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Arquivos Mensais: setembro 2014

Polo de Manaus perde mais de 4.000 vagas

30 terça-feira set 2014

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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emprego, faturamento, menos vagas, zona franca

Os números divulgados pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) referente ao período de janeiro a julho deste ano se mostram positivos em vários aspectos, principalmente no que diz respeito ao faturamento das indústrias incentivadas e aos produtos carros-chefes, que comandam a expansão das vendas.

CTPS-2

Assim, nestes sete meses de 2014, as indústrias faturaram, conforme a Suframa, o montante de R$ 47,70 bilhões, valor que indica expansão nas vendas de 8,40% em relação a igual período do exercício de 2013, embora o desempenho, quando medido na moeda norte-americana seja de US$ 20.86 bilhões, com variação negativa de 2,22% em relação a 2013.

 A novidade, que não é das melhores, é a perda de postos de trabalho ocorrida neste ano, e que supera as 4.000 vagas.

Na avaliação da Suframa o setor de eletroeletrônicos continua a manter a liderança no faturamento, tendo este setor contabilizado, em sete meses, vendas de R$ 24,30 bilhões, o equivalente a mais de 50% do total do faturamento das empresas industriais do polo de Manaus. Em outras palavras, o setor de eletroeletrônicos, inclusive informática, é a locomotiva do modelo de incentivos praticados na Zona Franca de Manaus.

Os produtos que puxaram o faturamento nesse período foram aparelhos de TV com telas de plasma e de LCD, além dos tablets, cuja produção se expande em ritmo chinês, uma vez que nesse período o crescimento da produção desse equipamento cresceu 41,50%.

Por outro lado, no que diz respeito à mão de obra empregada pelas indústrias do PIM, conforme a Suframa, apresenta crescimento de 1,01% com 119.314 pessoas empregadas pelas indústrias.

Nesse quesito, o segmento de eletroeletrônicos garante participação de 41,70% da mão de obra empregada no PIM, com 49.744 postos de trabalho garantidos, os quais, junto com o setor de duas rodas, que emprega 17.994 pessoas, são responsáveis por 56,80% dos empregos na indústria incentivada.

Esses dois setores e mais termoplásticos, metalúrgico e mecânico somam 94.771 postos de trabalho no mês de julho, o equivalente a 79,42% do total da mão de obra empregada no PIM.

A concentração de mão de obra em poucos setores não é coisa nova no PIM, a novidade, que não é das melhores, é perda de postos de trabalho ocorrida neste ano, e que supera as 4.000 vagas.

Desde 2012, quando o Polo Industrial de Manaus perdeu 5.437 vagas em um universo de 120.288 postos mantidos, em média, naquele ano, 2014 está surpreendendo ao fechar, em sete meses, 4.087 postos de trabalho, quando, em 2013 o saldo positivo na geração de postos de trabalho na indústria incentivada foi de quase 7.000 vagas.

Em outras palavras, o que se tem é uma perda de postos de trabalho que não está sendo informada com transparência pela Suframa, uma vez que a comparação registrada no material divulgado na mídia é um crescimento relativo ao mês anterior, junho.

É de se questionar, assim, sobre os fatos que estão influenciando a perda de postos de trabalho no Polo Industrial de Manaus em níveis que se aproximam daquele atingido em decorrência da crise internacional acontecida em 2008, e que repercutiu no PIM em 2009, com a perda de 5.834 vagas na indústria local.

Publicado no Jornal do Commercio e Portal do Holanda em 23/09/2014

Delegada faz carreira sem dar expediente na Polícia Civil

30 terça-feira set 2014

Posted by Eustáquio Libório in Notícia

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carreira, delegada, expediente

A bacharel em direito Matha Elizabeth Caminha Braga fez carreira exemplar na Polícia Civil do Estado do Amazonas. Nomeada em 4 de dezembro de 2001, tomou posse como delegada de polícia no dia seguinte, durante a administração de Amazonino Mendes e, em 2002, deveria a prestar serviços na Coordenadoria de Polícia Distrital, servindo como chefe de gabinete do delegado-geral, sendo exonerada em 27 de dezembro, com o fim da gestão de Amazonino Mendes.

