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Arquivos Mensais: março 2020

Mau exemplo vem de cima

31 terça-feira mar 2020

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Bolsonaro, coronavírus, covid-19, passeio em Brasília, projeção, saúde

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Outro dia, dissemos neste espaço que a realidade às vezes deixa a ficção para trás, no entanto, o que acontece hoje no mundo com a incidência da covid-19 mostra uma realidade mais brutal, com a doença infectando a humanidade e exigindo esforços globais entre os países para tentar brecar o coronavírus.

É ao lado desse tipo de atitude que previsões catastróficas feitas para o Brasil, a partir da incidência do coronavírus, podem se concretizar

Enquanto os países e a maior parte dos estados brasileiros procuram reduzir a mobilidade das pessoas e deixá-las em casa para preservar a sociedade do contágio pela covid-19, há aqueles outros que fazem justamente o contrário: o maior exemplo disso é o presidente da República, Jair Bolsonaro. Ele, que se intitulou como um atleta, no domingo, contrariando indicações do ministro da Saúde, saiu às ruas de Brasília para confraternizar.

É ao lado desse tipo de atitude que previsões catastróficas feitas para o Brasil, a partir da incidência do coronavírus, podem se concretizar, como é o caso do instituto inglês cuja projeção prevê a morte de mais de 1 milhão de brasileiros durante a pandemia de coronavírus no País.

 É óbvio que tal previsão só poderia se concretizar caso o Brasil não tivesse tomado nenhuma providência para mitigar a propagação do vírus e isto está registrado no estudo do instituto inglês. Mas, se a maioria dos brasileiros tiver Bolsonaro como espelho, a coisa pode desandar e ficar pior do que o previsto.

 As visões de mundo do presidente da República, ministro da Saúde e do ministro da Economia são divergentes. Para o presidente, ficar em casa é coisa de covarde, já para os ministros, ficar em casa é a solução, pois é uma das maneiras mais indicadas para evitar que o covid-19 e espalhe pela população de forma incontrolável.

 Enquanto na esfera federal se debate obtenção de recursos superiores a dois bilhões de reais para combater as consequências econômicas e sociais do vírus, o governador do Amazonas já disse: é possível que a folha de pagamento do Estado do Amazonas sofra atraso.

Em outra frente, o prefeito de Manaus, Arthur Neto, já conseguiu uma solução para manter os funcionários municipais sem nenhum atraso em seus salários: cortou despesas no volume de 500 milhões de reais e, de acordo com Arthur Neto, está mantido o cronograma de pagamentos do funcionalismo municipal.

Se o prefeito de Manaus encontrou a rota para resolver essa parada, o ministro da  Economia também está à procura do caminho para manter as coisas da melhor maneira e já afirmou que, se for necessário, as prefeituras podem cobrir os gastos com autônomos e depois cobrar do governo federal. Ponto para Paulo Guedes. Assim, o Ministério da Economia se  alinha com os procedimentos corretos, embora nem sempre os menos custosos.

Mas a atividade econômica tem outros segmentos, os quais, em Manaus preveem que pelo menos 26 mil colaboradores do polo de indústrias podem parar suas atividades no polo de Manaus. No caso do comércio, a previsão é de que outras 5 mil pessoas parem de trabalhar em decorrência das medidas de isolamento social, caso a recuperação da atividade econômica por aqui não se concretize em prazo razoável.

Coronavírus, quando a realidade supera a ficção

17 terça-feira mar 2020

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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B3, coronavírus, EUA, Europa, fronteiras fechadas, MPAM, Norwegian Jewel, suspensão das aulas, TJAM, voos cancelados

Há muito se diz que a realidade, quase sempre, supera a ficção, no entanto quando isso acontece pode ser brutal e acabar com o controle por subverter o espaço onde imperam as leis que possibilitam a convivência social.

Se há cerca de seis meses alguém afirmasse que uma cidade inteira, que é um centro de produção industrial na China, seria isolada, fechada para qualquer contato com o exterior, poucas seriam as pessoas a acreditar.

Quando o alarme soou acerca da existência de uma doença desconhecida em uma região do país asiático, foi o que teve de ser feito para tentar conter a exportação da doença, transmitida por um novo coronavírus, depois batizado de covid-19, para outras partes do mundo.

Missão quase impossível, uma vez que estudos posteriores agora divulgados pela revista Science, de autoria de cientistas norte-americanos, italianos e chineses e liderados pelo italiano Alessandro Vespignani, mesmo o bloqueio de 90% do tráfego aéreo teria efeito modesto na contenção de transmissão da doença, a menos que fossem implementadas outras medidas de saúde pública e, inclusive, mudanças comportamentais.

Mesmo assim, com o monitoramento em aeroportos e restrições a viagens, houve desaceleração da taxa de transmissão que não eliminou a exportação do coronavírus. Um dos estudos afirma que, sem as restrições, em meados fevereiro, a China já teria exportado pelo menos 779 casos de coronavírus, o que foi reduzido com as medidas implementadas e que 70% dos casos exportados não apresentavam sintomas, logo, não poderiam ser detectados.

