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Arquivos Mensais: maio 2015

Previsões pessimistas viram fatos em 2015

26 terça-feira maio 2015

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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dólar, faturamento, mão de obra, zona franca

As informações divulgadas pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) referentes aos indicadores industriais do mês de fevereiro deste ano mostram que a baixa no faturamento é só um dos fatores que o Polo Industrial de Manaus (PIM) vai ter que enfrentar em 2015.

Para se ter uma ideia de como a atividade da indústria local está sendo afetada por fatores macroeconômicos, um bom exemplo é a desvalorização do real ante o dólar norte-americano. Nos meses cujos dados foram divulgados, o dólar se valorizou mais de 18%. Como já se sabe que até abril a moeda vai ultrapassar os R$ 3, o impacto deve ser ainda maior nos próximos meses.

Se o histórico dos principais custos da indústria incentivada, entre 2010 e 2014 estava situado na faixa de 56% em relação ao faturamento, com exceção do ano de 2013, quando esse indicador subiu para 58%, nos dois meses deste ano atingiram uma fatia bem maior do faturamento do PIM e chegaram em 64%.

Ao se considerar a importação de insumos pelas indústrias, a queda, medida pelos valores de aquisição em dólares, foi de 26,42%, quando atingiu o montante de US$ 1,78 bilhão, no acumulado de janeiro e fevereiro deste ano, contra US$ 2,41 bilhões no ano anterior. Mesmo assim cabe registrar que o valor da aquisição de insumos importados nestes dois meses de 2015 estão acima do valor de 2013, quando foi de US$ 1,67 bilhão.

As notícias ruins, no entanto, só estão começando. O faturamento do polo de Manaus, no mês de fevereiro, medido em dólar, desabou exatos 27,39% na comparação com igual mês de 2014.

esse mau desempenho significa que as indústrias incentivadas de Manaus deixaram de vender mais de US$ 850 milhões no mês de fevereiro, quando o faturamento atingiu US$ 2,26 bilhões, ante US$ 3,11 bilhões no mesmo período de 2014.

Na curva descendente do faturamento de 2015, o acumulado dos dois meses indica perda de vendas no montante de US$ 1,18 bilhão, representando perda de vendas de 20,28%, uma vez que, no bimestre, o faturamento foi de US$ 4,66 bilhões contra os US$ 5,84 vendidos pelas empresa do polo de Manaus nos dois primeiros meses de 2014.

A questão do emprego, conforme dados da Suframa, também não está nada boa. No mês de fevereiro foram eliminadas 76 vagas no PIM, no entanto, quando a comparação é feita entre fevereiro de 2015 e de 2014, a constatação é de que, entre os dois períodos, foram eliminados nada menos que 11.284 postos de trabalho.

Isso significa que as vagas vêm sendo eliminadas nos últimos 12 meses e, ao que parece, é uma tendência que vai se manter por tempo indefinido ao se levar em consideração a questão macroeconômica do país, onde as más notícias brotam de todos cantos e não apenas na área econômica.

Por fim, cabe rever as expectativas para o exercício de 2015 que começam, digamos assim, pela subida do dólar, passa pela tendência de ascenção da taxa Selic, fator que vai aumentar os juros e repercutir no custo do crédito, o qual, se voltado para o consumo, já está bem restrito e deve ficar mais ainda, sem falar que investimentos também vão se retrair em decorrência desse fator.

Como se vê, as previsões negras feitas em 2014 para o presente exercício, ao contrário dos discursos otimistas na campanha eleitoral da presidente reeleita, estão, para infelicidade geral do país, se tornando fatos e quem vai pagar o pato é o cidadão, o contribuinte.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda 28/04/2015

Foi jantar e as balas da sobremesa o mataram

26 terça-feira maio 2015

Posted by Eustáquio Libório in Crônica

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balas, lanche, tiros

Morena, cerca de 1,70 m de altura, seios fartos e pernas bem delineadas, de rosto agradável e simpática com as pessoas, aos 17 anos Maria conheceu Pedro Américo, de 18, lá no bairro Alvorada e começaram a namorar.

Aos sábados, Américo sempre a levava para um lanche, à noite, na avenida Desembargador João Machado. Mas Américo já havia percebido que quase todas as vezes, quando ia buscar Maria para sair, tinha um engraçadinho, conhecido como Homi Cida, que tirava sarro com ele e Maria dizia para não ligar pra isso, manter a cabeça fria, cuidar dela etc e tal.

