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Arquivos Mensais: janeiro 2014

Recolhimentos da União superam em 39% receitas estadual e municipal

30 quinta-feira jan 2014

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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2013, Amazonas, Arrecadação, BNDES, carga tributária, desoneração, Estado, investimento, Manaus, município, União

Eustáquio Libório*

As três esferas de governo, União, Estado e município, não podem se queixar da falta de recursos para tocar a administração pública. Conforme dados divulgados por esses entes, a arrecadação tributária, em 2013, foi recorde.

No caso da União, por exemplo, o montante arrecadado, de R$ 1,13 trilhão, apresenta expansão real de 4,08%, já descontada a inflação do período, que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apura o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 5,91%.

Em dezembro de 2013, a sangria no bolso do contribuinte para engordar o cofre da União também apresentou arrecadação recorde com R$ 18,30 bilhões.

Esses números indicam que, apesar das desonerações efetivadas pelo governo central por meio da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), principalmente direcionadas ao setor automobilístico, que levou R$ 12,30 bilhões, e também as desonerações na folha de pagamento do setor privado, com inovações como a de privilegiar alguns produtos, a carga tributária brasileira é realmente muito alta.

Assim, a desoneração que a União talvez faça a favor da Zona Franca de Manaus é perfeitamente possível e compensada, inclusive, pela arrecadação que a própria União realiza no Estado do Amazonas, bem maior que a própria arrecadação estadual.

Em 2013 a União conseguiu obter no Amazonas R$ 12,45 bilhões, valor correspondente a 44,51% de todo montante obtido em receitas pela União na 2ª Região Fiscal, que atingiu R$ 27,99 bilhões no ano passado.

Ainda falando em recordes, esse valor foi 11,70% superior ao valor arrecadado no exercício de 2012.

Como não se vê maiores investimentos da União, a inferência que se pode fazer é a de que a maior parte da arrecadação federal está direcionada para o custeio da máquina pública. Isso pode ser ilustrado, por exemplo, com a viagem presidencial que  Dilma Rousseff fez na semana passada.

A comitiva presidencial foi à Suíça participar do Fórum Econômico Mundial, em Davos, e, na volta, fez uma parada turística em Lisboa, com direito a fim de semana em hotel de luxo com diárias que chegam a R$ 26 mil. A comitiva ocupou ‘apenas’ 30 aposentos de hotel.

No Estado do Amazonas a arrecadação também foi substancial em 2013. O governo estadual conseguiu arrecadar R$ 8,06 bilhões, que, em termos reais, significou expansão de 5,80% em relação aos impostos, taxas e contribuições coletados no exercício de 2012. Conforme a Secretaria de Estado da Fazenda, o aumento nominal da arrecadação estadual foi de 12,34% em relação ao mesmo período.

No município de Manaus a arrecadação da prefeitura, em 2013, ficou em R$ 882,80 milhões, também recorde, pois cresceu 12%, em termos reais, em relação ao ano de 2012. O crescimento em valores nominais no período foi de 18%.

Desta forma, a soma da arrecadação tributária do Estado e do município, que em 2013 foi de R$ 8,95 bilhões, fica bem abaixo dos R$ 12,45 bilhões que a União obteve por aqui e está 39,11% acima das receitas tributárias obtidas, no exercício de 2013, pelos governos do Amazonas e de Manaus.

A União, por seu lado, leva muito em receitas de uma área que deveria ser de exceção fiscal e pouco investe por aqui. A ajuda que o Amazonas tem recebido, como na construção da Arena Amazônia, se deu por meio do endividamento do Estado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

(*) Jornalista

E-mail: liborio.eus@uol.com.br

Publicação no Jornal do Commercio, ed. 28/01/2014

Letra morta

21 terça-feira jan 2014

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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Centro, cobrança abusiva, decreto municipal nº 2.552, extorsão, flanelinha, lei do estacionamento fracionado, lei municipal nº 1.752/2013, liminar, preço, shopping, wilker barreto

Eustáquio Libório*

Há leis que são criadas para melhorar a vida das pessoas nas relações de consumo e findam por trazer mais problemas e tornar essas relações mais complicadas por não ser possível, no Brasil, legislar sobre preços, os quais são estabelecidos pelo mercado onde, em princípio, impera a livre concorrência.

Exemplo de texto legal cheio de boas intenções e que findou por acarretar mais problemas na vida dos consumidores é a lei municipal nº 1.752/2013, a Lei do Estacionamento Fracionado, de autoria do vereador Wilker Barreto, sancionada em julho do ano passado e que, até o momento, é letra morta por não ser cumprida.

