a expressão dizendo que o ex-governador Amazonino Mendes, outro candidato à prefeitura nestas eleições, quer administrar a cidade de cueca e jogando dominó a partir de sua casa no bairro Tarumã.
Pelo que se vê, a campanha eleitoral de 2020 vai ficar na história como uma campanha muito quente, com adversários que, à primeira vista, vão estar mais preocupados promover o que eles julgam que seja negativo em seus adversários, do que em mostrar suas propostas para cidade e para a população de Manaus.
Neste caso também está incluído o candidato do PT à Prefeitura de Manaus, José Ricardo, o qual, em entrevista nesta terça-feira, dia 22, à Rede Tiradentes, não deixou de criticar o também candidato a prefeito e ex-governador do Amazonas, David Almeida, ao afirmar que Almeida sucateou a saúde.
A metralhadora giratória do petista disparou contra Amazonino Mendes e até atacou a atual gestão municipal ao dizer que não vai priorizar só o asfalto. Sobre suas propostas, no entanto, pareceu muito vago, repetindo que vai dar atenção às pessoas, às mulheres que são chefe de família e aos mais carentes. Como vai fazer isso ainda é uma incógnita.

Publicado por Eustáquio Libório | Filed under Sem categoria

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Taxas da Suframa e a sustentabilidade da Amazônia

16 quarta-feira set 2020

Posted by Eustáquio Libório in Sem categoria

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A bioeconomia está entre as atividades econômicas que devem ser incentivadas

A força da Zona Franca de Manaus (ZFM) sempre esteve à prova com os ataques desferidos contra o modelo, principalmente pela indústria estabelecida no sul e no Sudeste, com ênfase para São Paulo, mas desta vez o inimigo foi a pandemia de coronavírus, que derrubou o faturamento do Polo Industrial de Manaus (PIM) em quase 30% no acumulado de 2020 até o mês de maio, conforme dados divulgados pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).
Este, no entanto, é apenas um dos indicadores que apontam resultados negativos no desempenho das empresas industriais sediadas no Polo Industrial de Manaus.
As importações de insumos, por exemplo, caíram mais de 16% no comparativo entre o acumulado de 2019 e 2020, relativo ao mês de maio. A exportação de produtos também teve desempenho negativo e caiu de US$ 164 milhões, até maio de 2019, para US$ 128 milhões entre janeiro e maio deste ano. A queda das vendas externas atingiu, assim, 21,6% no período
Talvez mais emblemático ainda seja a redução dos investimentos alocados no Polo Industrial de Manaus.  Este indicador, em 2019, era de US$ 8.549 bilhões, passou, em maio deste ano, para US$ 7.116 bilhões, assim, a baixa na média dos investimentos produtivos do PIM foi de exatos 16,76% no período.
Mesmo com estes e outros indicadores negativos, a atração de investidores se mantém, como o exemplificam as reuniões do Conselho de Administração da Suframa (CAS), que continuam a aprovar projetos de novas indústrias para se instalar na Zona Franca de Manaus, sintoma de que o modelo continua atrativo.
Outro exemplo de que o modelo é atrativo foi o pronunciamento do vice-presidente da República, Hamilton Mourão, na sexta-feira, dia 11, com a indicação de usar as taxas dos serviços prestados pelas Suframa para custear o desenvolvimento sustentável da Amazônia.
É possível que dinheiro não falte, uma vez que é notória a retenção das receitas da Suframa pelo Governo Federal há muitos anos. Em 2018, por exemplo a Suframa teve orçamento pouco inferior a 500 milhões de reais, no entanto, suas despesas ficaram em aproximadamente 200 milhões de reais naquele ano, pelo que se pode ver, quase R$ 300 milhões em receitas obtidas na Zona Franca de Manaus, pagas pelas indústrias que aqui produzem, foram retidos pela União.
A Suframa, que em sua essência é uma agência de desenvolvimento, há muito deixou de exercer este papel tão importante em uma das regiões menos desenvolvidas do País, a região Norte, que conta, entre os fatores que reduzem as chances de a desenvolver, a distância dos grandes centros consumidores e a logística de transportes.
No caso do Amazonas, essa logística é ainda mais complicada por envolver a navegação fluvial, com todas as limitações que compreendem o regime de enchente e vazante dos rios que são as “rodovias” do Estado, os quais, sem maiores cuidados, em alguns casos ficam inapropriados para a navegação, como o Madeira, enquanto rodovias como a BR-319 estão fora de uso efetivo já se vão anos.
A força da Zona Franca de Manaus foi testada pela covid-19 e jogou o faturamento das indústrias aqui sediadas, em abril deste ano, para pouco mais de 30% dos meses “normais”, mas a forma como a atividade industrial está se recuperando na ZFM é mais um atestado de que é modelo vitorioso. Agora, usar os recursos gerados aqui para toda a Amazônia não deve resolver o problema da sustentabilidade, mas, com certeza, vai reduzir recursos para áreas que deveriam estar sendo assistidas mais efetivamente com essas verbas, como Acre, Amapá, Amazonas, Roraima e Rondônia.

