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Arquivos Mensais: dezembro 2018

Oportunistas natalinos e outras mazelas

24 segunda-feira dez 2018

Posted by Eustáquio Libório in Crônica

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Amazonas, Educandos, incêndio, Manaus, Natal, oportunistas, solidariedade

Reprodução: Gazeta do Povo/Curitiba PR

Neste ano, em que o país enfrentou dificuldades de toda envergadura e em setores os mais variados, o Natal chegou de forma antecipada para alguns segmentos da sociedade, embora tal fato não signifique surpresa maior, afinal, os privilegiados de sempre é que foram contemplados com as benesses cujo benfeitor não é o Papai Noel, mas, sim, o contribuinte brasileiro. Este, para fazer jus à sua sina, deveria ter feito “comemorações” na véspera do Natal, no Dia do Órfão.

Os “presentes” natalinos de 2018, com viés para comemoração das saturnálias do antigo império romano, começaram a ser distribuídos para pôr fim ao injustificável auxílio moradia pago a membros do Judiciário, uma bagatela de pouco mais de 4 mil reais, valor que, para o homem comum, o trabalhador, já se constitui em um bom salário.

Assim, para acabar – mas nem tanto – com essa mordomia, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovaram reajuste superior a 16%, com as repercussões de praxe pelo Brasil afora. Porém, o auxílio moradia agora é presente de Ano Novo: já de volta com nova roupagem, para, dizem, evitar uso indevido da verba.

No Amazonas, a Assembleia Legislativa do Estado tomou as providências para presentear os Natal de parlamentares, governador, ex-governadores e secretários estaduais. Assim, deputados que vão ganhar cerca de 29 mil reais por mês, governador 28 mil reais, secretários pouco menos de 25 mil reais. Assim caminham os políticos…

Evidente que ex-governadores se habilitaram à farra com o suado dinheiro do contribuinte. Para estes, que somam quase meia dúzia, foram reservadas outras mordomias, além daquelas que já desfrutam, incluindo aparato de segurança e mais assessores, todos pagos pelo contribuinte.

Presentes natalinos à parte, Manaus teve, neste ano, a infelicidade de ser palco de uma tragédia que poderia ter sido muito pior, caso tivesse acontecido em horário mais tardio, que foi o incêndio de cerca de 500 moradias no bairro Educandos, zona Sul. O local, como se sabe, é habitado por pessoas de poucos recursos que constroem suas casas como podem, com poucos recursos disponíveis, utilizando madeira como matéria-prima principal.

O número de desabrigados é superior a duas mil pessoas, para as quais o que não faltou foi a solidariedade do manauara com doações de roupas, calçados, alimentos e utilidades domésticas oferecidas por loja tradicional, como é o caso da Bemol que demonstrou, com atos, que suas políticas explícitas não são apenas registro em uma página da internet, mas se traduzem em atos como aqueles que contemplaram as pessoas que tudo perderam no incêndio.

Enquanto pelo lado bom da força se tem esse tipo de atitude, pelo lado mau aparecem os aproveitadores que buscam se beneficiar não só das doações feitas para ajudar as famílias atingidas pelo incêndio, mas até se imiscuindo no cadastro para obter moradia em programas da Prefeitura de Manaus e do governo estadual. Para esses o presente é cadeia.

Mas nem só esses querem surfar na onda de solidariedade para ajudar aquelas famílias. Uma olhada nas redes sociais de políticos locais e se encontra uma porção publicando fotos e vídeos no local do incêndio para mostrar sua “contribuição”, que no mais das vezes não passa de alguns momentos em visita ao local do incêndio. De concreto, mesmo, nem as fotos, agora todas digitais.

Mas somos humanos, erramos e, às vezes, até perdoamos aqueles que nos ofendem, como bem prega a oração do Pai Nosso. Assim: Bom Natal!

Setores do PIM têm perdas de faturamento

14 sexta-feira dez 2018

Posted by Eustáquio Libório in Notícia

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Amazonas, faturamento do PIM, incentivos fiscais, zona franca

Desempenho dos dez maiores setores do PIM

O faturamento das indústrias com operação em Manaus, medido em dólares e conforme os Indicadores de Desempenho da Suframa, relativos as setembro de 2018, atingiu 18.837 bilhões de dólares, com crescimento, aferido pela moeda norte-americana, de 1,24% na comparação com o acumulado no mesmo mês de 2017. Não é um resultado dos melhores, principalmente se comparado ao mesmo período nos exercícios de 2017/2016, quando a expansão foi superior a 18%.

Os cinco maiores segmentos industriais faturaram, entre janeiro e setembro, 15.536 bilhões de dólares, valor equivalente a 82% do faturamento total do Polo Industrial de Manaus (PIM), enquanto os dez maiores, com vendas de 18.380 bilhões de dólares, asseguraram participação próxima a 98% no faturamento total do PIM.

