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Arquivos Mensais: setembro 2018

Novos ataques à ZFM contra incentivos à indústria de concentrados

25 terça-feira set 2018

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Adin, amazonino mendes, concentrados, Estadão, incentivos fiscais, JB, zona franca

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A briga pelos interesses dos fabricantes de refrigerantes que não têm operações na Zona Franca de Manaus (ZFM) teve pelo menos mais dois rounds questionando os incentivos dados pelo modelo às indústrias que optaram por instalar fábricas em Manaus com o objetivo de aqui produzir concentrado e, obviamente, usufruir dos incentivos previstos pela legislação que dá suporte ao Polo Industrial de Manaus (PIM).

Na última sexta-feira, 21, sob o título clonado de “Verdade inconveniente”, o articulista Antônio Corrêa De Lacerda emprestou sua pena para defender o que ele chamou de “corrigir uma importante distorção do nosso sistema tributário” e investiu a favor da manutenção, pelo governo federal, da alíquota de 4% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) a incidir sobre a produção de concentrados pelas empresas sediadas no PIM.

Um dos argumentos utilizados no texto é o de que a alíquota de 20% gerava incentivo tributário “incompatível com a situação do país”, além disso, sem citar nomes, o articulista acusa indústrias produtoras de concentrado em Manaus de superfaturar os preços, tanto na compra quanto na venda do insumo, e assim aumentar indevidamente os créditos de IPI.

O outro petardo contra a indústria de concentrado local veio de fonte com menor visibilidade que o Estadão, até porque o prestígio que um dia o Jornal do Brasil (JB) desfrutou se perdeu ao longo das últimas décadas. Naquele veículo, nesta segunda-feira, 24, sob o título “A farra dos refrigerantes vai ao Supremo” em texto de Gilberto Menezes Côrtes, o ataque contra a Zona Franca de Manaus se concentra mais no posicionamento do governador Amazonino Mendes por ter procurado o Supremo Tribunal Federal (STF) em defesa do modelo.

De acordo com o texto, a mexida que reduziu de 20% para 4% a alíquota do IPI sobre concentrados produzidos em Manaus não altera em nada a tributação “que já era nula com 20% e seguirá inócua na redução da alíquota para 4%.”

O fato, possivelmente novo para muitos, é a divulgação no texto de que o senador Tasso Jereissati (PSDB/CE) se aliou aos três senadores pelo Amazonas com a finalidade defender a manutenção da alíquota de 20%, também pleiteada pelo governo estadual em Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra o decreto nº 9.394, de maio passado. O decreto foi a maneira encontrada pelo governo federal para substituir a perda de receita com os subsídios dados aos caminhoneiros que paralisaram o país com uma greve naquele mês.

Conforme o texto do JB, a aliança entre o senador cearense e os representantes do Amazonas no Senado Federal decorre do fato de que Jereissati, informa o texto, é o segundo maior engarrafador da Coca-Cola no país, com envasadoras que se espalham por 12 estados brasileiros. Esta informação teria sido repassada ao autor do texto no JB pelo presidente da Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afrebras), Fernando Rodrigues de Bairros.

Como se vê, mesmo a “eterna vigilância” que deveria ser preocupação constante, principalmente dos parlamentares no Congresso Nacional com o envolvimento dos demais, não está dando conta de manter os benefícios garantidos pela Constituição Federal à Zona Franca de Manaus afastados da mídia do Sudeste, a qual não se conforma só com aqueles que também usufrui por outras vias e programas.

A queixa de que a ZFM custa cerca de 24 bilhões de reais por ano é novamente requentada no material publicado, com ênfase na informação de que o setor de concentrados acumularia pelo menos 8 bilhões de reais em benefícios fiscais anuais. De outro lado, em nenhum dos textos é dito que o Amazonas arrecadou, em receitas a favor da União, 9,84 bilhões de reais entre janeiro e agosto deste ano, conforme dados da Receita Federal.

