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Arquivos Mensais: julho 2014

Festa juninas, rio cheio e Copa do Mundo

31 quinta-feira jul 2014

Posted by Eustáquio Libório in Crônica

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Arena da Amazônia, água, bumbás, cangaços, canoa, cirandas, festejos juninos, junho, Manaus, namorado, Ponta Negra, quadrilhas, rio Negro, santo Antonio, turismo

O fenômeno da enchente nos rios amazônicos é oportunidade para se admirar, mais ainda, as belezas naturais, e outras nem tanto, que cercam Manaus, mesmo sem as praias naturais, de rio, e principalmente do rio Negro com suas areias brancas.

Em um passeio pelo entorno da cidade, preferencialmente de barco, já dá para sentir as mudanças ocorridas nesta época do ano, apesar dos malefícios trazidos pelas águas para quem vive às margens de rios e igarapés.

Folclore-ELiborio

Os dias de junho, com todo esse sol e os atrativos da região bem mereceriam o título que Carlos Drummond de Andrade deu a uma de suas obras, o livro de crônicas “Os Dias Lindos”.

Mas junho não é só a beleza das águas transbordantes do rio Negro, é também o mês das festas populares, que, por aqui, já foram juninas e, seja por causa dos bumbás de Parintins ou por motivos diferentes, foram praticamente transferidas para o mês de julho, apesar de serem juninas tanto na coreografia quanto na gastronomia, esta, aliás, a melhor parte.

Vai longe a época em que as danças folclóricas eram coisas de amador, com apresentações de pessoas que participavam pelo simples espírito de diversão, pela brincadeira em si

Os festejos juninos, com suas quadrilhas, cirandas, cangaços, bumbás entre outras tantas e tão famosas servem para um propósito nem sempre explícito que é o de integrar e unir pessoas aficionadas a essas farras, no bom sentido, claro.

No entanto, vai longe a época em que as danças folclóricas eram coisas de amador, com apresentações de pessoas que participavam pelo simples espírito de diversão, pela brincadeira em si e, por que não, pelas moças e rapazes com os quais passavam a conviver nesse período e, com grande frequência, por período bem maior depois das festas juninas.

É nessa parte da história que entra em cena um santo português que fez nome na Itália, onde foi parar por acaso, ou melhor, levado, literalmente, pelos ventos, naquele tempo, lá pelo século XI, quando as velas e os remos eram a força motriz de navios pelos mares-oceanos do mundo.

Conhecido como protetor dos pobres e dos namorados, Santo Antonio nasceu Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo, em Lisboa, no ano de 1195 e, aos 27 anos, se tornou franciscano. Resolveu ir pregar na Espanha, mas foi nessa ocasião que os ventos, em vez de encaminhá-lo ao país vizinho na península Ibérica, findou por depositá-lo em terras italianas.

Antonio radicou-se em Pádua, na região de Vêneto, nordeste da Itália, de onde, mais tarde, tomou emprestado o nome que o tornou famoso pelo mundo cristão, principalmente na Itália, França, Portugal e Brasil.

Após ser chamado pelo papa Leão 13 de “Santo do mundo inteiro” ficou conhecido por seus devotos como Santo Antonio de Pádua, em homenagem à cidade universitária italiana.

Voltando à nossa cidade, pode-se dizer que, se as velas e rezas a Santo Antonio, o santo casamenteiro, são manifestações de fé mais reservadas, não é o que acontece, por exemplo, com a procissão fluvial de São Pedro, nas ensolaradas tardes do fim do mês de junho, quando pescadores e boa parte da população manauara vai de barcos ou acompanha a procissão da orla da cidade.

Junho, em Manaus, é tudo isso e mais a Copa do Mundo que, neste ano, tomou a Arena da Amazônia para os jogos, além de se apossar da Ponta Negra para eventos culturais.

Publicação no Jornal do Commercio, ed. 10/06/2014

ZFM se recupera, já os salários nem tanto

30 quarta-feira jul 2014

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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encargos, faturamento, indústria, lucro, massa salarial, Polo Industrial de manaus, salário, Thomaz Nogueira, trabalhador, zona franca

Ao contrário dos oráculos que mais confundem do que esclarecem e sempre foram fonte de confusão para quem por eles se guiou ou tomou decisões, mesmo que fosse um César do império romano, os números esclarecem sem deixar margens para nenhuma dúvida, afinal o produto da soma 2 + 2 vai ser quatro, seja no Amazonas ou na galáxia Andrômeda, a 2,54 milhões de anos-luz do quarto planeta do sistema solar.

