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Arquivos Mensais: março 2015

Se for namorar, não beba

19 quinta-feira mar 2015

Posted by Eustáquio Libório in Crônica

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amasso, bebida, carro, namorar

Os dois bebiam e, às sextas-feiras, era sagrada a rodada de amigos para tomar umas geladas, bater um papo e, obviamente, namorar, como o fazem os jovens e aqueles nem tanto.

Namorar é coisa séria e a seriedade pode ser avaliada pelas consequências que podem resultar desse tipo de relacionamento. Há algumas décadas, o namoro quase sempre terminava no altar, a menos que um dos dois encontrasse outro par, então começava tudo do zero.

Mas namoro exige um começo e isto pode acontecer nos locais e situações mais improváveis, embora, por regra, os ambientes onde mais acontecem sejam as escolas e o local de trabalho, o que não elimina as festas e entre elas, a mais brasileira de todas: o Carnaval.

O Carnaval se sobressai por dois motivos quando se trata de namoro. O primeiro é que, como geralmente acontece em fevereiro e a festa é muito, ou permissiva até demais, é o marco inicial para o mês que tem o maior número de nascimentos no Brasil: novembro.

A segunda e não menos grave consequência das festas carnavalescas é o que acontece depois que todo mundo tomou “todas”, mesmo deixando de lado a violência de alguns, que finda por estragar a festa.

Assim, se beber, não namore. Se namorar e tiver bebido durante o Carnaval, não dirija e, neste caso, além do perigo de provocar acidentes têm outras implicações mais graves como aquele casal que foi para o sambódromo desfilar pela escola de coração e, pra variar, tomaram todas antes e depois desfile.

Assim, como tinham ido no carro dele, o namorado foi deixar a moça em casa, não tão longe, ali no bairro São Geraldo, zona Centro-Sul de Manaus.

Minutos depois de saírem do sambódromo estavam na rua onde ficava a casa da jovem e se iniciaram as despedidas com os beijos e amassos de praxe e ainda mais quentes, pois, lembremo-nos, ambos tinham tomado algumas geladas para animar a festa.

O carro do rapaz, em início de carreira, era um básico e, assim, não tinha ar condicionado, motivo pelo qual os vidros das portas estavam meio abertos. Quando a sessão de carinho esfriou, os dois findaram por cochilar.

Acordaram com ela dizendo: “Ai amor, faz mais, tá tão gostoso!”  E ele, sobressaltado: “Mas não fiz nada…” um tropel e um homem saiu correndo do lado do passageiro.

Pois é, de bêbado, não tem dono, mesmo.

Publicação no Portal do Holanda em 19/03/2015

Este domingo não é dia de feira

16 segunda-feira mar 2015

Posted by Eustáquio Libório in Crônica

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corrupção, Dilma Rousseff, impeachment, Manaus, protesto

00feira-blogHoje é sábado e amanhã vai ser domingo, mas não será um domingo qualquer, daqueles que você junta a família e vai para a feira da avenida Eduardo Ribeiro comer tapioca de banana frita com tucumã e comprar alguma peça de artesanato ou, simplesmente, bater perna andando de um lado para outro observando o que está à venda.

A feira de artesanato já se expandiu faz tempo e, agora, além das peças que lhe emprestam o nome, também podem ser compradas confecções e acessórios nem sempre, ou quase nunca, produzidos artesanalmente. Além de se ter expandido, a feira também oferece alimento para o espírito nas duas ou três barracas que abrigam sebos com livros usados à venda.

Mas como eu estava dizendo, neste domingo, 15 de março, a Feira de Artesanato da Eduardo Ribeiro não vai funcionar e o comércio que abre suas portas aos domingos foi advertido, pela Câmara dos Dirigentes Lojistas – CDL Manaus, a cerrarem as portas. No lugar da feira, o chefe de polícia, digo, o secretário de Segurança Pública do Estado já destacou cerca de mil policiais para garantir a segurança na área central de Manaus e também recomendou aos empresários que não abram suas lojas.

Diz o secretário de Segurança Pública que são medidas preventivas para evitar possíveis confrontos e danos ao patrimônio público ou privado no centro de Manaus, durante a manifestação pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, causa do fechamento da feira neste domingo. É uma boa causa e os feirantes, ao que se sabe, nem protestaram.

