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Arquivos Mensais: novembro 2020

Eleição no EUA e campanhas quentes em Manaus

04 quarta-feira nov 2020

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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campanha eleitoral, eleições 2020, eleições EUA, Manaus

Nesta terça-feira, dia 3, os Estados Unidos da América (EUA)devem definir o próximo presidente daquela grande nação do Norte. O resultado da eleição, no entanto, pode se transformar até em tumulto nas ruas de muitas cidades norte-americanas, em caso de derrota do presidente Donald Trump, o qual já ameaçou não aceitar um resultado no qual ele não seja o vencedor.

Importante não só para os Estados Unidos, assim como para os países que têm os EUA como grande parceiro comercial.

É o caso do Brasil, onde o presidente Jair Bolsonaro, que se diz amigo pessoal de Trump, declarou que vai continuar apoiando o presidente estadunidense até o último momento de definição das eleições nos Estados Unidos.

É uma promessa que, para Trump, nada significa. Para o Brasil, uma perda de tempo, afinal, amizades podem até pesar no relacionamento entre dois países soberanos, isso, porém, não quer dizer que o Brasil terá que seguir tudo que os Estados Unidos definirem.

O alinhamento do presidente Bolsonaro com o presidente Trump pouco tem servido aos interesses do Brasil. Aliás o País tem perdido oportunidades em várias instâncias, apesar dessa “amizade presidencial”.
Não foram poucos os milhões de dólares que o Brasil perdeu com a política de favorecimento às empresas norte-americanas adotada durante a gestão Trump.

Enquanto as eleições nos Estados Unidos se encerram com todas as chances de haver tumulto quando sair o resultado final, que pode demorar dias, no Amazonas os candidatos a prefeitos e vereadores mantêm as campanhas em suas cidades, apesar da covid-19.

A campanha eleitoral pode ter desencadeado uma segunda onda de covid-19 em municípios do interior do Amazonas e também em Manaus. Essa é a visão de autoridades do segmento de saúde do Estado.

O fato é que os candidatos não têm observado, em sua maioria, os protocolos para evitar a contaminação pelo coronavírus durante eventos de campanha, como passeatas e, em alguns casos, até em comícios
 As autoridades da área de saúde têm registrado aumento no número de internações por covid-19 em Manaus, e atribuem o crescimento dos casos de ataque do coronavírus justamente aos eventos das campanhas eleitorais.
Se a covid-19 voltou em segunda onda, por outro lado as campanhas estão cada vez mais quentes e até candidatos que estavam trabalhando realmente com suas propostas, como é o caso de Amazonino Mendes, também resolveram responder aos ataques de seus adversários.

Enquanto os candidatos partem para ataques aos adversários, deixando propostas de lado, os eventos de publicidade eleitoral que vão parar na justiça também aumentam.
 

Um desses casos foi a propaganda do candidato Alfredo Menezes atacando Davi Almeida. Por determinação da Justiça Eleitoral, Alfredo Menezes teve de retirar, de suas redes sociais e outros locais, a propaganda que desconstruía a imagem do candidato Davi Almeida.

Nesta terça-feira, candidato Ricardo Nicolau também, por determinação da Justiça, vai ter que ajustar sua propaganda e citar a Prefeitura de Manaus, além de ter que esclarecer direitinho como é que ele, sozinho, em quatro dias, construiu um hospital de campanha.

Zona Franca marca pontos na política econômica do governo federal

04 quarta-feira nov 2020

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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desenvolvimento regional, incentivos fiscais, motocicletas, zona franca

Saindo da zona de sombra na qual o governo Bolsonaro, assim que iniciou, tinha colocado a Zona Franca de Manaus (ZFM), de vez que o modelo contrariava projetos na área econômica que o ministro da Economia, Paulo Guedes, então pensava implantar, a ZFM marcou pontos.

O ministro da Economia, quando assumiu a pasta, pregava e ainda prega o fim de incentivos e subsídios. Se a política econômica de Guedes parece não ter mudado acerca do que planeja fazer como ministro da Economia, no entanto, suas investidas contra a Zona Franca de Manaus estão menos agressivas. Tal posicionamento pode ser decorrência da atitude da bancada federal no Congresso Nacional aos ataques ao modelo de incentivos para desenvolver a Amazônia Ocidental e Amapá.

Assim é que, desde a semana passada, o Governo Federal sinaliza a manutenção do modelo. Tais sinalizações se concretizam na forma de normas baixadas, via decretos que mantêm incentivos fiscais para as organizações que operam sob os benefícios fiscais gerenciados pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

Na semana passada, decreto presidencial manteve vantagens contemplando organizações de bens e serviços na área de informática com isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e redução do Imposto de Importação (II), assim como a obrigação de que as empresas desse setor apliquem pelo menos 5% de seu faturamento em pesquisa desenvolvimento na região gerida pela Suframa.

Nesta terça-feira, dia 20, a boa notícia publicada pelo Diário Oficial da União (DOU) foi a manutenção da alíquota de 8% para o segmento de concentrados fabricados na Zona Franca de Manaus. A briga vem de longe com a alíquota caindo, e com isso, gerando insegurança jurídica, além de espantar – ou expulsar? – indústrias que aqui já estavam estabelecidas, que preferem sair da Zona Franca de Manaus, como foi o caso da Pepsi Cola.