A lei, e o decreto municipal nº 2.552, de 1º de outubro de 2013, que a regulamentou, visavam acabar com a cobrança abusiva praticada pelos estacionamentos na cidade, uma vez que, independente do período de permanência do veículo, a taxa mínima cobrada é a mesma.

Em que pese as boas intenções do líder do prefeito na Câmara Municipal de Manaus, vereador Wilker Barreto, a lei de sua iniciativa só fez com que os usuários de estacionamentos pagassem mais pelo mesmo serviço e, assim, pode ser exemplo de legislação que inverte o objetivo para o qual foi criada.

Casos de usuários que denunciam a cobrança de preços reajustados para cima são frequentes e quase diárias na mídia local, mas há situações que passam do abusivo à extorsão, como a denúncia contra o estacionamento Central Park, localizado na rua Dr. Moreira, 249, no Centro, Zona Sul, onde a hora está sendo cobrada a R$ 13,50.

No Centro, como se vê, falta uma ação mais forte da Prefeitura de Manaus com o objetivo de coibir esse tipo de abuso e a ação dos tais flanelinhas, que agem nas ruas impunemente e, sem prestar nenhum serviço, danificam os veículos de proprietários que não lhes pagam a importância cobrada.

Não existe, por enquanto, a possibilidade de que essa situação nos estacionamentos de Manaus venha a ser resolvida pelo poder público.

Primeiro porque pelo menos três shoppings centers de Manaus, onde o serviço é explorado pela empresa Amazon Park, conseguiram liminar que os isenta de cumprir a Lei do Estacionamento Fracionado e, desde o início de dezembro, fazem a cobrança à sua maneira e em prejuízo dos usuários desses shoppings.

Em segundo lugar está a suspensão da licitação que deveria dar ordenamento e ampliar o número de vagas oferecidas no centro de Manaus com a implantação do Zona Azul, serviço que ficaria sob a coordenação da Prefeitura de Manaus.

Enquanto órgãos de defesa do consumidor pouco conseguem fazer para oferecer respostas ao contribuinte, urge que o poder público utilize os recursos à sua disposição para que a lei seja cumprida.

Uma ação combinada de órgãos como a Prefeitura de Manaus, Ministério Público, Procon, entre outros, bem que poderia ser implementada para dar garantia de que a lei seja cumprida.

Enquanto isso não acontece, resta ao cidadão, como ao enforcado, o direito de espernear, de reclamar e, quando possível, evitar os locais onde o serviço de estacionamento é mais abusivo, denunciando-o, inclusive em redes sociais.

(*) Jornalista

E-mail: liborio.eus@uol.com.br
Publicação no Jornal do Commercio em 21/01/2014

Inflação e crescimento do PIB em 2014

16 quinta-feira jan 2014

Posted by Eustáquio Libório in Artigo

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2014, Amazonas, Brasil, conjuntura, Datafolha, economia, inflação, IPCA, Manaus, pesquisa, preço, zona franca

Eustáquio Libório

As expectativas para a economia brasileira para este ano se mantêm na linha do pessimismo com tendência de até piorar em virtude das eleições presidenciais, o que não deixa de ser um foco de preocupação para quem está no poder. Dois fatores principais despontam nessa conjuntura: a inflação que cresce e ataca justamente um segmento onde os brasileiros podem retirar o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff, uma vez que no setor de alimentos a corrosão inflacionária está próxima de 8%.

Com crescimento médio do produto interno bruto (PIB) em 2% entre 2011 e 2013, nada indica que neste ano o Brasil possa extrapolar esse patamar, mesmo com alguma ajuda da Copa do Mundo, que deve trazer pelo menos 100 mil turistas a mais ao país, e o boom esperado pela indústria no setor de eletroeletrônicos, também em função dos jogos da Fifa no país, a partir de 12 de junho.

Além disso, pesquisa divulgada pelo Datafolha dá conta de que em novembro de 2013 as expectativas da população em relação à inflação e ao desemprego são as piores desde 2009.

No mês de novembro daquele ano, 43% dos brasileiros acreditavam que o desemprego iria crescer no ano seguinte, em 2010 essa expectativa baixou para 28% e no ano seguinte foi de 32%, chegando, em agosto de 2013, a 39%, para atingir, em novembro de 2013, parcela de 43% dos que pensam que vão ficar desempregados em 2014.

Os números captados pelo Datafolha quanto à inflação apresentam curva similar em relação ao ano seguinte. Em novembro de 2009, 36% dos brasileiros acreditavam que a inflação seria maior no ano seguinte, em 2010 a taxa caiu para 33% e no ano seguinte subiu para 51%, enquanto em agosto de 2013, 53% pensavam que a inflação vai ser maior em 2014, passando, em novembro, para 59% o contingente de brasileiros que veem mais inflação neste exercício.