Entre esses dez maiores setores, quatro tiveram perdas de faturamento na relação com o mesmo período – setembro – do ano anterior, a começar por eletroeletrônicos, que faturou 41 milhões de dólares a menos. Também teve perdas de faturamento o setor mecânico, 86 milhões de dólares e, em termos absolutos, foi o que teve a maior baixa.

O polo relojoeiro perdeu mais de 17% de faturamento no período sob análise, com baixa nas vendas de 50 milhões de dólares. Em termos relativos, com perdas de vendas na faixa de 18%, quem mais perdeu foi o setor de isqueiros e descartáveis, cujas vendas foram reduzidas em 83 milhões de dólares.

No balanço dos dez maiores segmentos industriais incentivados, o acumulado até setembro apresenta saldo positivo de 305 milhões de dólares.

Economia brasileira fica abaixo da expansão de emergentes

11 terça-feira dez 2018

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Brasil, economia, expectativas, FMI, países emergentes, PIB

As estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI) para economia mundial, nos próximos anos, não são das mais otimistas se comparadas ao desempenho mais recente, principalmente no que diz respeito às economias mais avançadas, embora a perspectiva do FMI indique que as economias dos países emergentes devem ter performance mais significativa que a do mundo desenvolvido. As informações foram divulgadas na Carta de Conjuntura do 4º trimestre, publicada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Conforme a visão do FMI, nos últimos dois anos houve melhorias no desempenho da economia em nível mundial em relação “ao período pós-crise de 2008”, no entanto, essa expansão pode ter chegado ao fim de mais um ciclo. A dinâmica econômica e as ferramentas utilizadas para contornar dificuldades na economia podem não permitir o prosseguimento dessa performance, com especial destaque, na visão do FMI, para a Zona do Euro e Estados Unidos.

Os números exibidos para justificar esse ponto de vista do FMI são, por exemplo, uma possível desaceleração no crescimento dos Estados Unidos, que neste ano deve ser de 2,9%, para algo em torno de 2,5% no próximo exercício fiscal. De outro lado, há a expectativa de que, nos países emergentes, o crescimento se mantenha estável em 4,7%. Por este parâmetro, o Brasil está longe de acompanhar o bloco desses países.

Por aqui, segundo a pesquisa Focus divulgada neste segunda-feira, 10, a estimativa de crescimento do produto interno bruto (PIB), apesar de apresentar ligeira indicação de crescimento em 2019, não ultrapassa a marca dos 2,53%, bem longe do patamar que o FMI prevê para os demais emergentes. É interessante registrar que nem da taxa prevista pelo FMI para o desempenho da economia global, quer é de 3,7%, o Brasil chega a se aproximar.

Mas se a economia brasileira já enfrenta dificuldades desde há muito, o panorama à frente também não está nada fácil, embora, diga-se, já se aviste pelo menos o túnel, se compararmos às expectativas para 2019 com aquelas efetivadas em relação ao ano que se encerra.

Assim é que as expectativas colhidas pela pesquisa Focus, do Banco Central (BC), em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA) indicam queda tanto para 2018 quanto para o próximo ano. Já o PIB, neste ano, deve crescer 1,3%, enquanto em 2019, conforme foi dito, deve chegar a 2,53%, com ligeira expansão em relação à pesquisa de quatro semanas atrás, quando estava em 2,50%. O câmbio, informa a Focus, tende a valorizar a moeda norte-americana e em 2018 deve fechar em R$ 3,78 por dólar. Há quatro semanas a cotação prevista era de R$ 3,70/dólar.

A valorização do dólar também está prevista para 2019 e a moeda norte-americana passou de R$ 3,76 para R$ 3,80/dólar nas últimas quatro semanas, informa a pesquisa do BC.

A boa notícia para este ano é que os preços administrados devem cair, já que há quatro semanas estava com estimativa de crescimento de 7,48% e agora baixou para 6,95%, mas no próximo ano esse fator se mantém estável no nível de 4,80%. O mesmo não se pode dizer da produção industrial, a qual deve cair tanto neste quanto no próximo exercício.

Se por um lado a baixa dos preços administrados se traduz em combustíveis com preços menores para o usuário, as estimativas do FMI colocam em banho-maria o desempenho da economia do petróleo, em particular, e das commodities no geral. A baixa no preço do petróleo vai impactar a exploração das jazidas do pré-sal, enquanto as commodities exportadas pelo Brasil, ferro por exemplo, podem sofrer impacto negativo.

Pelo visto, 2019 não vai ser para amadores.

Fatores ligados à mão de obra têm baixa no PIM

06 quinta-feira dez 2018

Posted by Eustáquio Libório in Notícia

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Amazonas, indústria, indicadores, mão de obra, zona franca

As indústrias da Zona Franca de Manaus (ZFM) ampliaram as importações, assim como a aquisição de insumos, de forma geral, no acumulado até o mês de setembro, de acordo com a última edição dos Indicadores de Desempenho do Polo Industrial de Manaus (PIM). As exportações cresceram 3,93%.