Pandemia amplia portas da corrupção

15 sexta-feira maio 2020

Posted by Eustáquio Libório in Artigo, Sem categoria

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Amazonas, coronavírus Manaus, corrupção, governantes, maus gestores, pandemia, zona franca

coronavírusQuando o impensável acontece, coisas que antes nos pareciam improváveis de ser realidade se mostram até mais possíveis que o impensável da pandemia de covid-19 que assola o mundo, chegou ao Brasil, ao Amazonas para mudar costumes, relacionamentos e até a maneira como as pessoas se cumprimentam ao se encontrar.
Lembro que, na madrugada do dia primeiro de janeiro de 2020, o primeiro programa de TV que assisti era a entrevista de uma pessoa que dizia terraplanista, por defender a ideia obsoleta que a erra não é esférica, e sim plana. Se naquela madrugada alguém me dissesse que dois ou três meses depois, em todo o Brasil, as pessoas iriam andar de máscara nas ruas e as baladas praticamente acabariam n as cidades brasileiras, eu diria que a pessoa era louca.
Quando o impensável acontece, situações extremas às quais não se atribuiria a uma determinada pessoa, como é o caso, por exemplo, do Auxílio de Emergência implementado às pressas  pelo governo Jair Bolsonaro, que se diz liberal e é avesso à assistência aos menos favorecidos por parte do governo: milhões de brasileiros estão recebendo, ou ainda tentando receber, parcelas do Auxílio Emergencial de R$ 600.
Com o setor de serviços paralisado desde a segunda semana de março, a indústria tendo seguido a mesma rota ao parar boa parte de suas atividades pelo Brasil afora, não é de se estranhar que economistas façam prognósticos pessimistas, para dizer o mínimo.
Tanto é assim que a pesquisa semanal Focus, do Banco Central, indicou que o produto interno brasileiro (PIB), cujo desempenho positivo previsto era por volta dos 2%, para o exercício de 2020, vem caindo já há umas três semanas, e nesta segunda-feira a expectativa era de 4,11% negativo.
Com esse número negativo, já dá para se ter uma ideia do que também vai acontecer aqui na Zona Franca de Manaus. A cidade está em estágio de espera para adotar o lockdown, o que é medida a ser decretada pelo governo do Estado, e é ainda mais estranho que ainda não tenha acontecido em face da expansão da covid-19 na cidade, agravada pela falta de comprometimento de boa parte da população em fazer o isolamento social.
Vai já para dois meses que se iniciou a adoção das medidas recomendadas pelas autoridades sanitárias de Manaus e do Amazonas, obedecendo diretivas da Organização Mundial de Saúde (OMS) para reduzir ao mínimo o contágio pelo coronavírus (covid-19), mas até o momento não se conseguiu frear a subida do número de casos e as mortes dela decorrentes na cidade e por quase todo o interior do Amazonas só aumentam.
Se a covid-19 é uma doença que atinge as pessoas, outra doença, desta vez social, continua a grassar na administração pública brasileira: a corrupção. Com a decretação de estado de calamidade, estado de emergência nas cidades e estados brasileiros, abriu-se a porta para maus governantes, maus gestores aproveitassem a oportunidade para praticar atos ilícitos e se apropriar do dinheiro público.
A corrupção, como alguém já disse antes, é mortal. No caso da atual pandemia, ela é mais do que criminosa, a corrupção neste caso é uma assassina por levar à morte milhares de pessoas que não conseguem ter a assistência médica do Estado deveria prover.