Se a conjuntura econômica brasileira vai por esse caminho, no Amazonas as lideranças industriais, setor que puxa a economia local, têm visão um pouco melhor com estimativa de crescimento do PIB entre 3% a 5%, embora essa perspectiva esteja relacionada à chegada de grandes indústrias com projetos já aprovados na Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e no Conselho de Desenvolvimento do Amazonas (Codam), como é o caso da Digibras/Lenovo, com forte atuação no campo da informática, e da japonesa Daikin, que tem a ambiciosa meta de ser a líder no segmento de condicionadores de ar em cinco anos.

Mesmo sem a intenção de ser advogado do diabo, é salutar o registro de que uma das maiores esperanças de crescimento econômico no longo prazo, no entanto, não conseguiu decolar até agora. Na terceira tentativa de criação de um polo da indústria naval em Manaus, como vem acontecendo desde 1994, as notícias nesse setor não são animadoras, apesar do interesse que indústrias de outros países já demonstraram em instalar plantas no Amazonas.

Os impedimentos estão nas exigências ambientais e na deficitária infraestrutura logística que sempre foi o calcanhar de Aquiles para o crescimento do Amazonas.

Para finalizar, não se pode deixar de lado as outras duas limitações que estão colocando a Zona Franca de Manaus contra a parede: o prorrogação do modelo, prometido desde 2011 pela presidente Dilma Rousseff, e a nova alíquota do ICMS interestadual, que vai dar trabalho no Congresso Nacional neste ano.

(*) É jornalista

E-mail: liborio.eus@uol.com.br
Publicado no Jornal do Commercio , ed. de 07/01/2014

Acidentes de motos aumentam e produção cai

16 quinta-feira jan 2014

Posted by Eustáquio Libório in Textos & Economia

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acidente, álcool, carro, causa, droga, equipamento de segurança, moto, motocicletas, motocilista, motorista, produção

Eustáquio Libório*

 A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) fez um estudo sobre o que os técnicos da instituição chamaram de “Epidemia acidentes motocicletas”. Circunscrito à Zona Oeste de São Paulo, a pesquisa teve como objetivo principal avaliar causa de acidentes com motocicletas e com vítimas.

O estudo completo foi divulgado pela Associação Brasileira de Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) e está disponível em seu site.

Realizada no período de 19 de fevereiro a 12 de maio de 2013, a pesquisa contabilizou 326 vítimas de acidentes envolvendo motocicletas e buscou analisar três fatores envolvidos nas ocorrências que foram humano, viário e veículos.

Entre as conclusões obtidas pelo estudo da FMUSP alguns são preocupantes e outros até inesperados. Entre os primeiros está, por exemplo, o fato de que motoristas são, em 51% das ocorrências, causadores do acidente e os motociclistas causam 49%, estatisticamente pode-se dizer que estão em empate técnico. A imprudência de motoristas está presente em 84% e a de motociclistas em 88% dos acidentes.

Já a conclusão inesperada é a detecção pelo estudo de que a utilização de equipamentos de segurança tem relação menor do que poderia supor o senso comum. Assim, o uso de capacete é eficaz para reduzir lesões leves em 48% dos acidentes. O uso de capacete e bota, no entanto, baixa para 47% a eficácia, mas quando o motociclista usa capacete e jaqueta as lesões são menores em 57% dos casos.

Outra situação que preocupa é o consumo de álcool ou droga. Conforme a pesquisa, uma em quatro vítimas de acidentes utilizou droga ou álcool e conduziu motocicleta. O percentual exato é de 21,3% dos acidentados nessa situação, sendo 14,1% para droga (a cocaína é mais frequente) e 7,2% para álcool.

Os motociclistas que usam seus veículos para ir ao trabalho ou lazer e pilotam em média duas horas por dia são 77% dos acidentados, enquanto os motofretistas que dependem das motos para fazer seu trabalho têm participação de 33% como vítimas de acidentes.

Os técnicos da FMUSP apontam a experiência dos motofretistas como fator para diminuir sua participação em acidentes.

Em 13% dos acidentes o excesso de velocidade é apontado como fator preponderante para acontecer, os motociclistas concorrem com 71% e os motoristas ficam com os 29% restantes. No entanto o fator humano finda por ser responsável pela ocorrência dos acidentes. Em 94% dos casos, a pista estava seca, 67% aconteceram de dia, 25% transportavam garupa e 18% aconteceram em sextas-feiras. Cabe uma reflexão.

O fator veicular se sai bem na análise da FMUSP. Apenas 8% dos acidentes aconteceram por problemas nos veículos. Deste total, 80% aconteceram com motos de até 250 cc e 69% com motocicletas com até seis anos de uso.