No que diz respeito aos indicadores ligados à mão de obra, o valor médio mensal de salários, encargos e benefícios (SEB) caiu 6,31% no comparativo de setembro de 2017 e o nono mês deste ano. Com isso foi reduzida a participação per capita dos trabalhadores do PIM na SEB, de 1,715.69 dólares, em 2017, para 1,615.60 dólares, equivalente à baixa de 5,83% no período, apesar da redução da mão de obra em 0,50% no período.

As importações cresceram 27,9%, passando de 5.45 bilhões de dólares, para 6.98 bilhões de dólares no comparativo entre o mês de setembro de 2017 e o mesmo mês deste ano. No mesmo período, a aquisição de insumos teve expansão de 32,3%, quando passou de 8.65 bilhões de dólares, para 11.46 bilhões de dólares. Já o faturamento teve expansão de 1,24%, medido na moeda norte-americana.

No que diz respeito aos investimentos, na média, as indústrias baixaram suas aplicações na ZFM em 1,58% no período analisado, com a agravante de que os três principais segmentos também reduziram suas posições. Assim, o setor de eletroeletrônicos teve baixa de 0,66%, termoplásticos caiu 1,21%, enquanto o setor de duas rodas foi aquele com baixa mais acentuada, passando dos 8% no período analisado.

Aquisição de insumos aumenta e investimento cai na ZFM

04 terça-feira dez 2018

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazonas, insumos industrial, investimentos, Manaus, zona franca

insumos

Ao que parece, as medidas de contenção de gastos e reformatação da estrutura administrativa, anunciadas pelo presidente eleito e que devem ser aplicadas à administração pública federal, as quais incluem a fusão de ministérios e eliminação de alguns, fizeram, finalmente, a ficha cair para alguns setores da sociedade do Amazonas.
É possível que essa tardia conscientização da fragilidade do modelo Zona Franca de Manaus (ZFM), o qual, embora esteja assegurado pela Constituição Federal até o ano de 2073, não tem sido devidamente equipado, digamos assim, para enfrentar as turbulências advindas das novas tecnologias que estão chegando e tendem a se encorpar mais no futuro, principalmente na indústria, segmento que perde terreno pelo país afora quando aferida sua participação no produto interno bruto (PIB) do Brasil.
No entanto, a opção de fundir o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços à estrutura do novo Ministério da Economia, feita pelo equipe do governo que assume em 1º de janeiro de 2019, teve o condão de tirar da zona de conforto segmentos da sociedade amazonense que pareciam acreditar que a simples perenidade da ZFM até 2073 seria suficiente para manter a geração de riqueza e emprego por aqui.
A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), que já teve grande papel como agência fomentadora do crescimento econômico tanto na Amazônia Ocidental, quanto em parte do Estado do Amapá, desde há muito perde força e poder de decisão, assim como recursos financeiros, mesmo aqueles gerados pelo Polo Industrial de Manaus (PIM), sem que a classe política procure se integrar mais com as bancadas da região Norte e até do Nordeste, com o objetivo de defender o modelo.
É possível e desejável que essa puxada de tapete caracterizada pelo fim do ministério ao qual a Suframa está hierarquicamente subordinada até que a nova estrutura ministerial seja oficializada, também faça da integração das forças políticas, principalmente dos estados sob jurisdição da Suframa, um objetivo que venha favorecer as demandas, que não são poucas, das indústrias com operações em Manaus.
De outro lado, os Indicadores de Desempenho do PIM, relativos ao mês de setembro e divulgados na semana passada, em que pese a fraca performance no que diz respeito à absorção de mão de obra pelas indústrias incentivadas, há outros indicadores que confirmam o aquecimento da indústria local.
Um dos mais fortes é aquele que mede a aquisição de insumos pelas indústrias. Neste particular, a evolução histórica dessa atividade nos mostra uma evolução positiva e, mesmo comparando o desempenho de 2018 somente até o mês de setembro, sua performance é muito significativa ao atingir 60,8% do faturamento.
Nos últimos 5 anos, 2014 fechou com 49%, 2015 com 51,8%, 2016 teve desempenho de 41% e em 2017 a aquisição de insumos chegou a 46% em relação ao faturamento do PIM. Como se vê, a evolução fica próxima dos 15 pontos percentuais acima da aquisição de insumos efetivada no exercício de 2017.
No entanto, a insegurança jurídica que ronda o Polo Industrial de Manaus, mesmo com sinais de desempenho positivo da indústria local, tem o poder de inibir novos investimentos ou afugentar alguns que se julgava consolidados, neste último caso, um bom exemplo é o anúncio de que a Pepsi Cola está deixando o Amazonas.
Outro exemplo, este mais estrutural, é sinal emitido pelo indicador de investimentos do PIM. Por ali há uma baixa, na média, de 145 milhões de dólares neste ano, comparado a 2017, quando o exercício fechou com a média de 9.140 bilhões de dólares, enquanto até setembro de 2018, a média é de 8.995 bilhões.

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