Acontece que a delegada Martha Elizabeth, no entanto, apesar de nomeada, nunca pisou em uma delegacia de polícia, informam funcionários que preferem

não ter o nome revelado, e tampouco assumiu a chefia de gabinete, pois ela resolveu, concomitantemente, fazer pós-graduação em direito civil e processo civil, com carga de 360 horas-aulas, na Diretoria de Projetos Especiais da Universidade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, curso finalizado e devidamente certificado em 1o de agosto de 2003, o que levou a delegada a solicitar pagamento de gratificação de curso, autorizada no percentual de 5% pelo então delegado-geral Francisco Sobrinho, conforme portaria 795/2004-GDG-PC.

Importante ressaltar que, de dezembro de 2001 a 31 de dezembro de 2003, segundo policiais que servem nos locais onde ela teria trabalhado, a delegada nunca pôs os pés nas dependências da Polícia Civil do Estado do Amazonas para cumprir expediente. No período de 1o de janeiro de 2004 até 13 de maio de 2014, isto é, há 10 anos, a delegada Martha Elizabeth não comparece ao serviço na Polícia Civil, embora ganhe salário de secretária executiva durante o primeiro e segundo mandatos de seu tio, o senador Eduardo Braga.

A delegada Martha Elizabeth recebeu mais de R$ 48 mil como complementação de gratificação de curso autorizada pelo ex-delegado-geral Mário César Medeiros Nunes, sem que, informam policiais de deveriam ter trabalhado com ela, nunca ter pisado em dependências da Polícia Civil. Por fim, a delegada está, atualmente, em gozo de licença especial por assiduidade na Polícia Civil, que deve encerrar em 28 de novembro de 2014.

Martha Elizabeth é sobrinha do senador Eduardo Braga, atual candidato ao governo estadual e, entre os colegas consultados nos locais onde consta que prestou serviço, ninguém se lembra de tê-la visto dando expediente, embora “tenha prestado serviços”, como secretária executiva na Supervisão de Projetos Especiais do governo estadual desde 18 de junho de 2007 até o dia 13 de maio deste ano.

Publicação no Portal do Holanda em 20/09/2014

Caminhada na Ponta Negra e as onças sentadas

09 terça-feira set 2014

Posted by Eustáquio Libório in Crônica

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cigs, desfile militar, dia da independência, estacionamento, marinha do brasil, onça, paraquedas, Ponta Negra

PNegra-7-setembro

Redesenhada e com atributos para ser o mais bonito cartão postal de Manaus, a Ponta Negra ganhou, no último fim de semana, mais um espetáculo público para fazer parte de seu calendário de eventos com a realização, ali, do desfile militar em comemoração ao Dia da Independência.

A adaptação do local para o desfile militar não contou com a montagem de arquibancadas. Em seu lugar foram montadas barracas de campanha para livrar o espectador do sol e, principalmente, evitar que o público infantil se expusesse ao excesso de raios solares.

A inovação maior, no entanto, parece ter sido a ausência das cordas ou grades de isolamento que, normalmente, separam a pista de desfile do público

Mesmo assim, a garotada procurou lugares estratégicos para curtir o desfile militar e fez o que o era comum para crianças de gerações dos anos 1970: subiu nas árvores da avenida Coronel Teixeira de onde tiveram visão privilegiada do desfile militar de 7 de Setembro.

O pretexto para mudar o evento para a Ponta Negra, pois até 2013 era realizado no sambódromo, foi de que ali seria possível fazer a apresentação das embarcações da Marinha do Brasil, além de favorecer o espetáculo com aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).

A inovação maior, no entanto, parece ter sido a ausência das cordas ou grades de isolamento que, normalmente, separam a pista de desfile do público. No caso da Ponta Negra, o público foi um show à parte ao não invadir a área do desfile e manter um espírito alegre e propenso a aplaudir quem desfilava, inclusive a guarnição de países estrangeiros que participaram da parada militar.

O espetáculo aéreo, com salto de paraquedistas e passagem de aeronaves da FAB, realizado antes do início do desfile, chamou a atenção de adultos e crianças, uma vez que os paraquedistas fizeram a aterragem em plena pista da avenida Coronel Teixeira, próximo ao palanque das autoridades, o que os colocava, a cada salto, ao lado dos espectadores.

A parte do desfile que talvez tenha tido menos espectadores pode ter sido a das embarcações da Marinha do Brasil que fizeram passagem em frente à Ponta Negra no sentido do Tropical Hotel para o centro de Manaus, ao mesmo tempo em que os aviões e helicópteros da FAB realizavam sobrevoos ao largo do rio Negro, na mesmo área.