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É por esses números que se pode afirmar que as indústrias do polo de Manaus estão muito bem, obrigado. Afinal, se forem comparados o desempenho de 2010 com o de 2013, constata-se crescimento de 9,57% no faturamento medido na moeda norte-americana, o dólar.

A análise do desempenho do Polo Industrial de Manaus é uma enxurrada de números positivos se o período analisado estiver entre 2010 e 2013, como se pode constatar pelos números apresentados a seguir.

A massa salarial passou de US$ 922 milhões, em 2010, para US$ 1,34 bilhão no fechamento de 2013, apresentando evolução positiva de 23,53% no período de quatro anos. Esse número dá uma média mensal de desembolso na faixa de US$ 76 milhões.

Melhor do que a evolução dos salários foi o crescimento do pagamento dos encargos vinculados à folha de pagamento, que saiu de US$ 1,05 bilhão, em 2010, para US$ 1,34 bilhão no exercício de 2013, com crescimento de 27,72% no período.

A massa salarial passou de US$ 922 milhões, em 2010, para US$ 1,34 bilhão no fechamento de 2013, apresentando evolução positiva de 23,53% no período de quatro anos

É importante, porém, que se analise o conjunto das despesas de pessoal da indústria incentivada do PIM. O agregado desses números, de acordo com os indicadores divulgados pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) relativos ao mês de abril, dão conta de que salários, encargos e benefícios (SEB) evoluíram 25,73%, passando do patamar de US$ 164,06 milhões (média mensal) em 2010, para US$ 206,28 milhões em 2013.

No entanto, as boas notícias começam a rarear a partir do momento em que se considera o SEB médio e a evolução dos salários pagos aos operários do PIM. No primeiro quesito, o SEB médio, a evolução é de 3,17% em quatro anos. Os gastos com esse item passaram de US$ 1,77 bilhão em 2010, para US$ 1,82 bilhão no ano passado.

O segundo item, os salários pagos aos operários do PIM, a situação é bem mais dramática, para dizer o mínimo. Se em 2010 o salário médio estava na faixa dos US$ 827, em 2013 passou para US$ 838. Trocando em miúdos, bem miudinhos, cresceu exatos 1,34%.

Ante ao exposto sobram duas conclusões. A primeira é a de que as indústrias, no geral, estão conseguindo bons resultados. A segunda é que, apesar da evolução positiva no oferecimento de mais empregos, os assalariados do PIM estão com a remuneração praticamente estagnada há quatro anos.

No entanto, cabe uma reflexão: se cresceu o pagamento de encargos e benefícios e o operário, para falar no popular, continua lascado, então o governo está levando, de novo, a parte do leão.

Publicação no Jornal do Commercio, ed. 01/07/2014

O otimismo do super

29 terça-feira jul 2014

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Para o titular da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e bacharel em direito Thomaz Nogueira, a indústria incentivada vive no melhor dos mundos. Tanto é assim que no último dia 12, ao divulgar os indicadores industriais relativos ao mês de março, Nogueira afirmou que nenhum país do mundo cresce à taxa de dois dígitos como os 15,43% atingidos pelas empresas industriais no mês de março deste ano.

No mesmo texto distribuído pela Suframa, no entanto, não é bem isso que se constata quando a medida é tomada tendo por base o dólar norte-americano, moeda que, até a chegada de Nogueira à administração da autarquia, era usada de forma bem mais enfática para divulgar o desempenho do PIM.  Por ali o que se tem é uma perda de faturamento de -1,61% em relação a março de 2013, fato que não chega a ser uma tragédia, sem deixar de mostrar, com maior crueza, a quantas anda o Polo Industrial de Manaus.

A favor do otimismo do super da Suframa, que deve cumprir seu papel de incentivador da indústria local, pode-se dizer que o carro-chefe do PIM continua em franco crescimento. Uma vez que o setor eletroeletrônico apresentou, em março, expansão nas vendas em 8,92%, enquanto os bens de informática chegaram a 7,17%.

Mas é no acumulado do trimestre que o bom humor de Thomaz Nogueira se dá bem, quando os eletroeletrônicos cresceram 9,92% e os bens de informática ultrapassaram qualquer comparação com a China dos velhos tempos ao crescer 23,67%.

No entanto, se smartphones, tablets e TVs estão com alta demanda, como indicam os resultados das vendas, não se pode afirmar o mesmo em relação a outros dois importantes setores industriais do polo industrial como duas rodas e químico.