Américo tirava por menos, mas sabia que sua garota era bonita e despertava o desejo de outros jovens como ele. O que Américo e Maria não sabiam, era que Cida estava planejando aprontar algo mais séria contra o casal.

O dia 10 de janeiro de 2015 teve uma noite iluminada pela lua cheia e Américo aproveitou para levar Maria ao lanche que costumavam frequentar. Pediram a comida, trocaram olhares, até que o lanche chegou, junto com um saboroso suco de cupuaçu, pra ele, e de laranja pra ela, que, de cupuaçu, só gostava das balas.

Enquanto comiam, os dois planejaram ir para um forró ali por perto, pois casa de forró não falta no Alvorada, e aproveitar a noite de sábado para dançar e se divertirem.

Ao fim do lanche, Américo foi pagar o consumo e quando voltou do caixa e se aproximou de Maria, viu Cida se chegar, mas não levou malícia, apenas pensou: “Lá vem esse chato encher o saco de novo!”

Se enganou redondamente. Cida, dessa vez, resolvera presentear o casal com balas e fazer jus ao seu apelido, até então. Se aproximou, sacou de uma arma e disparou três vezes contra Américo. Um quarto disparo acertou Maria e Homi Cida saiu correndo para uma moto que o aguardava e fugiu.

Quando o Samu chegou só pôde dar assistência a Maria, pois Américo estava morto com três balas no corpo. Maria foi levada ao pronto-socorro e verificou-se que ela fora atingida de raspão, não corria risco de morrer.

Enquanto isso, Homi Cida e seu piloto de moto voltaram ao local para ver se a vítima, Américo, estava mesmo morta. Estava.

Mais tarde, a polícia ficou sabendo pelo irmão de Américo, João Antonio, que Cida era apaixonado por Maria e queria o caminho livre para ficar com a garota.

Maria, que gosta de balas de cupuaçu, quase morre alvejada por outro tipo de bala, e seu namorado perdeu a vida porque nessa terra tem gente que mata pensando que algum tipo de amor pode justificar tal maldade, que, infelizmente, acontece todo dia.

Publicação no Portal do Holanda 17/04/2015

Nem todo mundo aprende com seus erros

26 terça-feira maio 2015

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Brasil, fora Dilma, impeachment, insatisfação, Manaus, mentira, protesto

Pouco mais de um mês depois de ter ido às ruas, em 15 de março, protestar contra a corrupção que veio à tona principalmente com a operação Lava-Jato, que está em sua 11ª fase, brasileiros de todas as regiões do país voltaram a fazer manifestação no domingo, 12 de abril, pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, pela reforma política, mas pouco ou quase nada se ouviu em favor da Petrobras, como o pseudoapoio ensaiado por manifestantes pagos por organizações controladas pelo PT tentaram fazer em 13 de março.

Se em Manaus teve petista postando foto do início da manifestação, que aconteceu na Praça do Congresso, no centro da cidade, e dizendo, no Facebook, que apenas 15 manifestantes apareceram, é de se inferir que esse tipo de militante é cria legítima do PT, onde seus líderes negam a realidade desde há muito, e se comportam, como bem exemplificaram as lambanças eleitorais da então candidata à reeleição que conseguiu seu intento alicerçada em bases fictícias, para dizer coisa mais forte, se espelhando nessas figuras.

No entanto, ainda em Manaus, quem se deu ao trabalho de sair sob a chuva forte que caiu desde o início da manhã e só amainou depois das 10h, e foi às ruas exigir respeito às leis, esgrimir faixas contra a corrupção, dar seu grito de “Fora Dilma”, ou mesmo protestar contra a inflação em curva ascendente, resultado de quatro anos de política econômica equivocada, de protecionismo a setores escolhidos entre os favoritos da corte, percebeu que, na Praça do Congresso, havia pelo menos 500 pessoas e na avenida Djalma Batista, mais tarde, cerca de 2,3 mil cidadãos insatisfeitos e ordeiros fizeram suas manifestações contra o caos político e outras mazelas de forma civilizada.

O petismo, que sempre foi forte nas estatais do Brasil, começa a desmoronar também nesse setor e o escândalo das aplicações sem retorno, para não dizer fraudulentas, que vieram à tona envolvendo o fundo de pensão dos funcionários dos Correios, o Postalis, levou servidores da estatal a protestar contra a má gestão dos recursos do Postalis e exigir punição aos responsáveis pelos desmandos que deram prejuízo. Faixas exibidas na manifestação manauense acusavam inclusive a presidente Dilma Rousseff. Um exagero?