Eu Amo Manaus

19 segunda-feira dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Sem categoria

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Água de Moringa

18 domingo dez 2016

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Buracos do Distrito Industrial e da Zona Franca de Manaus

07 quarta-feira dez 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo, Sem categoria

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Aleam, buraco, Distrito Industrial, rua, suframa, Zona Franca de Manaus

É do conhecimento público o imbróglio resultante dos buracos e mondrongos que enfeitam as vias do Distrito Industrial e fazem de motoristas, tanto de carros leves quanto pesados, potenciais pilotos de Fórmula 1, tamanha a destreza necessária para se desviar de tais obstáculos nas ruas e avenidas daquele bairro da zona Sul sem, por outro lado, danificar o veículo ou, pior ainda, sob o risco de atropelar alguém.

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Tais buracos e mondrongos deram origem a uma polêmica quando a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e o Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) resolveram fazer convênio para revitalizar as vias do Distrito Industrial com recursos que viriam do governo federal. Algumas ruas foram asfaltadas, mas o convênio virou polêmica e a superintendente Flávia Grosso findou por se exonerar da Suframa, em outubro de 2011, segundo ela, para se defender desse e de outros processos.

Mas os buracos e mondrongos do Distrito Industrial não têm como ser ignorados em função da importância que têm as vias do DI para escoar produtos made in ZFM, assim como para levar às fábricas os insumos necessários à produção.

Dessa forma, na semana passada, alguns deputados estaduais resolveram fazer algo até então insólito: propuseram, na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), formar uma comitiva com o objetivo de inspecionar tais buracos e mondrongos. Informe-se: não há obras a visitar, mas sim, os próprios buracos.

Apenas para situar o leitor é bom dizer que a Aleam tem exatas 24 comissões permanentes, o mesmo número de deputados, quatro das quais – Comissão da Indústria, Comércio Exterior e Mercosul, Comissão do Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional Sustentável, Comissão de Obras, Patrimônio e Serviços Públicos e ainda a Comissão de Transporte, Trânsito e Mobilidade – relacionadas, de alguma forma, com as atividades das indústrias do Polo Industrial de Manaus.

No entanto, os deputados, apesar dessas comissões, resolveram que oito parlamentares: José Ricardo (PT), Alessandra Campêlo (PCdoB), Sabá Reis (PR), Augusto Ferraz (DEM), David Almeida (PSD), Wanderley Dallas (PMDB),Francisco Gomes (PSD) e Platiny Soares (PV) formariam comitiva para inspecionar os buracos na última sexta-feira, dia 18.

Nada contra a tal visita e às eventuais providências que possam surgir a partir daí, porém, como diz aquela expressão popular, “o buraco é mais embaixo”, ou talvez, mais em cima e, nesse caso, o que não falta é buraco para ocupar a agenda, não só dos deputados estaduais, mas também dos federais, dos senadores e, porque não incluir também os vereadores?

Só para não alongar o texto, basta dizer que um desse buracos é a interinidade do atual superintendente da Suframa, Gustavo Igrejas, que, caso não seja definido um titular para o cargo na próxima reunião do Conselho Administrativo da Suframa (CAS), deve fazer aniversário no próximo dia 10 de novembro.