O segmento de das rodas vem apresentando resultados negativos, no mês de março, há três anos consecutivos. Se em 2012 o segmento faturou US$ 740 milhões, no ano seguinte caiu para US$ 567 milhões e neste ano chegou a US$ 491 milhões. Nestes três anos, o setor acumula perdas de faturamento de 33,65%, conforme dados da Suframa. Só no mês de março deste ano, a baixa atingiu 13,40%, enquanto no trimestre chegou a -5,57%.

A boa notícia, quando se fala em duas rodas, é que a mão de obra se manteve estável entre março de 2013/2014, empregando 18 mil pessoas diretamente, embora não se possa fazer a mesma afirmação quando a análise recai sobre o rendimento dos trabalhadores. Se em 2013 salários, encargos e benefícios deste setor estava na faixa dos US$ 2.548, em média, neste ano caiu quase 10%, ficando em US$ 2.303. Considere-se, ainda, que duas rodas emprega mais de 14% da mão de obra do PIM.

Ao faturar US$ 359 milhões em março, o setor químico registra queda de 6,08% e, no acumulado do trimestre, amplia as perdas de vendas em -13,06%. A baixa neste segmento vem desde 2011, quando o faturamento de março foi de US$ 438 milhões, até atingir s US$ 359 milhões no terceiro mês deste ano.

As perdas acumuladas no período de quatro anos são de 18,04%. Na questão dos pagamentos de salários e benefícios, o setor químico, que emprega contingente bem menor que o de duas rodas, com o diferencial de remunerar melhor, também teve perda de 7,20% entre março de 2013/2014.

De repente o otimismo do super da Suframa está mais para as situações vividas no obra de João Ubaldo Ribeiro, com feitiçaria e tudo, em “O sorriso do lagarto”. Infelizmente.

Publicação no Jornal do Commercio, ed. 20/05/2014

Impostos, remédios e Periquita

28 segunda-feira jul 2014

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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cerveja, drogaria, imposto, medicamento, periquita, preço, remédio, smartphone, tributo, vinho

Até o início da noite de domingo, 11 e Dia das Mães, os brasileiros já tinham recolhido em impostos, neste ano, a importância de R$ 623,11 bilhões. Com 130 dias decorridos, isto dá a média de pagamento diário de R$ 4,80 bilhões. Trazendo para mais perto, significa que o brasileiro recolhe, em 24 horas, o equivalente ao orçamento do município de Manaus projetado para o exercício de 2015.

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Parece pouco? Com esse valor dá para construir uma ponte Rio Negro e mais cinco arenas da Amazônia, ou montar frota de 192.000 carros populares. É muito dinheiro que o governo recolhe.

No entanto, a ausência da consciência cidadã no sentido de cobrar benefícios para o país e para a população torna comum cenas como a da mãe, em um hospital público, depois de esperar horas para ver atendida sua criança, receber a receita, mas o remédio, que faz parte daqueles que a administração pública deveria distribuir, não existir. Ela vai ter que comprar com seu mirrado salário. Sem entender porque não tem o remédio, comenta: “É de graça, não tem, paciência, vou dar meu jeito.”

Um pouquinho mais de conscientização, em vez de propaganda e doutrinação, e ela saberia que o governo não dá nada, pelo simples fato de que nada tem. O governo administra, e muito mal, os recursos recolhidos, de forma compulsória, pelos cidadãos. Alertada para isso, a senhora com a criança chorando no colo, se limita a dizer que, para ela, tanto faz, pois “não paga imposto”. Pois é, este é o Brasil de hoje, ou talvez a senhora more em Marte.

Com essa cena na cabeça e um smartphone na mão, fui pesquisar a quantas anda o imposto embutido em alguns itens de consumo diário e comum à maioria da população e descobri que bebo mais imposto do que cerveja ou vinho. Melhor para eu que consumo mais a primeira, onde a carga de tributos é de módicos 49,19%.

Mas aí, no Dia das Mães, data superespecial, muita gente trocou a cerveja por um vinho. Esta opção acrescenta ao teor alcoólico de uma garrafa do português Periquita, que é 12,5%, mais vinte pontos percentuais de tributos em relação ao preço da cerveja nacional. A taxação do vinho importado é, em média, 69,51%, embora a etiqueta de preço diga que os impostos são de 53,51%.

Trocando em miúdos, mais de dois terços do preço de uma garrafa de vinho importado sai do bolso do consumidor para os cofres do governo. Ah, mas o vinho é uma bebida, é supérfluo, alguém pode questionar. Isto é, consome muito mais quem pode do quem quer. Faz sentido. Então, que tal atravessar a rua e entrar numa drogaria, só para voltar ao caso da senhora lá do início do texto.