De outro lado, para aqueles que acreditam que o menor número de manifestantes que foram às ruas no último domingo demonstra fraqueza do movimento “antitudoquestaí”, é bom se dizer que, se menos gente foi às ruas, isso pode significar, como bem afirmou a ex-senadora petista Marina Silva, um aumento da desesperança. Quer dizer, o brasileiro acredita cada vez menos que a presidente e seu governo consigam resolver o estrago feito nos últimos anos.

Prova disso são as pesquisas divulgadas no último fim de semana pelo Datafolha a mostrar que 63% dos brasileiros são favoráveis à instauração de um processo contra a presidente Dilma Rousseff. Essa percepção, porém, indica, por outro lado, que menos de 30% acreditam que Dilma possa mesmo ser afastada.

A favor da presidente, diga-se, que a opção do Palácio do Planalto e do PT de nada comentar sobre a manifestação no próprio domingo é salutar. Vai ver que que os ministros que da última vez tentaram explicar o inexplicável andaram lendo a teoria de Karl R. Popper, a pregar que podemos aprender com os erros que cometemos. Não se pode dizer o mesmo da presidente Dilma Rousseff.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda 14/04/2015

Novo protesto vai ser no domingo, dia 12

26 terça-feira maio 2015

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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brasileiros, corrupção, Dilma Rousseff, lava-jato, Manaus, protesto

No próximo domingo, dia 12 de abril, brasileiros insatisfeitos com o atual governo devem sair às ruas para protestar contra a situação do país, manifestar seu desagrado contra a corrupção que grassa na administração pública e envolve até a estatal do petróleo, além de pedir, novamente, o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Os organizadores do novo evento contra a corrupção e a favor do impeachment presidencial querem reunir mais do que os 2,3 milhões de pessoas que participaram das manifestações no dia 15 de março, quando a população se mobilizou em 26 estados, além do Distrito Federal.

A presidente Dilma Roussef, que mandou ministros darem explicações aos brasileiros ainda na noite daquele dia 15, ainda está em débito com seus eleitores e mais ainda aqueles que não votaram nela, cerca de de 52 milhões, e têm mais motivos para querê-la fora do Palácio do Planalto.

Se boa parte do desagrado com a administração Dilma Rousseff decorre das medidas que ela anunciou logo depois de tomar posse, uma vez que, durante a campanha eleitoral de 2014, ela afirmara que não tomaria decisões que contrariassem os direitos e benefícios dos trabalhadores, também não vai faltar gente que votou na atual presidente, mas que se decepcionou com o rumo de seu segundo mandato.

O arrocho que o país enfrenta, com inflação alta, atividade industrial caindo pelas tabelas, desemprego aumentando, e juros na estratosfera, entre outras coisas que impactam no dia-a-dia e no bolso de todos os brasileiros, esse arrocho não deve acabar tão cedo e as previsões e projeções para o futuro próximo feitas por consultorias e analistas econômicos só confirmam o pior dos mundos para o Brasil neste e nos próximos anos.

Essa situação já levou analistas a expressar uma verdade dolorida, embora bem humorada, ao afirmar que todos índices que deveriam estar baixando, sobem, e aqueles que deveriam estar subindo, caem.

Enquanto isso, a presidente perde popularidade e a grande maioria da população já não crê que ela possa comandar o país, até pelos impasses que têm surgido entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional, onde o maior partido de sua base de sustentação, o PMDB, abriu uma cratera no relacionamento político com o governo.

De outro lado, as medidas que impactam o trabalhador estão sendo emendadas, inclusive por parlamentares dos partidos que compõem a base do governo, no sentido de reduzir o impacto das medidas propostas por Dilma Rousseff.

Como se pode ver, o que não faltam são motivos para que o número de “coxinhas”, como são qualificados aqueles que não gostam das medidas tomadas pelos governos do PT, e também de ex-simpatizantes do petismo de Lula e Dilma, voltarem às ruas de todo o país e mostrar, mais uma vez, a insatisfação popular com o governo.

