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Arquivos Mensais: agosto 2017

Falcatruas e semipresidencialismo

22 terça-feira ago 2017

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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3conomia, Brasil, crise, distritão, política

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Os agentes econômicos mantêm expectativas, para 2017, que contemplam um tiquinho de otimismo temperado com pessimismo, como registra a pesquisa Focus publicada nesta segunda-feira, 21, pelo Banco Central, a começar pelos indicadores de inflação.

Enquanto IGP-DI e IGP-M, aferidos pela Fundação Getulio Vargas, preveem baixa nos preços no fechamento de 2017, IPCA, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e IPC-Fipe apresentaram, na pesquisa encerrada no último dia 18, previsão de alta. No entanto, o mais significativo parece ser a queda registrada no IGP-DI, que evoluiu de -0,83%, na semana passada, para -1,03% nesta semana.

O déficit fiscal, que já tinha a previsão astronômica de atingir R$ 139 bilhões, foi devidamente corrigido em quase 15%

Já onde as decisões do governo pesam mais, como a dívida pública, não há boas notícias. Para este exercício a expectativa subiu de 51,7% do produto interno bruto (PIB), na semana passada, para 51,8% nesta semana, enquanto em 2018, as expectativas para os dois períodos foram de 55,13% para 55,29% do PIB, respectivamente.

 

Conexão que conduz à expansão das expectativas da dívida pública é o que menos falta, a julgar pelos debates que se travam no Congresso Nacional ou medidas que estão em vias de ser discutidas ali, como o tal financiamento público aos partidos políticos, a implantação de um tal “distritão misto”, no campo das reformas políticas que parecem caminhar para deixar tudo como está.

Parodiando nosso temerário – perdoem o trocadilho – presidente, dir-se-ia que a classe política, com as raras exceções que consagram a regra e fugindo da generalização, não está nem aí para as expectativas de mudanças que a todo momento são expressas pela sociedade, seja pela rejeição pura simples aos políticos, seja pelo crescente contingente de pessoas que anunciam a intenção de votar branco, nulo ou simplesmente não comparecer a uma eleição, e o Amazonas, que vive um pleito suplementar, ilustra muito bem essa tendência do eleitorado.

No campo das medidas dependentes da vontade de agentes do setor público, os balões de ensaio propondo aumento de impostos, como ocorreu com o imposto de renda, volta e meia são lançados ou mesmo decretados, exemplo bem recente é a pendenga envolvendo maior tributação em combustíveis. Reduzir gastos, principalmente na esfera federal, não é coisa da qual se ouça falar com a frequência que as finanças públicas, no nível no qual se encontram, requisitam.

O déficit fiscal, que já tinha a previsão astronômica de atingir R$ 139 bilhões, foi devidamente corrigido em quase 15% e o Executivo já anunciou que, neste ano, vai chegar a pelo menos R$ 159 bilhões. Mas o Brasil está bem, devem pensar as ilustres cabeças de suas excelências, do contrário não estariam propondo um fundo partidário de “apenas” R$ 3,6 bilhões para bancar partidos políticos.

Por fim, o chefe do Executivo, Michel Miguel Temer, informa ser partidário de um “semipresidencialismo”, seja lá o que isso possa significar, não deve ser nada bom para o cidadão que paga as contas e tem no seu encalço um debate sobre outra invenção brasileira nascida no Planalto, o tal “distritão misto”, ou será que é “mixto”? Quer dizer, querem mudar e manter tudo como antes, inclusive mordomias e falcatruas, as quais, nem o Ministério Público Federal com a ajuda da Polícia Federal, conseguem pôr um fim.

Ranking de Melhores tem 12 empresas do PIM

15 terça-feira ago 2017

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazonas, economia, ranking, zona franca

Samsung350

Fazem parte da edição 2017 do anuário Melhores & Maiores, publicado pela revista Exame, doze organizações com operações em Manaus. A soma das vendas dessas empresas, no exercício de 2016, totalizaram 14,26 bilhões de dólares. Desta uma dúzia de empresas, a maior parte com operações no Polo Industrial de Manaus (PIM), quatro perderam posição na comparação com edição anterior – 2016 – do periódico.

Entre as 12 organizações que figuram no ranking, a que teve o maior faturamento foi a Samsung, com vendas de 5,71 bilhões de dólares

Um dos casos lamentáveis de perda de posição, e logo de faturamento, é o da japonesa Moto Honda. A nipônica faturou 1,59 bilhão de dólares e fechou 2016 com 7.356 empregados, mas caiu do 77º lugar, em 2015, para 112º, perdendo, assim, 35 posições no ranking de Melhores & Maiores.

No entanto, se o segmento de duas rodas do PIM continua a patinar, o setor químico/petroquímico, do qual faz parte a Innova, tem assegurado expansão dos negócios. A empresa, que faturou 642,2 milhões de dólares e tinha cerca de mil funcionários em 2016, subiu 191 posições, sim 191 – da 504ª, em 2015, para 313ª no ano passado – e parece ser um caso atípico de bom desempenho por aqui.

A Eletrobras Amazonas perdeu duas posições, caindo da 241ª para 243ª, mas faturou, em 2016, 836,8 milhões de dólares e empregava 1.723 pessoas. O desempenho das vendas, porém, apresentou decréscimo de 6,5% entre os dois períodos analisados pela publicação, o que significou prejuízo de 1,45 bilhão de dólares. A Eletrobras Amazonas também listada como a quarta mais endividada do ranking.