O interessante em todo essa mobilização que envolve a segurança pública para um evento cívico, no qual seus organizadores já montaram estratégias para garantir que não haja violência, é constatar que, na sexta-feira, 13, houve uma manifestação de petistas, que findou por se confrontar com outra, também no centro de Manaus, e não se soube de todo esse aparato para segurar a barra de gente mais violenta, com histórico de invadir a propriedade alheia e bens públicos, mesmo assim tudo terminou em paz.

Quanto ao evento de domingo, das duas uma, como diria minha velha e falecida mãe: ou os atos de sexta-feira não conseguiram impressionar os homens da inteligência do governo estadual, que preferiram mandar para o local contingente bem menor, ou o ato contra a corrupção está sendo avaliado com potencial de arregimentar uma multidão de insatisfeitos com governo petista e as estórias 171 da presidente Dilma Rousseff.

Publicação no Portal do Holanda em 14/03/2015

Conquistas sociais a caminho do brejo

14 sábado mar 2015

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazonas, Brasil, conquistas sociais, corrupção, crise, governo Dilma, IDH

PobrezaxRiqueza-WPDesde 1991, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) indica que o Brasil tem evoluído na questão do Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios (IDHM). Se os mapas dos municípios brasileiros entre com o IDHM desses períodos forem comparados, o que se vê é um avanço que acusa a passagem de um país onde 85,8% dessas unidades federativas se concentravam na faixa de IDH muito baixo, em 1991, para atingir o estágio de 74%, em 2010, de municípios abrangidos na faixa de alto e médio.

Para maior compreensão, as faixas do IDHM são classificadas da seguinte maneira: até 0,499 é muito baixo, até 0,599, baixo, até 0,699, médio, até 0,799 alto e acima de 0,800, muito alto. Assim, quanto mais perto de 1, maior é o IDH.

No caso do Amazonas, o Estado estava classificado, em 1991, como muito baixo com índice de 0,430 e em pior situação que a média do Brasil que era de 0,493

Assim, o país que viu as Diretas Já e, depois, assistiu ao impeachment do ex-presidente Collor de Mello, era um Brasil de escolaridade ruim, com renda mensal per capita de R$ 447,56, mas que nove anos depois, em 2000, conseguira expandir em 32,37% esse indicador, atingindo R$ 592,46. Essa expansão, no entanto, seria ultrapassada em 2010, quando as medidas que estabilizaram a economia brasileira, a partir de 1994, amadureceram e deram estabilidade ao país. Assim, em 2010, a renda per capita crescera 34%, em relação a 2000 e atingira R$ 793,87/mês. Entre 1991 e 2010, esse crescimento foi de 77,37%.

Nesse ínterim, 2000/2010, o país conseguiu, a partir da estabilidade em sua economia, atingir o grau de investimento na avaliação das agências de rating internacionais, os investimentos, tanto do exterior quanto internos irrigaram a economia e o crescimento médio do produto interno bruto (PIB) ficou próximo de 4% ao ano.

No caso do Amazonas, o Estado estava classificado, em 1991, como muito baixo com índice de 0,430 e em pior situação que a média do Brasil que era de 0,493. Em 2000, o IDHM passou para 0,515, com incremento de 19,76%, ainda na faixa de baixo, para atingir, em 2010, 0,674, passando para médio IDH. Entre 1991 e 2010, o crescimento do IDHM no Amazonas foi de 56,74%.

Na questão da renda per capita mensal a situação por aqui era muito pior que a média do Brasil. Em 1991 esse indicador era de R$ 345,82, valor que correspondia a 77,26% do valor médio do país. O crescimento desse item até ano 2000 foi de 16,80%, quando passou para R$ 351,63, mas uma década depois, a renda per capita mensal do amazonense teve expansão de 53,51% ao chegar a R$ 539,80.

A avaliação da longevidade do amazonense no período de 1991 a 2010 é que é uma boa notícia. De 1991 a 2000, ela passou de 63,67 anos para 66,51, mas em 2010 a expetativa de vida era de 73,30 anos.