Enquanto isso, a indústria de duas rodas desce a ladeira. Se em 2011 foram produzidas 2,12 milhões de unidades, no ano seguinte houve uma queda de 19,43% com 1,71 milhão de unidades. Em 2013, no acumulado até o mês de outubro, a produção foi de 1,46 milhão. Nesses três anos foram colocadas no mercado 5,29 milhões de novas motocicletas.

Por fim cabe registrar a carência de melhor preparo dos condutores, não só de motocicletas, mas de veículos em geral, para tentar reduzir o número da mortandade no trânsito brasileiro.

 (*) É jornalista

 E-mail: liborio.eus@uol.com.br

Publicado na revista PIM nº 45, ed. dezembro/2013

Copa, eleições e economia em 2014

16 quinta-feira jan 2014

Posted by Eustáquio Libório in Textos & Economia

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2014, combustível, copa do mundo, crise, dívida, Dilma, economia, eleição, FGV, legado, pesquisa, PIB, popularidade, receita, Rousseff

Eustáquio Libório

Ano de Copa do Mundo, 2014 também é ano eleitoral, mas os dois eventos não estão animando os pesquisadores da Fundação Getulio Vargas (FGV) que preveem tempos mais difíceis para o Brasil no próximo ano, independente das eleições e do que se convencionou chamar de ‘legado da Copa’, que, até agora, parece ser o comprometimento de boa parcela das receitas públicas na construção de estádios.

Estudo divulgado na segunda quinzena de novembro pela FGV traz notícias bem ruins para o governo e para a economia brasileira, e isso, sem dúvida, vai respingar na popularidade da presidente Dilma Rousseff que, neste meado de novembro, o Ibope afirma ter 43% de popularidade no país.

O problema todo, no entanto, é que a popularidade presidencial deve cair em ritmo mais acentuado do que o crescimento da inflação previsto pela pesquisa da FGV. Pelo estudo, o IPCA vai atingir 6,1% no fim de 2014, enquanto a previsão do governo para esse indicador para o mesmo período é de 5,7%.

A expansão na criação de riqueza no país, medida pelo produto interno bruto (PIB) é outra má notícia para os brasileiros, pois, conforme a FGV, deve ficar em 1,8%, bem abaixo dos 2,5% previstos para este ano.

No entanto, as más notícias para os brasileiros não param por aí e os votos de feliz ano novo para 2014 vão ser atropelados também pelo câmbio e, pior, pelos preços administrados que devem sofrer o impacto de alguma liberação no preço da gasolina, há bastante tempo represado pela política do governo de evitar aumento nesse insumo.

O reajuste no preço do combustível é a senha para outra série de aumentos de preços que vão concorrer para que a inflação ultrapasse o limite superior da faixa da meta além de, como prevê o estudo da FGV, também extrapolar os 6%.

No rastro do reajuste do combustível, o preço dos alimentos também vai tornar o ano novo bem menos feliz, principalmente para as classes com renda menor, onde o consumo de alimentos é responsável por parcela maior dos dispêndios familiares.

A complicar ainda mais o panorama entrevisto pelo estudo da FGV resta o quadro pintado em relação à baixa do consumo, decorrência do aumento da taxa de juros. Em outros palavras, quem vai continuar se dando bem mesmo em um 2014 de baixo desempenho da economia brasileira são os bancos.

Assim, não será surpresa, como prevê a FVG, que o déficit nominal seja expandido, apesar das previsões de que a desoneração tributária deve ser menor no exercício de 2014.

O ano eleitoral, assim, não vai ter céu de brigadeiro para a presidente Dilma Rousseff conseguir sua reeleição, apesar das notas que o Ibope, neste fim de ano, está lhe assegurando e que, em um contexto geral, têm melhorado desde os protestos acontecidos no meio deste ano.

Eustáquio Libório é jornalista

E-mail: liborio.eus@uol.com.br

Publicado na revista PIM nº 44, ed. novembro/2013

Nem túnel, quanto mais luz

16 quinta-feira jan 2014

Posted by Eustáquio Libório in Textos & Economia

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competitividade, crescimento, desenvolvimento, desoneração, exportação, impostos, poder público, produtividade, reforma tributária, tema

Eustáquio Libório

Documento publicado em 1998 pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), à época sob a direção de Fernando Bezerra, a “Cartilha da Reforma Tributária” é o tipo de texto que espelha a caducidade dos problemas enfrentados pelo Brasil e a ausência, ou quase, de medidas inovadoras que venham contornar dificuldades e oferecer ambiente propício aos negócios e mesmo ao crescimento e desenvolvimento do país.