Entre as 12 organizações que figuram no ranking, a que teve o maior faturamento foi a Samsung, com vendas de 5,71 bilhões de dólares. A gigante de capital coreano apresentou desempenho positivo de 2,1%, representado por lucro de 796 milhões de dólares e emprego para 8.282 pessoas. A performance da Samsung lhe assegurou galgar cinco posições, passando da 23ª, em 2015, para a 18ª no ano passado.

Em segunda posição entre as companhias com sede em Manaus que foram listadas em Melhores & Maiores, vem a Petróleo Sabbá, com faturamento de 1,84 bilhão de dólares e desempenho positivo de 4,1%, lhe assegurando lucro superior a 25 milhões de dólares em 2016.

A Atem’s Distribuidora, que ganhou 40 posições – passando de 371ª para 331ª – faturou 611,7 milhões de dólares, com crescimento de 8,1%. Isso é traduzido por lucro de 6,8 milhões de dólares no exercício de 2016.

A P&G avançou 42 duas posições no ranking – de 357ª para 315ª -, tendo faturado 634 milhões de dólares e desempenho positivo no faturamento de 8,1%. Mesmo assim amargou, em 2016, prejuízo de 349 milhões de dólares. A organização, de capital americano, manteve emprego para 2.029 pessoas.

Também ganharam posições a Arosuco – 323ª para 294ª -, com faturamento de 689 milhões de dólares; a Panasonic – 423ª para 412ª e vendas de 475 milhões de dólares. Enquanto a Rexam Amazônia, com vendas acima de 425 milhões de dólares, aparece pela primeira vez no ranking de Melhores.

Com faturamento de 404 milhões de dólares, a Digibras caiu de 441ª para 470ª, perdendo 29 posições. Já a Crown perdeu 51 posições – de 428 ª para 479ª – com vendas de 391,8 milhões de dólares.

O balanço do ranking, considerando as organizações com operação em Manaus, é positivo, no entanto, é possível que o movimento de recuperação da atividade econômica que já se desenha nas indústrias incentivadas do PIM garanta, em 2017, um maior número de companhias listadas no anuário da revista Exame.

Insegurança e falta de investimentos

02 quarta-feira ago 2017

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Brasil, economia, inflação, investimentos, tributos

investimentos

O aumento da tributação nos combustíveis e na gasolina, particularmente, parece já ter repercutido nas expectativas do mercado, em que pese o vaivém de medidas judiciais buscando anular o decreto presidencial que aumentou em cerca de R$ 0,40 o preço deste combustível. É a decisão política no campo econômico para atingir um resultado fiscal, pelo governo federal, que, a cada momento, se torna menos factível, como é o caso de manter na faixa dos R$ 139 bilhões o déficit fiscal do governo.

 Se causa e efeito podem às vezes ser detectáveis de imediato, há situações onde os reflexos da política na economia não ficam tão claros,

O reflexo do aumento dos preços nos combustíveis, em conjunto com outros fatores, contaminou as expectativas de inflação dos agentes econômicos consultados pelo Banco Central, semanalmente, por intermédio da pesquisa Focus encerrada na última sexta-feira, 28, e publicada nesta segunda-feira, 31.

A mudança de expectativas prevendo inflação maior nos próximos 12 meses foram captadas em quatro indicadores. O IPCA, passou de 4,40% na semana passada para 4,52%, enquanto o IGP-DI saiu de 4,32% para 4,43%. No mesmo período, o IGP-M subiu de 4,41% para 4,46%. Expectativa pessimista para a inflação dos próximos 12 meses também foi registrada pelo IPC-Fipe, subindo de 4,51% para 4,58%.

No entanto, se causa e efeito podem às vezes ser detectáveis de imediato, há situações onde os reflexos da política na economia não ficam tão claros, como bem exemplifica o imbróglio envolvendo denúncias contra o presidente Michel Miguel Temer e que, na pior hipótese, poderá afastá-lo da cadeira presidencial por um impeachment.

Se a possibilidade do afastamento do presidente Michel Temer parece remota para seus correligionários que não medem esforços para garantir uma votação favorável a ele na Câmara dos Deputados já na próxima quarta-feira, dia 2, na economia parece haver uma expectativa mais positiva, como detectaram técnicos da Fundação Getulio Vargas (FGV), e registrada em estudo publicado na última sexta-feira, dia 28.

Pelo boletim Macro, do Ibre/FGV, fica-se sabendo que nos 12 meses completados no último mês de maio o déficit primário já atingira 2,50% do produto interno bruto (PIB), assim, esse indicador permanece praticamente inalterado em relação ao mesmo mês de 2016.

Mas como o governo, mesmo tomando medidas para manter o déficit fiscal no nível proposto, não para de ampliar a dívida pública e de conceder benefícios a folhas de pagamento de classes com alto poder de barganha no funcionalismo federal, essa dívida pública passou de 67,7% do PIB, em maio de 2016, para 72,5% no mesmo mês deste ano.

De outro lado, o estudo do Ibre registra que risco país, títulos públicos, dólar e bolsa se mantêm em recuperação e entendem que esse panorama só se torna possível pela presença de algumas condicionantes como a boa situação das contas externas, a disposição do Banco Central para vender dólar no mercado futuro, a alta liquidez internacional, assim como sinais de aquecimento no crescimento global.

Mesmo assim a economia se mantém em ritmo de espera e os investimentos para a retomada tardam a aparecer, quem pela expectativa de que a situação do presidente Temer possa ser encarada como insegurança jurídica.

Publicação no Jornal do Commercio em 01/08/2017

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