A tributação média dos remédios no Brasil é de também módicos 26,75%, se precisar de remédio importado o peso dos tributos sobe para 31,50%.

Aquela senhora, lá do hospital que não paga imposto [de renda, com certeza] compra uma caixa de remédio para gripe por R$ 27 e recolhe, na hora, R$ 7,22 em impostos. É pouco? Dá quase três passagens de ônibus ou um quilo de pão francês.

Pior que os remédios é o caso dos livros. Se comprar um de cem páginas, 31 delas correspondem à garfada dos impostos (31,45% do preço) que se paga ao governo. Mesmo assim, as escolas públicas têm que passar uma obra didática de um aluno para outro em anos sucessivos.

Mas o Periquita estava ótimo, apesar do sabor tributário de dois terços do preço. Salute!

Publicação no Jornal do Commercio, ed. 13/05/2014

Smartphones e redes sociais, a democratização do poder

27 domingo jul 2014

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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celular, comunicação, democratização, facebook, fonte de informação, jornal, mídia, poder político, redação, rede social, smartphone, TV, twitter, youtube

Os telefones inteligentes, ou como prefere chamá-los a maioria dos usuários, os smartphones, estão realmente ganhando poder, ou melhor, dando poder a quem os utiliza, um contingente cada vez maior de pessoas, independente de sexo e classe social ou econômica.

Blogs Comerciais Redes Sociais

O poder dos smartphones, no entanto, deriva do esforço, às vezes solitário e sem qualquer remuneração, dos desenvolvedores de apps, as aplicações que fazem desses ‘telefones’ um instrumento de informação e desafio à ordem social vigente.

No Brasil, junho de 2013 é o marco, pelo menos regional no âmbito da América Latina, de como as mídias sociais, com o reforço dos telefones inteligentes, podem ser um instrumento de democratização do poder político, ou melhor, do poder do povo em relação àqueles que estão no poder e, nem por isso, conseguiram antecipar, prever que havia uma onda de resistência sendo gestada para mostrar o grau de insatisfação da população com os destinos do país.

No entanto, as redes sociais e os smartphones se associam aqui em Manaus e conseguem, dentro de um contexto militar, organizar uma greve de praças da Polícia Militar que, por falta de inteligência, tanto no sentido organizacional quanto lato sensu, deixaram de considerar a realidade e a rotularam de virtual, de movimento inexistente, e para usar uma expressão lá da terra do quase ex-senador Alfredo Nascimento, sem futuro. Deu no que deu: o governador teve que resolver uma parada que em princípio, não poderia existir na caserna.

Quer saber mais? A campanha eleitoral que se aproxima vai ser vencida na internet, nos celulares.

Mudaram os tempos, chegaram as novas tecnologias que colocam, literalmente, na mão de seus usuários o poder de questionar, de se organizar e, principalmente, fazer valer seus direitos. Aliás, o Brasil vive um momento no qual já não se fala mais nos deveres. Todo mundo só reconhece seus direitos, quantos aos deveres, ora, ora…

Voltando aos smartphones: não dá para viver sem eles. Ao mesmo tempo em que o usuário pode verificar como vai ser o clima, checar o trânsito no itinerário que vai fazer, ou, em um supermercado, prescindir das máquinas leitoras de códigos de barras, pode também fazer muito mais. É só querer e ter a app apropriada, geralmente obtida de graça.

Por exemplo, não são poucas as pessoas que usam o telefone para fotografar, filmar e denunciar infrações, crimes e omissões que as prejudicam. Pior: com as redes sociais aliadas aos smartphones, a notícia, o fato, a denúncia perdeu o dono. As empresas de comunicação já deixaram de ser o veículo único e exclusivo de disseminar a informação.

Os veículos que, digamos, se modernizaram, vão pela via que, até pouco tempo atrás era a contramão. Isto é, em vez de simplesmente buscarem dar informação a seus leitores, telespectadores, transformam esses agentes em fornecedores de informações, de reivindicações, de demandas sociais que devem ser atendidas pelo poder público ou, na grande maioria dos casos, por empresas, notadamente aquelas que prestam serviços públicos.

Não é à toa que, hoje, as empresas com os maiores índices de rejeição são, justamente – em todos os sentidos – as operadoras de telecomunicações, energia, água e esgoto. Isto é, concessionárias de serviços púbicos.