Enquanto os esforços dos parlamentares e demais autoridades estiverem voltados para os buracos das ruas do DI, dificilmente a Zona Franca de Manaus e a própria Suframa poderão ser fortalecidas.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 22/09/2015

Horizonte tenebroso do país sem quilha

16 quarta-feira mar 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo, Sem categoria

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Brasil, cartão de crédito, dívida pública, economia, juros, selic

A vida do brasileiro está difícil e não deve ficar menos ruim tão cedo a se manterem as tendências atuais de juros, inflação e desemprego em alta, enquanto a renda cai e, de carona, o consumo vai derrubando a produção industrial em um círculo que não tem nada de virtuoso, pelo contrário, está mais para vicioso, se me perdoam o trocadilho.

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A indisciplina fiscal que aconteceu nos últimos anos está cobrando seu preço e na alça de mira do cobrador quem aparece com maior destaque é o bolso do cidadão, também conhecido como consumidor ou contribuinte.

Esse é o quadro atual, já o horizonte se apresenta tão tenebroso que é melhor dar um tempo antes de tentar adivinhar

Se o cidadão cometeu o erro de, em 2014, reeleger a presidente petista, agora quem está sendo apenado é um tal de consumidor. Por falta da oferta de crédito e, quando esse aparece, os juros, a alturas estratosféricas, inibem sua utilização. Com isso, o consumidor teve que se metamorfosear em outro personagem, malquisto e malvisto pelo comércio e pelos bancos: chama-se inadimplente.

Enquanto o inadimplente renegocia suas dívidas, um eufemismo usado para fazê-lo pagar o valor original de sua obrigação a juros exorbitantes por um prazo a perder de vista, mas que beira a eternidade, com a única vantagem de caber no orçamento do pobre inadimplente que tem, ainda assim, a vaidade estar limpando seu nome.

Mas se o inadimplente renegocia sua dívida e faz sacrifícios para sair do vermelho, mesmo ao preço de cortar, em alguns casos, despesas essenciais, um outro personagem entra em cena para atender ao chamado, quase intimação, de algo conhecido e fomentado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) como ajuste fiscal. Isto é, o governo – a tal petista – que desajustou meio mundo, agora convoca o contribuinte para pagar sua parte na festa da qual ele pouco participou.

A conta que acaba de embarcar na vida do contribuinte sem ao menos pedir licença deve ficar aí pela casa dos R$ 70 bilhões e vai ser sentida na falta de investimentos em infraestrutura, na educação, moradia e saúde, para citar as áreas mais atingidas pela tesoura federal.

Na outra ponta, a do tesouro federal, a dívida pública – parte mais visível da indisciplina fiscal –  teve um “pequeno” crescimento entre os meses de fevereiro e março: passou de R$ 2,33 trilhões para R$ 2,44 trilhões. Quer dizer, em 30 dias a dívida cresceu “apenas” R$ 11 bilhões. A pior parte nessa conta, porém, é o montante dos juros pagos, os quais, conforme o Tesouro Nacional, foi de R$ 29,50 bilhões, devidamente financiados com a emissão de papéis remunerados à taxa Selic.

Mas aí o cidadão, contribuinte, consumidor, inadimplente e um tal de desempregado, figura que também está aparecendo aos montes nas ruas do Brasil, vai perguntar: e o que temos a ver com isso? Tudo.

Me explico: o crédito está escasso porque a dívida pública cresceu e continua a se expandir, com isso, grosso modo, os juros – Selic – aumentam, pois os bancos veem risco maior, logo, suas taxas serão maiores. Mas como a Selic é taxa básica, isto é, outras operações de crédito são calculadas a partir dela, finda por atingir tanto a produção – indústria -, comércio e serviços, sem falar na renda de salários do pobre consumidor, já apenado pela inflação, que deve atingir 8,17% no fim de 2015, ou mais.

O consumidor que virou inadimplente – você ou algum conhecido seu – ao pagar aos bancos taxas de juros mensais, em cartões de crédito, por exemplo, que ultrapassam aquela anualizada para a Selic, hoje em 13,25%, se dá mal. Nesse caso, por exemplo, o Santander cobra 16,99% ao mês se você não quitar a fatura, o Bradesco cobra 14,50%, enquanto o Itaú vai a 14,89%, para citar três bancos maiores.