Há 15 anos, quando o presidente Fernando Henrique Cardoso iniciava seu segundo mandato e o ex-presidente Lula era apenas um postulante à cadeira presidencial, as lideranças da indústria já colocavam na mesa de discussão os mesmos temas que, uma década e meia e três presidentes depois, infelizmente continuam atuais e, pior, a emperrar o crescimento econômico do Brasil.

A reforma tributária pela qual se batia e ainda se bate a CNI apontava a necessidade de tornar o assunto um tema prioritário no país, principalmente no Congresso Nacional, sob pena, lembrava a CNI, de amplificar efeitos perniciosos em relação à produção e à criação de empregos. É uma visão que, com perdão do trocadilho, envolve, ao compará-la com a atualidade, uma sensação de déjà vu.

O apelo da indústria, então, passava por medidas que alterassem o modelo tributário brasileiro com a finalidade de adequá-lo às novas características da economia nacional que se firmava com maior participação no mercado global e estava fortalecida por um ambiente estável e com inflação em níveis de país civilizado.

A desatualização do sistema tributário brasileiro então, como agora, dificultava a competição com parceiros internacionais por não estar alinhado à necessidade de oferecer condições de competitividade às empresas brasileiras de forma a capacitá-las e lhes oferecer, do ponto de vista tributário, igualdade de condições com produtores domésticos e estrangeiros.

Entre as medidas a serem implementadas na reforma tributária estavam (?) elencadas a completa desoneração das exportações, dos investimentos e da produção, a eliminação da cumulatividade dos impostos, a redução do número de tributos, simplificação e transparência do sistema, além da ampliação da base de arrecadação com melhor distribuição da carga tributária.

Se na administração FHC houve algum progresso no que diz respeito à reforma tributária, as administrações petistas dos últimos dez anos não fizeram por onde a vertente que levaria o país a maior desenvolvimento pudesse ser aplainada.

Na administração Dilma Rousseff o que se viu foram arranjos casuísticos como o financiamento subsidiado a empresas eleitas pelo próprio governo para receber verbas via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), enquanto a desoneração pretendida pelos empresários se limitou a determinados segmentos, como o automotivo, entre outros, que se beneficiaram da boa vontade governamental, mesmo assim com iniciativas pontuais.

No que diz respeito à produtividade e à competitividade não se pode falar de avanços, muito menos quando esse fator depende do poder público. Em outras palavras, o país continua andando de lado e sem nenhuma luz, ou talvez nem mesmo um túnel de saída.

Eustáquio Libório é jornalista

E-mail: liborio.eus@uol.com.br

Publicado na revista PIM, nº 43, ed. outubro/2013

Na hora certa

16 quinta-feira jan 2014

Posted by Eustáquio Libório in Textos & Economia

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Amazônia, estrada, floresta, Fordlândia, integrar, investimento, logística, projeto Jari, rio, rodovia, Zona Franca de Manaus

Eustáquio Libório*

A instalação de um polo de indústrias em Manaus sob políticas de incentivos fiscais obedeceu, como se sabe, à lógica de tornar possível integrar a região amazônica, e o Amazonas em particular, ao restante do Brasil mediante a implantação de facilidades fiscais que pudessem oferecer suporte aos investimentos privados na Zona Franca de Manaus (ZFM) tornando-os rentáveis e possibilitando o retorno lucrativo às organizações que aqui se instalassem.

Sem ligações rodoviárias com os demais Estados brasileiros na década de 1960, quando se criou a ZFM, trazer insumos, equipamentos e máquinas pesadas para o Amazonas sempre foi um desafio a ser driblado quando o destino está situado no meio dos rios e da Floresta Amazônica, que nem por isso deixou de acontecer.

Se a implantação da Fordlândia, em 1927, o sonho tropical de Henry Ford para produzir borracha que reduzisse sua dependência desse insumo aos produtores ingleses instalados no sudeste asiático foi possível, tal façanha é um exemplo do poder do homem de vencer dificuldades quando dispõe dos instrumentos necessários. Já o fracasso da Forlândia como empreendimento, abandonado a seu destino em 1945, é outra história.

No entanto, os problemas logísticos amazônicos e sua superação remetem a um outro milionário da indústria norte-americano, Daniel K. Ludwig, que por aqui aportou exatamente no ano em que a Zona Franca de Manaus foi criada, 1967, e transplantou para o interior do Estado do Pará as instalações de uma usina elétrica e uma fábrica de celulose.

Nascia ali o Projeto Jari com a meta de plantar espécie vegetal apropriada para produzir celulose. Somente em 1978 as instalações fabris, montadas no Japão com tecnologia finlandesa, chegaram ao local de destino, na divisa dos Estados do Pará com o Amapá, mas a pobreza do solo e a escolha da espécie plantada derrotou o norte-americano que passou o empreendimento adiante e, hoje, é propriedade da Orsa.