Quer saber mais? A campanha eleitoral que se aproxima vai ser vencida na internet, nos celulares. As propostas devem ser apresentadas ao eleitor e ele não vai esperar para ver isso em programa de TV, todo lindo, produzido, e, para não ofender, bem longe da realidade da vida das pessoas.

Publicação no Jornal do Commercio, ed. 06/05/2014

Águas do Negro

27 domingo jul 2014

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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2014, Adolpho Lisboa, alagar, Barão de São Domingos, comércio tradicional, enchente, Manaus Moderna, mercadão, porto, prejuízo, roadway, rua dos Barés

Quem frequenta a área da Feira da Banana, no entorno da Manaus Moderna, desde a semana passada está convivendo com uma área alagada na rua dos Barés, próximo ao cruzamento com a rua Izabel.

Por ali carros leves passam, como diria o caboclo, fazendo banzeiro, e quem estiver a pé vai encontrar dificuldade para transitar no local devido à falta de passarelas, pois, como se sabe, nos meses de maio/junho, quando a enchente do Negro toma maior volume, é comum que se ande em passarelas nas áreas mais próximas do rio.

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Com as águas no nível de 29,03 m, atingido no último dia 23 de maio, sexta-feira, o rio Negro estava, naquele dia, no mesmo nível do ano de 2013, porém bem abaixo da cota atingida em 2012, quando era de 29,91 m. A se registrar que, entre um ano e outro, as águas do Negro estão subindo, em média, 3 a 4 cm por dia.

Se a comparação se referir a 2012, ano de enchente recorde, as águas do rio Negro subiam, em média, um centímetro por dia nessa época. Pode-se afirmar, dentro dessa perspectiva histórica, que a cheia do Negro, em 2014, não deve atingir níveis muito superiores aos de 2013, embora esta enchente já possa se inscrever entre as maiores já ocorridas. Mesmo com essa perspectiva otimista, nesse campo uma previsão está sujeita a outros fatores que não apenas a simples leitura do quantitativo diário da enchente.

Por ali carros leves passam, como diria o caboclo, fazendo banzeiro, e quem estiver a pé vai encontrar dificuldade para transitar no local devido à falta de passarela

Assim, as contas apresentadas pela prefeitura indicam que, em Manaus, pelo menos a população de 12 bairros já sofre com a invasão das águas do Negro e a região do centro histórico é um desses sítios alagados. Por ali, além da rua dos Barés, as águas já chegaram à rua Barão de São Domingos, ao lado do Mercado Municipal Adolpho Lisboa, enquanto as escadarias de acesso aos barcos, no porto da Manaus Moderna, estão submersas e o acesso acontece por meio de plataformas.

A estimativa das autoridades é de que cerca de 37 mil famílias já foram atingidas pelas águas da enchente. Por outro lado, a se manter o nível diário da enchente, o rio Negro deve fechar maio com uma cota de 29,31 m. Se concretizada essa expectativa, estará bem próximo do nível da enchente de 2013 quando, em 16 de junho, o rio Negro estava na cota de 29,33 m.

O CPRM prevê que o rio Negro atinja, no máximo, o nível de 29,49 m. Assim, áreas que alagam nas maiores enchentes como a avenida Eduardo Ribeiro, e atingem prédios como da Alfândega, da Receita Federal e instalações do Porto de Manaus, o Roadway, estariam fora dessa expectativa de serem invadidos pelas águas. Ali, a preocupação com enchente maior só acontece a partir da cota de 29,50 m.

De qualquer jeito, já tem comerciante dizendo que as águas começam a atrapalhar seus negócios, como é o caso de quem trabalha na área alagada da rua dos Barés.

Por fim, é de se esperar que o ritmo das chuvas sobre os rios tributários do Negro já tenha diminuído, reduzindo a possibilidade de que  a enchente cause mais prejuízo à população de Manaus, além daquela parte que já está enfrentando as águas.

Publicação no Jornal do Commercio, ed. 27/05/2014

Internet e celular, preços altos e baixa qualidade

27 domingo jul 2014

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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América Latina, Braisl, celular, custo, demanda, IBGE, internet, Manaus, minuto, preço

O Brasil, apesar de praticar as maiores tarifas no fornecimento do serviço de banda larga na América Latina, não apresenta o mesmo nível de qualidade, tanto no caso da internet quanto em serviços de telefonia celular. Na contramão de outros 16 países avaliados em pesquisa feita pela Associação Internacional de Companhias de Telecomunicação (GSMA), nos últimos anos, os preços por aqui cresceram, enquanto nos demais países da região a tendência foi de queda.