Com certeza, no domingo que vem, não faltarão as palavras de ordem já gritadas no dia 15 de março, como “fora Dilma”, “impeachment já”, “abaixo a corrupção”, entre outras. O que ainda não se sabe é se facções comandadas pelo PT vão tentar fazer, mesmo com manifestantes pagos, o que tentaram no dia 13 de março e ir para as ruas em um arremedo de apoio ao governo.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda 07/04/2015

Crescimento da população e miséria

26 terça-feira maio 2015

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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miséria, natalidade, população, subdesenvolvimento

Há um postulado na ciência econômica segundo o qual os recursos são escassos e as necessidades ilimitadas, enquanto, há pouco mais de dois séculos, um jovem economista inglês, então com 32 anos, percebeu que o crescimento da população acontece em progressão geométrica, mas a expansão dos meios de subsistência ocorre em progressão aritmética.

Escrito em 1798, o “Ensaio sobre a população” de Thomas Robert Malthus, descortina um panorama no qual o economista e sacerdote da Igreja Anglicana conclui que é impossível ao homem ser feliz nesta vida.

Escrita em um período no qual seu país estava em plena Revolução Industrial, a obra malthusiana está inserida em um contexto onde a população agrícola inicia a migração para as cidades, que oferecem oportunidade de trabalho nas indústrias nascentes, com as novas invenções a potencializar a criação de riqueza, quase nunca direcionada ao trabalhador.

A argumentação de Malthus é de que o crescimento da população, à sua época, era atenuada pela alta taxa de mortalidade, além de limitações aos nascimentos, como a miséria.

Desde então, a população mundial só cresceu, alavancada pelos progressos nas ciências, incluída a medicina, assim como pelas inovações tecnológicas que ampliaram sobremaneira a produção agrícola e a agroindústria. Se em 1800 a população da Terra chegou ao primeiro bilhão, no entanto, o mundo levou pouco mais de 200 anos para atingir a cifra de 7 bilhões de almas, em 2011.

Um levantamento do Banco Mundial com dados de 2007, informa que os 13 países mais populosos do planeta, China (1,32 bilhão de habitantes), Índia (1,13 bilhão) e os Estados Unidos (301 milhões) somam 39,3% da população mundial.

O que os diferencia é que a renda per capita nos EUA é de US$ 47.084, com taxa de crescimento populacional de 0,98%, enquanto na China a renda per capita equivale a US$ 4.393 e a população cresce à taxa de 0,47%. Na Índia a renda per capita é de US$ 1.477 e taxa de crescimento demográfico é de 1,41%.

Dos três, apenas os EUA é um país desenvolvido. A queda na taxa de natalidade na Índia é produto de política de controle dos nascimentos, enquanto na Índia a expansão dos nascimentos é responsável miséria em boa parte do país.

Um estudo publicado em 2013 pelo engenheiro mineiro José Olavo Mourão Alves Pinto, sob o título “O Direito de Bem Nascer” traça diagnóstico sobre as causas da pobreza e projeta o futuro não só do Brasil, mas do planeta, caso a população não seja estabilizada.

O Brasil, com 190 milhões de habitantes naquele ranking dos 13, aparece com renda per capita de US$ 10.710, taxa de natalidade de 1,20% e é o quinto colocado, atrás, além dos três países já citados, mais a Indonésia.

Com pouco menos de 10 milhões de habitantes em 1872, no primeiro censo realizado no país, em 1950 já éramos 52 milhões. Ao atingir 169,8 milhões de habitantes no ano 2000, a população brasileira cresceu, em 50 anos, 227%.

No país há cerca de 2,1 milhões de nascimentos por ano e uma política de planejamento familiar que ninguém conhece e onde isso só praticado pelos que têm maior nível de educação e renda, o Brasil vive uma epidemia de gravidez na adolescência, fato que contribui, nas palavras do médico Drauzio Varella, para o empobrecimento da família, uma vez que o nascimento de um bebê nessa idade tira a jovem da escola e empobrece a família.

Enquanto isso, políticas de inclusão social sem fiscalização da porta de saída para uma vida mais digna, como exigir e fiscalizar que os beneficiados aprendam um ofício e frequentem a escola, se tornam cabos eleitorais de quem dirige o Brasil.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda 31/03/2015

Estuprou, roubou celular, mas a selfie o entregou

26 terça-feira maio 2015

Posted by Eustáquio Libório in Crônica

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chuva, coroa enxuta, libido, selfie

Janeiro é um mês de muita chuva em Manaus e aquela segunda sexta-feira de 2015, dia 9, choveu forte desde a tarde na cidade, mas Alex Granito, que preferia ser chamado de Lindão, estava sem grana, liso, sem nenhum no bolso e queria tomar umas geladas à noite com os amigos, que já o haviam convidado.