Se a década passada pode ser comemorada pelos resultados que beneficiaram os brasileiros, a partir de 2011 a coisa muda de figura, mesmo que a medida que detonou o processo que trouxe o país à situação atual tenha ocorrido em 2008, quando a política econômica adquiriu o caráter intervencionista onde o Estado passou a gastar mais para subsidiar determinados setores e empresas.

São as consequências dessas mudanças, lá atrás, que agora fizeram o país trocar as visitas do Fundo Monetário Internacional (FMI), no passado, pela dos representantes das agências de risco. Pior, como no curto prazo não há perspectiva de tirar o país do atoleiro, são essas conquistas que começam a se perder, principalmente pelos mais necessitados.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em  10/03/2015

ZFM, 48 anos e muitas reinvenções

06 sexta-feira mar 2015

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazonas, desenvolvimento, interino, regional, zona franca

Manaus_ELiborio-2

A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) completou, no último dia 28 de fevereiro, 48 anos de existência do modelo ainda chamado de Zona Franca de Manaus (ZFM), embora há muito tempo se possa dizer que tal denominação é, no mínimo, equivocada para as atividades desenvolvidas na economia local e pela própria autarquia, por ser uma agência de desenvolvimento regional.

É uma queixa pertinente de um dirigente sindical que a autarquia, além de gerir incentivos fiscais, deve prover desenvolvimento regional, aprovar projetos industriais, incentivar pesquisa & desenvolvimento

Se nos anos 1970, quando o comércio manauara se desenvolveu e o turismo de compras era uma atividade atrativa para muita gente e empresas comerciais tal denominação se justificasse, a quase cinquentona ZFM, depois de tantos ataques contra ela, que vão desde intervenção até golpes praticados com incentivos “adoçados” via notas fiscais, passando por políticas governamentais que a fizeram se reorganizar e, por que não, se reinventar para sobreviver, como no início dos anos 1990, época de Collor, confisco de poupança e abertura do país à importações.
Há quem diga, mesmo assim, que o modelo tem o que comemorar. Pode até ser, pois só o fato de sobreviver a todas as agruras pelas quais a ZFM passou é mais ou menos como a competição entre espermatozoides para serem fecundados e digna de comemoração.
No entanto, há também quem prefira comemorar a prorrogação por mais 50 anos, a partir de 2023. Talvez faça sentido, mas antes há que se refletir sobre como a ZFM consegue se manter e ser âncora da atividade econômica no Estado do Amazonas.
O aniversário de 48 anos acontece em momento atípico, quando a instituição é gerida por um superintendente interino, nomeado há menos de quatro meses, com a saída de Thomaz Nogueira, no início de novembro passado.
A questão dos servidores da Suframa, apesar da luta por eles travada há algum tempo e com maior força em 2014, não foi resolvida. Embora tenha sido feito concurso, não há plano de carreira e os salários estão abaixo daqueles praticados nos órgãos federais, sem falar no contingenciamento de recursos, que vem desde o governo do ex-presidente Lula, e impede a Suframa de fazer mais pelo desenvolvimento regional, como deveria ser sua missão e objetivo.
É uma queixa pertinente de um dirigente sindical que a autarquia, além de gerir incentivos fiscais, deve prover desenvolvimento regional, aprovar projetos industriais, incentivar pesquisa & desenvolvimento, assim como dar uma força aos projetos agropecuários. No entanto, em que pesem os esforços de quem administra a Suframa e de seus funcionários, muita coisa deixa de ser feita pela simples falta de recursos.
Pior que a ausência de verbas é saber que, mesmo sendo receita gerada principalmente no Amazonas, não se vê investimentos federais por aqui.
Se o orçamento da Suframa passou de R$ 510 milhões em 2014, para R$ 778 milhões neste exercício, caso o projeto que tramita no Congresso Nacional seja aprovado, pouco mudará na destinação dos recursos, uma vez que mais de 30% desse montante – R$ 244 milhões – está direcionado ao pagamento de sentenças judiciais.
Por fim cabe ainda registrar que 2015 é ano da 8ª Feira Internacional da Amazônia (Fiam), que funciona como vitrine dos produtos da Zona Franca de Manaus. No entanto, não se sabe se a licitação que deveria ter acontecido em fevereiro, para contratar empresas especializadas, foi efetivada e já estamos em março.
De qualquer forma, parabéns Zona Franca de Manaus.

Publicação no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 03/03/2015

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