Assim, contornar as dificuldades logísticas não tem sido motivo de fracasso aos empreendedores que por aqui resolvem investir, como bem ilustra a existência do Polo Industrial de Manaus (PIM) que, em tempos de produção sob demanda, isto é, a linha de produção das fábricas só é acionada quando o produto já foi negociado, consegue implantar o sistema de just in time e tocar a produção, mesmo com o caótico trânsito de Manaus, além das deficiências nas instalações portuárias e a dependência do modelo ZFM às injunções políticas do Planalto.

Essas reflexões, no entanto, têm um propósito mais corriqueiro que é o de questionar como e por que as fábricas do Distrito Industrial conseguem produzir, obter lucro e pagar benefícios em Manaus sem contar com o sistema desorganizado de transporte público da cidade. O operário do DI, que sai cedo de casa, sabe que seu transporte não vai atrasar: se o previsto é passar às 5h20, nesse horário ele está no ponto de embarque e, em  minutos, se encontra a bordo do ônibus que o levará à fábrica. Coisa do mundo desenvolvido.

Enquanto  as empresas industriais abdicaram do transporte público e alimentam o sistema de transportes especiais para levar seus empregados às fábricas, as administrações municipais não conseguem, ou não querem conseguir, fazer o sistema de transporte público urbano, com incentivos ou não, funcionar. É hora de implantar no transporte público da cidade o sistema da hora certa, o just in time que satisfaça e melhore a vida da população.

E-mail: liborio.eus@uol.com.br

Eustáquio Libório é jornalista

Publicado na revista PIM, nº 42, ed. setembro/2013

Prorrogação da ZFM e o rock dos Stones

16 quinta-feira jan 2014

Posted by Eustáquio Libório in Textos & Economia

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2011, 50 anos, Dilma, Manaus, PIM, prorrogação, Rousseff, Zona Franca de Manaus

Eustáquio Libório

Há cerca de dois anos, com muita festa e a circunstância de vir a Manaus inaugurar a ponte Rio Negro, a presidente Dilma Rousseff prometeu prorrogar a Zona Franca de Manaus (ZFM) por mais 50 anos, bandeira levantada em seu último ano de mandato pelo então senador Arthur Virgílio Neto.

No próximo dia 24 de outubro, a promessa presidencial da petista completará dois anos sem ter aprendido a andar por estar atacada, talvez, de doença que o Brasil se compraz em afirmar ter erradicado: sofre de paralisia infantil. Não anda, é muda, nem dela se ouve falar.

No entanto, a prorrogação por si só nada vai resolver como desde há muito se sabe, sem que se imponham, também, diretivas de política industrial a favorecer o modelo sem torná-lo, ad aeternum, e ao Estado do Amazonas dependentes apenas da atividade industrial em Manaus como ocorre até o momento.

O diagnóstico sobre problemas e soluções para oferecer ao Polo Industrial de Manaus (PIM), e mesmo ao Amazonas, rotas alternativas e viáveis ao crescimento e desenvolvimento econômico não são novidades e foram divulgados por estudiosos daqui e do país afora, sem que, no entanto, tais estudos ou pesquisas tenham sensibilizado os tomadores de decisão, no caso, aqueles que habitam em alturas planaltinas.

Bom exemplo desses caminhos que já deveriam estar implementados foi contemplado por Admilton Pinheiro Salazar em “Amazônia Globalização e Sustentabilidade”, lançado há quase uma década, em 2004, e que oferece discussão, à luz das teorias da polarização e da dependência, sobre o por quê de a Zona Franca de Manaus se manter como enclave e não disseminar a riqueza gerada no PIM pelo interior do Amazonas.

A teoria da polarização, do francês François Perroux, explica a criação de riquezas em nódulos, ou polos, a partir da concentração que atrai recursos de fora para “reforçar sua posição”, isto é, finda por tornar áreas periféricas mais pobres. Assim, a correção do desvio só seria possível com a inversão de força para possibilitar a criação de nódulos, ou polos, em regiões menos favorecidas, como bem se pode observar no caso do Amazonas, aonde, à exceção de Manaus, os demais municípios sofrem à míngua de recursos e por não possuir atividade econômica que lhes dê suporte financeiro, geração de emprego e renda.

Ao olhar em retrospectiva a história e sob que forças e momento foi criada a Zona Franca de Manaus, pode-se afirmar que havia, na época, uma política nacional voltada para ocupar a Amazônia e uma das saídas foi criar a ZFM alicerçada em três pilares: comércio, indústria e agropecuária. Dos dois primeiros se sabe muito, do último quase nada.