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Em duas, das três modalidades de serviços avaliadas pela pesquisa da GSMA, o Brasil teve aumento nos valores da tarifas cobradas. No caso dos serviços de modems, por exemplo, o preço praticado no país é de US$ 32, cerca de R$ 74. Esse valor é quase o dobro do valor médio cobrado nos demais países da região, em torno de US$ 15,60 (R$ 36).

O preço do pacote de banda larga para telefones celulares, com franquia de até 1 gigabyte é cobrado a US$ 24,70 (R$ 57) aqui e a média da região fica em US$ 14,44 (R$ 34).

Para se ter uma ideia da evolução dos preços praticados no Brasil em relação aos países latino-americanos, em 2010, o país tinha o serviço de banda larga para modems classificado como o 8º mais caro na região e ficava como 4º mais barato nos serviços para smartphones.

Desde então, nos países vizinhos, esse preço caiu cerca de 25%, enquanto o preço dos pacotes caíram cerca de 60%. Já no Brasil os serviços ficaram mais caros 28%, informa a pesquisa.

Esses preços demonstram que o país tem uma enorme demanda, com tendência ao crescimento, para utilizar os serviços de internet e telefonia celular. Com essa realidade e a atuação modesta, digamos assim, do órgão regulador, o usuário é que sai prejudicado ao bancar preços altos por serviços de baixa qualidade.

A demanda pelos serviços pode ser exemplificada pelos números exibidos em pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar (Pnad) voltada para internet, com base em dados de 2011.

No caso do Amazonas, de um universo de 894 domicílios pesquisados pelo IBGE, 281 têm computadores e, destes, 208 (74%) utilizam serviço de internet. No entanto a existência e a utilização de telefones celulares é mais massiva. Os domicílios com telefones fixos, naquele universo, é de 193, enquanto os celulares têm participação de 715.

A Pnad-Internet do IBGE também informa que, no Amazonas, 71% dos domicílios têm rádio e 91,5% possuem TV.

É interessante a informação de que, no Brasil, a série numérica da pesquisa desde 2005, demonstra a tendência de crescimento na utilização dos serviços de internet, passando de 20,9%, em 2005, das pessoas com mais de 10 anos de idade que o utilizam, para 46,5% em 2011. No Amazonas, em 2005, eram 10,5%, em 2011 passou para 37,3%.

Com tal crescimento da demanda pode ser explicado o aumento do preço. O que não pode ser explicado, a baixa qualidade, fica por conta da atuação do órgão regulador.

 Publicação no Jornal do Commercio, ed. 29/04/2014

Janela de oportunidade e a parada de ônibus

26 sábado jul 2014

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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abrigo, ônibus, bem público, construção, lucro, Manaus, negócio, oportunidade, prefeitura, setor público

Um dos mitos da economia de mercado é o de que bens públicos devem ser construídos pelo Estado. Isto é, como o bem público normalmente pode ser usufruído por todos, na maior parte das vezes sem a contrapartida do pagamento, o setor privado não teria interesse. Mas nem sempre é assim, como bem pode ser observado no dia-a-dia das grandes cidades.

Em uma economia de livre iniciativa cabe ao empreendedor definir quanto vai investir e no que vai investir, a partir da lógica de maximizar os lucros do capital disponibilizado para o investimento, seja na produção de bens ou na oferta de serviços, assim como deve definir as quantidades do que vai oferecer no mercado.

Já o Estado vai oferecer serviços e bens públicos nos quais a iniciativa privada dificilmente teria interesse de alocar recursos. Assim, fica a cargo do governo, da administração pública, por exemplo, construir vias, praças e outros equipamentos de uso coletivo nos quais empreendedores privados não querem investir, como paradas de ônibus.

Há alguns anos, a Prefeitura de Manaus construiu paradas de ônibus que mais serviam para afixar peças publicitárias do que para abrigar usuários de transporte coletivo, que necessitam desse tipo de abrigo em função das intempéries e do longo tempo de espera até que o transporte chegue. É possível que tal iniciativa tenha economizada algum dinheiro do contribuinte, mas deixou muita gente na chuva ou no sol quente à espera de ônibus.

Essas paradas de ônibus ainda estão ativas pela cidade, apesar de a administração municipal estar construindo outras em formato mais apropriado para abrigar as pessoas do que para ser suporte de banners ou estandartes.