Esse é o quadro atual, já o horizonte se apresenta tão tenebroso que é melhor dar um tempo antes de tentar adivinhar, porque prever é missão quase impossível, para onde a nau sem quilha que é o Brasil se encaminha.

Publicação no Jornal do Commercio, edição de 26/05/2015

 

Educação e saúde não acompanham crescimento da população

14 segunda-feira mar 2016

Posted by Eustáquio Libório in Artigo, Sem categoria

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Amazonas, Brasil, custo, educação, miséria

estudantes350

O Brasil ainda não conseguiu tirar seu povo da miséria, livrando-o, assim, da violência e lhe oferecendo educação, serviço de saúde razoável ou mesmo infraestrutura que melhore a vida dos brasileiros, principalmente dos mais carentes e que sofrem com a desigualdade que marca a sociedade por aqui.

Um exemplo é a questão da educação. Dividido em três categorias, acima da média, média e abaixo da média, o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) mede as habilidades dos estudantes de 15 anos em leitura, matemática e ciência. Com o objetivo de apresentar indicadores educacionais comparativos, a aferição é voltada para os 34 países que compõem a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômica (OCDE) e mais 31 países convidados, incluindo o Brasil. O ranking afere habilidades de estudantes de 65 países.

Melhorar a educação no Brasil custaria ao país cerca de 41% do produto interno bruto (PIB), algo próximo de R$ 1,28 trilhão por ano, a preços de 2010

O país participa do programa desde o ano 2000 e, em 2011, estava em 53º lugar. Entre as nações latino-americanas perdia para Uruguai (47º) e México (48º). Caso sirva de consolo, estava à frente da Argentina (58º) e Peru (63º). Só que, em 2012, caiu duas posições e ficou e 55º lugar.

Melhorar a educação no Brasil, de acordo com dados do engenheiro José Olavo M. Alves Pinto, autor do livro “O Direito de Bem Nascer”, custaria ao país cerca de 41% do produto interno bruto (PIB), algo próximo de R$ 1,28 trilhão por ano, a preços de 2010. Esse fato explica porque cerca de 80% da população não têm educação plena.

A questão da saúde no Brasil vai pelo mesmo lado, isto é, a maioria dos brasileiros não consegue ser atendido por serviço com um mínimo de qualidade, como atestam as longas filas para obter atendimento no Sistema único de Saúde  (SUS).

Outro ranking da OCDE, com dados de 2008, onde estão listados 30 países que investem até 6% do PIB nos serviços de saúde pública, só mostra um país latino-americano: o México, já no fim do ranking, em 27ª colocação, e, obviamente, o Brasil está fora.

A falta de recursos a ser aplicados na saúde, no entanto, não é o principal fator a aumentar a incidência de doenças entre os brasileiros, uma vez que a ausência de saneamento básico é outra mazela a afligir a vida de quem vive nos 3.342 municípios do país onde isso inexiste. É o equivalente a 60% dos 5.570 municípios do Brasil.

Levar melhorias à saúde dos brasileiros, com ênfase naqueles 80% da população que não são beneficiados com o crescimento da economia, vai custar outra montanha de recursos, ainda conforme Alves Pinto, para quem, se quiséssemos ter saúde no nível dos países desenvolvidos, teríamos que aplicar o equivalente a 36% do PIB nesse setor. Em termos de dinheiro, seriam necessários R$ 1,13 trilhão a preços de 2009.

Esses números são inflados pelo crescimento populacional do país, que, nas últimas décadas, apresentou cerca de 3 milhões de nascimentos anuais. Para complicar a equação, 90% das crianças nascidas no Brasil são de famílias mais carentes, que desconhecem ou não têm acesso às técnicas de controle da natalidade que deveriam estar disponíveis a todos.

A miséria é parceira da ausência de educação, da falta de saneamento básico e de investimentos em saúde, e, infelizmente, é tutelada pela violência.

Publicação no Jornal do Commercio,  edição de 05/05/2015

 

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