Descendo a avenida 7 de Setembro, deu uma olhada para o residencial Prosamim e resolveu dar uma volta por lá, apesar da chuva, agora fina, que caia no fim da tarde, quase noite.

Descia para o conjunto pela rua Leonardo Malcher, quando viu uma mulher, com cerca de 60 anos, caminhando à sua frente com uma sombrinha. A mulher, apesar da idade aparente, despertou a libido de Alex, o Lindão, quando ele percebeu o caminhar ondulante da senhora. Não contou conversa: seguiu-a até sua casa, um apartamento ali mesmo no Prosamim e, quando ela ia entrando no apê, Alex, de 22 anos, sacou uma faca e, ameaçando-a, entrou no apartamento junto com dona Priscila Formosa, onde a estuprou ameaçando-a com a arma e, depois do ato, lhe roubou o smartphone, fugindo em seguida.

A mulher reuniu as forças e foi registrar queixa na polícia, onde deu as coordenadas de seu celular que tinha recursos para, tão logo uma foto fosse feita, ser enviada para o e-mail de dona Priscila Formosa.

Com essas informações, a polícia só teve que rastrear o celular de dona Priscila e identificar o bandido que começou a fazer selfies adoidado, se achando Lindão, o cara, mesmo.

O caboco passou a noite de sexta e a manhã de sábado com o celular de dona Priscila, até que a polícia, já com sua foto disponível, feita por ele mesmo, determinou que Lindão estava lá no Educandos.

Não deu outra, determinadas as coordenadas de localização oferecidas pelo GPS, os policiais foram em busca do Lindão que violentava suas vítimas e ainda lhes roubava o telefone.

Alex, foi preso quando tentava vender o telefone de dona Priscila Formosa, que conseguiu o telefone de volta, mas demorou a se recuperar da violência sofrida. O importante para ela foi ter um aparelho configurado para lhe ser útil, o que ela não sabia era que também servia para pegar bandidos.

Publicação no Portal do Holanda 28/03/2015

Vaso vira arma e mata… um par de chifres

26 terça-feira maio 2015

Posted by Eustáquio Libório in Crônica

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arma, assassinato, fora de série, vaso

os-dois-oilNaquele 19 de fevereiro de 2015, dois dias depois do Carnaval, os jornais de Manaus noticiavam dois assassinatos os quais, ao contrário dos que acontecem nos Estados Unidos, que são em série, por aqui eles são fora de série.

Se o motivo e causa de um dos assassinatos são contumazes, reincidentes, isto é, briga por causa de mulher, o mesmo não se pode dizer das “armas” usadas pelos assassinos para acabar com a vida humana. Tudo por causa de um par de chifres recém-plantados.

Chifre, já foi dito há muito tempo, é coisa que alguém bota na cabeça de outro, o qual, além de ter que usar tão infame adorno que nasceu lá pelo tempo dos gregos, é o último a saber do enfeite.

Sobre traição e chifres pode-se dizer que em algumas cidades da Grécia antiga, conforme Artemidoro, havia leis para punir o marido traído: ele era obrigado a andar pelas ruas usando um chapéu com chifres.

Os gregos, se pode inferir, já eram cornos há muito tempo e, ao contrário dos latinos por aqui, puniam o corno, mas levavam na galhofa. Afinal, se foi traído, a culpa é dele.

Feitos tão necessários esclarecimentos vamos aos fatos. A notícia de jornal contava o assassinato de um homem, na segunda-feira de Carnaval, em um bairro da zona Oeste de Manaus. A vítima, James Cornualha, chegou a um bloco de carnaval com uma mulher, Dulcineia, a Cobiçada, e ficou enciumado quando viu Don Juan batendo o maior papo com a bela, que alguns dizem nem era  tanto assim.

O irmão de Don Juan, Don Marco, afirma que Cornualha estava com arma de fogo e a teria sacado quando viu Juan conversando com Dulcineia. Briga apartada, Cornualha foi comprar cerveja e os dois irmãos o seguiram, o pegaram e espancaram com um pedaço de pau. Como se não bastasse, Don Marco atirou um vaso de plantas na cabeça de Cornualha.