No entanto, existe uma máxima econômica que afirma serem os recursos escassos e as necessidades a serem satisfeitas, infinitas. É bem por aí que chegamos na convergência de um senhor quase paralítico que construiu uma parada de ônibus na avenida Brasil, no bairro São Jorge.

O cidadão se chama João Corrêa Pimentel e teve o insight de construir a parada de ônibus ao perceber que os usuários de transporte coletivo faziam fila para se esconder do sol à sombra de um poste – bem, pelo menos os mais magros conseguiam a façanha – mas não tinham como fugir da chuva, em local bem próximo de sua casa.

Pimentel, que sobreviveu a um acidente de motocicleta, mas ficou um bom tempo sem memória e quase perdeu os movimentos dos braços, arranjou material e, ele mesmo, construiu o abrigo em duas semanas. No entanto, além de pensar em tirar o pessoal do sol e da chuva, ele vislumbrou a oportunidade de faturar algum dinheiro com a venda de água mineral e outras coisas a quem espera ônibus naquele ponto.

Talvez ‘seu’ João ainda não tenha faturado nada com sua obra, mas já está procurando saber, lá pela prefeitura, se pode abrir um lanche no local.

Fica o exemplo da visão do empreendedor que, ao satisfazer a necessidade de terceiros não deixa de estar de olho na oportunidade de se beneficiar com seu trabalho, sem nenhuma esperteza, mas com o firme propósito de ter algum lucro.

Se a moda pega, a prefeitura vai ter que se virar para regulamentar a construção de paradas de ônibus pela iniciativa privada. Bom para usuários de ônibus.

Publicação no Jornal do Commercio, ed. 15/04/2014

Acidentes não acontecem, são provocados

26 sábado jul 2014

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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ônibus, carreta, colisão, Djalma Batista, executivo, mortos, viaduto

Entre as versões que apresentadas para explicar a morte de 16 pessoas no acidente ocorrido na sexta-feira, 28, com a colisão entre um ônibus executivo e uma caçamba, está uma que, conforme a mídia informou, foi contada por gente envolvida no acidente.

Essa versão diz que o motorista da caçamba estava perseguindo uma S-10 que o teria fechado na avenida Torquato Tapajós. Conforme noticiário na imprensa, quem contou essa história teria sido o próprio motorista da S-10. Ele falou para jornalistas que o motorista da caçamba queria matá-lo.

A ser verdade tal história, o trânsito caótico que existe em Manaus só vem provar o que técnicos e especialistas em segurança alardeiam há muito tempo: eles afirmam que acidentes não acontecem.

Acidente, como sabemos, em uma primeira acepção é um fato inesperado. Em outra acepção, é um fato infeliz, um desastre, que causa danos ou ferimentos a terceiros.

Os especialistas em segurança asseguram que os acidentes não acontecem pela simples razão de que mais de 80% dos tais “acidentes” são provocados por falha humana, pelo que os experts chamam de ato inseguro, inseridas aí a imperícia, a desatenção ou, pior, em caso de acidente rodoviário, o excesso de velocidade, sem entrar no mérito da necessidade de ultrapassar o limite permitido, uma infração.

Conforme estatísticas do Detran, Manaus tinha, no fim de dezembro de 2013, uma frota superior a 580 mil veículos, com a estimativa de que entram, todo mês, pelo menos 5 mil novos carros em circulação na cidade. Com isso, até o fim deste ano, a expectativa do Detran é de que Manaus venha a ter cerca de 641 mil carros rodando.

É óbvio que não se cria, nem teria como se criar, espaços de circulação nesta proporção. Isto é, a abertura de novas vias na cidade não obedece à lógica do crescimento do número de veículos em circulação.

Entram na discussão duas teorias: A Lei de Murphy e a Teoria do Caos. Por mais que pareça, ainda não é o fim do mundo, apesar dos títulos que denominam essas diretivas para explicar o que, para nós, simples mortais e leigos, parecem ser acidentes, embora, com certeza, sejam verdadeiramente desastres.

A Lei de Murphy afirma que, se tem que dar errado, vai dar errado e na pior hora. Enquanto a Teoria do Caos se encaminha pela afirmação de que “os riscos de que fatores insignificantes se transformem em tragédia aumentam à medida que aumenta a potência das fábricas, dos veículos e das máquinas.”

Dito isso, e para um crente como o autor destas linhas, só Deus livrou que o tal acidente, que mais cheira a assassinato em massa, seguido de suicídio, não tenha atingido proporção maior. É só imaginar que na hora em que aconteceu o tal acidente, pouco depois das 19h, a principal avenida de Manaus tem um fluxo de veículos tão intenso que, dificilmente, a velocidade dos carros ultrapassa os 15 km/h. Agora, imagine, de novo, se o perseguidor da S-10 atingisse um ônibus articulado ou um bloco de veículos. Nem pensar em tal tragédia.