A realidade superou a ficção quando voos foram cancelados em países que, sabemos, detêm os melhores conhecimentos e tecnologias do mundo, ao subverter tratados internacionais, como aquele levou à criação da União Europeia e, para implementá-lo, teve décadas de negociações, ao fechar, no último fim de semana, as fronteiras entre países como Alemanha, Áustria, assim como a Polônia. Essa medida também já chega à América Latina.

Quem poderia supor, por exemplo, que um transatlântico de luxo, o  Norwegian Jewel coronavírus, B3, Norwegian Jewel, suspensão das aulas,, em cruzeiro pelo oceano Pacífico, depois de ter autorização para atracar negada por quatro países, ficaria a navegar sem rumo pelo oceano?

Doenças, pragas, epidemias têm o poder de despertar os medos mais profundos no ser humano, principalmente quando vêm sob o rótulo de que não há tratamento, não há prevenção, isto é, se pegar, pode até morrer, mesmo no caso atual, quando se propala que a letalidade do coronavírus é de cerca de 3% na maioria das pessoas, embora para terceira idade, essa taxa suba para até 15% ou pouco mais.

Segunda-feira, dia 16 de março: às 10h30 a B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, parou. Teve suas operações paralisadas em função de queda vertiginosa no pregão que abrira há pouco. Até aí tudo poderia estar dentro do razoável, com a crise do petróleo em andamento, se na semana anterior a B3 já não tivesse recorrido ao circuit breaker por três vezes em pois pregões sucessivos. Pior: em um dos pregões houve duas paralisações. A realidade, também desta vez, foi implacável. Ações de companhias aéreas, operadoras de turismo entre outras, tiveram quedas em seus preços.

Tudo isso porque medidas de restrições às viagens aéreas estão em pleno andamento em países europeus e Estados Unidos, este, fechou seus aeroportos para voos provenientes da Europa.

No Amazonas, e em Manaus em particular, o Tribunal de Justiça do Amazonas anunciou paralisação de atividades, suspendeu julgamentos e funcionários vão fazer home office; o Ministério Público do Amazonas já decretou a paralisação do atendimento presencial e orientou a utilização de telefone e de seu site para ouvir reclamações.

Não se vê uma corrida às farmácias e supermercados, mas quem procurar álcool gel e máscaras cirúrgicas não vai encontrar e, se encontrar, o preço está na estratosfera. Por fim, no início da tarde desta segunda-feira, o prefeito de Manaus anunciou a paralisação das aulas na rede municipal por quinze dias. Essa medida deve ser seguida pelas unidades estaduais, é questão de horas ou dias o governador tomar tal medida de bom senso, como já foi feito pela Universidade Federal do Amazonas e os próprios professores estão pedindo.

Em dia de caos, expectativas da Focus parecem modestas

10 terça-feira mar 2020

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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B3, bolsa de vaores, CAS, câmbio, Focus, PIB, suframa, ZFM, zona franca

IncentFiscais-650x410A pesquisa Focus, divulgada semanalmente pelo Banco Central do Brasil, traz algumas más notícias nesta semana, que podem ser resumidas em cinco indicadores pesquisados, dos quais três têm evolução que prejudica a economia no exercício de 2020.

Conforme a Focus, o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), que mede a inflação, continua a ter expectativa de queda, pois caiu de 3,25%, há quatro semanas, para 3,20% nesta semana. É uma boa notícia, em conjunto com a baixa nos preços administrados. Neste caso, a expectativa há quatro semanas era de 3,75% no fechamento deste ano. Agora, esse indicador caiu para 3,54% no mesmo período.

Do lado das más notícias, o produto interno bruto (PIB) continua a ter suas expectativas para 2020 em curva descendente. Assim, se há quatro semanas estava em 2,30%, agora o cenário já é outro, com o indicador em 1,99%.

Se a Bolsa de Valores, a B3, tem tido queda neste ano, a qual vem crescendo, como bem ilustram os últimos pregões com perdas que já ultrapassam os 15% em 2020, ela continua a apresentar oscilações bruscas como nesta segunda-feira, quando, no início da tarde, operava em baixa de 9%. Pior que isso era o posicionamento das ações da Petrobras, em baixa na faixa dos 20%, fato explicado pelas oscilações na produção de óleo, além de acompanhar o movimento das bolsas do exterior.

Assim, a expectativa do câmbio na faixa de R$ 4,20 registrada nesta segunda-feira pela Focus, quando  passou de R$ 4,10 há quatro semanas, parece, na visão dos analistas, até modesta quando se considera que, também nesta segunda-feira, dia 9, a moeda norte-americana era cotada na faixa de R$ 4,79.

Um outro indicador importante, o da produção industrial, também enveredou pela curva descendente e caiu de 2,33%, há quatro semanas, para 2,0% nesta última pesquisa da Focus.