Eletrobras AM no ranking das mais endividadas

18 terça-feira set 2018

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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anuário Exame, Eletrobras AM, Melhores e Maiores, prejuízo, ranking das endividadas

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O anuário Melhores & Maiores, publicado pela revista Exame, incluiu, na edição de 2018, dez empresas com operações no Amazonas, a maior parte integrante do Polo Industrial de Manaus (PIM). Em que pese a má conjuntura vivida pelo país em 2017, e no Amazonas em particular, há surpresas agradáveis a relatar, conforme apurado pela publicação da Editora Abril.

A indústria mais bem situada no ranking do anuário é a Samsung, que aparece entre as cinquenta maiores com faturamento estimado pela publicação, no exercício de 2017, de 5.72 bilhões de dólares. A empresa de capital coreano manteve a posição do ano anterior, isto é, permaneceu em 18º lugar entre as 500 maiores listadas por Exame.

A Eletrobras Amazonas aparece em dois rankings: no das companhias com os maiores prejuízos e entre as 20 maiores endividadas

Com menos da metade do faturamento da coreana, a atacadista Petróleo Sabbá faturou 2.24 bilhões de dólares, e seu bom desempenho a levou, da posição 93, em 2016, para 74 em 2017. Já no quesito lucro, a Petróleo Sabbá registrou mais de 62 milhões de dólares como resultado de suas operações no exercício passado.

Ainda no ramo atacadista a organização que demonstra um desempenho excepcional, conforme o anuário, é a Atem’s Distribuidora. A empresa faturou mais de um bilhão de dólares em 2017, com crescimento de 62% no faturamento. A distribuidora apresentou lucro de 32,7 milhões de dólares e subiu 122 posições entre um exercício e outro. Da posição 331, em 2016, assumiu a 209ª em 2017 e está entre as 250 maiores.

A Moto Honda, com faturamento de 1.65 bilhão de dólares em 2017, subiu da posição 112 para a 109 no ano passado, quando manteve 5.785 postos de trabalho.

No segmento de energia a estatal Eletrobras Amazonas aparenta estar sem potência para controlar seus custos. A companhia faturou 1.09 bilhão de dólares e subiu da posição 243 para a 185, entre 2016 e 2017, quando seu resultado negativo foi de 786 milhões de dólares em prejuízo que o contribuinte vai ser chamado a cobrir.

Participando do mesmo setor que a Eletrobras Amazonas, a Cigás aparece pela primeira vez no ranking das 500 Melhores & Maiores de Exame, já ocupando a posição 253. Com faturamento de 845 milhões de dólares, a companhia apresentou lucro de 19,6 milhões de dólares em 2017 e está entre as 300 maiores do ranking.

A Innova, que mantém operações no segmento de química e petroquímica, caiu da posição 313 para 327. A companhia faturou 673 milhões de dólares, com crescimento de 3,3%. O lucro registrado em 2017 foi de 47.7 milhões de dólares.

Na área de bens de consumo, a Arosuco caiu da posição 294 para 338 em 2017, com vendas de 647 milhões de dólares, o que representou baixa de 7,5% em seu faturamento se comparado ao exercício de 2016. A empresa registrou lucro de 79 milhões de dólares.

No mesmo segmento, a P&G, de capital norte-americano, faturou 626 milhões de dólares e também reduziu as vendas em 2,6%. Para piorar a situação, teve prejuízo de 147 milhões de dólares. Com a queda no faturamento, caiu da posição 315 para 348 em 2017.

Por fim, a Panasonic, de capital japonês, caiu da posição 412 para a 438 em 2017, quando suas vendas somaram 474 milhões de dólares.

O anuário Melhores & Maiores traz outras informações acerca do desempenho das empresas, tanto daquelas que integram o setor privado quanto as do setor público e aí a Eletrobras Amazonas se deu mal.

Enquanto a Atem’s Distribuidora aparece nos rankings das 20 empresas que mais cresceram e das mais rentáveis, a Arosuco integra outros três: das que distribuíram maiores dividendos, das menos endividadas e no da geração de riqueza por funcionário.