A ausência de uma política nacional que leve em consideração as idiossincrasias do Amazonas e, por tabela, do PIM, é uma das muitas causas a possibilitar a quase estagnação do modelo que deu certo, mas não pode se eternizar sob os auspícios dos incentivos fiscais, quando se considera que o mundo globalizado do século 21 muito pouco tem a ver com o fim da década de 1960 e início dos anos 70. A similaridade talvez se restrinja ao rock dos Rollings Stones.

Contemplar a Amazônia com diretivas de política econômica que assimile as potencialidades locais sem deixar de lado a disponibilização de recursos condizentes com a necessidade de construir uma logística para tornar a região mais próxima dos brasileiros pode ser o atalho necessário à melhor distribuição da riqueza criada no PIM, além, é evidente, da prorrogação da zona franca.

Eustáquio Libório é jornalista

E-mail: liborio.eus@uol.com.br

Publicado na revista PIM, nº 41, ed. agosto/2013

PIM se recupera, mas mão de obra cai

15 quarta-feira jan 2014

Posted by Eustáquio Libório in Textos & Economia

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atração, incentivo fiscal, indústria, investimento, mão de obra, otimismo, recuperação, suframa

Eustáquio Libório

Apesar da ausência contumaz do titular do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Fernando Pimentel, em eventos como a reunião do Conselho Administrativo da Suframa (CAS), inclusive com o adiamento da 263ª, que deveria ter ocorrido em junho e ficou para agosto, o desempenho do Polo Industrial de Manaus (PIM) vai bem neste 2013.

A análise dos indicadores relativos ao mês de maio, divulgados pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) no dia 9 de julho, oferece uma visão positiva deste exercício, em que pese alguns indicadores negativos ali encontrados.

O crescimentos da importação de insumos, embora descolado do faturamento, atingiu, em maio, 3,71%, quando a indústria incentivada importou US$ 4,66 bilhões em contrapartida aos US$ 4,49 bilhões nos primeiros cinco meses de 2012. No período em análise, a expansão do faturamento foi de 1,96%, enquanto as vendas deste ano chegaram a US$ 15,30 bilhões ante US$ 15,01 bilhões de 2012.

Mesmo esse crescimento do faturamento próximo a 2% soa como boa notícia ao se comparar ao índice negativo de 8,39% ocorrido no comparativo entre os primeiros cinco meses de 2011/2012. A se manter a tendência, pode haver recuperação nas vendas do PIM.

No front externo, o PIM também exibe céu de brigadeiro ao conseguir um montante de exportações 9,60% maior neste ano do que em 2012, e passar de US$ 323 milhões em vendas externas até maio do ano passado, para US$ 354 milhões no mesmo período deste ano.

Embora não se possa chamar de recuperação, mas as aquisições de insumos pelas indústrias do PIM dão indicações de que, a julgar pelo desempenho até maio, a atividade industrial caminha para, pelo menos, manter o nível do ano passado, quando esse indicador caiu 8,68% em relação a 2011. Neste exercício, até maio, ainda se mantém em baixa, mas em nível bem menor, a 0,57%. O que siginfica que adquiriu, em cinco meses, US$ 7,65 bilhões em insumos, contra US$ 7,69 bilhões no mesmo período de 2012.

O nível das receitas das indústrias do polo de Manaus, que em 2012 apresentavam acréscimo de 6,27% sobre o montante do faturamento, ultrapassou a marca de 2011, período em que excediam as vendas em 8,36% e atingiu o índice de 8,71%.

Por outro lado, a boa notícia pode ser a alta na atração de investimentos para o Polo Industrial de Manaus, o que justifica do otimismo da Suframa neste particular. Considerando que em 2011 a média mensal de investimentos no PIM foi de US$ 10,65 bilhões, conforme Indicadores do PIM divulgados pela agência de desenvolvimento, com queda para US$ 10,08 bilhões em 2012, a marca alcançada neste ano já ultrapassa 2011 e é 6,15% superior à alcançada no ano passado.

No que diz respeido aos incentivos fiscais oferecidos pelo Estado via ICMS, é de se destacar que, mantida a tendência dos cinco primeiros meses do ano, 2013 deve apresentar uma crescimento superior a 10% no recolhimento de ICMS, que em 2012 atingiu o montante de US$ 321 milhões. No entanto, esse valor acumulava uma queda de 13,47% em relação ao 2011, quando a indústria incentivada recolhera US$ 371 milhões aos cofres estaduais.

Por fim, cabe registrar que o aparente movimento de recuperação do PIM não se reflete na contratação de mão de obra, que passou da média mensal de 120.264 no decorrer de 2012, para 117.686 neste exercício. É uma baixa de 2,14% e abrange tanto a mão de obra efetiva quanto a temporária e terceirizada.