Operações da envergadura daquela aqui mantida pela Ambev, por outro lado, poderiam também ser atingidas caso o IPI para o setor caísse mais, o que agora está fora de cogitação, pelo menos por enquanto. A Ambev, além de manter fábrica em Manaus, opera gerando milhares de empregos no interior do Amazonas, como por exemplo em Maués, onde é a grande compradora da produção de guaraná.

Duas rodas

A outra boa notícia está vinculada à produção do segmento de duas rodas, o qual, de acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), teve crescimento de 13,1% no comparativo entre os meses de setembro deste ano e o mesmo mês de 2019. Com produção superior a 105 mil motos, foi o melhor desempenho neste ano.

As boas notícias acabam aí, porém. Os números de produção depois da retomada nas atividades no Polo Industrial de Manaus (PIM), levou à reavaliação de metas no setor de motocicletas. Assim, a nova projeção da Abraciclo para fabricação de motos em Manaus é de 937 mil unidades neste ano, o que representa, em relação ao exercício de 2019, uma retração superior a 15%, uma vez que naquele ano foram fabricadas 1,10 milhão de motocicletas.

Crises e atentado a empresário do Amazonas

04 quarta-feira nov 2020

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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borracha, História de Manaus, J G Araújo, látex, Manaus 351

As comemorações pelos 351 anos da fundação de Manaus, que começou com o Forte de São José, às margens do rio Negro, assim como a crise que o País e o Estado do Amazonas vivem em decorrência, principalmente, da pandemia de covid-19, nos lembra outras crises pelas quais o Estado e Manaus já passaram e sobreviveram.

A mais virulenta, que parece só perder para atual de coronavírus, foi a crise da borracha, a qual, com sua derrocada, deixou a economia local às moscas até que a Zona Franca de Manaus (ZFM) a ressuscitasse, nos anos 1970.

No entanto, cabe lembrar um dos grupos econômicos que tiveram existência desde antes de a borracha se tornar riqueza local, e no decorrer de sua existência foram pioneiros em muitas atividades, como um dos primeiros supermercados foi por esse grupo fundado, o Peg-Pag, na Galeria JG, situada na avenida Eduardo Ribeiro. Vamos à história.

Aquele 27 de setembro de 1990 ficou na história do Amazonas dado o tamanho do incêndio que aconteceu no centro de Manaus. De acordo com jornais da época, começou às 13 horas e destruiu prédios situados na Eduardo Ribeiro, Quintino Bocaiúva, Marechal Deodoro e Theodureto Souto, quadrilátero que virou cinzas.

O mais complicado de tudo, porém, foi que o grande incêndio destruiu a Galeria Central, um conjunto de prédios que sediou as empresas do grupo J G Araújo & Cia., um dos principais jotas remanescentes dos tempos áureos da borracha. A galeria JG concretizava em tijolo e cimento, no Amazonas, talvez o Estado mais rico do País.

Em uma época em que as empresas alemãs, francesas e britânicas dominavam o comércio exportador de borracha a partir do Amazonas, o grupo JG , fundado em 1877, por Joaquim Gonçalves de Araújo, foi um dos mais bem-sucedidos e mais longevos.

Enquanto aquelas empresas cuidavam do comércio exterior da borracha, os portugueses, incluído o grupo de Joaquim Gonçalves de Araújo (J G Araújo), serviam no comércio interior do Estado, levando aos produtores de borracha o aviamento de mercadorias e insumos necessários à coleta do ouro branco, ao mesmo tempo em que o compravam.

De acordo com o pesquisador Samuel Benchimol, em seu livro “Manáos do Amazonas, memória empresarial”, o incêndio que acometera os armazéns ocupados por J G Araújo conforme o escritor, em outubro de 1989, embora jornais locais, como A Crítica e o Jornal do Commercio o noticiem conforme registramos.

O crescimento do grupo J G Araújo acontece principalmente em meados da década de 1910, com a retirada das grandes empresas que então faziam o comércio e exportação da borracha a partir do Amazonas.

O conglomerado J G Araújo, que naquela época fabricava até saltos e solados de sapato da marca Coroa, detinha em seu patrimônio empreendimentos como serraria, fazendas de gado, cultura de juta, entre outros iniciativas, nas quais a empresa atuou muito fortemente até os anos 1940.

Só para se ter ideia do tamanho do comércio de borracha feito pelo conglomerado, entre 1910 e 1916, Samuel Benchimol registra que o grupo J G Araújo vendeu 8,82 milhões de toneladas de borracha que, ao câmbio de 1992, corresponderia a 115 milhões de libras esterlinas.

A riqueza e o poder do comendador JG cresceu e, conforme se conta, ele teria sofria um atentado a bala. O tiro teria sido desferido por um negociante do rio Negro que negava a pagar uma dívida. Cobrado na justiça, o negociante atirou à queima roupa, e a bala teria atingido o cabo do guarda-chuva. O comendador teria, então, mandado colocar uma placa de ouro no guarda-chuva para comemorar sua salvação. E fato, no entanto, ocorreu, mas a vítima do atentado não foi o comendador JG, mas sim, o seu filho, o engenheiro Aluísio Araújo.

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