Apenas para registro, as operações na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, tiveram interrupção durante o pregão, nesta segunda-feira, quando foi acionado o mecanismo de segurança em função da queda generalizada de cerca de 20 papéis.

Se o panorama da economia nacional resvala para o caos, como muitos analistas e publicações especializadas tacharam esta segunda-feira, em função da epidemia de coronavírus e da crise de petróleo, por outro lado, a Zona Franca de Manaus (ZFM) também não deve escapar de uma paradeiro geral que se prenuncia com o agravamento da crise no exterior e no Brasil.

Assim, de acordo com o superintendente da Suframa, Alfredo Menezes, a segunda reunião  do Conselho de Administração da Suframa (CAS) só deve acontecer no mês de maio. Vai ser itinerante e realizada em Roraima. Ao que se vê, o calendário que por muitos anos balizou a realização dessas reuniões e que as marcava para os meses pares do ano já está fora de uso.

Por outro lado, o volume potencial de investimentos a ser efetivados nas indústrias de Manaus pode ganhar um fôlego ao obter tempo para que mais projetos sejam incluídos na pauta de maio. Agora, com a fuga de capitais que acontece via B3, principalmente de capital estrangeiro, nada garante que por aqui este fato não vá se repetir.

Cabe ainda dizer que, com as constantes reduções na estimativa do PIB brasileiro para este ano, e apesar do bom desempenho obtido pelo Amazonas em anos anteriores nesse setor, a ZFM não vá passar um mau bocado, dadas as condições que afetam o País e os próprios ataques que constantemente são feitos à área de incentivos fiscais de Manaus.

Mais mortes no rio Amazonas

03 terça-feira mar 2020

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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afogados, Amazônia, Anna Karolinne, infraestrutura, mortes, naufrágio, navegação, rio Amazonas

O velho chavão não perde atualidade e, na Amazônia, sempre volta a acontecer com mortes para a parte mais fraca em uma relação comercial: morrem os passageiros usuários das embarcações que fazem cerca de 80% do transporte na região.balsa Amarela3_Dara

A tragédia, cujas buscas por corpos continuam no rio Amazonas, no sul do Estado do Amapá, é anunciada por por vários motivos, entre os quais se destacam a falta de fiscalização, a omissão do poder público em relação a esse tipo de modal, que transporta tanto pessoas quanto mercadorias pelos rios amazônicos.

No caso presente, envolvendo o barco Anna Karolinne III, cujo naufrágio aconteceu na madrugada do último sábado, dia 29 de fevereiro, em Laranjal do Jari, Amapá, não se sabia nem o número de pessoas que a embarcação transportava, pois não havia lista de passageiros.

No Amazonas, assim como em toda a região, não é difícil flagrar embarcações com mais passageiros do que o quantitativo autorizado, além do transporte, misto, de cargas nas mesmas embarcações. A fiscalização, que poderia reduzir os riscos nesse modal, também não se faz presente no volume necessário para cobrir a oferta de barcos que viajam nos rios amazônicos.

Sabe-se que há na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) algumas medidas visando contemplar a regulamentação do transporte aquaviário no Estado, além de ter sido mencionada, pelo governador do Estado, na mensagem anual de 2020. A discussão implicaria até na realização de audiência pública sobre o tema.

Essas medidas, em nível regional, devem ter o respaldo a Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq), responsável maior pela regulamentação nessa área.

No entanto, ao observarmos a situação na qual operam os barcos regionais, em Manaus, já dá para ver que sem mudanças radicais tanto na infraestrutura, no caso portos que deem segurança aos usuários e às cargas, a tragédia cuja ocorrência mais recente é a do Anna Karolinne III, voltará acontecer.

O porto de Manaus, o Roadway, que tem estrutura adequada, é insuficiente para atender o grande número de embarcações que diariamente aportam ou chegam à capital do Amazonas, ensejando que portos alternativos, alguns com um mínimo de estrutura, como as balsas da avenida Lourenço Braga, a Manaus Moderna, e outras sem quase nada de estrutura, caso dos barcos que aportam no Educandos e na Colônia Oliveira Machado, sejam usados com todos os riscos que essa utilização implica.

Muito já se falou nas alternativas para construção de portos em Manaus, voltados, porém, para atender mais a demanda das empresas estabelecidos no Polo Industrial de Manaus (PIM), do que direcionados à navegação regional, que envolve a conexão entre a capital do Estado e as localidades existentes nas calhas dos rios do Amazonas.

A ligação dos municípios amazonenses entre si e à capital é tratada em segundo plano, enquanto da regulamentação, que envolveria inclusive o disciplinamento entre embarcações de carga e de passageiros, possivelmente separando as duas modalidades, é ainda mais difícil de ser abordada, à exceção de alguns parlamentares de origem interiorana que vivem essa realidade ameaçadora.

Enquanto pouco ou quase nada é feito, efetivamente, para dar maior segurança a quem tem necessidade de utilizar embarcações para se locomover na região, resta a possibilidade – e o risco nada desprezível – de viajar sabendo que tais riscos podem acaba de maneira trágica.

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