Sobre Dulcineia, pouco se conhece, pois nem a polícia sabia quem era, mas Cornualha, além de ter os brios destruídos, teve sua plantação de chifres assassinada, assim como ele próprio, por uma “arma” que deveria justamente abrigar e proteger as plantas: um vaso.

Por fim, e já que estamos falando de tanta sofrência, cabe informar ao leitor alguns tipos de corno mais sofridos, digo, mais conhecidos: o ioiô, é o corno que vai e volta. Corno frio, é aquele que leva chifre e não esquenta, corno manso é o que evita confusão com o ‘sócio’ e, por fim, o corno churrasco. Esse põe a mão no fogo pela fidelidade da mulher. Ah, coitado!

Pois é, coitado vem de coito, logo…

Publicação no Portal do Holanda em 22/03/2015

‘Coxinhas’ e coxas grossas na Djalma Batista

26 terça-feira maio 2015

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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corrupção, Dilma Rousseff, impechment, Manaus, manifestação, protesto, PT

O último domingo, dia 15 de março, amanheceu chuvoso, não só em Manaus, mas em boa parte do Brasil, assim como a manifestação anticorrupção e pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, organizada em quase todos os Estados da Federação.

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O dia 15 de março também é lembrado por ser a data em que a redemocratização do Brasil completou 30 anos, desde aquela noite do dia 14 de março, em 1985, quando o presidente eleito, Tancredo Neves, foi internado no Hospital de Base, em Brasília, onde viria a morrer no dia 21 de abril. No dia seguinte, 15 de março, foi dada posse a José Sarney, vice-presidente na chapa de Tancredo.

A cidade, no entanto, apesar da ameaça de chuva, amanheceu preparada para a festa cívica de parte daqueles mais de 51 milhões de brasileiros que não votaram em Dilma Vana para presidente ou, no Amazonas, representando os 555 mil votos dados ao candidato adversário da presidente atual.

O movimento organizado pelas redes sociais para pressionar pelo impeachment presidencial conseguiu juntar mais de 20 mil pessoas desde a concentração, na Praça do Congresso, no centro, de onde os manifestantes caminharam até a rua Pará com a avenida Djalma Batista, aonde aconteceu a maior parte da manifestação.

Ainda no centro, com a avenida Eduardo Ribeiro tomada, se iniciaram as manifestações com palavras de ordem como “Fora Dilma, e leva o PT junto”, entre outras expressões que mostraram a insatisfação dos manifestantes em relação à corrupção, às medidas econômicas, à falta de prioridades a áreas como educação, saúde, entre outras.

O carro de som, onde para falar ao povo ali reunido era só fazer inscrição, na hora, anunciou, no meio do evento, que a venezuelana Alejandra  Ryngifo iria falar. Não faltou murmúrio no meio do povo entre aqueles que sabem da situação pela qual o país vizinho passa, submetido ao herdeiro de Chávez, o presidente Maduro.

Alejandra falou pouco, mas foi curta e grossa, no bom sentido, ao conclamar os brasileiros a irem “às ruas, sem medo” e não permitir que aconteça por aqui o mesmo que se passa na Venezuela. Ela terminou sua fala com um “Fora Maduro, fora Dilma” aplaudido pela plateia.

Entre faixas e cartazes exibidos pelos manifestantes, além do impeachment, havia outros como “Ela não sabe de nada. Foi culpa do FHC. Fora Dilma” ou “Grito por um Brasil melhor. Fora Dilma!”, “Chega de corrupção”, além daqueles em número muito reduzido, propondo a volta dos militares.

O bom humor, porém, esteve presente, como na faixa onde o PT “aparece” na manifestação, mas as duas letras iniciais do Partido dos Trabalhadores tendo outro significado: Perda Total. Ou ainda: “Dilma, minha paciência está mais curta que roupa de periguete”.

Agora, para quem chama os manifestantes de “coxinha”, só por desencargo de consciência, informo que havia muitas coxas bem grossas no evento, logo a tal expressão pouco ou nada diz.

O mais importante talvez tenha sido o fato de que o governo levou a sério o que aconteceu pelo Brasil afora no último domingo e, se própria presidente não se deu ao trabalho de falar à população, pelo menos despachou dois ministros, inclusive o da Justiça, para dar alguma satisfação ao povo, porque novidade não nenhum dos dois disse.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 17/03/2015

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