No entanto, resta uma lição: o manauense, além de cordial, amistoso, caloroso também é solidário: o Hemoam bateu recorde de doação de sangue.

Para finalizar fica uma pergunta: a cidade que já socorreu bandido transportando-o de helicóptero para o pronto-socorro, mas que levou mais de duas horas para remover as 14 primeiras vítimas do acidente está preparada para a tal de Copa do Mundo? Tenho que dar razão ao secretário de Cultura, Robério Braga. Duvido.

Publicação no Jornal do Commercio, ed. 01/04/2014

Energia de Tucuruí e apagões de Manaus

25 sexta-feira jul 2014

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Amazonas, apagão, conexão, energia, Manaus, SIN, Tucuruí

Desde o dia 9 de julho de 2013, Manaus está conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) de energia elétrica, por intermédio do linhão de Tucuruí que custou ao contribuinteum valor estimado em R$ 3,5 bilhões e levou cinco anos para ser efetivado, com pelo menos três de atraso.

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Entre as justificativas que foram utilizadas para a construção do linhão para ligar a energia gerada na hidrelétrica de Tucuruí, no Estado do Pará, e a capital do Amazonas está a de que a inclusão do sistema até então isolado de Manaus possibilitaria a economia de R$ 2 bilhões, anuais, que o contribuinte brasileiro paga para subsidiar o diesel e o óleo combustível utilizado para fazer funcionar as usinas movidas com esses combustíveis em Manaus.

A interconexão com o SIN, no entanto, demandou que a Eletrobras Amazonas Energia construísse seis subestações na cidade e que já deveriam estar em pleno funcionamento. As subestações novas de Mauá, Mauá 3, Jorge Teixeira, Mutirão, Cachoeira Grande e Lechuga devem reforçar a distribuição da energia proveniente de Tucuruí com sua efetiva oferta aos municípios de Iranduba, Manacapuru, Rio Preto da Eva e Presidente Figueiredo, integrantes da Região Metropolitana de Manaus (RMM).

O linhão de Tucuruí é obra de dimensões amazônicas e para levá-la a termo foi necessária a construção de linha de transmissão de 500 quilovolts (kV) desde a subestação de Tucuruí ao longo de 1.438 quilômetros em plena floresta amazônica. O linhão Tucuruí-Macapá-Manaus é composto por três trechos: Tucuruí-Xingu-Jurupari, Jurupari-Oriximiná-Macapá. Estes dois trechos pertencentes à espanhola Isolux, e Oriximiná-Silves-Lechuga, que pertence ao consórcio Manaus Transmissora de Energia, formado por Eletronorte, Abengoa, Chesf e FIPBE.

Além disso, a Eletrobras Amazonas Energia ainda teve que investir mais R$ 572 milhões em obras, instalações e equipamentos necessários à adequação do sistema isolado para conexão ao SIN.

Os investimentos e os esforços de construção do linhão devem suprir uma demanda de cerca de um mil megawatts, até então fornecida por 250 mW da usina hidrelétrica de Balbina e outros 778 mW oferecidos pelas sete usinas a gás natural, além de geradoras que queimam diesel e óleo combustível em Manaus.

Considerando os sistemas isolados do Norte do país, Manaus respondia por 60% dessa demanda energética. Assim, para incluir a cidade e outros quatro municípios da RMM, foram instaladas cerca de 3.300 torres de aço, desde Tucuruí, no Estado do Pará, bifurcando em Oriximiná/PA, para incluir Macapá, e de Oriximiná para Manaus.

Uma curiosidade e esforço da engenharia são as duas torres instaladas para atravessar os 2,5 quilômetros de largura do rio Amazonas, na altura de Jurupari, próximo a Almerim/PA. Ali, foram instaladas duas torres de 300 metros de altura, que equivale à altura de um prédio de 100 andares, e apenas 24 metros a menos do que torre Eiffel, em Paris.

Apesar de todo esse esforço e oito meses após a interligação entre a energia gerada em Tucuruí e Manaus, a qualidade da energia local ainda tem muito a melhorar, pois os apagões localizados na cidade acontecem diariamente, além de que os demais brasileiros continuam a pagar a conta de subsídio às termelétricas locais.

 

Publicação no Jornal do Commercio, ed. de 25/03/2014

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