Entre as atrações mais esperadas, as onças do Centro de Instrução e Guerra na Selva (Cigs) estiveram presentes ao desfile militar, mas, talvez pelo calor do mormaço matinal, preferiram se manter bem sentadinhas durante quase todo o desfile, se levantando poucas vezes quando o flash de algum fotógrafo as tirava de seu “descanso” a bordo das viaturas militares. O espírito de celebridade parece que baixou nos belos felinos do Cigs.

Por fim, cabe registrar, como fator negativo mas que nem por isso levou alguém a desistir de ver o desfile, o fato de que a área de estacionamento prevista pelos planejadores da logística não deu conta da demanda de veículos para a área da Ponta Negra. Quem chegou até as 7h30 ainda pôde usar o estacionamento do Alphaville, quem passou desse horário sofreu para arrumar uma vaga e as pistas da avenida do Turismo foram tomadas até o cemitério Tarumã.

Na pior das hipóteses, quem deixou seu carro tão longe ganhou uma bela caminhada até a Ponta Negra, o que não faz mal a ninguém e só deixa os músculos das pernas um pouco doloridos.

Investimentos no queijo amazonense

03 quarta-feira set 2014

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Codam, indústria, investimentos, matéria-prima, projetos de implantação, regional, zona franca

Codam2014-300xO Conselho Desenvolvimento do Amazonas (Codam) já se reuniu três vezes neste ano com resultados que podem ser considerados satisfatórios e, eventualmente, a projetar um desempenho, no que diz respeito à atração de investimentos incentivados, menos positivo do que aquele alcançado em 2013.

Nas seis reuniões realizadas pelo Codam em 2013, foram aprovados 217 projetos que totalizaram investimentos com incentivos aprovados no montante de R$ 5,94 bilhões e projeção de gerar 11.509 novos postos de trabalho no Polo Industrial de Manaus (PIM).

Esses valores significam que, em média, cada reunião daquele conselho trabalhou com pauta de 36 projetos e aprovou investimentos, por reunião, que totalizavam R$ 990 milhões e projetavam a criação de 1.918 postos de trabalho.

Em 2014, com a reunião 251ª, que deveria ter sido realizada no dia 2 de julho, cancelada, e somente efetivada no dia 27 de agosto, o acumulado dos projetos aprovados pelo Codam mostra que o total de investimentos já aprovados totaliza R$ 2,41 bilhões, projetando a criação de 6.068 novos postos de trabalho no PIM.

Com isso, é de se inferir que, mantido o ritmo de apresentação de projetos para análise no Codam, embora o número médio de vagas oferecidas pelos projetos aprovados até agosto seja, em média, maior que a média daqueles oferecidos em 2013, o volume de investimentos submetidos ao exame do Codam para obtenção de incentivos pode ser menor que os investimentos aprovados no exercício de 2013.

No entanto, ao se considerar a mudança de expectativas a partir da aprovação de mais 50 anos para o modelo zona franca, também é possível que haja expansão do interesse dos empresários em instalar unidades fabris no polo de Manaus, afinal o horizonte para obter retorno foi ampliado.

É de se destacar, entre os projetos de implantação apresentados e aprovados na última reunião do Codam, aqueles de duas empresas que devem utilizar, na fabricação de seus produtos finais, matéria-prima obtida na região. Esses investimentos somam R$ 6,015 milhões e, ao fim da implantação, devem oferecer 79 postos de trabalho. As iniciativas podem parecer modestas ante as alocações de recursos feitas pela indústria de eletroeletrônicos, mas têm a vantagem de abrir outra frente na atividade econômica em Manaus.

O projeto da Agroindústria e Comércio de Derivados do Leite da Amazônia se propõe investir R$ 3,931 milhões para produzir sorvete, requeijão, suco, doce de leite, e manteiga. O requeijão e o queijo devem utilizar matéria-prima da região e esta é uma boa notícia.

Na mesma situação está o projeto da microempresa Irmãos Souza & Cia. Ltda, que vai investir R$ 2,084 milhões para produzir queijo, também com matéria-prima da região.

Deste modo, com a busca por matérias-primas existentes no Amazonas e na Amazônia, é possível a expansão de empreendimentos fora dos setores industriais mais expressivos do PIM, com o bônus de oferecer, ao caboclo do interior, a oportunidade de absorver seus produtos, se a logística o permitir.

Publicação no Jornal do Commercio, ed. 02/09/2014

 

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