Do outro lado, a Eletrobras Amazonas aparece em dois rankings: no das companhias com os maiores prejuízos e entre as 20 maiores endividadas.

Apesar desses resultados, sem falar na qualidade do serviço, tem senador querendo mantê-la sob a gestão do Estado em prejuízo do cidadão, do contribuinte e de quem é forçado, pelo monopólio estatal, a comprar seus serviços.

País patina e candidatos só prometem

04 terça-feira set 2018

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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eleições, PIB, promessas

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A pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o desempenho do produto interno bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano, divulgada na sexta-feira, 31, informa que houve crescimento de 0,2% na comparação com o trimestre imediatamente anterior. O estudo enfatiza que este é o sexto resultado positivo em sequência, o que sinaliza a recuperação da economia – embora lenta e gradual.

No entanto, no mesmo período, o desempenho da indústria caiu 0,6%, enquanto a agropecuária permaneceu estável e o setor de serviços cresceu 0,3%. O tombo maior identificado pelo IBGE foi a baixa de 1,8% na formação bruta de capital fixo (FBCF) – investimentos produtivos, grosso modo.

A análise mais positiva, conforme o estudo, é a que avalia os resultados da economia relacionando o acumulado de quatro trimestres comparados ao mesmo período do ano anterior. Os números aí registrados indicam que o PIB brasileiro cresceu 1,4%. O segmento agropecuário teve desempenho positivo de 2% e a indústria de 1,4%, mesmo patamar do setor de serviços. Os investimentos (FBCF) cresceram 2,6%.

O valor atingido pelo PIB é de um trilhão, 693 bilhões de reais, dos quais 1,45 trilhão de reais correspondem a valor agregado, além de 242,9 bilhões de reais em impostos sobre produtos líquidos de subsídios.

A boa notícia nesse estudo é a expansão da taxa de investimento, a qual, informa o IBGE, atingiu 16% do PIB, que ficou acima da observado no mesmo período de 2017, que fora de 15,3%. Por outro lado, também um desempenho melhor da taxa de poupança, que ficou em 16,4% no segundo trimestre de 2018, enquanto no mesmo período de 2017 ficara em 15,7%.

Embora o IBGE informe desempenho positivo do PIB, a pesquisa semanal Focus, fechada no dia 31, sexta feira, indica que o mercado tem expectativa descendente quanto a este indicador no decorrer do presente exercício. Por ali, há quatro semanas, a visão era de que o PIB cresceria 1,5% em 2018, mas na última semana essa estimativa já caíra para 1,44%. Isto é, manteve a indicação da semana anterior.

A taxa de câmbio que, como se sabe, fechou o mês de agosto acima dos 4 reais, mantém expectativa de valorização da moeda norte-americana em relação ao real. Há quatro semanas, o dólar estava cotado em R$ 3,70, subiu para R$ 3,75 e fechou a pesquisa em R$ 3,80. As incertezas políticas e econômicas no país, assim como crises no exterior (Turquia, entre outros), contribuem para depreciação do real ante ao dólar.

Conforme a pesquisa Focus, os preços administrados, na visão do mercado, mantêm tendências de alta tanto em 2018 quanto para o exercício de 2019. Neste ano deve fechar em 7,2%, e no próximo, em 4,77%. Neste último caso, houve uma variação para baixo, passando de 4,80% para patamar atual.

Pelo estudo do Banco Central, outro indicador mantém curva descendente: a produção industrial, que caiu de 2,85% para 2,43% nas últimas quatro semanas, quando cenário é o desempenho em 2018. Para o próximo ano, esse indicador cai de 3%, para fechar 2019 em 2,89%.

Enquanto o país patina e a economia não se firma, os políticos continuam em campanha e, para variar, fazendo promessas e mais promessas, como foi o caso, nesta segunda-feira, quando até a BR-319 foi elevada a categoria de prioridade – e é – mas não do governo estadual, que tem muitas outras mais com as quais se preocupar e solucionar

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