Eustáquio Libório é jornalista

E-mail: liborio.eus@uol.com.br

Publicado na revista PIM nº 40, ed. julho/2013

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Desempenho do PIM, câmbio e inflação

15 quarta-feira jan 2014

Posted by Eustáquio Libório in Textos & Economia

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Tags

conjuntura, indefinição, indicadores, macroeconomia, suframa, zona franca, Zona Franca de Manaus

Eustáquio Libório

Ano dos mais marcantes para o Polo Industrial de Manaus (PIM) foi 2008, quando a indústria incentivada manauense  conseguiu um de seus melhores desempenhos, justamente no período no qual foi deflagrada a crise financeira internacional que só chegou por aqui no ano seguinte.

Cinco anos depois, já com dados do primeiro quadrimestre de 2013 tabulados pela Superindência da Zona Franca de Manaus (Suframa), mas com indefinições macroeconômicas  que impactam no setor produtivo tanto no mercado interno quanto no externo, é um período, como diriam os climatologistas, apropriado para tentar fazer um comparativo.

Num rasante sobre os dados divulgados pela Suframa, pode-se afirmar que as curvas estatísticas dos dados de produção, vendas e mesmo evolução da mão de obra são mais favoráveis ao presente exercício, porém com a ressalva de que os dados analisados estão expressos em dólár e são apresentados a preços correntes.

No período de janeiro a abril dos dois anos cotejados – 2008 e 2013 – e entre cinco variáveis analisadas, apenas as exportações do polo de Manaus, em 2013, apresentam volume menor que aquele obtido no mesmo período de 2008.

Enquanto naquele ano o PIM já exportara US$ 343,31 milhões, neste exercício as vendas ao mercado externo foram de US$ 285,14 milhões. Isto significa que, se em 2008 as exportações haviam crescido 15,95% em relação ao mesmo período de 2007, as vendas  ao exterior deste ano ficaram 16,94% menores que as de 2012 nos quatro primeiros meses desse ano.

As importações, no entanto, ao acompanharem a tendência do faturamento, se expandiram em 44,86%, quando se compara as compras externas de US$ 2,50 bilhões efetivadas nos quatro meses de 2008 com o montante de US$ 3,62 bilhões de 2013. No comparativo dos quatro meses deste ano com igual período de 2012, a expansão das importações alcançou 3,74%.

Em outro patamar, a aquisição de insumos pela indústria do PIM, a sair de US$ 5,28 bilhões nos quatro primeiros meses de 2008 para US$ 6,03 bilhões neste exercício, indica uma expansão dfe 14,29%, no entanto, no comparativo entre janeiro/abril de 2012 com este exercício há uma queda de 0,84%.

Não  se pode dizer, por outro lado, que o faturamento das empresas do PIM está no melhor dos mundos, apesar do crescimento de 24,48% entre 2008 e 2013. No comparativo entre iguais períodos de 2012/2013 a expansão é de apenas 0,13%.

A boa notícia talvez seja a redução na relação entre os insumos à produção e o faturamento do PIM. Em 2008 essa relação era de 54,90%, hoje os insumos à produção caíram para 50,36% do faturamento do PIM.

No quadrante dos investimentos produtivos alocados à indústria manauense, os números da Suframa apontam para expansão de 35,67% entre o primeiro quadrimestre de 2008 e o deste exercício, ao sair dos US$ 7,91 bilhões, na média mensal, para US$ 10,74 bilhões, com a ressalva de que os três primeiros setores que mais investiam em 2008 (eletroeletrônicos, duas rodas e termoplásticos) se mantêm na dianteira neste ano.

Quando os dados analisados se referem à mão de obra, em que pese a percepção geral de que o PIM, ao automatizar a maior parte de suas operações, deixou de gerar grande quantidadfe de postos de trabalho, não impede que a evolução da mão de obra indique crescimento no número de contratações em 14% nos dois períodos sob análise, além de registrar melhoria nos desembolsos relativos ao pagamento de salários, encargos e benefícios em 18,90%, ao sair de US$ 1.519,67, em 2008, para US$ 1.806,94 neste ano.

Por fim, resta dizer que, a depender da conjuntura do segundo trimestre, tanto interna quanto externa, é possível que o polo de Manaus consiga ultrapassar o desempenho de 2008 neste exercício, embora tenha que se considerar na alça de mira a inflação e o câmbio, só para variar.

 

Eustáquio Libório é jornalista

E-mail: liborio.eus@uol.com.br

Publicado na revista PIM, nº 39, ed. junho/2013

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